Unicamente tu
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About this ebook
Amável. Irresistível. Perigoso. David Reis era tudo isso e muito mais, e tinha sido o protagonista das fantasias da adolescência de Starr Cimino... Além disso, fora o seu primeiro amante e a sua grande desilusão. Agora que tinha regressado, Starr não queria deixar-se levar pelos seus encantos de novo. Mas David não fazia tenções de lhe conceder uma trégua. Queria voltar a ter Starr na sua cama e tinha ideado um plano de sedução ao que nenhuma mulher seria capaz de resistir...
Catherine Mann
USA TODAY bestselling author Catherine Mann has books in print in more than 20 countries with Harlequin Desire, Harlequin Romantic Suspense, HQN and other imprints. A six-time RITA finalist, she has won both a RITA and Romantic Times Reviewer's Choice Award. Mother of four, Catherine lives in South Carolina where she enjoys kayaking, hiking with her dog and volunteering in animal rescue. FMI, visit: catherinemann.com.
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Book preview
Unicamente tu - Catherine Mann
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Catherine Mann
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Unicamente tu, n.º 789 - Janeiro 2016
Título original: Under the Millionaire’s Influence
Publicado originalmente por Silhouette® Books.
Publicado em português em 2008
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7772-6
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Se gostou deste livro…
Capítulo Um
Starr Cimino jurou que ia comprar um pijama novo assim que abriu a porta de casa e deu de caras com a sua arqui-inimiga. Uma t-shirt velha não era uma boa armadura para entrar em batalha. Felizmente, e graças ao facto de ter aprendido a defender-se de uns pais canalhas, não tinha medo de nada. E menos de uma mulher de sessenta e sete anos, a mãe do homem a quem entregara o seu coração e a sua virgindade.
– O que é que posso fazer por si, senhora Hamilton-Reis? – perguntou, forçando um sorriso que aprendera com a mãe adoptiva, a «tia» Libby.
Sabia que a tia Libby não teria gostado que sentisse rancor da velha, mas não podia evitá-lo. Aquela mulher sempre a tinha tratado com despeito e sempre se opusera à relação entre ela e o seu querido filho.
Por causa disso, Starr e David tinham tido de se encontrar às escondidas durante o tormentoso romance que tinham mantido na adolescência.
– Quero que os teus familiares tirem aquelas auto-caravanas da minha vista – disse Alice Hamilton-Reis sobre o murmúrio do mar.
Starr esbugalhou os olhos. A família dela estava ali?
Um arrepio percorreu-lhe as costas ao olhar para o lado e confirmar que havia três auto-caravanas estacionadas entre a sua pequena casa pré-fabricada e a mansão dos Hamilton-Reis, as mesmas caravanas nas que ela viajara antes da oportuna intervenção da assistência social.
Starr passou a mão pelo cabelo despenteado e pestanejou, como se com aquele gesto conseguisse evitar que a sua vida se complicasse mais ainda. No entanto, quando voltou a olhar, confirmou que a situação, longe de melhorar, piorava, visto que perante os seus olhos apareceu outro dos seus constantes motivos de preocupação: David.
Viu-o descer os degraus com a mesma segurança em si mesmo que já o caracterizava quando era adolescente. Tinha vestido umas calças pretas e uma camisa branca que contrastava espectacularmente com o seu cabelo negro e o seu bronzeado natural.
O coração de Starr acelerou-se ao lembrar que, dez anos antes, ele lhe tinha partido o coração depois de lhe ter dado um ultimato a exigir-lhe que o seguisse e abandonasse a vida que tanto lhe custara construir. E apenas um ano antes, numa das suas visitas, coincidindo com uns dias em que Starr estava com a neura, tinham acabado na cama pouco depois de se terem encontrado. A seguir, David insistira mais uma vez em que deixasse tudo para o acompanhar nas suas viagens à volta do mundo.
Mas Starr, mais uma vez, não cedeu.
Preferiu não pensar que, desde então, não tinha estado com mais ninguém e prometeu a si própria que resistiria a toda e qualquer tentação de cair nos braços de David, por mais que notasse que, só de o ver, o seu corpo ganhava vida. De facto, na verdade, devia ignorar tudo o que estivesse relacionado com o seu estado emocional e concentrar-se em resolver o problema dos seus pais biológicos para, por sua vez, se livrar da aristocrática mãe de David.
Este deteve-se ao pé das escadas.
– Mãe, não devias ter saído de casa. Está frio – tinha uma toalha ao pescoço, prova inequívoca de que acabava de fazer a barba, e embora com toda a certeza tivesse saído precipitadamente em busca da sua mãe, parecia tão sereno como sempre. – O médico disse que deves manter os pés ao alto até que o remédio para a tensão faça efeito.
«O que faltava», pensou Starr, «se não sou amável com ela, corro o risco de que tenha uma embolia». E, imediatamente, ouviu a voz da sua tia Libby a recriminá-la pela sua crueldade: «ai menina, menina…!»
