Discover millions of ebooks, audiobooks, and so much more with a free trial

Only $11.99/month after trial. Cancel anytime.

O florescer do amor
O florescer do amor
O florescer do amor
Ebook245 pages4 hours

O florescer do amor

Rating: 4 out of 5 stars

4/5

()

Read preview

About this ebook

Nathaniel Pierce fugiu de casa e das dolorosas lembranças do passado. Em Eureka Springs, ele se reinventou - Nate agora não é mais um médico veterinário, e sim funcionário de uma empresa de paisagismo. Quando a velha Senhora Connor morre, a cidade inteira conta com ele para cuidar da neta dela. Ele só quer distancia da moça mimada que deve chegar em breve.

Lilly Ramirez nunca soube que tinha uma avó materna, muito menos que compatilhavam o mesmo nome. Ela vai para a cidade de Eureka Springs contra as vontades da mãe, que gostaria de manter esse lado da familia em segredo. Lilly busca ,nessa viagem, conhecer mais sobre sua familia, e trilhar um novo rumo na sua vida. A pequena cidade é muito mais acolhedora do que esperava. O único problema que encontra é Nate, um homem pecaminosamente bonito , que insiste em julga-la por fatos que estão fora de seu controle. 

LanguagePortuguês
Release dateSep 14, 2019
ISBN9781071504062
O florescer do amor

Read more from River Ford

Related authors

Related to O florescer do amor

Related ebooks

Contemporary Romance For You

View More

Related articles

Reviews for O florescer do amor

Rating: 4 out of 5 stars
4/5

1 rating0 reviews

What did you think?

Tap to rate

Review must be at least 10 words

    Book preview

    O florescer do amor - River Ford

    Amor na paisagem

    Copyright © 2018 River Ford

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desse livro pode ser reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos ou incluídas em armazenamento e sistemas de buscas sem  a prévia autorização por escrito do autor, exceto no caso de resenhistas, que podem citar passagens curtas do livro em suas resenhas . A distribuição eletrônica deste livro ou a facilitação dessa distribuição sem a permissão da editora é proibida.

    Ainda que Eureka Springs, no estado do Arkansas , seja um lugar real, este é um trabalho de ficção . Qualquer semelhança com personagens e situações reais ou com pessoas vivas ou falecidas é mera coincidência. Algumas locações presentes no livro são baseadas em casas ou lojas reais, porém foram realocadas e condensadas com outros ambientes para que servissem melhor à história. Para descobrir que locações são essas, visite Eureka Springs e descubra você mesmo!

    ISBN: 1722077298

    ISBN-13: 978-1722077297 

    Design de capa por SelfPubBookCovers.com/RLSather

    Para todas aquelas mulheres fortes e lutadoras por aí que não precisam de homem algum,

    mas que não se importariam em achar um disposto a segurar sua mão e acompanha-la na sua jornada pela vida .

    ~River Ford

    Capítulo 1

    Fevereiro

    A mulher no leito do hospital apertou bem os olhos. Seu cabelo grisalho voava em torno da testa, as pequeninas mechas moviam-se com a corrente de ar ali presente. Nate podia ouvir sua respiração ofegante, os bipes de todas as máquinas, e o rítmico assobio da máscara de oxigênio. O coração dele doeu com a cena.  Lilly Connor estaria passando por tudo isso e sofrendo sozinha se não fosse por ele aqui .

    Pare de fazer essa cara de preocupação. Achei que já tínhamos curado você desse hábito. Sua voz era suave, mas ainda carregava toda a irreverência que ele aprendeu a amar nesses dois últimos anos.

    Eu prometo que vou tentar. Ele colocou a mão dela na dele. Sua pele estava fina como papel e flácida nas articulações. Como você está se sentindo?

    Como se tudo fosse acabar em breve ... Cansada, ela demorou para piscar.

    Não diga isso.

