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OLHO POR DENTE: A vingança de Masao contra o Império
OLHO POR DENTE: A vingança de Masao contra o Império
OLHO POR DENTE: A vingança de Masao contra o Império
Ebook63 pages48 minutes

OLHO POR DENTE: A vingança de Masao contra o Império

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A história trata de um conflito. Não um conflito qualquer, mas um conflito muito violento. A vingança de Masao contra o Império. E a reação virulenta do Império.
É uma história que se pode classificar como verdadeiramente estapafúrdia.
A estapafurdice dela é tamanha que em obediência à coerência, foi estapafurdiamente embrulhada numa narrativa estapafúrdia.

LanguagePortuguês
PublisherLobo Carneiro
Release dateJul 26, 2015
ISBN9788591842919
OLHO POR DENTE: A vingança de Masao contra o Império
Author

Lobo Carneiro

Aos quatro de abril de mil novecentos e quarenta e quatro d.C. no bairro de Pinheiros na cidade de São Paulo no estado de São Paulo num país chamado Brasil do reino animal gênero homo espécie dita sapiens segundo consta de relatos familiares foi parido em parto normal porém com bastante dificuldade e dor. Na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo lhe concederam um doutorado em engenharia metalúrgica para que com alguma proficiência fosse ganhar e repartir o pão dele de cada dia. Na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo lhe concederam um bacharelado em letras para que fosse tentar convencer palavras a se juntar em frases e versos na talvez vã tarefa de dar algum sentido a sua existência tão mal cumprida tão mais comprida do que a restinga de Marambaia!... Sobre a máscara de Eduardo Barchiesi com a qual lhe concederam um RG e um CPF colocou outras máscaras para brincar no carnaval da vida. De Omar Ben Iamin como fabulista. De Alan Pow contista. Sheik Spir dramaturgo. Lobo Carneiro romancista. Edobardo Lyra protopoeta.

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    OLHO POR DENTE - Lobo Carneiro

    LOBO CARNEIRO

    OLHO POR DENTE

    A vingança de Masao contra o Império

    São Paulo

    Eduardo Barchiesi

    2015

    Copyright © 2015 Eduardo Barchiesi

    O conteúdo desta obra é de responsabilidade do Autor proprietário do Direito Autoral

    Capa e revisão: Cíntia Marzagão Cassaguerra

    FINGO ERGO SUM

    1

    Esta história trata de um conflito. Não um conflito qualquer, mas um conflito muito violento. A vingança de Masao contra o Império. E a reação virulenta do Império.

    É uma história que se pode classificar como verdadeiramente estapafúrdia.

    A estapafurdice dela é tamanha que em obediência à coerência, foi estapafurdiamente embrulhada numa narrativa estapafúrdia.

    Masao, o vingativo, veio do leste, de regiões áridas e montanhosas onde para o povão pão seco é fina iguaria e gafanhoto, quando disponível, a única fonte de proteína. Entretanto, como membro de casta nobre, sempre gozou dos mais variados privilégios como sempre acontece nestes casos.

    O Império era um vasto território a oeste ocupado por tribos de várias origens que para ali se dirigiram com a esperança infelizmente nem sempre realizada de uma vida melhor. Dessa mistura de gentes desejosas de bens, com o transcorrer dos tempos, foi surgindo um povo empreendedor que, partindo de elevados ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, desenvolveu uma extraordinária força bélica juntamente com enormes corporações, e conseguiu dominar todos os outros povos. Na verdade, o Império já tinha tido seu apogeu. Na ocasião desta história estava em decadência. Aliás, tudo como já tinha acontecido mais ou menos parecido com outros povos em outros tempos.

    Além do vasto território repleto de muitas riquezas, o Império possuia também muitos aliados por este mundo afora, uns espontâneos outros nem tanto, para trocas de interesses os mais variados. Muitos com inquestionável carência de idoneidade.

    Para completar o rascunho deste quadro, é necessário dizer que nem tudo era um mar de rosas de alianças, interesses mútuos e subserviências. Os inimigos implícitos e explícitos campeavam e urbanavam. Dentre esses inimigos estavam Masao e seus seguidores.

    Masao e seus seguidores queriam destruir o Império porque acreditavam fosse ele a fonte de todos os males do mundo. Diga-se, a bem da verdade, que essa postura tinha certa dose de exagero.

    É claro que o Império nunca foi flor que se pudesse cheirar despreocupadamente, livre do risco de perda de um pedaço do nariz. Mas os que o amaldiçoavam, dentre eles poderíamos incluir Masao e seus seguidores, de uma forma ou de outra também apresentavam vários e graves defeitos de funcionamento.

    Masao e seus seguidores exercitavam o pecado da ira. Queriam aniquilar o Império, mesmo que isso provocasse a morte de inocentes. Fel alimentava seus corpos, ódio seus corações. O ódio de Masao pelo Império era tão grande que ele dava a vida de qualquer um de seus seguidores em troca de vingança.

    Enquanto isso...

    2

    No Olimpo, Zeus em concílio com as deusas Razão e Loucura debatia importantes assuntos de interesse daqueles de vida tão curta. Voltando-se às eternas disse:

    Muito me dói todas as desgraças que se têm abatido sobre os mortais. Urgente, é necessário, que façais uma trégua e busqueis um acordo para aliviar, ao menos um pouco, dos ombros dos humanos, tantos males que a eles afligem, por tão longo tempo duradouros.

    Razão adiantou-se e assim argumentou, possuída por cálida emoção, em breve resposta:

    Zeus Crônida, poderoso e supremo, pai dos deuses e dos mortais, mui merecidas são as desgraças que têm caído sobre os insensatos humanos, pois só têm ouvidos para a Loucura e a mim não dão a mínima apesar de todos os meus esforços. Se tu não intervieres em meu auxílio, creio impossível reverter a situação e temo ter que dar a causa como perdida

    Loucura sem se abalar e sorrindo assim disse, investida de frio racionalismo, em longa resposta:

    "Zeus Crônida, terribilíssimo, a fala de minha irmã não deve comover-te, pois se em danos e em dores se aprazem os mortais, nós, os deuses, não devemos intervir. Por isso, creio, não deves amofinar-te. Eu, aqui do meu lado,

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