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Um bom pressentimento
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Ebook141 pages2 hours

Um bom pressentimento

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About this ebook

Ia mostrar-lhe os prazeres mais delicados….
O multimilionário rebelde Connor O' Brien estava danificado por dentro e por fora, prova da sua perigosa e obscura vida. Sophy Woodruff, a jovem inocente que vivia no piso ao lado, nunca tinha conhecido um homem tão incrivelmente sensual como Connor: intenso, melancólico e distante, era tudo o que ela poderia desejar.
Apesar da sua promessa de não comprometer-se com ninguém, Connor não conseguiu evitar levar Sophy para a cama. E, assim que a despiu, deixou de ter forças para afastar-se dela.
LanguagePortuguês
Release dateDec 1, 2015
ISBN9788468774558
Um bom pressentimento
Author

Anna Cleary

Anna Cleary always loved stories. She cried over Jane Eyre, suffered with Heathcliffe and Cathy, loved Jane Austen and adored Georgette Heyer. When a friend suggested they both start writing a romance novel, Anna accepted the challenge with enthusiasm. She enjoyed it so much she eventually gave up her teaching job to write full time. When not writing Anna likes meeting friends, listening to music, dining out, discussing politics, going to movies and concerts, or gazing at gardens.

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    Um bom pressentimento - Anna Cleary

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2008 Ann Cleary

    © 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Um bom pressentimento, n.º 1279 - Dezembro 2015

    Título original: Untamed Billionaire, Undressed Virgin

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-687-7455-8

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

    Sumário

    Página de título

    Créditos

    Sumário

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Se gostou deste livro…

    Capítulo Um

    O avião de Connor O’Brien deslizou sobre Sydney com os primeiros raios de luz do dia. A cidade materializou-se, como uma misteriosa colagem de telhados e mar escuro a emergirem da neblina da noite. Recebeu com agrado as comodidades após os desertos que atravessara nos últimos cinco anos, mas Connor não esperava sentir que voltava a casa. Para ele, Sydney era só mais uma cidade. Sentia-se tão pouco ligado às torres e arranha-céus como às mesquitas e minaretes que deixara para trás.

    Uma vez em terra, atravessou a alfândega sem sequer parar, graças ao seu estatuto de diplomata. O seu aspeto dissipava qualquer dúvida. Era apenas mais um australiano dos Serviços Secretos. Dirigiu-se ao terminal internacional com passo firme puxando pela mala de cabine e com a bolsa do computador na outra mão. Esquadrinhou com olho crítico os grupos de familiares adormecidos que esperavam os entes queridos para abraçá-los. Esposas e namoradas a sorrirem para os seus homens e crianças chorosas que corriam para os braços dos pais. Por ele ninguém esperava. Agora que o seu pai tinha morrido, não mantinha relações pessoais com ninguém. Ninguém corria perigo por conhecê-lo. O seu precioso anonimato continuava intacto. Ninguém se interessava em saber se Connor O’Brien estava vivo ou morto. E era assim que tinha que ser.

    As portas de vidro da saída abriram-se à sua frente e saiu para a madrugada do verão australiano sentindo-se a salvo na sua solidão. O céu tinha adquirido um tom cinzento pálido. Estava calor. O ténue aroma dos eucaliptos chegou-lhe com a brisa como se fosse o cheiro da liberdade.

    Enquanto procurava a paragem dos táxis, Connor coçou a barba e pensou nas comodidades de um bom hotel: um duche, pequeno-almoço, dormir…

    – Senhor O’Brien? – um motorista fardado saiu pela porta de uma limusina e tocou respeitosamente no boné. – O seu transporte, senhor.

    Connor ficou muito quieto com os nervos e os reflexos em alerta.

    Uma voz esganiçada saiu de dento do carro.

    – Vá lá ver, O’Brien, dá a bagagem ao Parkins para nos irmos embora.

    Connor conhecia aquela voz. Olhou com desconfiança para o interior pouco iluminado do veículo. Então viu um homem pequeno e mais velho acomodado, com uma expressão régia, no luxuoso tapete.

    Sir Frank Fraser. Um zorro astuto, uma lenda dos Serviços Secretos e um dos antigos colegas de golfe do seu pai. Segundo sabia, o antigo diretor tinha pendurado a capa e a espada há muito, retirando-se para viver da fortuna dos Fraser.

    Agora era um pilar respeitável da alta sociedade.

    – Bom, então de que estamos à espera? – a voz idosa encerrava um tom de incredulidade por não ser obedecido de imediato.

    A curiosidade de Connor foi mais forte do que o incómodo de se ver privado do seu momento de liberdade, por isso estendeu a mala a Parkins e deslizou no banco de trás da limusina.

    O idoso apertou-lhe logo a mão e com vigor.

    – Fico contente por ver-te, O’Brien – o homem observou as longas e fortes pernas de Connor e a sua constituição atlética com admiração. – Meu Deus, és a viva imagem do teu pai. Igualzinho ao Mick.

    Connor não tentou negar. Sim, herdara o cabelo negro como o breu e a pele de azeitona de algum antepassado espanhol que acabara na costa irlandesa após um naufrágio, mas o seu pai fora um homem familiar. Aí terminava a semelhança.

    – E parece que te correu bem. Para que departamento te contratou a embaixada? Assuntos Humanitários?

