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çãçõçéColonização da África

Processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político do continente


africano por potências européias. Tem início no século XV e estende-se até a metade do
século XX. Ligada à expansão marítima européia, a primeira fase do colonialismo
africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos
mercados produtores e consumidores.

Portugueses
Iniciam o processo na primeira metade do século XV, estabelecendo feitorias, portos e
enclaves no litoral oeste africano. Não existe nenhuma organização política nas colônias
portuguesas, exceto em algumas áreas portuárias onde há tratados destinados a assegurar
os direitos dos traficantes de escravos. A obtenção de pedras, metais preciosos e
especiarias é feita pelos sistemas de captura, de pilhagem e de escambo. O método
predador provoca o abandono da agricultura e o atraso no desenvolvimento
manufatureiro dos países africanos. A captura e o tráfico de escravos dividem tribos e
etnias e causam desorganização na vida econômica e social dos africanos. Milhões de
pessoas são mandadas à força para as Américas, e grande parte morre durante as viagens.
A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses e os holandeses expulsam os
portugueses das melhores zonas costeiras para o comércio de escravos.

Ingleses
No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval
e econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravidão, já
menos lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim e
animais. Para isso estabelecem novas colônias na costa e passam a implantar um sistema
administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos ou representantes da
Coroa inglesa.

Holandeses
Estabelecem-se na litorânea Cidade do Cabo, na África do Sul, a partir de 1.652.
Desenvolvem na região uma nova cultura e formam uma comunidade conhecida como
africâner ou bôer. Mais tarde, os bôeres perdem o domínio da região para o Reino Unido
na Guerra dos Bôeres.

PARTILHA DA ÁFRICA
No fim do século XIX e início do século XX, com a expansão do capitalismo industrial,
começa o neocolonialismo no continente africano. Entre outras características, é marcado
pelo aparecimento de novas potências concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a
Itália. A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios
africanos intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de
Berlim (1884), que institui normas para a ocupação. No início da I Guerra Mundial, 90%
das terras já estão sob domínio da Europa. A partilha é feita de maneira arbitrária, não
respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para
muitos dos conflitos atuais no continente africano. Os franceses instalam-se no noroeste,
na região central e na ilha de Madagáscar. Os ingleses estabelecem territórios coloniais
em alguns países da África Ocidental, no nordeste e no sul do continente. A Alemanha
conquista as regiões correspondentes aos atuais Togo, Camarões, Tanzânia, Ruanda,
Burundi e Namíbia. Portugal e Espanha conservam antigas colônias. Os portugueses
continuam com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique,
enquanto os espanhóis mantêm as posses coloniais de parte do Marrocos e da Guiné
Equatorial. A Bélgica fica com o Congo (ex-Zaire) e a Itália conquista a Líbia, a Eritréia
e parte da Somália.
Após a partilha ocorrem movimentos de resistência. Muitas manifestações são reprimidas
com violência pelos colonizadores. Também são exploradas as rivalidades entre os
próprios grupos africanos para facilitar a dominação. A colonização, à medida que
representa a ocidentalização do mundo africano, suprime as estruturas tradicionais locais
e deixa um vazio cultural de difícil reversão. O processo de independência das colônias
européias do continente africano tem início a partir da II Guerra Mundial.
Fonte: geocities.yahoo.com.br
COLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

A REAÇÃO DOS AFRICANOS


A conquista da África foi entremeada de tenaz resistência nativa. A mais célebre delas
foram as Guerras Zulus, travadas no século 19 pelo rei Chaka (que reinou de 1818 a
1828) na África do Sul, contra os ingleses e os colonos brancos boers. Entrementes, os
colonizadores começaram a combater as endemias e doenças tropicais que dificultavam a
vida dos europeus através do saneamento e da difusão da higiene. A África era temida
pelas doenças tropicais: a febre amarela, a malária e a doença do sono, bem como da
lepra. O continente, igualmente, ocupado por missões religiosas, tanto católicas como
protestantes. Junto com o funcionário colonial, o aventureiro, o fazendeiro, e o
garimpeiro branco, afirmou-se lá, em caráter permanente, o padre ou o pastor pregando o
evangelho.
Essa ocupação escancarada provocava amargura entre os africanos que se sentiam
inferiorizados e impotentes perante a capacidade administrativa, militar e tecnológica, do
colonialista europeu. Já na metade do século 19, o afro-americano Edward W. Blyden,
que emigrara para a Libéria em 1850, descontente com a perda da auto-estima dos
negros, proclamava a existência de uma “personalidade africana” com méritos e valores
próprios, contraposta a dos brancos. E, imitando James Monroe, lançou o slogan “África
para os africanos!”.
Em 1919 reuniu-se em Paris, o 1º Congresso Pan-africano, organizado pelo intelectual
afro-americano W.E.B. Du Bois. Reivindicou ele um Código Internacional que
garantisse, na África tropical, o direito dos nativos, bem como um plano gradual que
conduzisse à emancipação final das colônias. Conquanto que, para os negros americanos,
era solicitado a aplicação dos direitos civis (que só foram finalmente aprovados pelo
congresso dos E.U.A. em 1964!).
O último congresso Pan-africano, o 5º, reuniu-se em Manchester, na Inglaterra, em 15-18
de outubro de 1945, tendo a presença de Du Bois, Kwane Nkurmah, futuro emancipador
da Ghana, e Jomo Kenyatta, o líder da Quênia. Trataram de aclamar a necessidade da
formação de movimentos nacionalistas de massas para obterem a independência da
África o mais rápido possível.