    Ah, já está na minha hora, e eu vou ficar feliz de estar com meu Josiah novamente. Ela suspirou e tentou se sentar. Nate ajudou movendo os travesseiros até que ela ficasse em uma posição mais confortável. Eu só tenho um arrependimento.

    Ele acenou com a cabeça. Sabia exatamente sobre o que se tratava. Todos esses anos, e ela não havia conseguido reparar o abismo que a separava de sua filha . Por conta disso, nunca teve a chance de conhecer os netos.  Ainda assim, ela modificou seu testamento para que um deles, uma certa Lilliana Ramirez  da cidade de Dallas, herdasse tudo.

    Anteriormente, tudo estava planejado para ser herdado pelo cunhado da Senhora Lilly, Brandon Connor, que era o chefe de Nate. Nate não estava nem aí para o pequeno chalé ou para todas as quinquilharias que entupiam o ambiente, e seu chefe tinha esse mesmo sentimento. No entanto, não acreditava que essa nova Lilly merecia algo dessa senhora tão doce que havia cuidado dele como se fosse um filho.

    Uma neta que nunca visitou a avó, que nunca telefonou ou escreveu cartas nesse tempo em que ele esteve por aqui. Nenhum dos netos se importava com ela.

    Nathaniel, eu já disse para você parar de franzir a testa assim.  Ela brigou com ele novamente, e ele tentou afastar os pensamentos desse assunto. Eu sei que você não aprova a minha decisão, mas isso tudo não é da sua conta.

    Tem razão, senhora.

    Bom, eu preciso da sua ajuda.  Ela acenou para que ele chegasse mais perto, porque não queria que ninguém os ouvisse. Eu preciso que você cuide da Gypsy até que a Lilly chegue aqui. Eu não confio em mais ninguém.

    Você sabe que eu amo a Gypsy tanto quanto a senhora. Nate pensou na égua que vivia em um rancho fora da cidade. Velha dama era seu apelido carinhoso para a égua, um animal que estava envelhecendo, mas continuava tão gentil quanto antes. Ele se perguntou o que a nova Lilly faria com ela.

    Tem mais uma coisa. A senhora Lilly olhou para ele com um brilho repentino nos olhos. Aquele brilho que sempre queria dizer encrenca. Você vai ter de ensinar minha neta a montar. Ela pode viver no Texas, mas eu não acredito que ela tenha convivido com cavalos, eu não encontrei informação alguma a esse respeito.

    Nate encolheu-se na cadeira. Senhora Lilly, eu acho melhor—

    Ela levantou as mãos para gesticular, mas perdeu as forças e  as deixou cair de volta à cama . Não, me escute. Ela será nova por essas bandas e não vai conhecer ninguém. Ela vai precisar de alguém para ajudá-la.

    Outra pessoa pode assumir esse papel respondeu, com um nó na garganta.

    Eu estou pedindo para você para assumir esse papel.  A senhora Lilly afundou o corpo nos travesseiros.Cansada, empalideceu rapidamente. Por favor, faça isso por mim.

    Nate apertou a mão magrinha da senhora.  Ele lembrou de como ela fez de tudo para que ele se sentisse acolhido nos últimos dois anos. De como ela o fez sorrir quando ele achou que nunca mais conseguiria tal feito. Ela era a única que sabia a verdade sobre por que ele havia deixado sua vida no Colorado. 

    A última coisa que ele queria era ter de se encontrar com a neta pródiga na cidade. Mas a Senhora Lilly era como uma mãe adotiva. O mínimo que ele podia fazer era honrar seu último desejo.

    Ok.

    Bom. Ela afagou a mão dele. Último pedido. Perdoe-se e siga com a sua vida. Você é novo demais para ficar emburrado, sofrendo pelos cantos.

    Eu não acho que— começou ele.

    Nate, você pensa demais, e sente de menos. Sua esposa não ia querer essa vida para você.

