O aristocrata protetor
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About this ebook
A vida de Gideon St Claire girava em torno do trabalho. Era dono das suas emoções e as mulheres com que saía nunca vislumbravam nada da sua vida privada além das escadas que levavam ao seu quarto…
Mas durante quanto tempo?
Joey McKinley era lutadora e amante da diversão e tinha o incómodo dom de saber como deixar Gideon louco. Quando um velho inimigo de Joey começou a procurar vingança, Gideon viu-se obrigado a cuidar dela dia e noite…
Carole Mortimer
Carole Mortimer was born in England, the youngest of three children. She began writing in 1978, and has now written over one hundred and seventy books for Harlequin Mills and Boon®. Carole has six sons, Matthew, Joshua, Timothy, Michael, David and Peter. She says, ‘I’m happily married to Peter senior; we’re best friends as well as lovers, which is probably the best recipe for a successful relationship. We live in a lovely part of England.’
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Book preview
O aristocrata protetor - Carole Mortimer
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2011 Carole Mortimer
© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O aristocrata protetor, n.º 42 - Junho 2015
Título original: Taming the Last St. Claire
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-6928-8
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
– Vais passar toda a manhã aí, a olhar para mim com um ar de superioridade, ou vais fazer algo útil e oferecer-te para me ajudar com uma destas caixas?
Gideon fechou os olhos. Contou até dez. Devagar. Respirou fundo e expirou, ainda mais devagar. E, depois, voltou a abrir os olhos.
Joey McKinley continuava ali. De facto, endireitara-se e já não estava inclinada sobre o porta-bagagem do carro, que estacionara dois lugares mais à frente do seu, no estacionamento subterrâneo, e estava a bater no chão de cimento com a ponta dos sapatos de salto. Gideon sabia que aquela mulher ia transformar-se na sua cruz durante as quatro semanas seguintes, se ele o permitisse.
Joey McKinley tinha vinte e oito anos, estatura média, cabelo curto e avermelhado, afastado do rosto bonito, uns olhos verdes desafiantes e a pele clara e suave, o pequeno nariz salpicado de sardas e uns lábios sensuais. A magreza do corpo atlético estava enfatizada por um fato preto e uma blusa de seda do mesmo verde jade que os olhos dela.
– E? – desafiou-o a jovem novamente, batendo com maior rapidez no chão e arqueando as sobrancelhas.
Gideon voltou a respirar fundo e considerou as diferentes maneiras de causar dor ao irmão mais velho, Lucan, por o ter colocado em semelhante situação. Não queria magoá-lo a sério, mas queria que sofresse um pouco. Gideon não teria nenhum peso na consciência. Era evidente que a Lucan não o preocupava o seu bem-estar e fora por isso que o deixara com aquela mulher sem pensar duas vezes.
Gideon passara as últimas trinta e seis horas a pensar no assunto. Desde que Lucan o informara, no seu casamento, no sábado à tarde, de que, enquanto Gideon ocupasse temporariamente o lugar de diretor-geral da St Claire Corporation, enquanto ele e Lexie estavam em lua de mel, Joey McKinley ocuparia o seu lugar como representante legal da empresa.
Gideon dissera ao irmão que era capaz de conciliar todas as responsabilidades, mas Lucan não lhe fizera caso. Também o ignorara quando lhe confessara que tinha dúvidas a respeito de poder trabalhar com Joey McKinley.
Gideon respeitava-a como advogada, dado que só ouvira comentários positivos de outros colegas a respeito da sua capacidade nas salas de justiça, mas noutros aspetos, era capaz de o enervar.
A sua cabeça era como um farol que iluminava qualquer sala em que estivesse e tinha uma gargalhada rouca e sensual que fazia com que todos os homens olhassem para ela. Das duas vezes anteriores em que Gideon a vira, usava vestidos. A primeira, há dois meses, no casamento de Stephanie, a irmã dela, e Jordan, o irmão dele. Nesse dia, usara um vestido justo e verde. E a segunda, no casamento de Lucan e Lexie, no sábado anterior, quando usara um vestido vermelho que, em vez de chocar com a cor do cabelo, o realçara ainda mais.
Com o fato preto daquela manhã, devia ter parecido profissional e séria, mas... Não. O casaco era curto e entalhado e deixara três botões da blusa desabotoados, com o que se via a parte de cima dos seios generosos. A saia também deixava a descoberto uma boa parte das pernas torneadas.
Noutras palavras, Joey McKinley era...
– Já vi homens mais rápidos! – gritou ela.
Como um espinho.
Gideon voltou a respirar fundo para se acalmar.
– És sempre tão brusca?
Que pergunta tão tola. Conhecia-a suficientemente bem para saber que Joey dizia sempre a primeira coisa que lhe passava pela cabeça. Algo que, para ele, que media sempre as suas palavras antes de falar, era, no mínimo, perturbador.
O comentário seguinte de Joey foi outro exemplo da sua aspereza:
– Talvez não tivesse de ser assim se te dignasses a ser menos altivo e a voltar para o mundo real com o resto dos mortais.
