Albedo 0.30
By R. J. Silva
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Albedo 0.30 - R. J. Silva
© R. J. Silva
© Albedo 0.30
Revisão: R. J. Silva
Design: Pedro Teixeira
1ª edição - Janeiro 2019
Editado por Bubok Publishing S.L.
ISBN epub: 978-84-685-3896-9
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ÍNDICE
Prefácio
ÉBRIO DE SOL À LUZ DA CHUVA
O SOL ATRAVÉS DA CHUVA
BÚSSOLA DO TEMPO PARTIDA
MEMÓRIA CEGA
NOITE LÂNGUIDA
OS TEUS SEIOS, DOCE GUARIDA
ESPELHO ACIDENTAL
DE BREU, O TEMPO E A ALMA
O MUNDO AOS QUINZE ANOS
TRANSFORMOLÂNDIA
AGORA, QUE CHEGOU A SENHORA LUA-CHEIA
NAVIO-LENTO
A MINHA TRANQUILA COSTUREIRINHA
DANÇANDO NOITE ADENTRO
Ó VÉNUS, ACENDE O CORAÇÃO DA BACANTE
CORAGEM DE ACTOR
ELOGIO DA LENTIDÃO
MAIS ADIANTE, NA ESTRADA
ANJO
AMOR E ABUNDÂNCIA
A CAIR DOS ALTARES
BICHO AFLITO
POSTO TRANSMISSOR
ANTEPORTA
CORDEL, CORDELINHO E ACORDA
ALGUÉM QUE O FAÇA, CARAMBA!
ENCONTRAMO-NOS DO OUTRO LADO, ESTÁ BEM?
PEGA DE CARAS
ALBEDO 0.30
SONHO
AMOR
MIDSUMMER’S EVE
OS CATAMARÃS
RELÓGIOS FLÁCIDOS
VITAL ILUSÃO DE UMA SANTA ÓPTICA
PINK FLOYD
PRERROGATIVA DE ALGUNS
SOBRE AS GELADAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
CONTINENTE BRANCO
BREVE CRISE ASMÁTICA DE UM AQUARIOFILISTA
O GRANDE NAVIO INAFUNDÁVEL
MERCUROCROMO PARA A TUA ALMA
LITTLE PEOPLE
AGUARELA DE KRAKEN
ALBEDO 0.30
Prefácio
Escrever um prefácio para um livro que é uma compilação de poemas é para mim uma estreia. Ao ser colocado perante este desafio, a pergunta que automaticamente me surgiu foi: Mas terei eu que falar sobre o indizível?
Confesso que esta ideia causou-me um enorme calafrio! Não é por acaso que, muitas vezes, os poetas são avessos à ideia de descodificar os seus poemas. Poderemos sempre ser cínicos e dizer: Ah, claro! Ele não revela o significado ‘daquilo’ porque nem ele próprio sabe, quanto mais os outros!
E quem sou eu para negar que em determinados casos, eventualmente, isto até corresponderá, de facto, à realidade!
Porém, ao que me parece, há uma outra razão muitíssimo mais forte do que essa: precisamente aquilo a que chamei o indizível
da intimidade do autor. Uma das razões pelas quais existe uma coisa chamada poesia é porque não existe liberdade de expressão
para muitas dos eventos que se desenrolam ao nível do nosso inconsciente e até do nosso subconsciente. A face solar, a face negra da nossa alma, medos, desejos, impulsos. Para o próprio autor, a poesia representa o levantar da tampa à panela em ebulição. Diz D. H. Lawrence, autor das fabulosas short-stories
, a propósito do sonho: It is the blood bursting into consciousness
. Podemos dizer exactamente o mesmo da poesia. Muito do que ocorre no âmago espiritual de um poeta, manifesta-se através dos sonhos, mas também através da sua poesia.
Numa grande parte dos poemas, a informação encontra-se certamente no conteúdo, mas sobretudo na forma, tanto mais subjectivos eles sejam. Um poema muito subjectivo é como um átrio que dá acesso a diversas habitações, cada uma com o seu microcosmo, o seu universo particular, ou diversas habitações de um mesmo edifício. Cada leitor entra na casa
que ele julga corresponder ao significado do poema. Mas atenção: a credibilidade de um poema depende, entre outros factores, também de um número limitado de casas
a que o átrio
dá acesso. Se ouvirem um artista pós-moderno
afirmar que as interpretações do seu trabalho
são tantas quantos os observadores, já que tudo neste mundo e nesta vida é inelutavelmente perpassado pela subjectividade e o relativismo, não existindo assim uma realidade objectiva… pois bem, desconfiem, mas desconfiem fortemente!!
Um caso diferente, é o dos poemas onde a forma, continuando a ser importante (como sempre, porque caso contrário deixaria de ser poesia), perde algum peso a favor de