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O coração sente e, sentindo, quer a felicidade encontrar
O coração sente e, sentindo, quer a felicidade encontrar
O coração sente e, sentindo, quer a felicidade encontrar
Ebook218 pages1 hour

O coração sente e, sentindo, quer a felicidade encontrar

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About this ebook

O coração sente, e sentindo, quer a felicidade encontrar é uma coletânea de textos, na sua maioria, sobre o amor, sobre paixões e todo o universo que permeia a vida romântica a dois de forma humorada e leve. Há também, textos que retratam a vida rotineira, buscando, descrever tais acontecimentos de forma sutil e agradável. Em outros textos pode ter a leitura, que propõe ao leitor, a reflexão sobre temas que estão, muito das vezes, inseridos em nosso dia-dia.
LanguagePortuguês
PublisherViseu
Release dateJan 1, 2020
ISBN9788530012656
O coração sente e, sentindo, quer a felicidade encontrar

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    O coração sente e, sentindo, quer a felicidade encontrar - Rodrigo Mendes

    mãe

    Perfumada e formosa flor!

    Por ti declaro todo o meu amor.

    Por ti faço o impossível,

    O intransponível se preciso for.

    Importando somente, minha flor,

    Não ter o coração doente.

    Na pior das hipóteses

    Seguir descontente

    Por te ver distanciar.

    Proteja meu coração

    E de sua falta o torne imune.

    Assumindo a incumbência de amar,

    Sem medo de que os espinhos

    Possam vir nos atrapalhar.

    Que saibamos prover a reciprocidade,

    Nutrindo o amar,

    Para quem sabe assim

    Nosso amor possa vir

    Se eternizar.

    Enquanto nosso tempo durar.

    Pois imagino

    Quão doloroso pode vir ser

    Ter de explicar ao coração,

    Por incontáveis dias,

    Sua ausência,

    Perfumada e formosa flor!

    Quando estou com você...

    Ah... esse frio, essa estação

    Que sempre nos agradou, cá está.

    Talvez na terra de Tchaikovsky,

    Se estivéssemos lá,

    Eu nos serviria uma boa vodca.

    O clima é romântico,

    Vai um chardonnay?

    Seu bom gosto é sabido por mim.

    Principalmente o musical.

    Aliás, seu gosto pelas mais variadas coisas

    É de um requinte sem igual!

    Pois bem... o que vai ser?

    Música clássica, jazz, blues ou bossa?

    Enquanto você pensa,

    Vejo que da primeira taça nada mais resta.

    Escolho música erudita.

    Você a minhas costas pede Bach.

    Ouvindo as suítes de Bach

    Contemplando você

    Me levam a pensar que

    Faria Da Vinci rever sua decisão,

    Deixaria de pintar Mona Lisa

    E pintaria você.

    Acredito que o mesmo

    Aconteceria com Michelangelo,

    Deixaria David e esculpiria você

    Como sua obra prima.

    Sessou Bach, você pôs Beethoven.

    Sempre soube de sua queda

    Pela Quinta e pela Nona.

    Também você sabe,

    Morro de paixão pelas mesmas.

    Que com louvor chega a nossos ouvidos,

    Nossos espíritos felicitando,

    Alimentando a alma.

    Já estamos no fim da segunda taça.

    Imagine se possível fosse,

    Termos Van Gogh para nossa

    Noite Estrelada pintar.

    Até parece um sonho,

    Quase uma tela surrealista,

    Eu, você, dividindo o mesmo sofá.

    Passaria a vida, assim,

    Em sua companhia

    Observando pela janela,

    A lua e as estrelas.

    Meu coração jubiloso se expressa,

    Quer ser seu par por toda vida que nos resta.

    Sirvo-nos de mais vinho.

    Os grandes mestres anteriores dão lugar a Ravel.

    Nesse instante,

    Sentimos o final do Bolero delicioso

    Como o degustar de um

    Bom vinho do Porto.

    Finda Ravel, vou até o gramofone,

    Troco o disco, insiro Chopin

    Que com autoridade e estilo

    Preenche o recinto.

    Você vai à cozinha com promessa

    De trazer-nos um bordô.

    Volta sorrindo, um sorriso que enfeita

    Sua linda face angelical.

    Olha nos fundos dos meus olhos,

    Ainda sorrindo,

    Diz que nosso amor é poesia,

    Perfeito como um soneto do Vinicius.

    Concordo sem relutar.

    Sentindo encorajado

    Pelas doses de vinho

    Declamo, mesmo sem jeito,

    Soneto de Fidelidade.

    A performance não é das melhores,

    Mas, dentro das condições

    Do momento, dou o meu melhor,

    Com direito a uma atuação improvisada,

    Que jamais seria aceita para

    Encenar uma peça de Molière.

