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NOÇÕES DE
ADMINISTRAÇÃO
APOSTILA 1
SUMÁRIO
2.1. DEFINIÇÕES,
2.2. ASPECTOS DOS ORÇAMENTOS PÚBLICOS,
2.3. ORÇAMENTO PROGRAMA,
2.4. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO,
2.5. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
2.6. PROCESSO ORÇAMENTÁRIO
2.7. LEIS ORÇAMENTÁRIAS
2.8. CRÉDITOS ADICIONAIS
2.9. ORÇAMENTOS PÚBLICOS NA LEI DE RESPONSABILIDADE
FISCAL;
2.10. DAS VEDAÇÕES Á MATÉRIA CONSTITUCIONAL,
3.1. CONCEITO,
3.2. TIPOS DE RECEITA PÚBLICA,
3.3. CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
3.4. ESTÁGIOS DE RECEITA,
3.5. RECEITA PÚBLICA NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
3.6. DÍVIDA ATIVA
4.1. CONCEITUAÇÃO,
4.2. CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA PÚBLICA
4.3. CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA
4.4. FASES DA DESPESA PÚBLICA
4.5. REGIME DE ADIANTAMENTO OU SUPRIMENTO DE FUNDOS
4.6. RESTOS A PAGAR
4.7. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
4.8. REGIME CONTÁBIL
CAPÍTULO 1 – ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
2.1. DEFINIÇÕES
Conceito clássico de orçamento – Uma peça que contempla a previsão das receitas
e a autorização das despesas para um determinado período. Documento
eminentemente contábil e financeiro.
O Orçamento Tradicional
O Orçamento-Programa
ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO-PROGRAMA
atos praticados por aqueles que ela apoia. Dentro deste contexto, presenciamos, a
maneira ardil, como as elites dominantes, utilizam a democracia, como forma de
mascarar e perpetuar a lógica por eles defendida.
A primeira etapa de elaboração do orçamento participativo possui o
caráter interno, de negociação entre as diversas secretarias, particularmente as de
Políticas Sociais e de Planejamento. É necessário equacionar o potencial de
arrecadação e gasto do ente. Feito isto, o governo precisa definir quais são seus
objetivos de curto, médio e longo prazo, para apresentar propostas à população.
A seguir, devem ser elaboradas as bases do processo de participação.
Cada ente irá desenvolver uma metodologia apropriada à sua situação, procurando
contemplar:
a) a descentralização das discussões com a população, através da divisão do
município em regiões;
b) a elaboração de critérios de atendimento das demandas regionais;
c) a elaboração dos critérios de participação da população;
d) a definição das instâncias de participação e suas competências específicas
(reuniões, plenárias, Conselhos, etc.).
Como os recursos são escassos, há um momento de intensa
negociação dos diversos interesses a serem atendidos. Um bom instrumento para
melhorar a qualidade deste diálogo é a promoção de visitas inter-regionais para que os
representantes eleitos pela população ampliando o grau de conhecimento de cada um
sobre a sua região e a relação dela com a cidade como um todo, gerando co-
responsabilidade na decisão das destinações dos recursos disponíveis.
Ainda no que diz respeito à elaboração do orçamento, é necessário
estabelecer e afinar a articulação entre as instâncias de participação popular e as
decisões do governo, e entre o processo do orçamento participativo e o Legislativo
municipal.
Finalmente, vale lembrar que o processo do orçamento participativo não
se encerra com a sua elaboração: é de fundamental importância a criação de
mecanismos que possibilitem à população o acompanhamento da execução
orçamentária e a fiscalização dos gastos do poder público.
O apoio do prefeito e do Secretariado é um fator importante para o
sucesso do orçamento participativo. Os dirigentes municipais devem estar fortemente
comprometidos com sua proposta, e dispostos a dar sua colaboração no decorrer do
processo.
Por outro lado, não basta simplesmente reunir os cidadãos, fornecendo-
lhes alguns valores e dados, para se obter resultados com o orçamento participativo: é
preciso um método de trabalho bem definido. Pode ser necessário que o governo
municipal conte com o apoio de consultores e/ou ONGs para construir esse método
em conjunto com a equipe da prefeitura.
No caso da montagem da equipe, é necessário que seus integrantes,
além de conhecer o funcionamento da prefeitura, saibam estabelecer boas relações
com a população, dominando a metodologia de trabalho do orçamento participativo. É
recomendável que se ofereça treinamento específico para os membros desta equipe.
Outro aspecto fundamental para o sucesso do orçamento participativo é
o acesso dos cidadãos envolvidos a informações que lhes permitam tomar decisões.
