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Fonte: http://www.defiendetufe.org/
INTRODUÇÃO
É comum ouvirmos evangélicos e protestantes dizerem: "Eu sou cristão"; ou também: "Agora sou
cristão". A verdade é que a maioria dessas novas igrejas não têm mais que 50, 100 ou 200 anos de
fundação. O verdadeiro e pleno Cristianismo possui mais de 2.000 anos e encontra-se
precisamente na Igreja Católica, fundada por Cristo. Estudemos a Palavra de Deus para conhecer
as raízes do Catolicismo no Cristianismo primitivo.
Denomina-se "Cristianismo" à religião em conjunto que foi fundada por Cristo Jesus, "pedra
angular de toda a sua doutrina" (1Coríntios 3,10-11; 1Pedro 2,4.6-8). Esta religião herdou do povo
judeu a fé em um único e verdadeiro Deus (Êxodo 20,2-3), que teve sua origem na "santa aliança"
celebrada entre Javé e o patriarca Abraão (Gênesis 12,1-2), convertendo o povo de Israel em uma
"nação santa e reino de sacerdotes" (Êxodo 19,5-6).
No entanto, "quando se cumpriu o tempo, Deus enviou o seu Filho, que nasceu de uma mulher,
submetido à lei de Moisés" (Gálatas 4,4). Ele é o "grande sumo sacerdote" (Hebreus 4,14), que
estabeleceu um "novo pacto" (Hebreus 8,6) por sua morte salvadora na cruz (Efésios
2,16;Colossenses 1,20), dando origem ao "verdadeiro Povo de Deus" (Gálatas 6,16).
Conseqüentemente, "já não importa ser judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher,
porque, unidos a Cristo Jesus, todos vocês são um só. E se são de Cristo, são descendentes de
Abraão e herdeiros da promessa que Deus lhes fez" (Gálatas 3,28-29).
A Igreja de Cristo foi vista, pelo menos durante os seus primeiros dez anos, como uma "nova seita"
saída do Judaísmo (Atos 28,22); porém, na realidade, era um "novo caminho" (Atos 24,14), já que
estava centrada em Jesus Cristo, que é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14,6). E os homens
e mulheres que se atreviam a seguí-Lo eram perseguidos, condenados à morte, capturados e
encarcerados (Atos 22,4). Não obstante, eles estavam unidos em um mesmo amor (Colossenses
3,14), uma vida segundo os ensinamentos do "sermão da montanha", para alcançar o "reino dos
céus" (Mateus 5,3-12).
No tocante ao termo "cristão" com que são identificados os discípulos de Cristo, começou a ser
empregado na província romana de Antioquia - atual Antakya, na Turquia (Atos 11,26). Este nome
foi aceito por todos aqueles que suportavam os sofrimentos de sua fé (1Pedro 4,16), convertendo-
se assim em autênticos soldados de Cristo (2Timóteo 2,3).
Quantas vezes nos temos perguntado, diante da grande avalanche de igrejas cristãs: "Qual delas é
a verdadeira?" A esse respeito, ensinava São Cipriano no século II que "ninguém pode ter a Deus
por Pai se não tiver a Igreja Católica por Mãe". E o cardeal John Henry Newman [ex-protestante]
acrescentava que "para conhecer a história do Cristianismo, é necessário deixar de ser
protestante". Por essa razão, nós católicos afirmamos que a nossa religião não foi fundada por
nenhum homem, como ocorreu com todas as demais denominações cristãs, que muitas vezes,
como "lobos devoradores", querem destruir a Igreja (Atos 20,29-30). Ao contrário, [a Igreja
Católica] tem suas origens em Jesus Cristo, que é a "rocha firme" (Mateus 7,24-25) e, portanto,
ninguém pode construir sobre outro fundamento (1Coríntios 3,9-11). A existência da Igreja Católica
e seu impacto têm sido muito profundos: nos referimos a uma instituição que sobrevive há mais
tempo que qualquer império na História da civilização. Ela já dura três vezes mais que o Império
Romano e duas vezes mais que a dinastia na China.