A DESCOLONIZAÇÃO
A descolonização tornou-se possível no após-1945 devido a exaustão em que as antigas
potências coloniais se encontraram ao terem-se dilacerado em seis anos de guerra
mundial, de 1939 a 1945. Algumas delas, como a Holanda, a Bélgica e a França, foram
ocupados pelos nazistas, o que acelerou ainda mais a decomposição dos seus impérios no
Terceiro Mundo. A guerra também as fragilizou ideologicamente: como podiam elas
manter que a guerra contra Hitler era uma luta universal pela liberdade contra a opressão
se mantinham em estatuto colonial milhões de asiáticos e africanos?
A Segunda Guerra Mundial se debilitou a mão do opressor colonial, excitou o
nacionalismo dos nativos do Terceiro Mundo. Os povos asiáticos e africanos foram
assaltados pela impaciência com sua situação jurídica de inferioridade, considerando cada
vez mais intolerável o domínio estrangeiro. Os europeus, por outro lado, foram tomados
por sentimentos contraditórios de culpa por manterem-nos explorados e sob sua tutela,
resultado da influencia das idéias filantrópicas, liberais e socialistas, que remontavam ao
século 18. Haviam perdido, depois de terem provocado duas guerras mundiais, toda a
superioridade moral que, segundo eles, justificava seu domínio.
Quem por primeiro conseguiu a independência foram os povos da Ásia (começando pela
Índia e Paquistão, em 1946). A maré da independência atingiu a África somente em 1956.
O primeiro pais do Continente Negro a conseguí-la foi Ghana, em 1957. Em geral
podemos separar o processo de descolonização africano em dois tipos. Aquelas regiões
que não tinham nenhum produto estratégico (cobre, ouro, diamantes ou petróleo)
conseguiram facilmente sua autonomia, obtendo-a por meio da negociação pacífica. E, ao
contrário, as que tinham um daqueles produtos, considerados estratégicos pela metrópole,
explorados por grandes corporações, a situação foi diferente (caso do petróleo na Argélia
e do cobre no Congo belga). Neles os colonialistas resistiram aos movimentos
autonomistas, ocorrendo movimentos de guerrilhas para expulsá-los.

OS PARTIDOS E OS MOVIMENTOS AFRICANOS


Apesar da existência de 800 etnias e mais de mil idiomas falados na África, podemos
encontrar alguns denominadores comuns entre os partidos e movimentos que lutaram
pela descolonização. O primeiro deles é de que todos eles ambicionavam a
independência, conquistada tanto pela vertente de radicalismo revolucionário ou através
do reformismo moderado, que tanto podia implantar uma republica federativa como uma
unitária.
Em geral, os partidos optaram pelo centralismo devido a dificuldade em obter consenso
entre tribos rivais. Esse centralismo é geralmente assumido pelo próprio líder da
emancipação, (como Nkrumah em Ghana) pelo partido único (ou “partido dominante”
como definiu-o Leopold Senghor, do Senegal) ou ainda, por um ditador militar (como Idi
Amin Dada em Uganda, ou Sese Seko Mobuto no Zaire). A negritude (movimento
encabeçado por Aimé Césaire, um poeta martinicano, e pelo presidente senegalês
Leopold Senghor) foi também um ponto em comum, marcadamente entre os países afro-
francofônicos, que exaltavam as qualidades metafísicas dos africanos. Finalmente todos
manifestavam-se a favor do pan-africanismo como uma aspiração de formar governos
“por africanos e para africanos, respeitando as minorias raciais e religiosas”.