    Provavelmente não. A tristeza familiar que tomou conta dele mostrou que ele ainda sofria com isso mais do que gostaria.

    Então faça um favor a todas nós e volte a sorrir de novo.

    Sim, senhora.  Ele esboçou um sorriso só para ela. Pareceu artificial, mas depois que ela se fosse, não ia saber se ele sorriu de novo ou não

    .

    * * *

    Fim de junho

    ––––––––

    Lilly Ramirez inclinou-se no assento e segurou com força o volante.  A dinâmica familiar havia mudado repentinamente, e sua cabeça ainda rodava com todas essas mudanças. Ela estava no trabalho quando um advogado apareceu e lhe entregou um grande envelope.

    Ainda bem que seu chefe estava por ali para ajudá-la a lidar com o choque  que teve depois de ver o que ele continha. Lilly  nunca soube que ela tinha uma avó vivendo no Arkansas . Agora ela tinha falecido, e era tarde demais para conhecê-la. 

    Depois de uma briga aos berros com sua mãe Abby por manter segredo sobre o caso, Lilly correu para casa e arrumou as malas. Ela revirou-se na cama a noite toda antes de decidir deixar Dallas e seguir para Eureka Springs, no Arkansas.

    Ela dirigiu por seis horas sem parar, só parando para encher o tanque e usar o banheiro. A essa altura ela estava cansada e de mal humor, e claro, emocionalmente abalada.

    A rodovia deu lugar a estradinhas sinuosas e montanhosas. Para piorar, o GPS começou a recalcular o trajeto, e os carros começaram a fazer fila atrás dela, acompanhando seu vagaroso progresso pelo caminho. Se ela não descobrisse logo o trajeto certo para a casa da avó, ela ia ter de voltar para a cidade e pedir informações. Lilly  não queria conversar com ninguém no estado em que se encontrava.

    Sua mãe havia dito que não queria que Lilly fosse até Eureka Springs. Sua ameaça ainda soava nos ouvidos dela:  Eu nunca mais falo com você se você for até aquela cidade, especialmente depois do jeito com que eles trataram seu pai por lá.

    Ainda que Lilly se preocupasse com o ultimato, ela precisava saber mais sobre sua avó. Depois disso ela iria embora, porque sabia que sua mãe não estava brincando ou fazendo ameaças vazias. O fato de Abby ter escondido a existência da própria mãe pelos 28 anos da vida de Lilly era prova suficiente.

    Um lagrima solitária escapou e ela a enxugou. Em meio a essa rixa, ela não podia negar o medo que sentia. Será que sua escolha levaria seu relacionamento com a mãe à ruina? Elas já tinham uma relação difícil, evidente para muitos pela refusa de Lilly de chamar Abby de mãe.

    Ela teria de confiar que seu pai conseguiria unir as duas novamente.

    "Ayudame." suspirou ela, em espanhol. Um pedido aos céus por ajuda. Ela sacudiu a cabeça, e tentou se acalmar - Lilly só escorregava na língua e trocava para o espanhol quando estava cansada, frustrada ou com raiva. ou quando a visitar a família do seu pai no México. Ela voltou a pensar na sua vó desconhecida.

    Vovó Connor, que eu não perca a minha mãe por conta disso. Lilly começou a conversar com sua vó durante a viagem na estrada. Isso ajudou a acalmá-la. Contou a ela sua vida e suas preocupações, depois fez perguntas, e esperava que a casa pudesse responder algumas delas .

    Se ela conseguisse encontra-la, é claro.

    Uma paz recaiu sob seu coração. Ia encontrar a casa. Ela respirou fundo e relaxou as mãos agarradas ao volante.

    Recalculando a rota... aquela voz monótona destruiu o momento de tranquilidade.

    Aaaaah! CHEGA. Lilly desligou o console do GPS.