A Igreja Católica é vista teologicamente como o "corpo místico" de Cristo (Efésios 1,23), sem
"mancha nem pecado" (Efésios 5,27), como "a esposa do Cordeiro" (Apocalipse 21,9; 22,17), a
quem o Senhor não deixa de cuidar (Efésios 5,29). A Sua intenção era que existisse "um só
rebanho e um só Pastor" (João 10,16), sendo Ele "o grande pastor das ovelhas" (Hebreus 13,20),
chamado "o Bom Pastor" (João 10,11), que vela permanentemente por elas (1Pedro 2,25). Para
cumprir esta santa tarefa, o Filho de Deus elegeu doze Apóstolos (=enviados) (Mateus 10,2-4;
João 20,21), dando-lhes plena autoridade para governar a sua Igreja, encabeçada pelo apóstolo
Pedro (Mateus 16,19; 18,18; 19,28; Efésios 2,20), com cinco grandes missões: [1] pregar o
Evangelho (Mateus 28,20) e orar; [2] batizar (Mateus 28,19; Marcos 16,15-16); [3] celebrar a
Eucaristia (Lucas 22,19); [4] perdoar os pecados (João 20,23; Lucas 24,47); [5] e realizar sinais
milagrosos em seu nome (Mateus 10,1; Marcos 16,17-18), como Pedro curou com a sua sombra
(Atos 5,15) e Paulo com sua roupa (Atos 19,11-12). Do mesmo modo, o Santo de Deus, antes de
regressar ao céu, prometeu enviar aos seus amigos a ajuda do Espírito Santo, para que lhes
recordasse tudo o que Ele havia lhes dito (João 14,26; 16,13), tornando-se visivelmente presente
na festa de Pentecostes (Atos 2,1-4.33) e muitas outras vezes com a colaboração dos anjos do céu
(Atos 5,17-20; 8,26; 10,3-8.22; 12,7-11; 27,23-24).
Os Apóstolos, conforme iam expandindo a "Boa Nova" nos templos e nas casas (Atos 5,42),
nomearam, por sua vez, bispos (pastores), presbíteros (anciãos) e diáconos (servidores), por
intermédio da oração, do jejum e da imposição das mãos (Atos 13,3; 14,23; 1Timóteo 4,14;
2Timóteo 1,6), rito sagrado esse que foi mantido até os nossos dias pela hierarquia eclesiástica
católica. Prova disso foi a escolha de Matias pelos onze Apóstolos, para que viesse a ocupar o
lugar de Judas (Atos 1,15-26); e também as nomeações de novos bispos promovidas por Paulo
(como Tito em Creta e Timóteo em Éfeso), e Barnabé na Ásia Menor, para que cuidassem da
"Igreja" ou do "Rebanho" de Deus (Atos 20,28; Hebreus 13,7.17) e se dedicassem a "pregar e
ensinar" (1Timóteo 5,17). A esses novos bispos foi transmitido o legado de ordenar presbíteros
(Tito 1,5), que davam a conhecer a sã doutrina (1Coríntios 4,1; 2Timóteo 2,2; Tito 1,9) e curavam
os doentes por meio da oração e da imposição do óleo (Tiago 5,14; Marcos 6,13). Também por
solicitude dos Apóstolos, a comunidade de Jerusalém nomeou sete diáconos que se encarregaram
do cuidado material dos fiéis (Atos 6,2-6). Um deles, Estêvão, foi o primeiro mártir (=testemunha)
do Cristianismo (Atos 7,59-60). Entre os Apóstolos, profetas, pastores e mestres haviam diferentes
dons e qualidades (Atos 13,1; Romanos 12,6-8; 1Coríntios 12,27-31; Efésios 4,11).
Tamanho foi o êxito, que em pouco tempo "as igrejas se afirmavam na fé e o número de crentes
aumentava a cada dia" (Atos 16,5; 9,31), possuindo como dirigentes, em cada lugar, os Apóstolos,
bispos e diáconos (Atos 15,4; Filipenses 1,1); todos eles com os fiéis em geral conformavam as
"igrejas de Deus" (2Tessalonicenses 1,4), chamadas também de "igrejas de Cristo" (Romanos
16,16), "povo santo" (Atos 9,13) ou "povo de Deus" (Apocalipse 5,8; 8,3; 19,8), "casa de Deus"
(Hebreus 3,6) ou "família de Deus" (Efésios 2,19). Do mesmo modo, os príncipes dos Apóstolos,
Pedro e Paulo, com suas cartas pastorais manifestavam como deveria ser a vida exemplar e reta
dos bispos (1Pedro 5,1-4; 1Timóteo 3,1-7; 4,17), presbíteros (Tito 1,6-9), diáconos (1Timóteo 3,8-
13) e de todos os fiéis cristãos (Romanos 12,9-21; 13,1-14; 14,1-23; 15,1-6). Particularmente é
conhecida uma carta de Santo Inácio de Antioquia, redigida nos primeiros anos do século II, em
que diz que cada comunidade de crentes contava com um único bispo, assistido pelos presbíteros
e diáconos. Conservam-se também as listas dos bispos católicos das principais igrejas: Roma,
Jerusalém, Antioquia, Alexandria, todas as quais remontam aos próprios Apóstolos.