DIFICULDADES AFRICANAS
Na medida em que em toda a história da África anterior ao domínio europeu,
desconhecia-se a existência de estados-nacionais, segundo a concepção clássica (unidade,
homogeneidade e delimitação de território), entende-se a enorme dificuldade encontrada
pelas elites africanas em constituí-los em seus países. Existiam anteriormente na África,
impérios, dinastias governantes, milhares de pequenos chefes e régulos tribais, mas em
nenhuma parte encontrou-se estados-nacionais. O que havia era uma intensa atomização
política e social, um facciosismo crônico, resultado da existência de uma infinidade de
etnias, de tribos, quase todas inimigas entre si, de grupos lingüísticos diferentes (só no
Zaire existem mais de 40), e de incontáveis castas profissionais. O fim da Pax Colonialis,
seguida da independência, provocou, em muitos casos, o afloramento de antigos ódios
tribais, de velha rivalidades despertadas pela proclamação da independência, provocando
violentas guerras civis (como as da Nigéria, do Congo e, mais recentemente, as da
Angola, Moçambique, Ruanda, Burundi, Serra Leoa e da Libéria).
Essas lutas geraram uma crônica instabilidade em grande parte do Continente que
contribuiu para afastar os investimentos necessários ao seu progresso. Hoje a África, com
exceção da África do Sul, Nigéria e o Quênia, encontra-se praticamente abandonada
pelos interesse internacionais. Os demais parecem ter mergulhado numa interminável
guerra tribal, provocando milhões de foragidos (na África estão 50 % dos refugiados do
globo) e um número incalculado de mortos e feridos. É certamente a parte do mundo
onde mais guerras são travadas. Como um incêndio na floresta, encerra-se a luta numa
região para logo em seguida arder uma mais trágica ainda logo adiante.
De certa forma todos os povos pagam pelos seus defeitos culturais. Neste sentido o
arraigado tribalismo africano é o grande impedimento para concretizar a formação de um
estado-nacional estável. Enquanto as massas negras não conseguirem superar as
rivalidades internas dificilmente poderão formar regimes sólidos, íntegros, que superem a
dicotomia entre ditadura ou anarquia tribal. A grande geração que conseguiu a
independência, homens como K.Nkrumah, Jomo Kenyatta, Agostinho Neto, Samora
Machel, Kenneth Kaunda, Julius Nyerere, Leopold Senghor ou Nelson Mandela estão
mortos ou envelheceram. Nenhum dos sucessores desses grandes homens, têm
conseguido o respeito da população e o carisma necessário para manter seus respectivos
países unidos. Em muitos casos eles foram substituídos por chefes dominados por
interesses localistas e familiares, de visão estreita, sem terem o sentido de abrangerem o
restante dos seus cidadãos. É hora pois dos líderes africanos pararem de jogar pedras
sobre o passado colonial e assumirem a responsabilidade pelo destino dos povos que
ajudaram a emancipar.
Fonte: educaterra.terra.com.br
COLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

A conquista e a ocupação da Ásia e da África ocorreram através da força militar e da


violência. Aventureiros, traficantes, homens ambiciosos fizeram parte das expedições que
usaram de todos os meios como saques, destruição de aldeias, escravização da população,
requisição forçada de alimentos para o domínio da região desejada.
Os imperialistas defendiam a necessidade de se fornecer proteção aos comerciantes,
missionários ou aventureiros que se encontravam longe da pátria. 0 ataque a cidadãos
europeus, principalmente religiosos, fornecia o pretexto para a intervenção armada na
Ásia e na África. 0 dramaturgo Bernard Shaw assim se expressava sobre os métodos de
conquista empregados pelos ingleses:
"0 inglês nasce com um certo poder milagroso que o torna senhor do mundo. Quando
deseja alguma coisa, ele nunca diz a si próprio que a deseja. Espera pacientemente até
que lhe venha à cabeça, ninguém sabe como, a insopitável convicção de que é seu dever
moral e religioso conquistar aqueles que têm a coisa que ele deseja possuir. Torna-se,
então, irresistível Como grande campeão da liberdade e da independência, conquista a
metade do mundo e chama a isso de Colonização. Quando deseja um novo mercado para
seus produtos adulterados de Manchester, envia um missionário para ensinar aos nativos
o evangelho da paz. Os nativos matam o missionário; ele recorre às armas em defesa da
Cristandade; luta por ela, conquista por ela; e toma o mercado como uma recompensa do
céu..." ("The Man of Destiny", citado por LINHARES, M. Yedda. A luta contra a
metrópole. São Paulo, Brasiliense, 1983, P. 36).
Na corrida imperialista pela posse de colônias na Ásia e na África, países de civilização
tradicional e densamente habitado, como a Índia, a China, a Argélia, foram dominados
devido à superioridade tecnológica e bélica dos europeus. 0 uso de fuzis com
carregamento pela culatra, de navios de guerra movidos a vapor equipados com canhões
de longo alcance, etc, eliminavam qualquer resistência à conquista européia. Apesar
disso, as populações locais reagiam e os europeus tiveram que enfrentar guerras em
várias regiões, como a Revolta dos Sipaios, na Índia (1857/59) e a Revolução dos
Taipings (1851/64), na China.
A presença européia a partir de meados do século XIX, resultou no retrocesso e no
empobrecimento das sociedades asiáticas e no acirramento das rivalidades entre elas
(muçulmanos contra hindu, na Índia; malaios contra chineses, etc.)
No início do século XX, em conseqüência do processo de conquista e de ocupação, a
Ásia encontrava-se assim repartida:

