Um Lobo, Um Menino e Um Chocolate
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About this ebook
Ela, a história, poderá ser vista pelo lado da maldade induzida, ou só mesmo por acidente, e em outro momento somente porque as pessoas existiam.
De qualquer forma, os acontecimentos ocorreram no começo com dois membros da família que depois viraram sete ou oito e voltou a dois lá no final, e para tanto levou-se mais de setenta anos para que tudo voltasse a ser um começo de algo bom de uma aventura sem precedentes, porem com muita proximidade de uma realidade mesmo que fictícia, mas emocionante.
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Book preview
Um Lobo, Um Menino e Um Chocolate - Idelmar Miranda
© Idelmar Miranda 2018
Produção editorial: Vanessa Pedroso
Revisão: NG Serviços Editoriais
Capa e ilustrações: Confor Studio
Editoração: Cristiano Marques
Produção de ePub: Cumbuca Studio
CIP-Brasil, Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros
M642L
Miranda, Idelmar
Um lobo, um menino e um chocolate [recurso eletrônico] / Idelmar Miranda. - 1. ed. - Porto Alegre : Buqui, 2018.
recurso digital
Formato: ebook
Requisitos do sistema: adobe digital editions
Modo de acesso: world wide web
ISBN 978-85-8338-427-4 (recurso eletrônico)
1. Ficção infantojuvenil brasileira. 2. Livros eletrônicos. I. Título.
18-51574 | CDD: 028.5 | CDU: 087.5
Vanessa Mafra Xavier Salgado - Bibliotecária - CRB-7/6644
01/08/2018 | 07/08/2018
Todos os direitos desta edição reservados à
Buqui Comércio de Livros Digitais Ltda.
Rua Dr Timóteo, 475 sala 102
Porto Alegre | RS | Brasil
Fone: +55 51 3508.3991
www.buqui.com.br
www.editorabuqui.com.br
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Sumário
Capa
Créditos
Folha de Rosto
Agradecimentos
Agradeço a você, leitor, que de alguma forma, comprando ou pegando emprestado, se dispôs a ler a história, o meu livro. Muito obrigado mesmo, pois sem você a minha história seria só mais uma escrita, ou só um monte de rabiscos em uma folha de papel.
Em um belo dia de sol eu estava em casa, na varanda grande que existia na frente e fazia um L
sumindo pela lateral da casa. Era uma casa rústica de campo no meio do mato, à beira de um riacho de águas limpas e geladas. Eu andava de um lado a outro naquela imensa varanda, pensando em escrever uma história, um livro, e procurava em minha mente um tema. Mas eu queria algo que fosse emocionante, uma história bem próxima de uma realidade, algo especial. Quando de repente o telefone toca. Eu levei um susto. Estava distraído e o volume do som da campainha estava alto. Eu me dei conta que era o telefone e corri a atender. E do outro lado alguém me convidava para visitar sua cidade para participar da inauguração de um parque e ao mesmo tempo escutar sua história para ver
se seria possível publicá-la:
– Alô! Pois não.
E alguém do outro lado pergunta:
– Quem fala? É o Luciano?
– Sim. – respondo. E a voz continuou:
– Luciano, bom dia! Desculpe a invasão, mas uma amiga me deu seu telefone. Eu me chamo Marta e estou falando de Ouro Lindo, uma pequena cidade no Interior de Minas. Você conhece?
– Não! Mas tenho a impressão que vou conhecer. – brinquei eu.
– Vai sim! Eu estou ligando para lhe fazer um convite.
– Sim. Tô escutando pode falar.
– Eu e minha família estamos convidando o senhor para participar de um evento de inauguração de um espaço de lazer, um parque com um museu ao ar livre, e gostaria também de lhe contar uma história para ver
se é possível publicarmos um livro sobre esta história. O senhor gostaria de participar?
– Sim. Com certeza eu irei. Mas me forneça mais detalhes, por favor.
– O que o senhor deseja saber?
– Endereço, coisa e tal.
– Ah, sim. Me diz seu e-mail, por favor, que envio tudo para o senhor, ok?
– Sim, vou lhe dar meu e-mail anota aí: é historiasejornalismozambek@hotmail.com.br. Vou aguardar seu contato. Boa tarde e muito obrigado pelo convite.
E assim... aqui estou.
– Bom dia!
– Pois não, o senhor é quem?
– Sou Luciano, o jornalista.
