O Castelo: Dois Mundos em Conflito

O Castelo

Dois Mundos Em Conflito

Conto

O Castelo

Dois Mundos Em Conflito

Autor – João Drummond

Arte de Capa – JBDRUMMOND

Copyright 2011, João Batista Drummond.

Capa, arte final: JBDRUMMOND

1ª edição

(2011)

Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte desta edição pode

ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma,

nem apropriada e estocada sem a expressa

autorização de João Batista Drummond

Drummond, João Batista

O CASTELO – Dois Mundos em Conflito. João Batista Drummond. Sete Lagoas, MG, Smashworks, 2012.

132p. 14x20cm.

ISBN – 9781301595631

Literatura Brasileira. Conto. I. Titulo

CDD – B879

Livro editado por

Amigos das Letras Editora

Projeto Amigos das Letras

Rua Rio Juruá, 129 – São Pedro

35701014 – Sete Lagoas – MG – Brasil

Tel. (31) 37733767 – e-mail – amigosdasletras@yahoo.com.br

http://amigosletras.blogspot.com/

Para Ana Maria,

Esposa e companheira,

Sempre ao meu lado.

Para Bruno, Flavia e Ivan

Parceiros de aprendizado e jornada.

Prefácio

O Castelo – Dois Mundos em Conflito não é como poderia parecer em princípio, apenas um livro de fantasias e aventuras.

Nele o autor trata com propriedade dos conflitos da alma humana e da eterna luta a que todos estamos sujeitos, entre o bem e o mal.

Numa batalha difícil, estratégica e vitoriosa, John Edward Constantin III enfrenta crenças, tabus, preconceitos, para emergir num mundo mais humano, justo, sensível e saudável.

Seus desafios são também nossos. Cada pessoa no processo de individuação e amadurecimento tem a tarefa de conhecer e enfrentar forças que a impedem de desenvolver-se plenamente.

Todos nós temos nossos castelos. Situações familiares ameaçadoras, conflitos internos, medos, baixa auto-estima, falta de apoio, boicotes. Nosso drama começa quando nos damos conta que somos prisioneiros destes castelos.

Por falta de ferramentas adequadas, clareza, coragem, oportunidades, e fé, muitos se perdem, não encontram saídas, sucumbem, desistem da luta, acomodam-se. John, ao contrário, com astúcia, coragem, ousadia e determinação encontra os meios para escapar da prisão.

A trajetória vitoriosa de John inspira-nos a entrar no núcleo de nossos dramas pessoais, sentir e compreender a natureza das forças que nos movem e nos aprisionam, para então sermos capazes de exorcizar os fantasmas do passado e finalmente livres para viver a nossa vida.

João Drummond, como artista enfrentou com coragem crenças e preconceitos, para expressar-se através da poesia, contos, romances, artigos. Abriu portas para si mesmo e encorajou pelo exemplo novos artistas a assumirem seus talentos.

Seu livro é uma oportunidade de reflexão e também um chamado para adotarmos, assim como seu personagem, um estilo de vida autêntico, sensível e profundo.

Denise Mascarenhas

Denise é psicóloga, instrutora de oratória do SENAC, facilitadora de Biodança, criadora e diretora do Grupo Expressando, autora do Livro, Da Timidez à Expressão de Si Mesmo.

Palavras do Autor

O Castelo – Dois Mundos em Conflito é um conto de suspense e mistérios e sugere uma reflexão sobre os valores da família e do capitalismo.

A história se passa em uma dimensão paralela, onde espaço e tempo se fundem em um continuum. Lá nossa imaginação, como um pássaro errante, voa livre das regras limítrofes do mundo factual.

Todo o simbolismo que O Castelo carrega tem sua contrapartida nesta nossa dimensão, instigando além da lógica e da razão, a complexidade e a realidade subconsciente que é o marcador de nosso compasso neste mundo fenomênico.

Aquilo que chamamos de realidade está aprisionada às leis da física e obedece aos processos encadeados do empirismo.

Já no plano subconsciente a percepção se descortina de forma ampla e irrestrita, quando nossa intuição, na forma de visões e insights, tem sua percepção ampliada do universo.

Nestes instantes as respostas aparecem como mediadoras das questões existenciais e nos colocam como parceiros da grande conspiração universal. A sensação de que tudo está bem e cada coisa em seu devido lugar é um dos sintomas mais fortes desta condição de estar de bem com a vida.

A Alma carrega em si, protegida no altar do Deus/ Eu Sou um anelo original que está em sintonia com o da Alma do Universo.

Ao executar esta descida na densidade, como parceira na aventura do mundo dos fenômenos, seu objetivo se deforma e se corrompe em confronto com as leis que regulam nossa sobrevivência.

Entre seus anseios e necessidades de sobrevida do mecanismo orgânico, surge um conflito que se estende neste tempo efêmero que passamos na nave Terra.

No universo da imaginação o ser esmagado, sem sentido e sem rumo, se transmuda num novo herói que altera as regras do jogo, qualifica seu campo de batalha e luta contra as forças que o aprisionaram num mundo sombrio e sem perspectivas.

Cria instrumentos, faz parcerias, ganha novas habilidades e, renascido das cinzas, volta para dar continuidade à sua missão de vida, já neste mundo de formas, cores, sabores, cheiros, luzes, emoções e eventos. Neste momento sua percepção do mundo dos fenômenos ganhou novas tonalidades e novo sentido e uma sentinela atenta está a postos no Portal da Consciência.

Cenário

O Castelo se erguia imponente no centro da grande planície Armageran, cercado pelas florestas Vesparianas. Ao norte ficava a floresta de Árvores Mortas, que desde a grande batalha dos Clãs tivera sua entrada proibida por decreto real. Alem da floresta ficava o Rio Sangreron que delimitava os perímetros do Reino com os domínios do chefe vândalo Áquila.

Ao oeste do Reino, caçadores mais arrojados já haviam se deparado com pequenas e sinistras cavernas habitadas pelo Povo das Sombras.

Pouco ou nada se sabia deles ao não ser que permaneciam ocultos até ao cair do sol, quando então saiam em grupos em busca de alimentos. Dizia-se que caçavam desde pequenos roedores, aos grandes alces e até mesmos lavradores incautos que se atrasavam nos campos.

Além das cavernas se estendiam grandes distâncias de pântanos e charcos de travessia quase impossível. Ao leste, além do Rio Gargantuah, ficavam as terras de Sir Phillips de Harmendan, o último dos cavaleiros que ainda resistia aos planos de domínio do Conde.

O Rio Gargantuah serpenteava lento, pelos perímetros do Reino, formando com suas águas caudalosas e barrentas uma proteção natural para as terras de Sir Philllips, contra as investidas constantes dos exércitos do Conde.

Caminhando mais sul se encontrava a grande cadeia de montanhas, entre elas, a Montanha das Águias, que permanecia com seu