    Mas tudo bem!

    Você diz complacente que fui ótimo!

    Vejo-a sorrindo, isso me agrada deliciosamente!

    Sinto a alma alegre,

    Sinto como se estivesse transbordando!

    Sinto a necessidade de vê-la sorrindo mais.

    Digo que estou no palco da vida

    Com intenção de agradar uma única pessoa.

    Podendo existir toda uma plateia a observar.

    Digo que o aplauso que quero ouvir é o seu.

    Poder chegar à velhice ao seu lado

    E poder ouvir de ti: "bravo! Sem dúvida viveria tudo de novo!"

    Você corresponde mais uma vez

    Com seu lindo sorriso iluminado.

    Envolvo-a em meus braços,

    Um abraço confortável,

    Que interagindo com minhas emoções,

    Desperta o desejo de que esse

    Abraço jamais se desfaça.

    Sua companhia é mais agradável

    Que todo o conforto

    Que muito dinheiro é capaz

    De proporcionar.

    As horas passam,

    A conversa não tem fim.

    Estar em sua companhia

    São momentos para eternizar!

    Passamos horas debatendo Ilíada e Odisseia.

    Amamos Homero, nisso não discutimos!

    Não estamos sós, as duas paredes,

    A nossa direita e a nossa frente,

    Estão repletas de estantes despencando livros.

    Conversar contigo enriquece o intelecto.

    Desprendemo-nos a discutir

    Literatura brasileira e estrangeira.

    Falamos de Gabo, Saramago

    Sem esquecer As Vinhas da Ira de Steinbeck

    Tudo em você é perfeito,

    Não vejo um único defeito.

    Mais perfeita ainda resenhado Ulisses,

    E Guerra e Paz então?

    Dostoievski é meu preferido,

    Você é apaixonada por Mann.

    Vejo você discorrendo sobre

    Grandes Sertões com sua voz macia.

    Pergunto-me: como pode ser tão perfeita?

    Fico entusiasmado com a ideia

    De que sou o homem de mais sorte no mundo!

    Pois tenho em minha vida você, meu anjo de luz!

    Mais tarde passamos a nos aventurar pela filosofia.

    Descartes, Platão e Nietzsche nos povoa a mente.

    Passo um tempo de olhos fixos em ti,

    Maravilhado, enquanto disserta Camus!

    Tudo isso se passou ao som de um

    Exército bem armado: Stravinsky, Strauss,

    Mendelssohn, Schumann e Wagner.

    Teve também o belíssimo

    O guarani de Carlos Gomes.

    Seguindo dispensando muita beleza,

    Rackmaninov, Brahms, Schubert e Verdi.

    Ouvir Cantiga do bem querer

    De Henrique de Curitiba depois de um tempo

    Foi mágico! O vinho aquece!

    Ainda temos Camargo Guarnieri e Liszt.

    Na sequência vem Haydn e Handel

    Levando-me a pensar que magnífico seria,

    Goethe e Shakespeare escrevendo

    A quatro mãos a nossa história?

    Daria certo como eu você ao piano?

    Os sofrimentos do jovem Werther,

    Tirando o sofrimento. Talvez?

    Eu seria seu Romeu, você minha Julieta.

    Sem tragédia, por favor!

    Imagino nossas famílias "Capuletos e Montequios"

    Nos concedendo a bênção.

    Lembrei do padre ruivo.

    Tenho Vivaldi em algum canto.

    Quatro estações?

    Com você todas as quatros estações por toda a vida.

    Vejo você vestida de noiva

    Em algum castelo no estilo medieval

    Perdido em algum canto de Paris.

    O quarteto de cordas interpretando Mozart

    Com perfeição e sutileza de alma.

    O povo boquiaberto,

    Na face a expressão imitando

    O que poderia ser O grito de Edvard Munch.

    Mas não é uma cena de agonia ou espanto!

    Sem dúvida é admiração!

    Com destaque para a noiva deslumbrante.

    Você está linda de véu e grinalda.

    Eu, sorrindo de orelha a orelha.

    Casamento do ano! Paris é uma festa,

    Seria emprestado de Hemingway

    Para estampar, como manchete,

    As primeiras páginas dos principais jornais.

    Busco mais vinho, sinto – me mais leve.

    Acredito que seja o vinho,

    Podendo ser também a contribuição

    Da Valsa n°2 de Shostakovish,

    Que nesse momento,

    Embala nossos pensamentos

    De uma maneira graciosa e festiva.

    Nos sirvo um carbenet sauvignon!

    Estou falando sem parar,

    É sua presença que me deixa a

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