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O portal de Gigarthur: “Uma história onde o impossível não existe”
O portal de Gigarthur: “Uma história onde o impossível não existe”
O portal de Gigarthur: “Uma história onde o impossível não existe”
Ebook154 pages2 hours

O portal de Gigarthur: “Uma história onde o impossível não existe”

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About this ebook

José é um simples lenhador que vive num vilarejo chamado Gigarthur, o qual recebeu este nome por causa de uma lenda de que ali viveu um gigante chamado Arthur. Um dia depois de José voltar do trabalho, uma forte chuva começa sem cessar, fazendo com que ele, seus filhos Helena e Augusto, juntamente com todo o povo do vilarejo, busquem abrigo nas montanhas, numa grande caverna lá existente. Depois de alguns dias sem nenhuma mudança do tempo e perto do abrigo também ser inundado pelo rio, José e alguns homens conseguem abrir uma passagem numa parede que foi fechada dentro da caverna. Eles a atravessam e exploram o restante do lugar, obtendo uma resposta para a lenda do vilarejo, e também descobrem um portal que os salva da inundação. Todo o povo de Gigarthur atravessa a cortina de luz azul, que os leva para o início de muitas aventuras, num mundo de fantasia, monstros e portais, sem saberem ou terem ideia do que mais podem encontrar no caminho.
LanguagePortuguês
PublisherXinXii
Release dateOct 24, 2019
ISBN9783966332484
O portal de Gigarthur: “Uma história onde o impossível não existe”

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    O portal de Gigarthur - Fernanda Goucher

    Fernanda Goucher

    O portal de Gigarthur

    Uma história onde o impossível não existe

    Rio de Janeiro

    2016

    Todos os direitos reservados.

    Esta é uma obra de ficção. Os nomes, personagens e acontecimentos descritos são produtos da imaginação do autor. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.

    Ficção: Literatura brasileira

    ISBN: 978-3-96633-248-4

    Verlag GD Publishing Ltd. & Co KG, Berlin

    E-Book Distribution: XinXii

    www.xinxii.com

    Revisão: Fernanda Goucher

    Capa: Terry Oran Goucher

    Agradeço a Deus pela inspiração para escrever mais este livro.

    Dedico esta obra a minha família, e a todos que apreciam e incentivam meu trabalho.

    Fernanda Goucher

    Sumário

    Sinopse

    A enchente

    Atravessando o portal

    O gigante Arthur

    O BARCO

    A ilha

    Terra à vista

    O castelo

    A ideia de Angelina

    A primeira expedição

    DE VOLTA A RENASCER

    A EXPEDIÇÃO PARA O GRANDE VILAREJO

    O povo das árvores

    Arthur atravessa o portal

    A caminho de Renascer

    De volta a Gigarthur

    Sinopse

    José é um simples lenhador que vive num vilarejo chamado Gigarthur, o qual recebeu este nome por causa de uma lenda de que ali viveu um gigante chamado Arthur. Um dia depois de José voltar do trabalho, uma forte chuva começa sem cessar, fazendo com que ele, seus filhos Helena e Augusto, juntamente com todo o povo do vilarejo, busquem abrigo nas montanhas, numa grande caverna lá existente. Depois de alguns dias sem nenhuma mudança do tempo e perto do abrigo também ser inundado pelo rio, José e alguns homens conseguem abrir uma passagem numa parede que foi fechada dentro da caverna. Eles a atravessam e exploram o restante do lugar, obtendo uma resposta para a lenda do vilarejo, e também descobrem um portal que os salva da inundação. Todo o povo de Gigarthur atravessa a cortina de luz azul, que os leva para o início de muitas aventuras, num mundo de fantasia, monstros e portais, sem saberem ou terem ideia do que mais podem encontrar no caminho.

    A enchente

    A aurora é um convite ameno para o lindo dia que se inicia. José que é um lenhador sai cedo para trabalhar. Pai de Helena que acabara de completar treze anos e de Augusto com apenas onze anos, tem sozinho a responsabilidade de criá-los, pois a mãe deles falecera há dois anos, por causa de uma forte pneumonia.