Uma das dificuldades comuns é a falta de conhecimento do orçamento
por parte dos delegados ou conselheiros, o que prejudica seus argumentos com os
técnicos da prefeitura
Com a escassez de recursos dos municípios, o montante destinado a
investimentos é de 10% a, no máximo, 20% do total da receita orçamentária. O
restante já está, em geral, comprometido com custeio, manutenção e pagamento de
Princípio da Legalidade
Princípio da Unidade
Princípio da Universalidade
Princípio do Equilíbrio
Princípio da Publicidade
1
BEZERRA FILHO, João Eudes. Contabilidade Pública - Abordagem Teórica. Material para Curso de
Capacitação e Treinamento. Recife, 1998, p. 23. HOJE
Por força da Constituição Federal de 1988, o país todo adota uma estrutura
orçamentária baseada em três documentos:
• Planos Plurianuais - PPA,
• Leis de Diretrizes Orçamentárias - LDO, e
• Leis Orçamentárias Anuais, (LOA)
Que valem para os governos: federal, estaduais e municipais da mesma forma.
Conforme preceito legal.
PRAZOS ORÇAMENTÁRIOS
Na União
PROJETO UNIÃO
DE LEI ENVIO AO PL DEVOLUÇÃO AO PE VIGÊNCIA
Plano Plurianual Até Quatro meses Até o encerramento da Até o final do primeiro
antes do encerramento sessão legislativa exercício financeiro do
do primeiro exercício (15/12) mandato presidencial
financeiro do mandato subseqüente
presidencial (31/08) (quatro anos)
Lei de Diretrizes Até oito meses e meio Até o encerramento do Até o final do exercício
Orçamentárias antes do encerramento primeiro período da financeiro
do exercício financeiro sessão legislativa subsequente
(15/04) (30/06)
Lei Até Quatro meses Até o encerramento da Até o final do exercício
Orçamentária antes do encerramento sessão legislativa financeiro
Anual do exercício financeiro (15/12) subsequente (um ano)
(31/08)
AUTORIZAÇÃO E ABERTURA
VIGÊNCIA
SF = SUPÉRAVIT FINANCEIRO
AF = ATIVO FINANCEIRO
PF = PASSIVO FINANCEIRO
CAR = VALOR DOS CRÉDITOS ADICIONAIS REABERTOS (ART. 167, §2º, CF)
OCV = SALDO DE OPERAÇÕES DE CREDITO VINCULADAS AOS CRÉDITOS
REABERTOS
CAE = VALOR DOS CA ABERTOS NO PRÓPRIO EXERCÍCIO, TENDO COMO
FONTE O SUPERÁVIT FINANCEIRO
PLANEJAMENTO
ANEXOS O QUE É ?
Metas Fiscais (artigo 4o, § 1o) Anexo onde serão demonstradas as metas anuais,
em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultado nominal e primário e
montante da dívida pública, para o exercício a que
se referirem e para os dois seguintes. Na LDO
relativa ao exercício de 2001, por exemplo, serão
previstos resultados para os exercícios de 2001,
2002 e 2003, enquanto em 2002 serão
reprogramadas, se for o caso, as metas para 2002
e 2003
Riscos Fiscais (artigo 4o, § 3o) Anexo onde serão demonstradas as avaliações dos
passivos contingentes e outros riscos capazes de
afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se
concretizem. Um exemplo disso é o aumento das
despesas com pessoal por força de possível
decisão desfavorável em processo judicial. É a
avaliação da ocorrência de pagamentos incertos,
eventuais, que sobrevêm ao longo da execução
orçamentária.
A lei orçamentária anual (LOA) deverá ser elaborada de forma compatível com
o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias, bem como de acordo com as
seguintes normas contidas no artigo 5o da LRF:
3.1 CONCEITO
Em sentido amplo:
De acordo com a sua origem podem ser classificadas em dois grandes grupos -
Orçamentárias e Extra-Orçamentárias.
• Receitas Correntes - quando sua aplicação tiver como objetivo os gastos com a
manutenção da máquina administrativa e dos próprios serviços públicos prestados.
Conforme estabelece o artigo 11, parágrafo 1o, da Lei Federal no 4.320/64, são as
receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de
serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de
2
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 9a Edição. São Paulo: Atlas, 2000, p. 143.
3
KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública: teoria e prática. 3a Edição. São Paulo: Atlas, 1993, p. 90.
c) Arrecadação: é o ato pelo qual o Estado recebe os tributos e demais créditos que
lhe são devidos, através dos agentes de arrecadação (públicos ou privados) que
recebem os recursos dos contribuintes.
Previsão de Arrecadação
Esses três procedimentos não traduzem uma novidade. A Lei 4.320 e a prática
do orçamento já os prescreviam. Inovação, mesmo, é a necessidade de se prever,
para cada intervalo de dois meses, o que se espera arrecadar no ano. Isto, 30 dias
após a publicação do orçamento. Essas metas bimestrais de arrecadação possibilitam
o cálculo que pode resultar na “limitação de empenho”. Aqui, vale lembrar, grande
parte dos Municípios não estimavam sua receita para períodos menores que o ano,
impedindo, assim, avaliações parciais de desempenho da receita
Outra novidade da Lei Complementar 101/00 é fazer que o Executivo divulgue,
quando cabível, seu programa de melhoria da arrecadação, sua política tributária (art.