Não sabia o que dizer. Na praia, as gaivotas esvoaçavam à procura do pequeno-almoço; de Charleston, chegava o som das badaladas a bater as sete. Para recuperar um pouco de segurança em si própria, Starr esticou a camisola e tentou imaginar que tinha vestido as suas melhores calças de ganga e as suas sandálias favoritas. Até tinha jeito para fingir que era uma princesa. Era uma das coisas que aperfeiçoara durante a sua infância circense. Sempre evitara sentir vergonha pelo que lhe tinham feito ou o que a obrigavam a fazer. E naquele momento, teve de se lembrar que era uma mulher de negócios e que ela e as suas duas irmãs adoptivas tinham transformado a casa da tia Libby num restaurante de sucesso, o Beachcombers.
Decidiu ignorar a mal disposta Alice e olhou para o seu antigo amante, que mesmo àquela hora da manhã, com o cabelo molhado do duche, lhe parecia irresistível.
– Olá, David, a tua mãe e eu estávamos a tentar decidir qual seria o parque de estacionamento mais adequado para as auto-caravanas da minha… – não lhe saía a palavra «família».
Tinha deixado de o ser depois de a deixar durante um ano em casas de acolhimento, incapazes de decidir se queriam recuperá-la ou dá-la para adopção.
A senhora Hamilton-Reis agarrou-se ao braço do seu filho como se estivesse a sentir-se fraca.
– Dão má imagem ao restaurante. Estariam melhor na praia.
Como de costume, a sua atitude amolecia quando o seu filho estava à frente. Starr sorriu para dentro mas, assim que viu David avançar para ela, mudou: o cheiro do seu gel de fazer a barba, a sensualidade com que olhava para ela… tudo contribuía para que perdesse a vontade e quisesse fundir-se com ele. Decidiu concentrar-se na senhora Hamilton-Reis, visto que era a melhor forma de se lembrar que devia manter-se afastada de David.
– Assim que falar com eles digo-lhes para estacionarem mais perto da beira, na zona da relva.
A mãe de David olhou na direcção que indicava.
– Será melhor para o restaurante, querida – depois, deu uma palmadinha na mão do seu filho. – Obrigada por te preocupares comigo. Vou tomar o pequeno-almoço no alpendre com as pernas ao alto. Fazes-me companhia?
David assentiu.
– Vai andando. Eu vou já.
A mulher, que no passado aproveitara qualquer oportunidade para lhe lembrar que não se devia intrometer entre o seu filho e os seus sonhos, e que, na ausência do seu filho, se relacionava com ela com uma desaprovadora frieza que costumava deixá-la gelada, forçou um sorriso.
– Fico contente por nos termos entendido, querida – disse, afastando-se para a sua casa.
Starr suspirou e fechou os olhos, mas a luz alaranjada do amanhecer atravessou a pele das suas pálpebras e rebentou no seu cérebro. Ou o que pensou ser uma sensação física não era senão uma acumulação de emoções: David, os seus pais, Alice Hamilton-Reis. Eram demasiadas preocupações para uma manhã.
Abanou a cabeça como se com isso fosse libertar-se das inseguranças da sua juventude e abriu os olhos. David continuava ali, no seu alpendre, tão bonito e tentador como sempre. Mas ela era uma mulher adulta, dona de um negócio próprio e segura de si mesma.
– Então, voltaste de… de onde desta vez?
Embora David pudesse dar-se ao luxo de não trabalhar porque era rico, trabalhava como empregado civil na Força Aérea, como OIE, Oficial de Investigações Especiais. Viajava por todo o mundo em missões especiais, tal como sonhara fazer quando era adolescente. Já nessa altura, estendidos sobre uma manta na praia, sob o céu estrelado, David costumava dizer-lhe que, se chegasse a consegui-lo, ela acompanhá-lo-ia sempre que a natureza da missão o permitisse. E Starr, apesar da necessidade que sentia de assentar e construir um lar, cedera em mais de uma ocasião, prometendo-lhe que iria.
David subiu os degraus que faltavam para chegar a ela e apoiou-se num pilar do alpendre com as mãos nos bolsos.
– Estive na Grécia, a trabalhar com uma equipa anti-terrorista da NATO.
– Caramba, e podes contar! Costumam ser actividades secretas. Parece interessante.
David não disse nada. Chegava-lhes o rumor das ondas a rebentarem na costa e do murmúrio das pessoas que entravam no restaurante ao lado para tomar o pequeno-almoço. Mas Starr já só podia concentrar-se nele.
– Suponho que foi uma daquelas missões nas que costumavas dizer que eu poderia acompanhar-te – disse sem pensar.
David arqueou uma sobrancelha e inclinou a cabeça, mas permaneceu em silêncio. Starr estava cada vez mais gaga e mais confusa. David sempre tivera aquele efeito nela: conseguia que a sua mente entrasse em curto-circuito.
– Embora isso sejam coisas do passado – continuou, incapaz de se conter. – Além do mais, agora tenho um negócio e não o posso deixar a meu bel-prazer. Mas, mesmo assim, soa muito exótico.
A sua irmã adoptiva, Claire, teria desfrutado a experimentar a comida dos países longínquos. No Beachcombers serviam cozinha tradicional, mas ela gostava sempre de acrescentar um toque de sofisticação.
Ocasionalmente, Starr sonhara com viajar para ver as grandes obras de arte em pessoa, mas a ideia de passar tempo na estrada não a tentava minimamente. Já tinha viajado suficiente durante os dez primeiros anos da sua vida com a sua família nómada.
Para ela, a felicidade era acordar todos os dias