    Residentes da aldeia de Gigarthur, que recebera este nome por causa de uma lenda, de que ali viveu um gigante que se chamava Arthur, o qual era muito querido por sua grande bondade. Dizem que ele ajudou a construir o vilarejo, e que cantava todos os dias em sua moradia nas montanhas. Um canto suave que ecoava para toda a aldeia e arredores, trazendo muita calma e alegria para os habitantes da região. Muitos contam que Arthur era um anjo gigante, pois ele cuidava de todos com muito carinho. Colhia ervas nas montanhas e preparava chás medicinais, como também aromatizantes para perfumar as casas. O avô de José lhe contou que seu pai, bisavô de José, conheceu o gigante, e que apesar de Arthur viver sozinho nas montanhas, ele era muito feliz. Mas um dia seu canto silenciou e todos ficaram preocupados. Alguns habitantes foram até as montanhas, mas não o encontraram. Ficaram muito tristes, porém com o tempo aceitaram o estranho desaparecimento do gigante. José também ouviu do seu avô que algum tempo depois do desaparecimento de Arthur, alguns habitantes ouviram sua linda e melódica voz ecoando ao longe. Por isso o homenagearam, colocando o nome da aldeia de Gigarthur.

    José trabalha com mais dois lenhadores e todos são muitos conscientes. Eles cortam, mas plantam outras árvores também, graças a outro ensinamento que Arthur deixou: Respeite a natureza e nada lhe faltará!

    Os três lenhadores voltam para casa um pouco mais cedo por causa da forte ventania, e assim que José coloca os pés na sala da sua casa, começa um temporal. Helena comenta:

    — Que sorte pai! Parece que a chuva só estava esperando o senhor chegar em casa.

    — É mesmo Helena!

    — Quer um chá pai? Acabei de preparar!

    — Quero sim filha! Está chovendo muito pesado! Faz tempo que não vejo uma chuva assim!

    — Está mesmo pai! Eu tenho medo dos trovões, e Augusto mais ainda, pois até se deitou e está debaixo do cobertor.

    — Vou falar com ele e depois vou acender o fogo, pois está esfriando. Pode colocar meu chá que já volto para tomar.

    — Sim pai! E um pedaço de pão com geleia como o senhor gosta.

    — Isso mesmo minha filha!

    Algum tempo depois, José abre um pouco a janela e vê a chuva forte que cai, enquanto toma mais um pouco do chá que Helena fez.

    Três dias se passam com a chuva caindo forte sem cessar. José toma seu chá preocupado, e assim que acaba coloca sua capa de chuva. Vai ao quarto das crianças que ainda dormem, sacode Helena para acordá-la, e diz que vai dar uma olhada no rio, pois ainda chove intensamente, mas para ela continuar a dormir, pois volta logo. Helena responde que sim sonolenta. Ele sai de casa em direção ao rio, e lá encontra alguns vizinhos já aflitos.

    Abel, que é um dos lenhadores fala para José:

    — Se esta chuva não parar logo, o rio transbordará e irá inundar nosso vilarejo!

    José olha para o céu e tem quase certeza que isso acontecerá. Por isso fala para os amigos:

    — Eu acho melhor a gente se preparar para o pior. Vou para casa colocar as minhas coisas para o alto, e se a chuva não parar logo, vou pegar o que eu puder e vou para as montanhas por segurança. Tem uma caverna bem grande lá! Eu sei o caminho, e acho melhor irmos todos juntos. Nunca vi em toda a minha vida chover tanto assim sem parar, e parece que vai continuar, pois o céu está muito escuro.

    — Eu vou pegar minha família e iremos com você José! ( Diz Abel )

    — Temos que levar todo alimento que tivermos, pois não sabemos por quanto tempo teremos que ficar lá.

    Nico que era considerado um sábio na aldeia concorda e diz:

    — Só temos esta alternativa, porque se não parar de chover, morreremos afogados. Vamos avisar o resto dos moradores da aldeia e partiremos logo, e que Deus esteja conosco.

    Assim a pequena população da aldeia de Gigarthur parte para as montanhas com José lhes guiando. A chuva dificulta a caminhada, e por isso dois idosos são carregados, como também as crianças pequenas. Depois de uma hora caminhando, eles param e conseguem avistar a aldeia sendo invadida pela água do rio, causando uma grande tristeza para todos. Algumas lágrimas se misturam com a chuva que escorre pelos seus rostos, mas voltam a subir a montanha.

