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Um Passo Para a Morte: Uma História Real de Mistério Sobre uma Experiência de Coma
Um Passo Para a Morte: Uma História Real de Mistério Sobre uma Experiência de Coma
Um Passo Para a Morte: Uma História Real de Mistério Sobre uma Experiência de Coma
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Um Passo Para a Morte: Uma História Real de Mistério Sobre uma Experiência de Coma

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About this ebook

Essa história real tornou-se uma cera história de mito urbano nessa região, mas eu estava lá naquela época.

Quando três amigos recebem um golpe de sorte depois de participarem juntos de um jogo no pub que frequentam, suas vidas sofrem uma reviravolta pela subsequente tragédia acontecendo com um dos amigos.
Michael é atingido na cabeça e está coma, a um passo da morte.
O seu companheiro de bebida, Steve, relembra a história daquela noite, da sorte até o infortúnio e o mistério que cercam a condição de Michael, sua recuperação, suas lembranças estranhas e o seu novo talento.
A experiência desafia todos os envolvidos a olhar mais para perto de suas próprias vidas e o que está por vir.

LanguagePortuguês
PublisherBadPress
Release dateNov 21, 2017
ISBN9781547500079
Um Passo Para a Morte: Uma História Real de Mistério Sobre uma Experiência de Coma

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    Book preview

    Um Passo Para a Morte - Jesamine James

    Sumário

    1  –  Dez

    2  –  Nove

    3  –  Oito

    4  –  Sete

    5  –  Seis

    6  –  Cinco

    7  –  Quatro

    8  –  Três

    9  –  Dois

    10 – Um

    11 – Zero

    1  Dez

    Na noite do acidente com Michael, eu havia ido a um pub depois do trabalho, como eu sempre costumava fazer. Na maioria das vezes, eu iria tomar algumas doses e conversaria com alguns outros caras que também estavam se livrando do peso de um dia duro de trabalho. Houve ocasiões em que a atmosfera era muito agradável para simplesmente ir embora e eu ficava até mais tarde do que seria adequado para alguém que deveria acordar cedo e estar disposto pela manhã. Mas, oras, eu não vivia para trabalhar.

    Houve um tempo em que essas minhas atitudes saíram do controle e meu hábito de beber tornou-se um problema não só para mim, mas também para minha família, meus colegas e meus amigos. Quando eu percebi no que estava me transformando, eu superei esse meu problema e minha vida voltou a ficar sob controle... até certo ponto. Ser um alcoólatra não era uma opção. Eu não me classificava como um alcoólatra em si, mas jurar que eu nunca mais beberia outra gota de álcool na minha vida, seria como estar admitindo que eu era um alcoólatra. Esse era um problema que eu lutava para controlar, para que eu pudesse desfrutar de uma vida normal, render no trabalho e passar tempo aproveitando a diversão de beber com meus amigos. Eu adorava meu trabalho, na maior parte do tempo. Nem sempre era satisfatório, mas quando era, era realmente fantástico. Eu até mesmo comecei a acreditar em milagres, mas isso eu guardei para mim mesmo. O cérebro humano é incrível e funciona de uma forma misteriosa, especialmente quando se trata de autopreservação. Mas nem sempre de uma forma positiva.

    Sentado no bar, em meu lugar habitual, e ouvindo alguns operários que trabalhavam em uma fábrica próxima fazendo piadas maldosas sobre um dos funcionários naquele dia de trabalho, meu amigo Michael juntou-se a mim.

    Como você está, Steve? ele disse e me deu um tapinha nas costas, enquanto puxava um banco para si.

    Relaxando. Você está de bom humor. Foi demitido?, eu ri.

    Eu seria muito sortudo se tivesse. Passou perto. Hoje me promoveram a supervisor.

    Que ótimo. Mais dinheiro?

    Difícilmente! Mas agora eu posso ser um pé no saco. Ele sorriu.

    As bebidas são por sua conta, então, respondi.

    Michael bateu o punho no balcão do bar e gritou BEBIDAS!.

    A atendente do bar, uma mulher, Sharon, virou a cabeça e lhe deu um olhar enojado, antes de andar lentamente em nossa direção.

