Saga From Azerbaijan: The History of Bacam: Book 1 of Muslims Wonderful Tales
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About this ebook
Sagas are folkloric and fantastic-realistic epic narratives which speak of events related to life, customs, beliefs and desires of a certain people; in this case, the people of the Caucasian world, in a period usually referring to antiquity.
They are mostly heroic narratives, in which the heroes are both men and women, and that ethical factors such as courage, bravery, loyalty, honor, faith, are the main themes brought to light. Such narratives are not just descriptions of character, but also instruments of teaching in relation to how one lives in community.
The narratives published in this book are part of a series of 17 narratives, being longer or shorter, called in the translation from Swedish to Portuguese Sagas Populares Caucasianas (kaukasiska Folksagor, in swedish), later retranslated to Marvelous Caucasian Tales. Since saga is not a very common denomination in our country, we could say it is a series of wonderful tales, in the related sense of what we call fairy tales.
To the titles of the different chapters, I add subtitles to highlight the names of the main characters and certain issues related to them.
Jose Fernandes da Silva
José Fernandes da Silva, nascido em 17 de dezembro de 1935, no município de Patos de Minas, Estado de Minas Gerais, Fez curso de Mestrado em 1986, na Universidade de Estocolmo (Suécia), com a tese A CONSTRUÇÃO ARTÍSTICA EM SAGARANA: Uma Análise Estrutural Semiótica em João Guimarães Rosa; cursou Doutorado em 2002, pela Universidade Paulista de São José o Rio Preto, com a tese: A Semiótica do Texto Narrativo literário; foi professor de Literatura, Teoria Literária e Semiótica, na Universidade Católica de Goiás (hoje PUC-GOIÁS), durante 20 anos; e é atualmente professor aposentado, dedicado à tradução do sueco para o português e gravação de textos narrativos.
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Saga From Azerbaijan - Jose Fernandes da Silva
Tese de Doutorado
pela Universidade Paulista
de São José do Rio Preto
em 2006
sumário
INTRODUÇÃO
A SEMIÓTICA COMO TEORIA GERAL DOS SIGNOS
O CONCEITO DE INTERPRETANTE
O TEXTO NARRATIVO LITERÁRIO E SEUS ASPECTOS
A RELAÇÃO ENTRE FOCO NARRATIVO E PONTO DE VISTA
A CONSTRUÇÃO ESTRUTURAL DO TEXTO NARRATIVO LITERÁRIO
A SINTAXE NARRATIVA
A DISTINÇÃO TEMA E ASSUNTO
A CONSTRUÇÃO DO ENREDO EM AUGUSTO MATRAGA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Introdção
Quando Edward Lopes (1995, p.15), em sua obra Fundamentos da Lingüística Contemporânea, diz que "a ciência que estuda os sistemas de signos, quaisquer que eles sejam e quaisquer que sejam as suas esferas de utilização, chama-se Semiologia ou Semiótica", está considerando os dois termos como sinônimos e, além disso, atribuindo às duas ciências um alcance que, na verdade, só é realmente atribuível à semiótica.
Ferdinand de Saussure (1969) havia de fato concebido a semiologia como uma ciência de âmbito geral, da qual a lingüística seria um ramo particular.¹ No entanto, a corrente mais responsável por seu desenvolvimento – o estruturalismo francês – acabou mudando o sentido das indicações feitas por Saussure, a ponto de um de seus principais representantes, Roland Barthes (1971,1972), ter chegado, em determinado momento, a sugerir, inclusive, inverter a perspectiva dessa correlação, dizendo:
a lingüística não é uma parte, mesmo privilegiada, da ciência geral dos signos: a semiologia é que é uma parte da lingüística; mais precisamente, a parte que se encarregaria das grandes unidades significantes do discurso (Barthes apud Buyssens, [s.d.], p.24).
Com isso, a semiologia nem seria mais a teoria geral dos signos. Seria, quando muito, a teoria geral do discurso; ou, mais precisamente, do discurso verbal ou idiomático. E, embora absurda, a proposta não deixou de ser leva-da em conta, porque uma das características básicas da semiologia, em opo-sição à semiótica, tem sido realmente esta: subordinação de seus mecanismos de análise e de interpretação às normas e aos esquemas ditados pela lingüística, inclusive, com o uso de uma terminologia que, em determinados casos, é a mesma que se utiliza nos processos comuns de análise discursiva. Todorov (1992, p.29), por exemplo, às vezes, para falar dos componentes internos de uma narrativa literária (ações, acontecimentos, condutas etc.), em vez de empregar termos para isso realmente adequados, lança mão de denomina-ções como substantivo
, adjetivo
, advérbio
etc.
