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TÍTULO II – DOS CRIMES CONTRA O

PATRIMÔNIO

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A Constituição Federal, no caput do art. 5º, assegura a todos os brasileiros a


inviolabilidade ao direito de propriedade, que atenderá à sua função social (inciso XXIII).
Alçada à categoria de direito fundamental, nem por isso se deve considerar a propriedade
ou o patrimônio como um bem de importância equivalente à vida, à liberdade ou à
integridade corporal ou à saúde das pessoas. Estes, de toda obviedade, são bens mais
valiosos que o patrimônio.

Nada obstante isso, o Código Penal brasileiro, ao tratar das lesões patrimoniais,
comina penas extremamente severas, revelando, assim, uma valoração excessiva às coisas
que têm valor econômico.

Quando se comparam as penas cominadas aos crimes patrimoniais com as previstas


para os delitos que atingem a liberdade pessoal e, principalmente, a liberdade de trabalho,
chega-se à conclusão de que o legislador do Código Penal, especialmente o que tem,
ultimamente, reformado-o, confere mais valor a uma coisa do que ao direito de liberdade.

O furto – no qual não há emprego de violência contra pessoa – de um simples par de


sapatos é punido com reclusão de um a quatro anos, ao passo que no atentado contra a
liberdade de trabalho, do art. 197, a reprimenda é de detenção de um mês a um ano, mais a
correspondente à violência, se houver.

Um novo Direito Penal deve ser construído com respeito ao princípio da


proporcionalidade a fim de que os valores importantes da sociedade sejam protegidos
harmonicamente, não como hoje, em que os bens materiais – da minoria da população –
são tutelados com maior eficácia que a liberdade, a integridade corporal, da grande massa
de deserdados.

Conferindo efetividade ao preceito constitucional, no Título II da Parte Especial, o


Código Penal, nos arts. 155 a 183, apresenta os vários tipos incriminadores das agressões
ao patrimônio, a seguir objeto de comentários.

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