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Uma aposta arriscada
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Ebook176 pages2 hours

Uma aposta arriscada

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About this ebook

Quando Gabe Donofrio, o melhor amigo de Charlotte Taylor, lhe disse que ela não era o tipo de mulher pela qual os homens se apaixonavam, a jovem apostou com ele mil dólares em como conseguiria uma proposta de casamento em menos de um mês.
Começou então a transformação daquela rapariga desajeitada numa atraente sereia e, quando o "solteirão mais desejado da América" foi morar para a casa ao lado da dela, Gabe, finalmente, percebeu o terrível erro que cometera...
LanguagePortuguês
Release dateSep 1, 2018
ISBN9788491887874
Uma aposta arriscada
Author

Cathy Yardley

Cathy Yardley has always been entranced by fairy tales and now spends her time giving them her extra-special touch. This multi-published author enjoys movies, video games, cooking, and plotting world domination (just kidding; she hates to cook). When not writing, she spends time in her beautiful San Diego home with her husband and son.

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    Uma aposta arriscada - Cathy Yardley

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2000 Cathy Yardley

    © 2018 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Uma aposta arriscada, n.º 427 - setembro 2018

    Título original: The Cinderella Solution

    Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

    Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

    As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-9188-787-4

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Créditos

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Se gostou deste livro…

    Capítulo Um

    – Vou assassiná-lo – dizia Charlotte, entre dentes, enquanto pisava no acelerador a fundo, o que não era nada fácil com os sapatos de salto alto que tinha calçados. – Terei de me conter e não vomitar durante o casamento, e depois vou assassiná-lo.

    Os pneus guincharam ao entrar no estacionamento da igreja de Santa Maria. Tinha feito a curva demasiado depressa. Abanou a cabeça. A ressaca martelava na sua cabeça como uma perfuradora mecânica.

    De todos os dias possíveis para ter uma ressaca, aquele era o pior.

    Parou em seco e puxou pelo travão de mão. Olhou-se num instante ao espelho retrovisor e fez uma careta de desagrado ao verificar a palidez esverdeada do seu rosto.

    – Vou assassiná-lo – repetiu.

    Saiu do carro, praguejando por não conseguir ir suficientemente rápido para não estragar o vestido cor-de-rosa pálido de dama de honor, e fechou a porta do carro com força. O barulho ressoou na sua cabeça como se fosse oca. Quase nunca bebia e só tivera uma ressaca em toda a sua vida. Já não se lembrava, mas certamente não tinha sido tão má quanto aquela. Nada podia ser tão mau quanto aquilo.

    – Já estava na hora – ouviu que diziam, em voz alta, desde os degraus da igreja. – Estávamos à tua espera.

    Enganara-se. Realmente havia algo pior.

    – Vou assassinar-te – murmurou.

    Gabe Donofrio sorriu maliciosamente desde os degraus. Estava muito atraente, como sempre. O moreno da sua pele brilhava sem o menor rasto da noite anterior. Os seus olhos cinzentos não estavam turvos, mas brilhavam com um humor malvado. O seu cabelo escuro e o seu brilhante sorriso poderiam fazer a capa de uma revista. Na realidade, tinha o aspecto de ter passado o serão com um livro entre as mãos e a beber um copo de leite, embora ela soubesse perfeitamente que a noite tinha sido bem diferente. Tinha passado a noite a fazer o possível para que ela tivesse aquele aspecto horrível que tinha!

    – Então – declarou Gabe, fitando-a nos olhos e aproximando-se dela para lhe agarrar no braço, – estamos de ressaca, não é?

    – Cala-te, a culpa é tua – replicou Charlotte, agarrando-se ao corrimão metálico das escadas como se fosse a sua tábua de salvação. – A propósito, porque é que me levaste à despedida de solteiro de Brad?

    – Tinhas outros planos? Se tivesses ficado em casa da minha mãe e tivesses acompanhado a minha irmã e a sua amiga Dana, terias enlouquecido – declarou Gabe. – Porque agora que Bella se vai casar, só ficas tu e não te vão deixar em paz até que arranjes um par.

    Charlotte sabia que Gabe tinha toda a razão. Por outro lado, à dor de cabeça começava a juntar-se um certo mal-estar estomacal.