A distinção fundamental entre o estudo que aqui se desenvolve e os que vêm sendo desenvolvidos por outros investigadores está – no tocante ao uso que se faz dos princípios teóricos vindos da semiótica peirceana sobretudo no seguinte. Se neles a preocupação básica é no sentido de traduzir numa linguagem mais acessível aquilo que, nos raciocínios do próprio Peirce, nem sempre está devidamente claro, em nosso caso, a preocupação é principalmente no sentido de tomar alguns dos conceitos e das idéias vindos dessa teoria para tentar desenvolver um método de análise para o estudo não só do texto narrativo literário, que neste trabalho constitui o principal objeto, mas também do texto narrativo ficcional e de outros de espécies diferentes, igualmente situados no contexto geral da cultura. Em vista disso, as interpretações e redefinições que faremos de tais conceitos e ainda de outros vindos de vários autores, inclusive do lingüista Ferdinand de Saussure, serão bastante livres e sem dogmatismo.
Nota
Sob o nome de Semiologia, Saussure (1972) concebia uma disciplina que seria parte da Psicologia Social e, conseqüentemente, da Psicologia Geral
(Lopes,1995, p.15-16).
1
A semiótica como teoria geral dos signos
A semiótica pode ser definida como teoria geral dos signos e dos sistemas de signos. Atualmente, o conceito de signo está relacionado com, entre outras, duas diferentes concepções: a do lingüista suíço Ferdinand de Saussure (1969), fundador da lingüística moderna e introdutor dos princípios fundamentais da semiologia, e a do filósofo norte-americano Charles Sanders Peirce (1993), criador da semiótica propriamente dita. Em vista disso, iniciaremos este estudo falando da diferença entre essas duas concepções, no que diz respeito ao conceito de signo.
1.1
O Conceito de Signo Segundo Saussure e Peirce
A diferença básica entre as duas concepções está, principalmente, no fato de que, se na concepção de Saussure o conceito de signo é o do signo verbal, na concepção de Peirce é o do signo em geral, não importa de que espécie. Isso significa que, se no primeiro caso o signo é, antes de tudo, a palavra (principalmente oral), no segundo caso ele é qualquer coisa que representa alguma outra coisa para alguém. Além disso, se na concepção saussureana o signo é um elemento em que se correlacionam apenas dois outros elementos, chamados de significante e significado, na concepção peirceana o signo é um elemento em que se correlacionam três outros elementos, chamados de representamem, objeto e interpretante.
Se na visão de Saussure o signo é uma unidade entre um som verbal (ou uma imagem acústica) e uma idéia (ou uma imagem conceptual), o significante é esse som verbal (ou essa imagem acústica) e o significado, essa idéia (ou essa imagem conceptual ). E se na visão de Peirce o signo é qualquer coisa que representa alguma outra coisa para alguém, o representamem é essa coisa que representa, o objeto essa coisa que é representada, então o interpretante (que não existe na definição de signo elaborada por Saussure) é, por sua vez, uma terceira coisa que, surgindo na mente do intérprete no momento em que ele percebe aquela primeira coisa, faz com que ele a interprete dessa maneira, sendo de fato não como uma coisa em si, mas uma coisa que representa uma outra coisa.
1.2
Signos verbais e não-verbais
Os signos podem ser divididos em várias categorias; mas, neste estudo, levaremos em conta apenas duas, consideradas como as mais importantes. A primeira divisão (que, na verdade, não aparece com essa denominação nas classificações de Peirce) baseia-se na natureza das coisas em que os signos aparecem; e a segunda divisão, na natureza da relação entre as coisas em que os signos aparecem e as coisas que eles representam. No primeiro caso, os signos dividem-se em signos verbais e não-verbais; no segundo caso, em signos simbólicos, icônicos e indiciais.
Os signos são verbais quando as coisas em que eles aparecem são palavras ou construções delas decorrentes, e podem ser de duas espécies: verbais orais e verbais escritos. Eles são não-verbais, quando as coisas em que eles aparecem são fenômenos diferentes de palavras ou construções deles derivadas, e podem ser de cinco diferentes espécies: visuais, auditivos, táteis, olfativos e gustativos. E já que a noção de não-verbal surge por oposição à de verbal, podemos dizer que não-verbais são aqueles que, embora manifestos por meio de outros fenômenos, diferentes de palavra, o papel que desempenham é idêntico ao desempenhado pelas palavras. Quer dizer, é também o de meio de representação. Num texto narrativo literário, os signos verbais aparecem em dois diferentes planos, que são o da escritura, constituída de signos verbais grafovisuais, e o da narração, constituída de signos verbais fonoauditivos; os não-verbais aparecem num único plano, que é o do enredo, constituído de signos não-verbais figurativos ou imagéticos.
––––––––
1.3
Signos simbólicos, icônicos e indiciais
1.3.1
Signos simbólicos
Os signos são simbólicos quando a relação entre as coisas em que eles