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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIME
i
i
índice
pig.
Matar um inocente ?
O ABORTO DIANTE DA LEÍ NO BRASIL 363
Um llvro candente:
"PECADO : O QUE É ?" 373
Em Puebla, no México:
E A III CONFERENCIA DO EPISCOPADO LATINO-AMERICANO? .. k389
No cinema:
"CONTATOS IMEDIATOS DO TERCEIRO GRAU" 399
NO PRÓXIMO NÚMERO :
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
BEDAQAO DE PB ADMINISTRAQAO
n t— ¥>«„*<.! ocee LIvraria Misslonárla Editora
Caira Postal 2.666 Rua Mé¡dcOi le8.B (Caatelo)
ZCMM) 20.031 Rio de Janeiro (BJ)
20.000 Rio de Janeiro (BJ) Tel. : 224-0059
PAULO VI, O PAPÁ DO DIÁLOGO
Aos 6 de agosto pp., o mundo católico (e grande parte
do nao católico) foi impressionado pela noticia do faleci-
mento do Papa Paulo VI. Fora chamado a Casa do Pai para
receber o galardáo de urna vida cheia de labutas e méritos.
— 361 —
Paulo VI sofreu nao pouco por manter esse diálogo;
nem todos compreendiam, no momento, o alcance das suas
intengóes. Os extremamente conservadores o tinham por libe
ral, enquanto os avangados o consideravam tímido. Princi
palmente as intervengóes no setor da ética sexual lhe foram
ocasióes de Intenso sofrimento por parte de uma sociedade
já embotada para valores inerentes á dignidade humana. Na
verdade, a tarefa de Paulo VI era excepcionalmente ardua,
dadas as circunstancias de transigáo em que governou a
Igreja. Ele só a pode levar a bom termo porque encontrou
na oragáo o esteio da sua vida; sim, além de hábil e ver
sado no trato com os homens, o S. Padre Paulo VI era
homem de grande vida interior e de profunda uniáo com
Deus, como atestam as suas alocugóes aos peregrinos proferi
das as quartas-feiras e aos domingos; alias, a última destas
voltava-se com especial carinho para os famintos, os deso
cupados, os que sofrem... fazendo eco aos seus documentos
referentes á questáo social e as relagóes entre os povos.
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«PERGUNTE E RESPONDEREMOS*
Ano XIX — N' 225 — Setembro de 1978
Matar um ¡nocente ?
— 363 —
4 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 225/1978
O ABORTO E A LEÍ
1. O problema
— 364 —
O ABORTO E A LEÍ NO BRASIL
— 365 —
6 tPERGUNTE E RESPONDEREMOS* 225/1973
"4 Ver o texto completo destes artigos entre as pp. 372 e 373 deste
fascfculo (Nota da redacSo).
— 366 —
O ABORTO E A LEÍ NO BRASIL
— 367 —
8 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS* 225/1978
agravados 33% 3%
mortes 7% 3%
— 368 —
O ABORTO E A LEÍ NO BRASIL
— 369 —
10 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
4. Prospectivas e interroga$oes
"Numa época em que por toda parte val prevalecendo tendencia libe
ratoria, a leí braslleira camlnha para tras. Calcula-se que em nosso país
pratlcam-se tres abortos por minuto" (Realldade, julho de 1972) ">.
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O ABORTO E A LEÍ NO-BRASIL 11
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12 «PERGUNTE'E RESPONDEREMOS> 225/1978
NOTAS
7 Ob. cit., p. 215. Também: Soler, Derecho Penal Argentino III, p. 113.
»V. Soler, ob. cit., p. 111. Também: "No caso de gravidez extra-ute
rina, diz Helio Gomes, ¡mp6e-se o aborto necessário, a fim de salvar-se a
vida da gestante, de outro jeito condenada á morte certa, pela ruptura tuba-
rica inevitável. Provocar a expulsáo da mola — produto conceptivo dege
nerado, intransformável em ente humano — nao será também aborto cri
minoso; será licita intervencao médica" (In Medicina Legal, p. 126).
— 372 —
19 4 0
-Aborto provoca- Art. 124 — Provocar aborto em si mesma ou consentir em que outrem c
do pefa gestante provoque,
ou com seu con-
sentimento. Pena : detencSo de 1 a 3 anos.
- Aborto qualifi- Art. 127 As penas cominadas nos dois artigos anteriores sao aumen
cado. tadas de 1/3, se, em conseqüéncia do aborto ou dos meios
em pregados para provocá-lo, a gestante sofre lesao corpora
de natureza grave; e sao duplicadas, se, por qualquer dessas
causas, Irte sobrevém a morte.
■Aborto necessá- Art. 128 — Nao se pune o aborto praticado por médico:
rio.
I — Se nao há outro meio de salvar a vida da gestante;
Art. 129 — Empregar violencia contra mulher cuja gravidez nao ignc
ou é manifesta, causando-lhe involuntariamente o aborto.
