Junto às amendoeiras
By Jennie Adams
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About this ebook
Stacie Wakefield estava cansada de ter sempre um papel secundário. Quando a sua espampanante irmã mais velha lhe roubou o namorado, isso foi a gota que fez transbordar o copo. Foi-se embora e começou uma vida feliz, sozinha. Até que conheceu o seu novo chefe, o melancólico ex-soldado Troy Rushton.
Depois de sofrer uma lesão grave, Troy estava muito ocupado a reorganizar a sua vida para se preocupar com o seu coração. Além disso, Stacie merecia o conto de fadas completo, não apenas um homem ferido como ele. Troy mostrou-lhe a mulher que podia ser… e ela demonstrar-lhe-ia que necessitava que o príncipe encantado estivesse ao seu lado.
Jennie Adams
Australian author Jennie Adams is a Waldenbooks bestseller and Romantic Times Reviewer's Choice Award winner with a strong International fanbase. Jennie's stories are loved worldwide for their Australian settings and characters, lovable heroines, strong or wounded heroes, family themes, modern-day characters, emotion and warmth.Website: www.joybyjennie.com
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Junto às amendoeiras - Jennie Adams
Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2011 Jennie Adams
© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.
Junto às amendoeiras, n.º 1428 - Maio 2014
Título original: Once Upon a Time in Tarrula
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-5127-6
Editor responsable: Luis Pugni
Conversión ebook: MT Color & Diseño
Índice
Portadilla
Créditos
Índice
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Volta
Capítulo 1
– Ouve, Stace, não sei como aconteceu. Só me virei durante alguns segundos.
– Estavas a falar de futebol e deixaste de prestar atenção. Não podes fazer isso quando és o responsável, Gary – Stacie Wakefield não deixou que o assistente do chefe da secção da fábrica de processamento de amêndoas respondesse. – Quando Carl não está cá, és o encarregado!
Estavam até ao tornozelo num mar de amêndoas com casca. Stacie apercebera-se do problema do escritório do andar superior e fora a correr para chegar quando a sobrecarga caía ao chão.
– Mais cinco minutos, Gary, e esta secção atrasou-se tanto em relação às outras que tive de parar a fábrica à espera da matéria-prima. O facto de Carl não estar cá hoje não significa que...
– Está bem, talvez me tenha distraído – resmungou Gary. – Vou solucionar tudo, portanto, acalma-te. Já tinha detetado o problema antes de chegares, não já? – piscou-lhe o olho como se quisesse convencê-la de que estava tranquilo e de que ela devia imitá-lo.
– Percebeste demasiado tarde. Espero que trates de tudo.
– Claro. Vou já tratar disto. O tempo é ouro – depois, foi-se embora rapidamente.
Stacie interrogou-se porque desaparecera tão depressa e teve a certeza de que se devia ao facto de, por trás dela, se aproximar o novo patrão.
«E não se vai embora para voltar num momento mais conveniente só porque não queres que veja as amêndoas caídas nem porque és responsável por isso», pensou. «Carl pediu-te para tomares conta do novo patrão.»
Só tinha de se apresentar e cumprimentá-lo. Se ele precisasse de alguma coisa que não fosse da autoridade dela, dir-lhe-ia o que dependia dela ou não. Resolveria tudo.
Adotou o que esperava que fosse uma expressão tranquila e serviçal e virou-se.
Na verdade, um homem de um metro e oitenta de altura, forte e loiro estava a alguns passos dela.
Tentou controlar-se enquanto, com os olhos esbugalhados, observava o peito dele, tão largo que enchia todo o seu campo de visão. Usava uma t-shirt branca e justa, um casaco de veludo castanho, umas calças de ganga e umas botas de trabalho.
Tinha o queixo quadrado e o nariz reto. As feições e a atitude denotavam força e uma presença que não passava inadvertida.
Reparou na boca e nos lábios que tinham sido feitos para beijos longos e lentos. Os olhos eram de uma mistura de cores, castanho, verde, azul e cinzento, emoldurados por pestanas pretas. Naquele momento, examinavam-na com atenção.
Era um homem que não se intimidaria com um desafio nem fugiria se as coisas se tornassem difíceis.
Teria visto Gary a piscar-lhe o olho? Teria ouvido as palavras dele ao ir-se embora?
E porque se dedicava a pensar em beijos à frente do novo patrão e em como lhe parecia atraente?
Não devia estar a pensar nessas coisas, mas a culpa era do ex-namorado, que deixara há quatro meses, e da quantidade de desenganos nesse campo que acumulara com os anos.
Ergueu o queixo. Decidira estar sozinha e era muito mais feliz assim.
A beleza que observara no novo dono da fábrica era apenas uma forma de análise. Mais nada.
– Olá – pigarreou para esclarecer a voz que, de repente, parecia rouca. – É o novo patrão? Sou Stacie Wakefield, auxiliar administrativa – estendeu-lhe a mão.
O mais provável era que tivesse uma esposa à espera em casa ou uma namorada para desfrutar dos beijos. Claro que teria alguém. Do mesmo modo que, no caso dela, houvera uma irmã à espera...
Pensar nessas coisas não ia ajudar em nada.
O que tinha de fazer era pensar que voltara a começar do zero.
