Um mundo chamado Boa Nova
()
About this ebook
Related to Um mundo chamado Boa Nova
Related ebooks
Gerusa Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNão Afobe Política. Aguarde Carta Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsContradança Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsRelembranças... Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEtc&tal Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDa cor da dor: Um mergulho profundo nas águas do Transtorno Afetivo Bipolar Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMadalena Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsUma Vida Só Não Basta Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsVentos Quentes do Norte Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDiário Do Mentiroso Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsHistórias da Gente do Meu Bairro Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsAntônio Sales Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsNa Intimidade dos Tios Carolina e Machado de Assis Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsParada Portos: A história de Ernst e Maria Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO abominável homem das neves e outros contos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDarcy Ribeiro Crônicas Para Jovens Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO Livro Dos Cordéis Iii Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA Saga De Mané Félix E Suas Aventuras Pela Vida Afora Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO tempo e o sonho: textos existenciais Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsO trato e a aposta: um casuísmo burlesco-agrestino Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMEMORIAL DE GRANDES AUSÊNCIAS Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSeara Dos Versos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsA Segunda Geração: nas terras de Belém Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsOs Primeiros Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsMinha história Saltando Fogueiras Rating: 5 out of 5 stars5/5Nas terras de Belém: quatro famílias, um destino.. Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsContos de humor Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsRealidades Do Imaginário Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSaudades dos cigarros que nunca fumarei Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsSuplemento Pernambuco #197: O QUEBRA-CABEÇA DE UMA LITERATURA Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Literary Fiction For You
O vendedor de sonhos: O chamado Rating: 5 out of 5 stars5/5Primeiro eu tive que morrer Rating: 5 out of 5 stars5/5Livro do desassossego Rating: 4 out of 5 stars4/5O que eu tô fazendo da minha vida? Rating: 5 out of 5 stars5/5Memórias Póstumas de Brás Cubas Rating: 4 out of 5 stars4/5Dom Casmurro Rating: 4 out of 5 stars4/5Box - Nórdicos Os melhores contos e lendas Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEu, Tituba: Bruxa negra de Salem Rating: 5 out of 5 stars5/5O vendedor de sonhos 3: O semeador de ideias Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsDeclínio de um homem Rating: 4 out of 5 stars4/5Ansiando por você - Romance erótico: Histórias de sexo | portugues sem censura | a partir de 18 anos Rating: 2 out of 5 stars2/5Rua sem Saída Rating: 4 out of 5 stars4/5O amor vem depois Rating: 4 out of 5 stars4/5O vendedor de sonhos 2: A revolução dos anônimos Rating: 0 out of 5 stars0 ratingsEu que nunca conheci os homens Rating: 4 out of 5 stars4/5Amora Rating: 4 out of 5 stars4/5Asas partidas Rating: 0 out of 5 stars0 ratings
Reviews for Um mundo chamado Boa Nova
0 ratings0 reviews
Book preview
Um mundo chamado Boa Nova - Edson Messeder
Catalogação
Copyright by (c) 2018
Edson Messeder
Projeto editorial:
Wilbett Oliveira
Editoração Eletrônica:
Revisão Assessoria Editorial
Editora:
Lygia Caselato
Capa:
Mauro YBarros
Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou qualquer meio eletrônico ou mecânico, sem permissão expressa do autor. (Lei 9.610, de 19.02.98).
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
Messeder, Edson
Um mundo chamado Boa Nova. Edson Messeder. 1ª edição - Cotia, São Paulo: Editora Cajuína, 2018.
ISBN: 978-85-54150-27-3
1. Literatura brasileira 2. Contos e crônicas
I. Edson Messeder II. Título
CDD B869.3
Todos os direitos reservados
zLogoCajuinaEbookEDITORA CAJUÍNA
Estrada Velha de Sorocaba, 763 / c 428. Cotia – São Paulo, SP - CEP: 0709-320.