-Ausencia ou ¡n- Art. 126 — Provocar aborto sem o consentimento da gestante, ou, se esta
validade do con é menor de 16 anos, doente, ou deficiente mental, ou se seu
sentimento da consentimento é obtido mediante fraude ou coacáo.
gestante. Pena: reclusáo de 2 a 8 anos.
-Aborto qualifi- Art. 127 — As penas cominadas no caput do art. 125 e no art. 126 sao
cado. aumentadas de 1/3 até a metade, se, em conseqüéncia do
aborto ou dos meios empregados ou do modo de empregá-los,
a gestante vem a morrer ou sofre lesáo grave.
-Aborto por mo Art 128 — Provocar aborto em si mesma, para ocultar desonra própria.
tivo de honra.
Pena: detencao de 6 meses a 2 anos.
-Aborto preterdo- Art. 129 — Empregar violencia contra mulher cuja gravidez nSo ignora
loso. ou é manifesta causando-lhe involuntariamente o aborto.
Pena: detencao de 3 meses a 1 ano, além da pena corres
pondente á violencia.
-Aborto terapéu Art. 130 — Nao constitui crime o aborto praticado por médico:
tico ou quando
a gravidez re- I — Quando é o único recurso para evitar a morte da gestante;
sulla de estupro.
II — Se a gravidez resultou de estupro, seja real ou presumida
a violencia.
Art. 125 — Provocar aborto sem o consentimiento da gestante, ou, se esta é menor
Art. 125 ™c^o°D^oentei ou deficiente mental, ou se seu consentimento é obtido
mediante fraude ou coacáo.
Art. 128 - Empregar violencia contra a mulher cuja gravidez nao ignora ou é mani-
festa, causando-lhe o aborto. (1)
Pena: detencáo de 3 meses a 1 ano, além da pena correspondente á
violencia.
Art 129 - Nao constituí crime o aborto praticado pelo médico, quando é o único
recurso para evitar a morte da gestante.
§ único - No caso previsto neste artigo, deve preceder, sempre que pos-
sível, a confirmacáo ou concordancia de outro módico.
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14 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
1. O corteado do Hvro
1.1. O problema
— 374 —
«PECADO : O QUE É ?» 15
— 375 —
16 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
— 376 —
. «PECADO : O QUE É ?> 17
— 377 —
18 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
— 378 —
«PECADO ; O QUE É ?» 19
— 379 —
20 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
— 380 —
«PECADO : O QUE £ ?» 21
— 381 —
22 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 225/1978
2. Comentarios ao livro
— 382 —
<PECADO : O QUE fi ?> 23
— 383 —
24 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
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«PECADO : O QUE £ ?>
— 385 —
26 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
porta para a vida humana valores táo elevados que toda violacfio direta da
mesma ordem ó objetivamente grave.
— vontade de cometé-lo,
— materia grave.
— 386 —
«PECADO : O QUE É ?> 27
"Nfio faz aínda multo tempo, era proibldo ao sacerdote, sob 'pecado
grave1, recitar o canon da MIssa em vernáculo. Hoje isto nSo só é costume
tolerado, senSo prescricSo obrlgatórla. Entre os pecados graves enume-
rava-se a transgressSo das prescrlcSes do jejum; e os llvros de Moral,
que aínda algumas décadas atrás foram Impressos e (iguram ñas estantes
da maiorla dos sacerdotes, referem meticulosamente com quantos gramas
de carne — consumidos ¿s sextas-felras — comeca o pecado grave. Hoje,
de fato, nlnguém mals pergunta pelos subtilizados mandamentos da absti
nencia, pois — com aprovacSo eclesiástica — já se permite a cremacfio
dos cadáveres, ler llvros de leltura considerada pecaminosa, sobre os quals
pesavam severas penas eclesiásticas. Ao passo que antes partencia aos
mals infames sacrilegios tocar com mSos nao consagradas o Corpo do
Senhor, hoje recebe-se — como crlstSo moderno — a comunhSo nSo na
boca, mas na mSo.