Mudara-se para a cidade de Tarrula, entre Sidney e Melbourne, e conseguira aquele emprego enquanto montava um negócio na sua própria casa que lhe servisse para viver. E enquanto estivesse na fábrica, mesmo que o seu trabalho fosse datilografar, arquivar e atender o telefone, faria o melhor possível.
– Carl desculpa-se por não estar aqui para lhe dar as boas-vindas. Não se sente bem, mas espera estar de volta amanhã.
– Então, ficarei mais tempo hoje do que pensava, para preencher o vazio. Sou Troy Rushton.
Uma mão forte e capaz apertou a dela.
De forma simples, ele apropriara-se da situação.
– Stacie – começou a dizer, antes de perceber que já lhe dissera o seu nome.
Eram os nervos. Aquele formigueiro que sentia nos dedos tinha de ser nervos, tal como o zumbido que sentia na cabeça e que a fizera perder o fio à meada.
Queria causar boa impressão porque queria conservar o emprego. O problema com a carga enervara-a. E também o facto de Carl ter ligado naquela manhã, no último momento, para lhe dizer que estava doente.
Ao retirar a mão, Stacie começou a alisar a saia, mas deteve-se. Estava totalmente apresentável.
Embora desejasse não ter pintado as unhas de um cor-de-rosa iridescente naquele dia. Contudo, as unhas eram o único capricho que se consentia em termos de beleza.
Quando eram mais jovens, as irmãs diziam que a sua forma de pintar as unhas era de mau gosto e pouco sensual. Duas bonitas Cinderelas e um patinho feio.
As irmãs tinham herdado todos os genes da beleza, o que não importara até à situação com Andrew e Gemma.
– Vejo que há um problema. Quem é o encarregado? – Troy examinou-lhe o rosto e o cabelo castanho.
Stacie pensou que parara para olhar para ela. Seria um sinal de interesse?
Alguns segundos depois, Troy dirigiu o olhar para a zona onde o incidente tivera lugar. O mais provável era que nem sequer tivesse reparado nela. Estava a portar-se como uma estúpida em dois sentidos, já que, em primeiro lugar, não devia ter observado as qualidades dele. Para ela, tudo isso acabara.
Além disso, até àquele momento, não enfrentara toda a dor da situação de que tentara fugir ao mudar-se para ali.
Só voltara uma vez para visitar a família. O que mais podia esperar-se que fizesse?
Visitá-la quando Andrew e Gemma estivessem lá.
– É Gary – Stacie conduziu-o até ao encarregado.
Troy Rushton coxeava da perna esquerda e, enquanto andava ao seu lado, a expressão dele pareceu endurecer-se, não por causa da dor, mas por causa da frustração.
Seria uma lesão permanente? Qual era a história de Troy? O que o levara até àquela pequena cidade e até àquela fábrica? Stacie fez-se muitas perguntas, mas era natural sentir certa curiosidade, já que era o novo patrão. Além disso, era muito bonito.
– Vou explicar-lhe as operações da fábrica o melhor que puder e, se precisar de informação que possa ajudá-lo a instalar-se com a família...
– Não tenho família – interrompeu, sem nenhum vislumbre de emoção. – E o resto pode esperar até solucionarmos este problema de produção.
Portanto, era solteiro, o que era irrelevante, certamente.
Stacie deteve-se à frente de Gary.
– Gary, Troy Rushton, o novo dono. Este é Gary Henderson, senhor Rushton.
Apertaram a mão.
– O que aconteceu aqui? – perguntou Troy
– Bom... A maquinaria avariou.
– Porquê?
O tom da pergunta não admitia uma desculpa como resposta.
– Vou voltar para o escritório – indicou Stacie.
Troy lançou-lhe um breve olhar.
– Temos de limpar isto. Depois, continuaremos a falar – afirmou Troy, dirigindo-se a Gary. Depois, virou-se para ela. – Já vou ter consigo.
Stacie subiu para o escritório. Pôs água a ferver na pequena cozinha e voltou para a secretária. Troy já estava lá.
O ambiente no escritório tornou-se mais vivo e vibrante.
«Porque pensas isso?», reprovou-se.
– Quer beber alguma coisa quente enquanto lhe explico o funcionamento da fábrica?
– Não, obrigado, mas visto que Carl não está cá, temos de ver o que é preciso fazer. Traga o trabalho pendente e um caderno.
Dirigiu-se para a secretária do gerente e sentou-se como se fosse dele.
O aspeto dele era muito mais vital e juvenil do que o de Carl. Era um homem por quem todas as mulheres da cidade se apaixonariam.
Exceto ela, que estava imunizada.
Ou os homens pareciam imunes a comprometer-se com ela. Pelo menos, Andrew e os outros que as irmãs tinham deslumbrado.
«Já não importa, Stacie», pensou.
E era assim. Decidira viver a sua vida numa nova cidade, com um novo emprego e com novas metas.
Porém, ainda arrastava a antiga bagagem, já que não conseguia livrar-se dela.
No entanto, podia não lhe fazer caso, concentrando-se na sua nova vida.
– O problema que tivemos...
– Já está solucionado – afirmou ele, – graças ao facto de o ter detetado com tanta rapidez – olhou para ela nos olhos.
– Como sabe?
–