13, LRF). Posteriormente, no encerramento do exercício, o chefe do Executivo
prestará contas das realizações no campo tributário (art. 58, LRF).
Renúncia de Receita
Essa maior dificuldade para conceder isenções inibirá a guerra fiscal entre os
Estados e entre os Municípios.
Portanto, de uma forma mais objetiva, podemos dizer que a Receita Corrente
Líquida da União, dos Estados e dos Municípios pode ser calculada da seguinte forma,
corroborando com o entendimento de Lins4:
4
LINS, Murilo da Fonseca. Apostila de Contabilidade Pública. Recife, 2001, p. 11.
A Lei de Execução Fiscal erige em dívida ativa aquela definida pela Lei
4320/64 e suas alterações, destacando-se os alcances dos responsáveis
definitivamente julgados e o CPC (artigo 585, VI) comanda que a certidão de dívida
ativa da Fazenda Pública correspondente ao crédito inscrito como dívida ativa terá
força executiva.
4.1. CONCEITUAÇÃO
Noção Geral:
Conceito Específico:
• Orçamentárias;
• Extra-orçamentárias.
Exemplos:
Governadoria do Estado Gabinete do Governador
Gabinete do Vice-Governador
Gabinete Civil
Secretaria da Educação
Gabinete do Secretário
- Entidades Supervisionadas
Exemplos:
Secretaria da Administração
- Gabinete do Secretário
- Unidade de Recursos Materiais
- Unidade de Recursos Humanos
• Características do Projeto:
• Características da Atividade:
- é contínua no tempo;
- seus objetivos são medidos de forma generalizada em termos financeiros;
- imprime a idéia de manutenção de serviços anteriormente criados;
- geralmente se origina da conclusão de projetos de serviços de interesse
coletivo ou em virtude de leis especiais;
- em sua operacionalização, há predominância de despesas correntes, sem
aumento patrimonial.
• categoria econômica;
• grupo de natureza de despesa;
• elemento de despesa.
CATEGORIA ECONÔMICA
Como nas Despesas Correntes, podem ocorrer por aplicação direta ou por
transferência de recursos, subdividindo-se em:
Investimentos - são as aplicações diretas em programas que visem o
desenvolvimento ou aprimoramento dos serviços prestados pelo Estado, através de
construções, inclusive a aquisição de terrenos para este fim, aquisição de materiais
permanentes novos, constituição e/ou aumento do capital de empresas - cujas
atividades principais sejam agrícolas ou industriais;
GRUPOS DE DESPESA
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
ELEMENTO DE DESPESA
Exemplos:
4.4.2 PROGRAMAÇÃO
4.4.3. LICITAÇÃO
• Convite - consiste na consulta, por escrito, pelo menos, a três (03) licitantes
que operem no ramo do objeto licitado, cadastrados ou não, com antecedência mínima
de cinco (05) dias úteis, para as despesas com valores superiores àqueles
dispensáveis e até aqueles que exigem a modalidade de Tomada de Preços.
4.4.4 EMPENHO
Quando uma importância empenhada não vai ser paga, por motivos diversos,
procede-se a anulação do empenho, que pode ser total ou parcial; se a anulação se
referir a uma despesa já paga, procede-se a restituição da importância a ser anulada
e, posteriormente, processa a anulação, emitindo um documento denominado “Nota
de Anulação de Empenho”, que tem por objetivo devolver a importância anulada ao
saldo orçamentário.
4.4.5 LIQUIDAÇÃO
4.4.6 PAGAMENTO
4.5.1 CONCEITO
4.5.2 CONCESSÃO
O adiantamento não poderá ser concedido ao servidor que esteja numa das
seguintes situações:
• em alcance;
• responsável por número máximo de adiantamentos pendentes de prestação de
contas estabelecido pela legislação específica;
• não esteja em efetivo exercício e
• esteja respondendo a inquérito administrativo.
Pagamento
Cancelamento
Os valores inscritos e não pagos deverão ser cancelados pela sua unidade gestora
quando se extingue a obrigação do ente público perante o credor, seja pela prescrição
do direito (após cinco anos de sua inscrição) ou pelo não cumprimento da fase da
liquidação.
A HISTÓRIA DO SIAFI
Até o exercício de 1986, o Governo Federal convivia com uma série de
problemas de natureza administrativa que dificultavam a adequada gestão dos
recursos públicos e a preparação do orçamento unificado, que passaria a vigorar em
1987 :