Home page: www.editoracajuina.com.br / Email: contato@editoracajuina.com.br
(11) 4777-0123
Sumário
Catalogação
Dedicatória
Epígrafe
Avant-propos
Uma viagem de Maria-Fumaça
Não um prefácio - simples apresentação
Prefácio
Maria, la buenanueveña
Perfídia
Uma pensão chamada Benedita
Água de beber
Livusias
Gloria in excelsis Deo
As invasões bárbaras
O legislativo no circuito do boi
O pão nosso de cada dia
Crenças e descrenças
Boa Nova ou Verona?
Assim nasceu o hino à Boa Nova
Psicoboanovalogias
Um rio que passou em nossas vidas
A vida noturna
Livusias II
Havia balões no ar...
Carmosina, quanto vale uma menina?
Esportes, amor e tatuagens
Um big sarapatel
O pau de Gilberto
Dedicatória
À minha família, aos meus amigos e a todos aqueles que, passando pela minha vida, beijaram-me a alma.
Epígrafe
Estava de volta a Paris, no mês de setembro de 1849, deixando a Bélgica e Liège, onde fui professor durante um ano. Acho que, às vezes, seria bom para o espírito, fazer todos os anos uma coisa nova e tratá-la como a terra, que semeamos ora de uma maneira ora de outra.
[Charles-Augustin Sainte-Beuve]
Avant-propos
A leitura e a escrita sempre ocuparam um lugar muito importante na minha vida. Nos últimos trinta anos, no entanto, a escrita em língua portuguesa restringiu-se às cartas que escrevia à minha família e aos amigos, tornando-se cada vez mais raras com o desenvolvimento e a facilidade do telefonema internacional. Inútil dizer que não faço uso desta língua com a mesma desenvoltura de outrora.
O aparecimento das redes sociais, sobretudo do Facebook, e suas miraculosas maneiras de proporcionar encontros e reencontros permitiram-me atender a um convite do Jornal Gamboa e do seu editor, Roberto D’arte, para escrever um artigo sobre a minha história pessoal. Fi-lo com prazer e o resultado foi muito positivo, pois ele provocou em nós descobertas recíprocas.
Passei a escrever textos e a publicá-los no meu jornal Facebook sobre lembranças de fatos ocorridos em Boa Nova, em diversos períodos, sobretudo nas décadas 1950 e 1960.
Roberto é professor de Filosofia na Faculdade de Viçosa (FDV-MG). Nada surpreendente que ele se interesse pelas histórias de vida desse povo de uma pequena cidade do interior da Bahia, onde ele mesmo nasceu. Sugeriu-me ele, então, que eu pensasse na publicação de um livro contendo meus textos.
No começo não levei a sério a sugestão. Não estava convencido de que esses escritos fossem dignos de publicação e continuei a postá-los no Facebook. Fui surpreendido pelos depoimentos e pelos incentivos a uma publicação que se seguiram. Decidi, então, lançar-me nesta aventura.
Tento escrever de maneira simples, abordando um estilo leve. Situo-me longe de todo processo intelectual ou intelectualizante. Às vezes brinco com os sentimentos, mas procuro não cair no páthos. As estórias são, na maioria, verídicas. Não obstante, a realidade e a ficção muitas vezes dançam juntas neste balé que eu quero bem boanovense. Cada leitor há de tirar suas conclusões. Parabéns àquele que for capaz de distinguir o que é real do que não o é. Peço desculpas se às vezes me perco nas datas em relação aos fatos e vice-versa.
As personagens existem ainda ou existiram. Para os que existem, uso os nomes ou pseudônimos se o relato puder tocar, mesmo de leve, a sua integridade moral ou a sua privacidade. Para aqueles que não mais existem, pelo menos materialmente, utilizo seus verdadeiros nomes e sobrenomes. Tenho muito respeito por todos eles e jamais ousaria tratá-los de maneira constrangedora ou com propósitos difamatórios.
Tudo isto sendo dito, por favor, caros leitores, queiram apertar seus cintos de segurança e... Boa Nova! Perdão... Boa Viagem!
