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“A péla era um jogo muito em voga desde a Idade Média, sendo praticado por
homens e mulheres, nobres e burgueses. A bola era batida com uma raqueta,
um maço, e o jogo era disputado tanto nos jardins e nos fossos dos castelos
como em salas amplas onde se pudesse colocar a rede. Hoje em dia ainda se
joga a péla na Beira Baixa, disputando-se entre grupos de aldeias vizinhas.
Como se joga?
Basta um banco e uma bola de trapos com peso e tamanho médios. Os dois
grupos podem ter número variável de jogadores e não há tempo determinado.
Começa-se por deitar o banco de lado no solo e escolhe-se, lançando-se
moeda ao ar, o grupo que há-de ficar perto dele. Este grupo dispõe-se em fila
indiana do lado das pernas do banco, à retaguarda dele o outro grupo
dispersa-se no terreno a determinada distância.
O primeiro jogador que está atrás do banco pega na bola e atira-a com força
em direcção aos adversários: estes procuram apanhar a bola com as mãos,
sem deixar cair ao chão. Se a conseguiu apanhar o jogador que a atirou fica
fora de jogo. A bola é passada em 2.º jogador, e assim sucessivamente até que
todos os jogadores desse grupo estejam fora de jogo. Se, pelo contrário, os
adversários do lançador não conseguem apanhar a bola, o jogador que a
lançou vai para o fim da fila e lançará a péla de novo quando chegar a sua
vez.
Quando a equipa que lança tiver todos os jogadores fora do jogo, troca de
posição com a outra equipa.
O jogo decide-se pela pontuação: bola atirada mas não apanhada: um ponto
para a equipa do lançador; a bola quando é lançada rente ao solo em direcção
ao banco, vale dois pontos se tocou no tampo da mesa e zero se não lhe
acertou.
Vence a equipa que, depois de ter jogado ao ataque e à defesa, obtiver um
número mais elevado de pontos.”
Paula Brácio “A Propósito do séc. XVI”