    Achou uma estrada para manobrar e deixou que os carros atrás dela passassem. Ela voltou na direção de Eureka Springs. Estava na hora de ceder e buscar ajuda para encontrar o lugar.

    Lilly parou em uma loja de presentes na saída da cidade. Parecia vender pedras e objetos de vidro. Do lado de fora havia várias fileiras repletas delas, das mais pequenas até as espécimes maiores de pedras.

    A curta caminhada do carro até a porta da loja a fez lembrar lembrou que não tinha dirigido tão longe assim a ponto de conseguir fugir do verão. Arkansas era tão quente e úmido quanto o Texas, e o calor ficaria mais intenso conforme o verão se estabelecesse.

    A loja era dividida em seções, a primeira delas entupida de bugigangas esportivas e roupas com os dizeres Go Razorbacks e uma imagem de javali estampada. Ela se viu na área central da loja, que tinha um pouco de tudo à venda, e caminhou até o caixa e à mulher que a encarava.

    Desculpe te atrapalhar, mas estou procurando a estrada 1-17. Lilly viu que havia dois cachorros relaxando em uma grande almofada atrás do balcão. Um bem grande, o outro pequeno. Ele nem se deram o trabalho de olhar para ela, bem acostumados com o fluxo de estranhos entrando e saindo da loja.

    A mulher continuou a olhar para ela com um olhar embasbacado por mais alguns segundos. Você deve ser a neta da Senhora Lilly.

    Lilly se espantou, olhando bem para ela. Sim. Como você sabe?

    Cidade pequena, estávamos todos esperando para conhecer você. A mulher sorriu, deu a volta no balcão, e puxou Lilly para um abraço. A senhora Lilly falava de você o tempo todo. Eu gostaria que pudesse tê-la conhecido.

    Não era um abraço entre estranhos. A mulher apertou ela bem forte como se abraçasse alguém muito querido. Foi tão inesperado que Lilly sentiu um nó na garganta e as lágrimas ameaçaram cair novamente. Ela as engoliu, e se permitiu abraçar a mulher antes de se afastar.

    Eu também. Qual é o seu nome?

    Peço desculpas, não me apresentei. Eu sou Florence DeWitt. Você pode me chamar de Flo. Metade da cidade tem esperado você aparecer desde o funeral, que foi na primeira semana de março.

    O quê? Lilly não sabia nem o que dizer. Eles estavam esperando por ela por mais de três meses e ela nem sabia que eles existiam. Foi estranho pensar que as pessoas a reconheceriam, e que ela não conhecia ninguém.

    Como eu disse, é uma cidade bem pequena. disse Flo. As fofocas voam por aqui, e lá pelo fim do funeral da Senhora Lilly todos já sabiam que ela havia deixado tudo para você. Sinta-se à vontade para perguntar o que quiser.

    Lilly tentou controlar o arrepio que sentiu. Será que todos na cidade estavam se perguntando por que ela herdou tudo e não Abby?  Ou por que não um dos seus irmãos mais velhos? Esse foi o detalhe que mais deixou Abby furiosa depois de conhecer os pormenores do testamento. Lilly resolveu deixar essa linha de pensamento pra lá. Agora eu só queria mesmo encontrar a casa e dormir. Foi uma noite muito louca, e a viagem até aqui muito longa.

    Flo olhou para ela com compaixão nos olhos. Imagino que tenha sido mesmo. Não é difícil encontrar a casa quando você sabe o que está procurando.  Ela pegou um pedaço de papel e desenhou um mapa. Ela apontou para as linhas enquanto explicava Você precisa voltar até a 62, passar pela Capela Thorncrown e a cruzar a ponte. Mais uns dois quilômetros você vai ver um posto de gasolina. Ali você deve virar à esquerda. A estrada 1-17 é logo a primeira do lado esquerdo, e o chalé da Senhora Lilly fica no final dela.

    Obrigada. Eu já passei pelo posto de gasolina várias vezes hoje.  Ela pegou o mapa e caminhou para a porta.

