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Auto da barca do inferno: Adaptação de Alexandre Azevedo
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Ebook65 pages

Auto da barca do inferno: Adaptação de Alexandre Azevedo

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O "Auto da Barca do Inferno" (c. 1517) representa o juízo final católico de forma satírica e com forte apelo moral. O cenário é uma espécie de porto, onde se encontram duas barcas: uma com destino ao inferno, comandada pelo diabo, e a outra, com destino ao paraíso, comandada por um anjo. Ambos os comandantes aguardam os mortos, que são as almas que seguirão ao paraíso ou ao inferno. Adaptação de Alexandre Azevedo para a peça Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.
LanguagePortuguês
Release dateFeb 20, 2017
ISBN9788555780387
Auto da barca do inferno: Adaptação de Alexandre Azevedo

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    Auto da barca do inferno - Gil Vicente

    Sumário

    Prefácio

    Auto da barca do inferno

    Livro

    Notas

    Referência

    PREFÁCIO

    O TEATRO ATUAL DE GIL VICENTE

    Não existe em nossa língua teatrólogo mais antigo e mais atual que Gil Vicente. Nascido provavelmente na cidade portuguesa de Guimarães, berço de inúmeros joalheiros ou ourives, Gil Vicente teria sido também um cultor da arte da ourivesaria em uma das mais importantes cidades históricas daquele país. Seu nascimento data de 1465, para a maioria dos seus biógrafos e estudiosos do teatro vicentino, mas foi no ano de 1502 que Gil Vicente entrou, literalmente, em cena. Naquele início de século, nascia o filho de Dom Manuel, o Venturoso, e de Dona Maria de Aragão, o futuro Dom João III. Com a licença do rei, Gil Vicente, vestido de vaqueiro, entrou na Câmara Real e encenou a sua primeira peça teatral, Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação. A peça encantou de tal maneira os reis, que eles pediram a Gil Vicente que a encenasse nas matinas de Natal, dias santos e Páscoa. Empolgado, o autor/ator não perdeu tempo para criar outras tantas peças, muitas de sucesso. E foi justamente o seu sucesso meteórico que acabou por incomodar os eruditos cortesãos da época. Isso porque Gil Vicente não era um deles, pelo contrário, era um popular, um homem do povo. Como então acreditar que um plebeu pudesse ser um intelectual? Improvável para época, mas Gil Vicente era, de fato, um intelectual.

    Culto e de formação teológica, o teatrólogo teve que provar àqueles eruditos que não era somente o ator, pois todos ali o viam em cena, mas também o autor, o criador daquelas peças que criticavam e satirizavam o comportamento de uma sociedade em decadência. Como provar então que o autor era ele, e não outro alguém que se passava por ele? A saída era só uma, não havendo qualquer outra alternativa: deram a ele um mote e, em cima dele, ele teria que escrever uma

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