Edson Messeder
Uma viagem de Maria-Fumaça
Quando somos crianças e adolescentes criamos fantasias e mitos mesmo entre aqueles que sabemos serem de carne e osso. Em minha infância em Boa Nova, na década de 1970, conhecia muito bem a família de Seu Bento e Dona Elzita. Mas criança pouco se atina a guardar muitas informações da vida dos adultos, ainda mais naquela época, quando as crianças, de fato, eram poupadas de qualquer conversa mais séria.
Assim, praticamente não sabia nada sobre o então professor lecionava no antigo 2º Grau da Campanha Nacional de Escolas Comunitária (CNEC). Muito menos poderia imaginar que ele e alguns boanovenses de sua geração estavam envolvidos com o movimento de esquerda que fazia frente à famigerada ditadura militar que dava as cartas desde o golpe de 1964. Digo famigerada com a visão clara do adolescente da década de 1980, já que na infância eu não sabia nem se ditadura militar era homem ou mulher. Aliás, estudei no Jardim de Infância na chamada Escola Municipal Emílio Garrastazu Médice, à qual ingenuamente chamávamos de Garrafazul
.
Edson Messeder só se fez presente para mim e para os amigos da minha geração na adolescência. Quer dizer, fez-se presente apenas enquanto nome, enquanto uma espécie de mito. Neste caso, o mito nada tinha a ver com as histórias que há pouco tempo pude conhecer em detalhes, envolvendo as suas lembranças da época da ditadura e do seu envolvimento com a ideologia de esquerda. O mito girou em torno de Edson talvez por ele ser, pelo menos para mim, o único boanovense que ganhou o mundo
literalmente. Sabia que ele tinha ido morar no Chile, na França, que tinha se estabelecido no exterior. Uma informação que soava como conto de fadas para um adolescente oitentista sonhador, que sempre amou conhecer outras culturas, outras paisagens, mas que nunca colocou os pés fora do seu país.
O Edson Messeder que nos chega através deste livro felizmente se tornou um querido amigo. Ele apareceu para mim nesta segunda década do século 21, já no auge do uso das redes sociais da internet. Ele, ainda morando na França, como leitor do Jornal Gamboa (Grupo dos Amigos de Boa Nova); eu, residindo em Viçosa-MG, como editor desse periódico educativo-cultural. Bastaram algumas mensagens via e-mail e via Facebook do Gamboa para combinarmos uma matéria para o jornal. Desde então foram várias participações suas, verdadeiros presentes para cada boanovense e amigo de Boa Nova, sem falar nas muitas conversas em encontros anuais em nossa terra natal.
Os textos de Edson são preciosas viagens no tempo. Não viagens jornalísticas, cheias de dados objetivos, às quais me acostumei nas mais de duas décadas como repórter/redator de jornal, mas viagens emocionais, tomadas de referências afetivas para todos os boanovenses (mesmo para os das novas gerações!). Viagens que têm como base o lado cômico da vida, as histórias e personagens que são lembrados e contados por inúmeras famílias de conterrâneos. Sim, o lado cômico conduz os casos e causos deste livro, mas as lágrimas melancólicas também vêm à tona, visto que nas entrelinhas se encontra o passado de toda uma coletividade, com tudo que ele significou e ainda significa para tantas e tantas pessoas.
Um mundo chamado Boa Nova
é uma viagem de trem... Não um trem-bala, de partidas e chegadas rápidas, mas uma Maria-Fumaça, daquelas que nos permitem ver as paisagens passarem vagarosamente. A cada texto surgem pessoas, lugares e referências culturais de Boa Nova que merecem ser entendidas em toda a sua profundidade. Acredito, também por isso, que esta obra possa vir a ser um ótimo instrumento de auxílio pedagógico nas escolas boanovenses, já que ela permite que pesquisas sejam feitas, que outras histórias sejam contadas, que textos e imagens possam ser produzidos. Afinal, não é isso que faz de um livro uma das melhores fontes de conhecimento? Que assim seja.
Roberto D’arte