O cemitério das palavras que eu nunca disse: Poemas de uma garota não tão comum sobre o cotidiano
By Julia Coelho
5/5
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About this ebook
Embarcando nessa viagem de sentimentalismo, o livro foi divido em quatro partes.
Elas falam em especial sobre o amor, a melancolia, a autoestima e principalmente sobre o cotidiano.
A autora busca expressar originalidade e uma visão especialmente sua sobre cada critério dentro da realidade, criando a coragem de finalmente vomitar todo cemitério de palavras guardadas dentro de si.
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Reviews for O cemitério das palavras que eu nunca disse
10 ratings2 reviews
- Rating: 4 out of 5 stars4/5achei ótimo, vários poemas que valem a pena ler pois transmitem sentimentos
- Rating: 5 out of 5 stars5/5Amei cada palavra até me senti inspirado e pela primeira vez fiz um pequeno poema e que foi dedicado a ela. (minha amada)
Não sei lhe dizer o que sinto.
Mas não minto.
Ao lhe dizer que o que sinto é tão lindo.
Que meu coração se expande ao lhe encontrar.
Para que nele caiba o amor que quero lhe demonstrar.
Se um dia eu achava que a vida não tinha sentido.
Era porque eu nunca tinha sentido o que hoje sinto ao lhe encontrar.
Obrigado meu Deus por cada pessoa que colocou em minha vida
especialmente por ela, que me completa.
Agora somos uma só carne, mas parece que já somos a um tempo.
Desde de quando o vento
Me trouxe seu perfume
Que me causou um deslumbre
Ao repousar sobre mim
E esse é o fim
Que poderia ter infinitas letras.
Mas é difícil colocar tanto amor em uma caneta.
Book preview
O cemitério das palavras que eu nunca disse - Julia Coelho
www.editoraviseu.com.br
Poesia de abertura
Eu nunca sei se o poema vai ser bom posteriormente, até escrevê-lo.
como pode ser um coração cheio de amor, ser tratado com tanto desmazelo?
tenho me embriagado com palavras.
perdendo-me em romances fictícios;
tudo parece mais fácil,
quando noto que meu coração não é o único antigo.
mas todas as circunstâncias me levaram a isso,
sucumbi quando constatei as evidências.
eu havia me tornado uma maldita sentimental,
que suspira ao ouvir músicas dos anos 50.
esse sentimentalismo é meramente vil,
palpável para todos que me veem.
me deslumbro ao contemplar o clima frio,
que me trás saudades do que já não convém.
cada pessoa carrega uma história,
mas quem somente olha, não pode ler e nem se aprofundar.
até mesmo que a beije,
há muito mais em uma pessoa do que se possa imaginar.
e nessa rua, na qual ando tristemente
vago sem ter onde chegar.
presa em memórias que enfeitam as calçadas,
e onde nos bancos de praça
observo casais a se sentar.
esse costume de ver o que é oculto
ainda vai me matar.
mesmo que o leitor queira bancar o
super-herói
não é possível me salvar.
eu nunca sei se o poema vai ser bom posteriormente, até escrevê-lo.
mas morrer no alvorecer das emoções,
ainda será o clímax de um poema
sem reflexões.
MELANCOLIA OCULTA
Cemitério
oi amor,
é mais uma madrugada e me sinto capaz de escrever os versos mais tristes do mundo todo.
eu não estou chorando,
não, eu não estou.
mas eu estou tremendo,
e meu corpo inteiro está agonizando.
amor, eu guardo lápides ininteligíveis dentro desse corpo.
guardo um cemitério de palavras que eu nunca disse
dentro do peito.
amor, eu prefiro ficar quietinha
do que planejar cada detalhe do meu enterro.
Olhar vulgar
Sei que eu não posso me esconder por toda eternidade.
há assuntos que preciso debater com a paixão.
que me encara com seu olhar vulgar,
sem compaixão.
eu não quero precipitar um eu te amo
com alguém que não está disposto
a me amar.
Eu faço questão de te contar
Você não entende porque dói
e eu faço questão de te contar.
é que eu sou verdadeira e os outros insistem em se enganar.
estou cansada de ouvir palavras bonitas,
elas desgastam.
o melhor que você sabe dizer é que sou linda?
porque de certa forma, eu acredito.
e eu acabo por ver algo a mais,
no que é tão vazio.
eu me lembro das lágrimas em meus olhos,
ao ver as pessoas que eu amava
saindo da minha vida.
era mais fácil quando elas iam rápido,
era mais fácil sem os rodeios.
mas é tão triste ver alguém, ir aos poucos te esquecendo.
e eu permaneço escrevendo,
escrevo como é a sensação,
de ver alguém revirando os olhos e te dizendo não
.
te