Por outro lado, à medida que se cumpriam as palavras do Apóstolo dos Gentios, que assinalavam
Cristo como "o salvador da Igreja" (Efésios 5,23), o diabo, como "leão rugente", provocava
perseguições aos crentes em todo o mundo (1Pedro 5,8-9). O próprio Mestre Divino já assim havia
profetizado (João 15,20). Os primeiros cristãos suportavam com grande paciência diversas penas
(2Coríntios 6,4-5), convertendo-se em verdadeiras "testemunhas de Jesus" (Apocalipse 17,6), para
estar com Ele em sua glória (Romanos 8,17). Neste ponto, nossa Igreja é a que ofereceu mais
mártires no Cristianismo: estima-se que, em vinte séculos, foram 40 milhões entre papas, bispos,
sacerdotes, religiosos, monges, missionários, catequistas, neocatecúmenos, seculares, meninos e
meninas. Apenas no século XX, 27 milhões morreram em razão de sua fé em perseguições
religiosas promovidas na Espanha, no México, na Alemanha nazista, na ex-União Soviética, na
China comunista, nas guerras civis de alguns países da África etc. Eles são "os que lavaram suas
roupas e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (Apocalipse 7,14), estão "vestidos de branco e
portando folhas de palma em suas mãos" (Apocalipse 7,9). Por isso, Santo Agostinho dizia que "a
Igreja Católica segue peregrinando entre as perseguições dos homens e os consolos de Deus".
Esta tarefa evangelizadora que se cumpre desde a ordem emanada pelo próprio Senhor Jesus, de
dar a conhecer sua mensagem até os confins da terra (Atos 1,8), é testemunhada na História com
a conversão do grande Império dos Césares, a partir de Constantino no século IV. Posteriormente,
missionários e monges católicos fizeram o mesmo com as tribos bárbaras dos godos, vikings,
francos, germanos entre outras. A partir do século XVI o Catolicismo se estendeu pela América,
Índia, China, Japão e África, graças à pregação de valentes sacerdores e religiosos franciscanos,
dominicanos, jesuítas, mercedários e agostinianos. Igualmente, outro sinal distintivo foi a atenção
dada aos órfãos e viúvas (Tiago 1,27); nas igrejas, aos domingos, era recolhida uma oferta
voluntária para tal fim (1Coríntios 16,1-2). Esta característica bíblica continua presente na Igreja
Católica de nossos dias, responsável por uma imensa quantidade de hospitais, dispensários,
leprosários, centros de saúde, asilos, orfanatos, creches, escolas, oficinas de capacitação,
restaurantes populares para adultos e crianças, bancos de alimentação para pobres, centros de
reabilitação para dependentes químicos em geral, aidéticos, entre outros. Obedece assim ao
mandamento do apóstolo Tiago: "a fé sem obras é morta" (Tiago 2,14-18).
Hoje em dia é comum ouvirmos muitos grupos afirmarem que eles são a verdadeira Igreja de
Cristo, portadores do verdadeiro Cristianismo; porém, a pergunta é bem simples: se eles são os
verdadeiros cristãos, POR QUE NENHUM DELES VIERAM ORIGINARIAMENTE EVANGELIZAR A
AMÉRICA E OUTROS CONTINENTES? A resposta é rápida: NÃO VIERAM PORQUE NÃO
EXISTIAM.
10. A Igreja de Cristo: a Católica, desde o Princípio tem um Rosto Divino e Humano
Devemos reconhecer a Igreja de Cristo em sua parte humana, que cumpre a parábola do "joio
entre o trigo" (Mateus 13,24-30) através dos tempos. De fato, o papa João Paulo II declarou
humildemente que no Catolicismo tem existido "luzes e sombras". No entanto, o poder do inferno
nunca poderá vencê-la (Mateus 16,18), pois o Messias sempre estará com os seus (Mateus 28,20;
1Coríntios 5,4), segundo ainda a sentença do mestre da Lei, Gamaliel (Atos 5,38-39), já que existe
uma íntima união entre Deus, a Igreja e Cristo Jesus "por todos os séculos, agora e para sempre"
(Efésios 3,21).
Que Deus continue te abençoando e dai graças a Deus se fores católico. Luta para ter uma
relação pessoal com Jesus Cristo e testemunha com a tua vida que Ele está vivo. Se não sois
católico e desejas ser 100% cristão, saiba que as portas da Igreja Católica estão abertas para ti. Te
aguardamos!