• a Inglaterra dominou a Índia (1845/48), a Birmânia e a Malásia

• a França conquistou, nos anos 1860, a Indochina (hoje Vietnam, Laos e


Camboja), dedicando-se à exploração de seus recursos naturais como mi nerais,
carvão, seda e arroz
• a Holanda ocupou o Arquipélago de Sonda ou Índias Neerlandesas (hoje
Indonésia), formado pelas ilhas de Sumatra, Java, Bornéu, Celebes e parte da
Nova Guine; as terras mais férteis foram utilizadas para a agricultura de
exportaçao

• Portugal manteve as antigas feitorias de Diu e de Goa, na Índia; de Macau na


China e uma parte de Timor, no Arquipélago de Sonda

• o território da China foi dividido em áreas de influência submetidas ao controle de


ingleses, franceses, alemães, italianos, japoneses e russos.
Os europeus iniciaram a exploração da África no decorrer do século XIX, visto que até
1800 apenas o litoral era conhecido. A princípio, expedições religiosas e científicas,
como as comandadas pelos ingleses Livingstone, Stanley, Burton, pelos franceses Caillé
e Brazza, pelo alemão Barth, pelo português Serpa Pinto, atravessaram os desertos de
Saara e de Kallaari, subiram os rios Nilo e Congo em busca de suas nascentes,
descobriram os lagos Niasa, Tanganica, Vitória, Tchad e cortaram o continente, de São
Paulo de Luanda a Moçambique.
De fornecedora de escravos, a África passou a produzir os bens necessários à Europa, tais
como café, amendoim, cacau, sisal, borracha, cobre, ouro. 0 interesse científico aos
poucos transformou-se em interesse econômico e político e, a partir de 1870, a
competição imperialista na África tornou-se acirradíssima.
Em função dessa disputa, em 1885, o chanceler alemão Bismarck convocou a
Conferência de Berlim, com o objetivo de disciplinar e definir a repartição "amigável"
continente africano, tendo em vista a importância da "missão civilizadora" do homem
branco. A Conferência de terminou que qualquer anexação de território africano deveria
ser comunicada imediatamente às outras potências e ser seguida de ocupação efetiva para
garantir a posse; finalizou com o compromisso de submeter os conflitos coloniais entre as
potências, à arbitragem internacional.
Apesar dos compromissos assumidos na Conferência de Berlim, corrida imperialista na
África afetou as relações internacionais, contribuindo para intensificar as rivalidades
entre os países europeus. Entre os principais pontos de atrito, podemos citar:
a) o confronto entre ingleses e franceses no interior da África, devido à tentativa dos
franceses em estabelecer a uniao entre Dakar e Djibuti;
b) o confronto entre holandeses e ingleses na região da África do Sul (guerra dos Bôers
c) a disputa entre França e Itália pela posse da Tunísia, vencida pela França;
d) a disputa entre França e Alemanha, no Marrocos, vencida também pela França.
A resistência das populações africanas à conquista foi tenaz. Os franceses enfrentaram
prolongada luta no Marrocos e na Tunísia. Os italianos foram vencidos pelos etíopes, em
1887 e 1896. Os ingleses sofreram derrotas no Sudão. Os alemães lutaram muito para
subjugar o povo herero, no Sudoeste Africano. Os zulus, os ashantis, os matabeles e
outras tribos ofereceram grande resistência. Entretanto, essas populações não
conseguiram suportar as demoradas campanhas empreendidas pelos europeus e acabaram
submetidas, após violências e atrocidades de toda sorte.
Os relatos das expedições de conquista trazem descrições como essa, sobre a ocupação do
Chade: "Dundahé e Maraua foram as principais etapas antes da Birni N'Koni. Aqui
pudemos ler no solo e entre as ruinas da pequena cidade as diversas fases do assalto, do
incêndio e da matança... Em torno da grande aldeia de Tibery, os cadáveres de dezenas de
mulheres pendiam das árvores próximas... Em quase todas as aldeias por que passamos,
os poços estavam fechados ou contaminados por montões de cadáveres que apenas se
podia distinguir se pertenciam a animais ou a homens." (GAL, Meynier. Lés conquérants
du Tchad, cit. Por FALCON F. & MOURA, G. A formação do mundo contemporâneo.
Rio de Janeiro, Ed. Campus Ltda., 1985, p. 88.)
Em 1914, apenas a Etiópia e a Libéria conseguiam manter-se independentes e a África
estava assim dividida: - a França ocupou a África do Norte (Argélia, Tunísia e Marrocos),
a região do Saara (dividida para fins administrativos em África Equa torial Francesa e
África Ocidental Francesa) e a ilha de Madagáscar;
- a Inglaterra incorporou o Egito, o Sudão Anglo-Egípcio, o Quênia, Uganda, Somalia,
Costa do Ouro e Nigéria; ao sul, os ingleses anexaram o interior da Colônia do Cabo e
através de Cecil Rhodes, surgindo assim as Rodésias; em 1902, numa guerra contra os
Boers, antigos colonos holandeses, os britânicos conquistaram o Transvaal e Orange;
- a Bélgica apoderou-se do Congo Belga (Zaire);
- a Alemanha assenhorou-se do Togo, dos Camarões, da África Oriental e do Sudoeste
Africano; - a Itália tomou a Eritréia, a Somália e a Tripolitânia (Líbia); - Portugal
conservou Angola, Moçambique, Guine e o arquipélago de Cabo Verde; - e a Espanha
manteve o Saara Ocidental (Rio do Ouro).
Fonte: www.hystoria.hpg.ig.com.br
COLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