    Lilly? Eu não acho que deva ter comida naquela casa. Eu moro bem aqui no final da estrada. Ela apontou na direção oposta da loja . Eu coloquei meu endereço no mapa. Nós jantamos por volta das sete.

    Lilly sentiu aquele nó na garganta de novo. Abby tinha sido inflexível ao dizer que ninguém lá acolheria alguém de pele morena e cabelos negros, no entanto aquela mulher estava sendo simpática e acolhedora.  Ela já se sentia mais em casa aqui que na mansão dos seus pais. Ela assentiu com a cabeça para Flo, com medo de falar, e correu para o carro.

    Mais esperançosa agora, ela refez o caminho até a estrada certa. Talvez esse verão não seria assim tão ruim quanto havia pensado. Seu chefe disse a ela que usasse o tempo que fosse preciso para organizar a propriedade da avó. Ela planejava fazer tudo bem rápido, mas talvez ela devesse ficar um pouco mais. Assim ela poderia aprender mais sobre esse lado oculto da sua família. Um verão inteiro sem a Abby no seu pescoço dizendo para ela arrumar um trabalho de verdade seria muito bom também. Lilly poderia usar esse tempo para descobrir como lutar pelos seus sonhos.

    Ela dobrou depois do posto de gasolina e dessa vez achou a estradinha com facilidade. Ainda que dirigisse devagar, apreciando como as árvores formavam um dossel na estrada, uma nuvem de poeira se levantou atrás dela. Tirando isso, o mundo era verde em todas as direções.

    Ela passou por algumas casas antes de chegar ao fim estrada e encontrar a caixa de correio como nome Connor estampada. Lilly não podia ver a casa dali, mas viu um campo cheio de arvores e flores silvestres por sobre uma colina, escondendo o que havia atrás. Havia muito espaço para plantar flores aqui, talvez até montar umas duas estufas.

    Não seja ridícula. Ela afastou esses pensamentos da cabeça, mas a faísca de esperança cresceu.  Se ela fosse dona de toda essa terra, seus objetivos e sonhos seriam mais possíveis do que ela esperava.

    A casa ficava bem à beira de uma floresta, quase desaparecendo por entre as árvores. Havia uma faixa de terra que servia de estacionamento e vários canteiros descuidados, mas a casa foi o que prendeu sua atenção . Os painéis que forravam a casa eram de um cinza sem graça, com acabamentos cor de creme que já tinham visto dias melhores. O pátio era feito de pedras lavadas, e o cercado da varanda estava coberto de heras e flores que poderiam ter sido arrumadas para formar uma bela treliça, mas que estavam abandonadas. E a velha cadeira de balanço ali, naquela varanda da frente, parecia ser local ideal para apreciar a paz e o silêncio que só a natureza sabe oferecer.

    Mesmo solitária e esquecida, a casa era a coisa mais linda que ela já tinha visto. O visual fora do padrão era o completo oposto da casa arrumadinha dos seus pais, o que tocou ainda mais fundo no seu coração.

    Os jardins tinham pontos de cor aparecendo por entre a grama sem corte, e a alma de jardineira dentro dela estava animada para colocar as mãos na terra.

    Mais tarde, quem sabe.

    Ela pegou o celular e ligou para sua mãe. A ligação caiu direto na caixa postal.

    Abby, já cheguei em Eureka Springs. Só queria que você soubesse. Ligue pra mim. Ela pausou, pensou em todas a brigas que tiveram nos últimos anos. Eu te amo.

    Ela desligou e pegou sua bolsa. A porta de tela fez um lindo som quando ela a abriu. Suas mãos tremiam enquanto tentava achar a chave certa. Depois de duas tentativas ela conseguiu destrancar a porta.

    A casa estava escura. O cheiro de guardado comum em casas fechadas,

    Enjoying the preview?
    Page 1 of 1