Gideon tremeu. Só a vira... Quantas vezes? Quatro vezes no total? A última fora há dois dias, no casamento de Lucan e Lexie, e na anterior, há nove semanas, no seu escritório da Pickard, Pickard e Wright, quando fora informá-la de que conseguira tirar a sua irmã gémea, Stephanie, de uma situação jurídica complicada. Duas semanas depois, encontrara-a nos preparativos do casamento do seu irmão gémeo, Jordan, e Stephanie. Depois, tinham voltado a encontrar-se no casamento, uma semana mais tarde.
Gideon franziu o sobrolho ao recordar a sua perplexidade durante a cerimónia. Correra tudo como a seda antes do casamento e Gideon, que fora padrinho do irmão, certificara-se de que chegava com Jordan ao casamento com muito tempo de antecedência. Gideon tivera um nó de emoção na garganta, pelo irmão, ao ver Stephanie a chegar à igreja. Até Gideon ver a expressão de brincadeira do rosto de Joey, que estava atrás da irmã gémea.
Embora aquilo não o surpreendesse. Joey e ele tinham-se detestado assim que se tinham visto. No entanto, o que deixara Gideon paralisado acontecera depois, quando todos se tinham sentado enquanto os noivos e os padrinhos assinavam as atas e um anjo começara a cantar.
Uma só voz enchera a igreja, uma voz doce, clara e perfeita.
Gideon nunca ouvira algo tão belo como aquela voz. Sentira-se atordoado, completamente cativado por aquele som melódico, portanto, demorara um ou dois minutos a perceber que todos os convidados estavam a olhar para o lado direito da igreja. Então, vira que o «anjo» em questão era Joey McKinley.
Joey não sabia porque é que Gideon St Claire a fazia comportar-se sempre tão mal. A tal ponto que desfrutava de o provocar. Talvez fosse a sua atitude de superioridade que a incomodava. Ou o facto de parecer sempre tão frio. Era um homem contido desde a cabeça, com o cabelo loiro cortado na perfeição, passando pelos fatos à medida que vestia, sempre acompanhados por uma camisa branca e uma gravata de seda, até ao carro desportivo que conduzia. Se ela fosse tão rica como diziam que ele era, teria, pelo menos, um Ferrari vermelho!
Ou talvez estivesse ressentida com ele porque, há alguns meses, conseguira solucionar um problema muito delicado da irmã. Coisa que ela, por muito que tivesse tentado, não conseguira fazer.
Em qualquer caso, não podia ser porque era muito bonito, pois não parecia ter reparado nela como mulher.
Tinha o cabelo cor de mel, demasiado curto para o seu gosto, os olhos castanhos e intensos, as maçãs do rosto marcadas, os lábios sensuais e um queixo arrogante e quadrado.
Da primeira vez que o vira, não se atrevera, mas da segunda, parara para o estudar com atenção e Joey tinha a certeza, a julgar pela maneira como se mexia, como um predador, que o corpo que havia por baixo daqueles fatos de marca era atlético e musculado.
E tudo isso significava que Gideon St Claire era lindo. Ainda que, certamente, ferisse a sua sensibilidade reservada se lho dissesse.
Tendo em conta como era bonito, Joey achara estranho que fosse sozinho ao casamento dos dois irmãos. Como, além disso, não parecia ter reparado nela como mulher, Joey perguntara à irmã se gostava de homens em vez de mulheres. A irmã respondera que não e passara cinco minutos sem conseguir parar de se rir.
Portanto, o senhor Arrogante, Reservado e Sensual gostava de mulheres... Mas não dela!
Bom, era-lhe indiferente. Talvez Gideon St Claire fosse um dos homens mais atraentes que conhecera, mas a sua falta de interesse por ela fazia com que Joey ficasse sempre à defesa.
– Tens laringite ou não gostas das manhãs? – perguntou.
– E se parares de falar e me deres tempo para responder? – sugeriu, num tom tenso.
E ela pensou que tinha uma voz muito sensual, o que fez com que suspirasse em silêncio. Gideon não se mexeu para se aproximar dela.
– Menina McKinley...
– Joey.
– Importas-te que te chame Josephine?
– Claro que não, desde que não te importes que reaja como reagi da última vez que alguém tentou fazer algo parecido – declarou, com toda a naturalidade. – Acabou com um olho negro – acrescentou, sorrindo.
Ele arqueou as sobrancelhas.
– Não gostas do nome Josephine?
– É evidente que não.
Gideon apercebeu-se de que aquilo não estava a correr bem. Chegara à conclusão, desde que Lucan falara com ele no sábado à noite, de que a única solução para aquele problema era falar com Joey e explicar-lhe porque pensava que não iam poder trabalhar juntos. Em qualquer caso, certamente, ela também sabia que tinham pontos de vista diferentes.
E parecera-lhe um plano razoável. Até a ter encontrado pessoalmente. Só precisara de alguns minutos de conversa para perceber que a sua conclusão fora a correta. Contudo, também sabia que, se sugerisse que não iam conseguir trabalhar juntos durante um mês, Joey McKinley se empenharia em fazer exatamente o contrário.
Por uma vez na sua vida ordenada, Gideon não sabia o que fazer para