– Vovó, ele chegou!
– Por favor, pode entrar. Como foi de viajem? Achou longe nossa cidade? Entra, entra, pode sentar, aí, nesta cadeira de balanço, e fique à vontade. Posso guardar seu casaco?
– Ah, sim, pode. Obrigado.
– Muito bom. Está confortável? A vovó já vem.
– Sim, estou.
– Olá, meu jovem! Tudo bem? Nossa! Você é bem mais jovem do que eu imaginava.
– Que nada! A senhora é que me parece mais forte e elegante. É um imenso prazer conhecê-la pessoalmente e desde já muito obrigado pelo convite.
– Fez boa viajem? Está confortável?
– Sim. Sim, estou. E estou ansioso para começar e escutá-la. Acredito que a senhora deve ter algo muito bom para me contar.
– Pois bem! Eu vou lhe contar as histórias que aconteceram aqui na cidade de Ouro Lindo. Não lembro direito de muitos detalhes, só sei que aconteceu e foi deste jeito, do jeitinho que vou lhe contar, sem aumentar nadinha.
Há mais ou menos setenta anos atrás, aqui na cidade de Ouro Lindo aconteceu a maior tragédia da história desta cidade e do povo que aqui vivia e de nossa família. Foi quando a mina de ouro
Ouro Fino desabou. A montanha inteirinha implodiu, não restando nada e ainda levando a vida de alguns mineiros.
– Ah desculpa! O senhor quer um copo d’água ou algo mais forte? Talvez um conhaque com café?
– Nada. Não. Fique tranquila! Quando eu sentir sede eu falarei a senhora, não se preocupe. Pode começar a falar.
– Foi assim, vou contar, pode ligar o gravador. Você vai gravar, não vai?
– Ah, vou sim!
"Era primavera. Um dia lindo, um pouco frio pela manhã. Mesmo antes do sol nascer, uma neblina fina encobria a cidade. Ninguém poderia imaginar que aquele belo dia que começara tão lindo, findaria em uma tragédia sem precedentes para a nossa cidade.
A empresa de mineração que pertencia a um grupo Europeu e a um senhor europeu, aliás era quem mandava, o nome dele era Garcia Nuenza e ele queria que a mina produzisse mais e mais ouro, para isto chamou o seu encarregado e pediu a ele que abrisse vários túneis na montanha, mas que não deixasse que os túneis saíssem para fora da montanha. Ele queria que a mina tivesse só uma entrada e saída, para evitar que alguém o roubasse. E assim foi feito, vários túneis sendo abertos. Uns subiam, outros desciam. E a montanha foi virando um formigueiro. As despesas aumentando e a produção diminuindo, tornando as coisas mais difíceis a cada dia. E para manter o ritmo de escavação com pouco recurso, o seu Garcia determinou que houvesse uma economia de cinquenta por cento no escoramento dos túneis e só depois que fosse encontrado ouro é que o escoramento do túnel, que tornou-se produtivo, fosse reforçado. E assim os túneis eram bastante frágeis e como eram vários, a cada dia a mina ficava mais perigosa e com iminente risco de desabamento."
– Nossa…
– Calma! É só o começo...
"O encarregado, com sua experiência, sabia que uma tragédia estava sendo desenhada ali e era só uma questão de tempo para acontecer e havia um agravante maior, as previsões de chuvas para aquele ano eram de que seria bem acima da média naquela região.
Decidiu, então, o encarregado que deveria parar com as escavações desordenadas e para isto foi até a capital para falar com o seu Garcia Nuenza. Mas antes determinou, por escrito, a ordem de parar as escavações e distribuiu tal ordem por escrito a todos os mineiros e afixou uma cópia no quadro de avisos, bem ali na entrada principal da mina, em um grande mural que existia, o mesmo que informava há quantos dias a mina estava sem nenhum acidente. E no dia seguinte, logo cedo, após o café que naquele dia foi só um cafezinho com pão de queijo, ele entrou em seu carro e dirigiu-se à cidade grande. O sol despontava por cima da serra quando ele circulava o trevo principal que dava acesso à rodovia e deixava a cidade. Ele olhou pelo retrovisor e viu a neblina se retorcendo em um turbilhão como se fosse um caracol com o vento que o carro fazia e ficando para trás. O sol já estava alto no céu quando ele chegou à cidade. Lá chegando, em um prédio de luxo – na avenida principal, a de maior movimento,