Quando A Verdade Dói: A Mentira Em Nome Da Gentileza
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Bella Depaulo
Bella DePaulo, PhD, is a psychologist and the author of Singled Out: How Singles Are Stereotyped, Stigmatized, and Ignored, and Still Live Happily Ever After. Her research and writing have been featured in The New York Times, The Washington Post, and many other outlets, and she blogs at Psychology Today, Psych Central, and Huffington Post. DePaulo is currently a visiting professor of psychology at UC Santa Barbara in California.
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Quando A Verdade Dói - Bella Depaulo
Autora
Sobre o livro
A maioria das pessoas valorizam a honestidade. Elas querem dizer a verdade. E elas também valorizam a gentileza. Porém, às vezes, a honestidade e a gentileza colidem. Isso acontece quando dizer a verdade é doloroso, mas ser gentil envolve contar uma mentira. Como as pessoas lidam com esse conflito de nobres intenções?
Quando a verdade dói: a mentira em nome da gentileza é um livro com duas partes. A parte um é uma adaptação do seguinte capítulo:
DePaulo, Bella M., Morris, Wendy L., & Sternglanz, R. Weylin (2009). When the truth hurts: Deception in the name of kindness. In Anita L. Vangelisti (Ed.), Feeling hurt in close relationships (pp. 167-190). Cambridge: Cambridge University Press.
Agradeço a Wendy e Weylin, e à Cambridge University Press pela permissão para reimprimir este trabalho.
Na parte dois, eu apresento uma compilação de questões relevantes para o tema deste livro que vários repórteres já me perguntaram ao longo dos anos, e então compartilho minhas respostas.
Sou grata aos muitos jornalistas que insistiram que eu pensasse mais sobre o conflito das nobres intenções que ocorre quando a honestidade e a gentileza colidem.
A parte um foi escrita para um público acadêmico, mas qualquer pessoa antenada será capaz de compreendê-la. Já a parte dois elimina todos jargões. Ela não é tão detalhada quanto a parte um, mas eu acho que é mais divertida de ler.
CONTEÚDO
––––––––
Primeira parte
Quando a verdade dói:
O engano em nome da gentileza
(com Wendy L. Morris e R. Weylin Sternglanz)
––––––––
Segunda parte
Quando a honestidade e a gentileza colidem:
Perguntas populares sobre o conflito de nobres intenções
Quando a verdade dói:
O engano em nome da gentileza
Bella DePaulo, Wendy L. Morris e R. Weylin Sternglanz
Todo mundo mente. Seria definitivamente impossível provar isso, mas acreditamos que assim seja. Entretanto, nós também acreditamos que falar a verdade, em vez de enganar, é a postura-padrão do ser humano. As pessoas normalmente preferem contar a verdade. Elas querem ser honestas, querem se ver como honestas e querem que outras pessoas as vejam dessa forma.
Humanos normais – ou seja, a grande maioria deles que não são mentirosos patológicos – geralmente precisam de um motivo para mentir. A mentira, então, muitas vezes surge de um conflito: de um lado está o desejo de ser verdadeiro, e do outro está um objetivo que não pode ser atingido (ou não pode ser facilmente atingido) dizendo a verdade. Você tem que escolher. Se o prêmio tão desejado for suficientemente bonito e brilhante, então geralmente é a verdade que será jogada para escanteio.
A mentira tem uma má reputação. Quando nós pensamos nas circunstâncias em que as pessoas deixam a verdade de lado para conseguir o que querem, muitas vezes o que nós encaramos como prêmio é algo bastante decadente, ou pelo menos egoísta. Pilhas de dinheiro, por exemplo. Ou uma promoção não merecida. Ou quinze minutos de fama sem mérito. E, de fato, as pessoas mentem por tais razões. Mas mentiras contadas por razões crassas, materialistas e egoístas são apenas uma parte de um mundo de mentiras, e nem mesmo uma parte muito grande.
Às vezes, dizer a verdade não vai contra a ganância, mas contra a gentileza. Esta, acreditamos, é a interseção mais percorrida entre a mentira e a mágoa. As pessoas mentem quando não conseguem dizer a verdade sem ao mesmo tempo ser gentis e graciosas. Você tem que fazer uma escolha, e o que você geralmente deixa de lado nesses casos é a verdade. De fato, acreditamos que, em situações em que a verdade faria mal, nossa inclinação a evitar causar a dor emocional – mesmo que só um pouquinho dela – está tão enraizada que nossa postura usual é substituída. Ou seja, quando há o risco de magoar alguém, nossa primeira inclinação é mentir.
Neste capítulo, vamos examinar os vários tipos de mentiras que as pessoas contam para poupar os sentimentos dos outros. Vamos explorar tanto as mentiras bondosas que as pessoas contam diariamente, sem muita premeditação ou desconforto, como as mentiras mais graves que as pessoas já contaram ou ouviram. Quando as pessoas têm de escolher entre a verdade e a gentileza, quais fatores fazem com que a balança penda mais para um sentido ou o outro? Este capítulo vai fornecer algumas respostas a essa pergunta e também ilustrar as táticas que usamos quando queremos evitar magoar alguém sem contar uma mentira deslavada.
Mentindo na vida cotidiana: Os sentimentos feridos desempenham um papel?
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