A propósito observamos:
— 387 —
28 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
A propósito veja:
— 388 —
Em Puebla, no México:
— 389 —
30 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
1. O fundo histórico
— 390 —
A CONFERENCIA DE PUEBLA 31
— 391 —
32 gPERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
— 392 —
A CONFERENCIA DE PUEBLA 33
— 393 —
34 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS* 225/1978
Vejamos agora
— 394 —
A CONFERENCIA DE PUEBLA 35
3.2. Objetivos
— 395 —
36 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
4. A temático de Puebla
— 396 —
A CONFERENCIA DE PUEBLA 37
APÉNDICE
397 —
SACERDOTES
HABITAN
TOTAl SEMINA JURIS-
POPUIACAO
POPULACHO
PAÍS OU CONFERENCIA TES RELIGIO PAB6-
DIOCE- RELI SACER RISTAS 0IC6ES PROVÁVEL
EPISCOPAL POR, SACER SAS OUIAS 197S - 197*
SANOS GIOSOS DOTES MAIORES ECCLS ivao - i»8j
DOTE
Antilhas 204 639 843 7.019 51 1.115 16 483 4.964.000 6.000.000
2 Argentina 2.304 2.775 5.079 5.018 636 12.530 56 1.992 25.720.000 30.107.000
3 Bolívla 217 605 822 6.671 187 1.605 18 434 5.790.000 6.456.000
4 Brasil 5.146 7.545 12.691 8.546 2.267 38.517 217 6.035 109.180.000 125.503.000
5 Colombia 3.070 2.060 5.130 4.662 1.259 18.123 58 2.300 24.718.000 33.861.000
6 Costa Rica 257 126 383 5.053 103 88S 5 145 2.010.000 2.961.000
7 Cuba 104 94 198 46.600 69 208 6 227 9.528.000 11.019.000
8 Chile 732 1.306 2.038 5.157 442 3.568 25 784 10.450.000 12.540.000
9 Equador 593 758 1.351 4.635 157 8.074 22 915 7.305.000 8.473.000
10 El Salvador 193 201 394 9.609 75 6 220 4.110.000 5.907.000
11 Guatemala 191 475 766 7.510 245 971 13 400 6.260.000 8.103.000
12 Halti 199 204 403 12.254 87 1.011 7 187 4.584.000 5.988.000
13 Honduras 64 136 220 7.703 23 319 6 163 3.040.000 3.557.000
14 México 6.819 2.561 9.380 6.848 2.651 23.377 69 3.286 62.329.000 67.288.000
15 Nicaragua 107 184 291 7.483 48 693 6 173 2.330.000 3.347.000
16 Panamá 71 194 265 5.422 34 429 6 127 1.720.000 2.254.000
17 Paraguai 171 267 438 5.638 88 802 11 236 2.720.000 ! 4.121.000
18 Perú 860 1.370 2.230 6.940 402 4.395 42 1.172 | 16.090.000 ; 21.612.000
19 Porto Rico 222 465 687 4.252 94 1.405 5 240 3.120.900 4.000.000
20 Rep. Dominicana 108 394 502 9.735 129 1.276 6 190 4.840.000 6.300.000
21 Uruguai 206 395 601 4.992 47 1.432 10 216 3.100.000 3.377.000
22 Venezuela 847 1.24S 1.792 6.058 206 3.485 27 903 12.361.090 17.546.000
No cinema:
1. O enredo do filme
— 399 —
40 <PERÜUNTE E RESPONDEREMOS> 225/1978
— 400 —
«CONTATOS IMEDIATOS DO 3' GRAU» 41
— 401 —
42 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
— 402 —
«CONTATOS IMEDIATOS DO 3' GRAU» 43
— 403 —
44 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 225/1978
5. Conclusao
404 —
"FELICIDADE 7 ... É POR AQUÍ!"
livro em estante
Sacramento da Penitencia. O perdió de Deus na comunldade ecleslal,
por Mario de Franga Miranda. Colecfio "Teología e Evangellzacño" — II.
— Ed. Loyola 1978. 141 x 210 mm, 100 pp.
É sobre este fundo de cena que vem a lume o llvro do Pe. Franga
Miranda S. J., jovem teólogo, discípulo de Karl Rahner. é obra de grande
profundldade, que aborda variados aspectos teológicos e pastorals do
sacramento da reconciliacfio, guardando plena fidelldade ao pensamento
da Igreja. Chamaríamos a atencáo para as suas ponderales sobre "o
pecado que leva á morte" (Uo 5,16) á p. 22, sobre a necessidade da
confissao Integra e Individual ás pp. 61-72, bem como a respelto da con-
fissSo fieqüente: de manelra sabia, o autor mostra o sentido desta prátlca,
ainda que nao suponha pecados mortals; o Pe. Franca Miranda nos diz entSo
textualmente:
"Por que nao poderiam ser certas faltas, leves aos nossos olhos, o
eco longlnquo de um egoísmo de base ? Por que nao poderia ser urna
certa indlferenca na vida crista o sinal de urna Indlferenga profunda com
relacáo a Deus ? Nestes casos te riamos o que chamamos de pecado grave.
E, cerno todos cometemos pecados veníais, devemos temer pelos frutos do
nosso coracáo, que n3o s8o os frutos do espirito. Logo a dlstlngSo teórica
entre oecado grave e pecado venial revela-se menos clara em nivel exis-
tendal; devenios portante continuamente recorrer ao perdáo divino, lan-
caido-nos á sua misericordia, pois nossa salvacSo é escondida e está
cempre ameacada" (p. 98).