    – Pois, e pensaste que o melhor seria preparar a coitada da Charlotte para o assédio que vai começar a sofrer a partir de amanhã… e claro! Levá-la a ver como uma bailarina mostrava o rabo na praia a altas horas da noite era o melhor que podias ter feito!

    – A verdade é que aquilo da bailarina era secundário, o que mais importava era meter-te dez tequilas no corpo para te levantar um pouco a moral – informou Gabe, com um sorriso. – Ouve, Charlie, ninguém te colocou uma pistola no peito e te obrigou a beber!

    – Não, mas fizeste uma aposta comigo! – exclamou Charlotte, apontando-o com o dedo em riste. – Apostaste comigo o salário de uma semana que não aguentaria o teu ritmo e, claro, vi-me na obrigação de manter bem alta a bandeira feminina.

    – A bandeira feminina? Ah, estou a ver – declarou Gabe, soltando uma gargalhada. – Andamos com esta brincadeira desde os oito anos. Nunca disseste que não a uma aposta minha e, deixa-me acrescentar, nunca me ganhaste uma aposta.

    – Cala-te – murmurou Charlotte, – ou vou acabar por vomitar sobre o teu fato Armani.

    – Talvez melhorasse com a decoração – replicou Gabe, entrando na igreja. – Acho que Bella meteu neste lugar todas as gardénias da Califórnia. A verdade é que não sei como uma mulher excessivamente feminina como ela pode ter uma amiga tão simpática e tão normal como tu.

    Charlotte parou em seco na pequena entrada da igreja. O penetrante aroma das flores estava a dar-lhe a volta ao estômago.

    – Oh, Deus – murmurou, e cambaleou.

    Gabe, percebendo a situação, declarou:

    – Ânimo, princesa. Acalma-te, não te vai acontecer nada – confortou-a.

    Charlotte venceu a sua vontade de dar meia volta e sair para o ar fresco.

    – Como é que está Bella? – inquiriu, com vontade de distrair a sua mente do seu maltratado estômago.

    Gabe encolheu os ombros.

    – Como quem acabou de sair de uma fábrica de sedas.

    – Basta que o seu vestido seja metade de desconfortável do que o meu, que tenho pena dela.

    – Vai casar e isso chega para ter pena dela – comentou Gabe, e olhou para Charlotte ainda preocupado. – Sentes-te melhor?

    – Não muito – replicou ela, suspirando. – Mas terei de aguentar. Conformo-me com não vomitar sobre ninguém e evitar a maldita pergunta.

    Gabe sorriu.

    – Referes-te à inevitável pergunta: «E tu, quando é que te casas, Charlotte, querida?» – indagou, parodiando uma voz feminina, ridícula e nasal.

    – Exactamente – disse Charlotte, tentando esquecer aquela questão, que era dolorosa mesmo quando se falava a brincar. Era como se levasse a sua vida a responder a perguntas como aquela: «Quando é que vais encontrar um rapaz de que gostes, Charlotte?», «Porque é que não fazes como as outras raparigas, Charlotte?», «Como é que vais encontrar um homem com essas ideias na cabeça, Charlotte?».

    Estava solteira porque queria. Tinha dito aquelas palavras tantas vezes que quase lhe parecia que estavam escritas na sua testa.

    – Sabes muito bem que evitarias esse tipo de perguntas se não continuasses a aceitar ser a dama de honor. Quantas vezes foste dama de honor? Três, com esta?

    – Quatro – corrigiu Charlotte, tentando manter-se direita.

    – Ah, sim. Então, já sabes, depois de seres dama de honor quatro vezes e conhecendo a minha família, prepara-te para resistir a uma série de perguntas.

    – Sim, mas trata-se de Bella, Gabe – explicou Charlotte. – Poderia ter-me recusado a assistir aos outros casamentos, mas não ao de Dana e ao da tua irmã… tive que aceitar. A tua família é a minha família – declarou, fitando a porta que dava para a nave da igreja, – sobretudo desde que o meu pai morreu.

    – Eu sei – declarou Gabe, e sorriu. – Suponho que sei isso desde que a minha mãe te perguntou quando é que lhe ias dar um neto.

    Charlotte voltou a sentir aquela pontada, embora desta vez fosse algo diferente. Não se tratava exactamente de frustração, mas talvez de inveja.

    – O caso é que faria qualquer coisa pelos meus amigos, já sabes. Por exemplo, a única razão pela qual ainda não te assassinei, é porque és o meu melhor amigo – anunciou, fitando-o com um sorriso fraco. – Mas, aviso-te, se voltares a fazer-me isto, não me responsabilizo pelos meus actos.