    – Algo assim – reconheceu Connor enquanto a limusina arrancava em direção à cidade. – Conselheiro humanitário na Secretaria de Imigração.

    O rosto idoso de sir Frank enrugou-se um pouco mais numa expressão pensativa.

    – Sim, entendo que precisem de mais advogados. Há muito trabalho para fazer aí.

    Uma visão do horror que tivera de enfrentar na embaixada australiana de Bagdad cruzou a mente de Connor. Incapaz sequer de descrevê-lo, limitou-se a encolher os ombros e esperou que o antigo camarada do pai soltasse o que tinha para lhe dizer.

    Sir Frank lançou-lhe um olhar penetrante e disse com perspicácia:

    – Não é suficiente toda essa tragédia para manter o teu interesse sem teres que dedicar-te ao outro trabalho que fazes? O teu pai dizia sempre que o Direito era o teu primeiro e único amor.

    Connor controlou todos os músculos para não reagir, embora tenha sentido uma leve pontada no estômago.

    – Sir Frank, há algo mais por trás desta conversa cordial, algo que me queira dizer?

    O idoso tirou um charuto do bolso superior da jaqueta.

    – Digamos que temos um amigo de um amigo em comum.

    Connor aguçou o ouvido. Aquela era a forma de contactos da agência. Mas, porquê o velho e não alguém que estivesse no ativo? Estava a considerar as possibilidades quando sir Frank usou um golpe baixo.

    – Sei que perdeste a tua mulher e o teu filho. Isso é muito duro. Quando foi?

    Connor agarrou com força a pega da mala e deixou que as cinzas e o pó voltassem a assentar-lhe na alma. Apesar do tempo que passara, ainda se surpreendia com a força do golpe.

    – Há quase seis anos. Mas…

    O idoso suavizou um pouco o tom de voz.

    – Já vai sendo tempo de tentares outra vez, rapaz. Um homem precisa de uma mulher, filhos que o recebam em casa. É hora de deixares esta forma de vida e de criares raízes. Esse trabalho em Bagdad… – abanou a cabeça – queima muito. Dois ou três anos deveria ser o limite, e tu já o passaste e bem. Dizem que te safaste por uma unha negra em várias ocasiões. É que és bom, o melhor. Mas não se pode permanecer demasiado tempo no topo – olhou para Connor de lado. – O homem que substituíste acabou com uma faca no ventre.

    Connor olhou para ele com uma mistura de incredulidade e frieza.

    – Obrigado.

    Mas o idoso estava lançado e gesticulava com crescente fervor.

    – Não cumpriria com o meu dever para com o Mick se não te dissesse isto, rapaz. Estás a brincar com a morte.

    – Tal como tu fizeste durante muito tempo – atirou-lhe Connor.

    – Pois foi, fi-lo, e aprendi uma lição. Ninguém sai nunca a ganhar deste jogo – sir Frank agarrou-lhe o braço. – Olha, posso mexer alguns cordelinhos. O teu pai tornou-te um homem rico. Poderias abrir o teu próprio escritório. Um bom advogado é sempre bem-vindo neste país. Aqui também há muitas injustiças. E um rapaz bonito como tu não demorará muito a encontrar outra mulher encantadora.

    O pedaço de gelo em que se transformara o coração de Connor desde o que se passara naquela montanha da Síria não registou nada. Sabia o que tinha perdido e o que nunca voltaria a ter. Agora vivia sem se prender a nada. O encontro ocasional com alguma mulher bonita bastava para afastar a escuridão.

    – A vida civil também oferece muitos desafios – insistiu sir Frank. – E tem as suas emoções – agitou o charuto, que ainda não tinha acendido. – Quantos anos tens? Trinta? Trinta e cinco?

    – Trinta e quatro – Connor sentiu os músculos abdominais ficarem tensos.

    Percebia perfeitamente a que se referia o idoso. Para trabalhar nos Serviços Secretos, os oficiais tinham que ser tão objetivos quanto assépticos nos seus contactos. Talvez alguns desenvolvessem aberturas com o tempo, através das quais alguma emoção poderia sair, mas ele não tinha nada com que se preocupar. Continuava tão frio e equilibrado no seu trabalho como sempre. E precisava da constante ameaça da morte para percecionar que estava vivo.

    – Sir Frank – prosseguiu com voz profunda e pausada, – agradeço-lhe a sua preocupação, mas não é necessária. Se tem algo para dizer, diga já. Caso contrário, o seu motorista pode deixar-me aqui.

    Sir Frank olhou-o com aprovação.

    – Um tipo direto, tal como o Mick. Exatamente igual a ele – abanou a cabeça e suspirou. – Oxalá o Elliott fosse tão claro.

    Ah. Por fim. Aí estava o busílis da questão.

    – O seu filho?

    – Era disso que queria falar contigo. Algo se passou.

    Pelo que Connor sabia, Elliott Fraser era um daqueles cinquentões ricos que dirigiam o setor financeiro.

    – Meteu-se em algum sarilho?

    O idoso parecia abatido.

    – Pode dizer-se que sim. Trata-se de uma mulher.

    Connor inspirou com força.

    – Olhe, acho que o informaram mal, sir Frank. Estou aqui de licença – afirmou com um tom frio. Era necessário deixar claro ao homem a sua rejeição. – Não voei do outro lado do mundo para solucionar a vida amorosa do seu filho.

    Sir Frank ficou vermelho de indignação.

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