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Oração e loteria
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Ebook79 pages57 minutes

Oração e loteria

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About this ebook

Partindo de uma antiga anedota na qual um judeu, diariamente, pede a Deus que o permita ganhar na loteria para poder comprar um colar "pro Sarah" e, após tanta insistência, Deus, finalmente, resolve atendê-lo desde que o mesmo, pelo menos, compre um bilhete, o livro traz à baila a questão não pacificada entre todas as correntes religiosas, sobre o que podemos pedir a Deus através de orações ou se existe impedimentos para algum tipo de pedido e, neste caso, quais e porquê.
São ressaltadas algumas opiniões de líderes "evangélicos" e outras fontes a eles relacionadas por serem, em sua maioria, contrários à liberdade de escolha de assuntos sobre os quais se deve ou pode orar.
Em seguida, apresenta as diferentes definições para oração, reza e prece, de acordo com os vários segmentos religiosos existentes apresentando, ainda, uma análise pormenorizada sobre o Pai Nosso, por ser a oração mais realizadas em todas as religiões com viés cristão.
Conceitua jogo e suas aplicações e implicações, inclusive na Bíblia, ressaltando aspectos definidores de sorte e azar e como a Bíblia trata do assunto, apresentando diversas opiniões de líderes, igrejas e de setores religiosos sobre o tema.
O propósito do livro é levar o leitor a uma reflexão pessoal sobre o tema, em face de um cenário de posições antagônicas, de modo a permitir que o mesmo opte, conscientemente, sobre sua escolha.
LanguagePortuguês
PublisherViseu
Release dateJun 1, 2019
ISBN9788530006976
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  • Rating: 3 out of 5 stars
    3/5
    O livro é bem curto mas é bom. Não faz rodeios ou é repetitivo como eu já vi em alguns textos de outros teólogos. O título que se torna uma pergunta frequente ao longo do texto é respondido nas partes finais. Um bom livro para quem se preocupa especificamente com esse tema. Recomendo.

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Oração e loteria - Alexandre Pires

Copyright © Viseu

Copyright © Alexandre Pires

Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permissão expressa da Editora Viseu, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de 19.2.98).

editor: Thiago Domingues

revisão: Alexandre Pires

projeto gráfico: Cachalote

diagramação: Rodrigo Rodrigues

capa: Tiago Shima

e-ISBN 978-85-300-0697-6

Todos os direitos reservados, no Brasil, por

Editora Viseu Ltda.

falecom@eviseu.com

www.eviseu.com

Dedico este livro, fruto de pesquisas, experiências pessoais, conversas com religiosos de ofício, membros de diversas igrejas e templos, todo ele, à pessoa que, em todos os momentos de minha vida, todos bons porque, nos que poderiam ser classificados como maus ou ruins, tornaram-se bons pois ela sempre estava a meu lado: minha esposa Rita Silva que, creio firmemente, foi um anjo designado por Deus para ser o cerne de minha existência!

NOTA DO AUTOR

Este livro é resultado de vasta e profunda pesquisa, a qual coletou informações junto a representantes de diversas religiões, sobretudo aquelas ditas cristãs, bem como junto a membros de diversas igrejas cristãs das mais variadas denominações e, é claro, consultas seletivas na internet, após verificadas a seriedade e coerência dos sites, blogs, artigos e seus responsáveis.

O uso do termo "evangélico sempre será grafado entre aspas para diferenciar sua aplicação dos denominados protestantes, quais sejam, aqueles integrados em igrejas históricas, teologicamente fundamentadas e com doutrinas próprias, fato que não ocorre com aquelas açambarcadas pelo termo em destaque – evangélicos" – visto não possuírem, tais igrejas, em sua imensa maioria, fundamentação teológica e apresentarem, invariavelmente, suas doutrinas como que uma colcha de retalhos, pinçando nesta ou naquela igreja histórica, aquilo que lhes interessa de imediato, por vezes exibindo um hibridismo incoerente jamais visto, mas com um apelo quase irresistível aos seus membros (Os. 4:6). Incluem-se, desta forma, sob a designação de "evangélicas" as igrejas pentecostais e, sobremodo, as neopentecostais que brotam, a cada dia, em cada esquina, muitas das quais, inclusive, possuem, por vezes, nomes nada coerentes com a religião.

Exceção feita aqui à Assembléia de Deus tradicional, visto ser a mesma historicamente reconhecida como pentecostal. Não as mais recentes denominações assembleianas que surgem aqui e acolá todos os dias pois essas, sem sombra de dúvidas, incluem-se no rol das "evangélicas".

O conceito "evangélico possui duas vertentes: uma alemã e outra inglesa. Na vertente alemã, o termo evangélico" é um conceito normativo e busca caracterizar a doutrina de acordo com o Evangelho (ponto de vista do monge agostiniano eremita Martinho Lutero, um dos iniciadores da reforma). Já na vertente inglesa, o termo "evangélico foi utilizado para caracterizar os dissenters" (dissidentes) que se diferenciavam da Igreja da Inglaterra.

Claro está que, atualmente, o termo "evangélico é incorreta e erroneamente empregado pelos cristãos pentecostais e neopentecostais já que significa aquele que possui ou segue o Evangelho". Desta forma temos, nesse grupo, não só os que também se autoproclamam cristãos (crentes) como, ainda, os católicos e todas as suas denominações, os protestantes e todas as suas denominações, os kardecistas, os mórmons, os espíritas umbandistas e quaisquer outras religiões que possuam o seu evangelho!

Tais igrejas são, como nos explica Martin N. Dreher¹, igrejas de necessidades, de mercado, assemelhando-se em muitos sentidos ao supermercado e ao shopping center, característicos das últimas décadas. E continua, nos informando que em tais igrejas, os cultos são espaços que oferecem a oportunidade de expressar todo o tipo de emoções nas orações, cantos e gestos. Igrejas onde os fiéis podem esperar uma vida de abundância: paz, saúde, êxito econômico e prosperidade. Nessa teologia, não há lugar para aquilo que é fundamental para o cristianismo: a graça.

Isto posto, resta dizer que a presente obra retrata, apenas e tão somente, a questão presente em todas as igrejas, em algumas de forma velada, quanto ao fato de apostar em loterias.


1 Doutor em Teologia pela Universidade de Munique/Alemanha. Protestantes – Evangélicos: buscando entender, in Protestantes, evangélicos e (neo)pentecostais – História, Teologias, Igrejas e Perspectivas – DIAS, Zwinglio Mota et alli. 18ª Ed. São Paulo: Fonte Editorial, 2013.

1

Vez por outra escuto a velha anedota sobre Isaac, na qual ele pede diariamente que Deus permita que ele possa ganhar na loteria para poder comprar "uma colar pro Sarah". Tanto insiste até que um dia, já meio sem paciência, Deus lhe diz: Está bem Isaac, permitirei que você ganhe na loteria mas, pelo menos, compre um bilhete!

Isso me leva a pensar, por vezes, se é ou não errado ou pecado orar a Deus, pedindo para ganhar na loteria.

Claro que muitos expoentes do meio "evangélico" se apressam a justificar

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