    O de sempre?, perguntou ela.

    Por favor. Um para Steve e um para você também. Estou comemorando que me tornei um pé no saco.

    Obrigada. Vou beber quando terminar o expediente... E você sempre foi um pé no saco, ela respondeu enquanto começava a servir as bebidas.

    Isso é um pouco difícil. Eu acabei de te pagar uma bebida. Eu não sou um pé no saco oficialmente até a próxima segunda-feira, mas posso começar a praticar. Ele riu, mas Sharon não achou graça. Ela serviu nossas bebidas, pegou o dinheiro dele e não retornou com o troco.

    Cadela, disse Michael, se virando para mim.

    Vocês formariam um ótimo casal. O pé no saco e a cadela, sorri.

    Isso nunca vai acontecer. Ela me odeia.

    Eu duvido muito disso. Vocês dois combinam muito bem. Vocês me lembram de um velho casal briguento que se ama muito. Eu acho que é apenas um disfarce do trabalho dela, porque ela sempre fica atrás do balcão. Aposto que se vocês se encontrassem em outro lugar, seria diferente.

    Sim! Você realmente pensa assim?, ele disse. Eu podia ouvir seu cérebro funcionando.

    Eu aposto.

    Michael franziu o cenho e seus olhos se moveram para trás e para frente enquanto ponderava algum plano astuto.

    O que está passando pela sua cabeça? Vai convidar ela para sair ou está planejando seguir ela?, eu perguntei.

    Nenhum dos dois. Eu estava calculando quanto dinheiro eu poderia me dar ao luxo de apostar com você. Não vou seguir ela para lugar nenhum - ela me mandaria para a cadeia. Você acha que eu deveria chama-la para sair? Ela não pode me matar por convidar, eu imagino.

    Talvez você deva. Mas eu esperaria pelo momento certo. Ela não parece estar de bom humor agora.

    Quem sabe isso pode animá-la, mesmo que ela diga não. Sharon, venha aqui, ele chamou-a no bar.

    Espere. Estou atendendo, ela gritou de volta.

    Michael bebeu um grande gole de cerveja, levantou-se e remexeu em seu bolso por um momento, enquanto a esperava. Fiquei intrigado com o que estava por vir e não esperava que fosse algo positivo.

    Sharon lentamente veio até nós. O que foi?, ela falou.

    Eu tenho uma moeda de dois contos aqui, disse Michael, mostrando a moeda.

    E?, ela franziu o cenho.

    Eu quero que você ganhe essa moeda. Eu aposto que posso fazer seus peitos se agitarem sem tocar em você ou em suas roupas, mantendo minhas mãos longe o tempo todo. Michael parecia sério, mas eu conhecia o truque e me encolhi com o que ele estava prestes a fazer. Era uma maneira estranha de conseguir um encontro ou talvez ele fosse ficar só apavorado no fim do truque e não a convidasse para sair. Segurei minha respiração.

    Há quanto tempo você acha que eu estou neste trabalho, hein? Eu já caí nessa gracinha uma vez e foi há muito tempo atrás, ela disse, e seu lábio superior se curvou quase tocando seu nariz.

    Não, Sharon. Você está me entendo mal. Isso é magia, não um truque, implorou Michael.

    Que baboseira! Se eu aceitar a aposta, você pega meus peitos e os agita. Então você diz algo como ‘Valeu os dois mangos’ e eu fico parecendo uma idiota. Eu não nasci ontem e você deveria crescer. Você tem trinta anos, pelo amor de Deus!

    E meio. Trinta anos e meio, fique você sabendo. Mas valeu a tentativa. Michael encolheu os ombros e se sentou de volta.

    Sharon pegou a moeda de dois contos, Ganhei! e se afastou.

    Então, onde você acha que errou?, perguntei.

    Dois contos não eram suficientes. Se eu tivesse apostado mais, ela teria aceitado, ele sorriu.

    E como isso teria te resultado em um encontro?

    Não teria, mas pense o quanto iria custar um encontro sem a garantia de que eu pudesse pegar nos peitos dela no fim. Ele piscou para mim e eu vi através do sorriso descontraído em seu rosto. Ele estava realmente aterrorizado em convidá-la para sair.