    – Claro, nunca mais – replicou Gabe, solenemente e sem poder conter um sorriso.

    Ao entrar na igreja, Charlotte reparou nos dez pares de olhos que se fixaram nela, nos olhares inquiridores de todas as tias de Gabe, que imediatamente deram passo a sorrisos cúmplices.

    – Suponho que não queres apostar um jantar que não és capaz de evitar as minhas tias antes do banquete – murmurou Gabe, muito divertido com a situação. – Enquanto esperava, deixei no ar a ideia de que talvez tu estivesses interessada em ouvir os seus conselhos sobre o tema: «Caça ao homem».

    – Dois jantares – replicou Charlotte, entre dentes – E lembra-me de te assassinar quando tudo isto acabar.

    – Estou à procura de Charlotte – gritou Gabe, para se fazer ouvir sobre a música e o tumulto dos pares que deslizavam pela pista de dança. – Desapareceu assim que tirámos as fotografias. Viram-na?

    – Não! – replicou o seu amigo Ryan, olhando para o grupo de amigos com quem se encontrava. Todos negaram com um gesto. – Se a vires, diz-lhe que esta noite vamos ter um jogo em casa de Mike.

    Gabe anuiu.

    – Se houver algo que a possa tirar do seu esconderijo é um bom jogo de póquer – declarou Gabe, e continuou a procurar.

    Empenhava-se tanto em tirar Charlotte do humor sombrio que a dominava naqueles dias e encontrar alguma distracção que evitasse a «fatídica pergunta», que esquecera que ele também era o objecto da mesma pergunta… e não por parte das tias. Estava há mais de uma hora à procura da sua amiga e, provavelmente, também estava a evitar a atenção de alguma pretendente mais insistente do que o normal.

    Sentiu que alguém lhe punha as mãos no ombro.

    – Olá, mano.

    Virou-se. Tratava-se do noivo, e suspirou com alívio.

    – Eh, Brad, como é que te sentes depois de casares com a minha irmã?

    Brad sorriu. Os seus olhos estavam brilhantes.

    – O homem mais feliz do mundo.

    – Isso dizes agora – declarou Gabe, com um grande sorriso, empurrando amigavelmente o seu cunhado.

    – A sério, quando encontrares a pessoa certa, não há nada parecido… nada.

    – Está bem, acredito – replicou Gabe, algo incómodo por aquela declaração que parecia tão sincera. – Dá-me a impressão de que estou rodeado por mulheres que procuram o homem certo. Os casamentos têm um efeito estranho sobre as mulheres. Acho que se perguntasse a qualquer solteira neste momento se queria ir a Las Vegas para casar comigo, responder-me-ia afirmativamente – declarou, olhando à sua volta. – E nem sequer me conhecem!

    – Por isso é que iam contigo.

    Gabe ouviu a voz de Charlotte atrás dele.

    – Eh… – chamou, virando-se.

    Mas Charlotte já se afastara, perdendo-se no fundo da sala. Antes de que a pudesse seguir, Brad voltou a falar:

    – E Charlotte? – inquiriu. – Sabes? Esta manhã, quando vos vi entrar na igreja, quase que não a reconheci. Pode ter sido de todos aqueles caracóis… não me lembro da última vez que a vi com um vestido.

    – A ressaca também não devia ajudar muito – acrescentou Gabe, tentando em vão ver para onde a sua amiga se dirigia. – Ontem arrastei-a para a tua festa e apostei um jantar com ela como não conseguia beber tanto como eu.

    Brad franziu a testa.

    – Levaste uma mulher para a minha despedida de solteiro?

    – Não, levei Charlotte. Há uma ligeira diferença – ao ver que não convencia Brad, Gabe encolheu os ombros. – Sentámo-nos num canto, Brad. Ela sempre pertenceu ao grupo e não estávamos em nenhum antro de perversão, pois não?

    – Mas o fundo da questão é que não deve haver mulheres numa despedida de solteiro! – exclamou Brad, abanando a cabeça. – E Charlotte não é nada de desprezar, quando quer, é muito atraente, quando não está a planear o teu assassinato.

    – Já lhe vai passar. Diabo, as suas brincadeiras são piores dos que as minhas! –

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