    Após mais uma hora de dura caminhada, eles chegam à caverna, onde José diz aliviado:

    — Chegamos pessoal! Vamos todos nos enxugarmos e trocar de roupas. Depois faremos uma fogueira com a lenha que trouxemos, e tomaremos um chá bem quente. Augusto pergunta para o pai:

    — Não tem bicho aqui nesta caverna pai?

    — Acho que não filho! Mas vou fazer uma revista por ela toda, assim que me trocar.

    Abel prontamente se oferece para ir com José inspecionarem a caverna e Zion que era o outro lenhador, diz que vai fazer a fogueira. Assim que trocam de roupa os dois vão vistoriar a grande caverna. Retornando algum tempo depois e carregando alguns gravetos que encontraram. José diz:

    — Nós andamos por toda a caverna até a passagem que parece ter sido fechada com grandes pedras. Fora isso que achamos bem estranho, não tem mais nada.

    — Infelizmente um dos idosos, o Sr. Agenor está com febre muito alta. ( Fala Nico preocupado )

    Alana, filha de Nico comenta:

    — Eu estou preparando um chá medicinal pai, mas infelizmente ele já estava muito doente há algum tempo, e depois de pegar tanta chuva, não sei se vai conseguir sobreviver!

    Nico passa um pano molhado pelo rosto do febril, que delira murmurando frases confusas. Após tomar o chá ele adormece, mas infelizmente não resiste à febre e morre depois de alguns minutos.

    Nico diz: — Vamos orar por nosso irmão para que sua alma descanse em paz, e também agradecermos por tê-lo em nossas vidas por todo esse tempo.

    Todas as pessoas da aldeia rezam, até as crianças. Eram agora num total de sessenta e três pessoas, com a morte do idoso, que Nico considerava muito, pois foi um grande amigo do seu pai e seu também. Não constituiu família, pois teve uma grande decepção com uma mulher, virando um andarilho, até chegar à pequena aldeia de Gigarthur e fixar moradia, trabalhando como carpinteiro.

    Ele é enterrado na parte da caverna mais afastada de onde se encontram, enquanto do lado de fora a chuva continua sem cessar.

    José diz: — Vamos descansar após comermos e rezar para esta chuva parar.

    Depois que comem, por causa do cansaço quase todos acabam dormindo. Nico e Abel ficam conversando sobre a chuva que não para, preocupados. Nico diz:

    — Você acha que estamos seguros nesta caverna Abel?

    — Acho que sim, esta chuva deve parar logo, mas nunca vi chover com tanta intensidade assim, em toda a minha vida.

    — Eu que sou muito mais velho que você, também nunca vi algo assim.

    Ficam conversando mais um pouco e depois adormecem também.

    O dia amanhece com a chuva persistente, pois em nenhum momento cessara. Nico diz para José que precisam racionar a comida por precaução. José concorda e repassa o conselho de Nico para todos, que também aceitam, colocando toda a comida que haviam trazido, para serem distribuídas igualmente em pouca quantidade. José diz:

    — Racionando esta comida, teremos comida para uma semana, e com certeza esta chuva deve ter parado. De qualquer forma eu e alguns homens sairemos para ver se achamos mais alguma coisa para comer.

    José vai em busca de comida com Abel, Zion e Baltazar, o pai de Abel. Do lado de fora eles percebem os danos causados pela chuva. O rio inundara tudo e a água continua subindo. A ventania derruba árvores e faz um barulho assustador. Eles reconhecem que estão presos naquela caverna, e que se não parar de chover a água chegará até onde estão. José olha para o céu e se enche de temor, pois continua muito carregado. Então comenta:

    — Não podemos ir a lugar algum! Temos que contar para os outros que estamos presos aqui.

    Baltazar não concorda e diz:

    — Melhor dizermos que a chuva está muito forte, e que está perigoso para sairmos, até ver o que acontece, senão vão ficar muito mais assustados.

    — É você está certo Baltazar! Melhor não falarmos nada por enquanto. ( Concorda José )

    Voltam frustrados para onde está o resto das pessoas, e contam o que combinaram. Elas acreditam e não fazem perguntas.

    Três dias se passam e tudo continua igual. As

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