    Ele tinha trinta anos. Trinta anos e meio, para ser mais exato, e morava com sua mãe. Eu tinha quase a mesma idade e também vivia com meus pais, mas eu não achava que isso fosse estranho. Michael nunca mencionava alguma ex-namorada. Ele gostava de garotas; isso era suficientemente claro. Além disso, havia uma faísca entre ele e Sharon, mas, por algum motivo, ele havia criado uma barreira nessa situação. Eu me perguntei se ele já sofreu no passado por alguma ex. Eu já conheci homens como ele antes. A brincadeira e a grosseria escondiam bem o medo dele. Eu queria saber se a minha análise de Michael estava correta, mas ele estava com um humor tão bom que eu não quis acabar com ele. Apaguei a ideia da minha mente e pedi outra rodada de bebidas, enquanto Tom passava pela porta.

    E traz uma para o Tom também, eu disse a Sharon.

    Ora ora, ouvi dizer que tenho um novo chefe, disse Tom, chegando atrás de Michael e segurando-o pelos ombros.

    Michael sorriu com constrangimento. Tom era uns dez anos mais velho que nós dois, mas não era mais maduro. Ambos trabalhavam na mesma empresa de engenharia e acredito que foi Tom quem primeiramente conseguiu um emprego para Michael, os dois eram conhecidos do pub. Agora, Michael estava acima dele, o que explicaria suas bochechas rosadas de constrangimento.

    Peguei minha carteira para pagar pelas bebidas, mas fui interrompido por Tom.

    Ah, não, você não. O novo pé no saco está comemorando e é ele que deve pagar as bebidas, ele sacudiu os ombros de Michael até que ele assentiu.

    Por mim tudo bem, Michael respondeu, pegando sua carteira. Ele suspirou ao abrí-la.

    Tom apontou para o copo de Michael. Por que você está bebendo cerveja? Eles não têm champanhe aqui? Pelo menos um uísque destruidor, Michael. Vamos lá. Onde você estaria sem mim?

    OK. Três uísques também, por favor. Michael acenou com a cabeça para Sharon.

    Eu não queria ser um estraga prazeres, então, contra meu melhor julgamento, eu não recusei. Eu só não ficaria até tarde. Não em uma quarta-feira à noite.

    Michael colocou uma nota de vinte libras no balcão do bar e Tom disse a Sharon para preparar uma bebida para si também. Todos sabíamos que isso significava que nada diferente aconteceria, mas quando ela voltou do caixa, estava carregando um bloco de rifas.

    Alguém interessado? Está em oitocentas e algumas libras agora.

    Não tenho mais dinheiro, respondeu Michael.

    Oh, querido!, disse Sharon com um sorriso malicioso antes de se voltar para mim.

    Eu não vou ficar por aqui até tão tarde, eu disse.

    Eu posso ficar com ele em seu nome e tentar ganhar, se você tiver o bilhete da sorte. Apenas deixe-o no balcão comigo, ela respondeu.

    Não! Não confie nela. Eu vou resolver isso, interviu Michael.

    Ela olhou para ele enquanto pensava em uma resposta, mas eu rapidamente interrompi, antes que uma guerra começasse.

    Vou comprar dois bilhetes, um para o Michael. Se ele ganhar, nós dividimos. Justo?, eu perguntei.

    Um brinde, parceiro.

    Relutantemente, Sharon entregou a Michael dois bilhetes e eu os paguei. Tom comprou um bilhete também e fomos deixados em paz, enquanto ela se arrastava pelo resto do bar para vender mais bilhetes.

    Está ficando bastante lotado aqui esta noite, comentei.

    É por causa do sorteio. É o maior prêmio de todos os tempos. Ninguém ganhou nada por semanas e, pela quantidade de bilhetes que ela está distribuindo, eu diria que será algo próximo de mil libras quando Paul vier e fazer o sorteio. Michael respondeu.

    Alguém vai ter uma ótima noite, então, eu disse.

    Sim, eu. Vamos ver se ela faz cara feia para mim quando eu tiver toda aquela grana no meu bolso. Michael deu um tapinha na carteira vazia.

    Tom estava olhando para seus bilhetes, então Michael

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