TRÁFICO E OS NAVIOS NEGREIROS


A historia do trafico é por demais complexa e remota, cabendo às mais antigas
sociedades das nações e a todos os povos da alta antigüidade, portanto não cabendo aos
portugueses a sua primazia, que por sua vez são descendentes de povos que também
foram escravizados e dominados por outros mais poderosos. Em toda a África, desde
épocas imemorais, a escravidão militar ou escravidão histórica a que é própria de todas as
sociedades humanas numa fase de sua evolução política e que dessa escravidão nasceu a
escravidão mercantil, não só as guerras criaram a escravidão, mas também as religiões
pois as vitorias do islamismo deram como resultado o estabelecimento do trafico pelo
extremo nordeste do continente africano e como o religioso muçulmanos penetrou até o
coração da África, as legiões do profeta conseguiram manter o monopólio do comercio
do interior e o trafico de escravos destinados a suprir o sul da Ásia e grande parte do
Mediterrâneo Oriental, e esse trafico ampliou-se para todo o norte da África, e pelo fato
este tráfico teve então dois vastos emontórios que foram o leste pelo Mar Vermelho e do
norte do deserto até o Maghreb e no principio do século XV e que se puseram os
primeiros navegantes cristãos em relação com os escravos da costa africana do oeste.

E no ano de 1432 o navegador português Gil Eanes introduziu em Portugal a primeira


leva de negros escravos e a partir desta época os portugueses passaram a traficar os
escravos com as Ilhas das Madeiras e em Porto-Santo, em seguida levaram os negros para
os Açores logo depois para Cabo-Verde e finalmente para o Brasil,
Em meados do século XVI devido ao estabelecimento do Governo Geral, o que pesa para
Portugal a respeito ao trafico negro, pesa também sobre a França, Espanha, Holanda e
especialmente sobre a Inglaterra, pois lhe cabe a primazia como vanguardeira do tráfico e
do comércio de escravos autorizado desde o reinado de Eduardo VI e começando no
reinado da Rainha Elizabeth no século XVI, e John Hawkins foi o primeiro inglês a
empreender o comércio de negros escravos por este motivo recebeu o titulo de Baronnet,
e a historia dos navios negreiros e a mais comovente epopéia de dor e de desespero da
raça negra; homens, mulheres e crianças eram amontoados nos cubículos
monstruosamente escuros das galeras e dos navios negreiros onde iam se misturando com
o bater das vagas e o ranger dos mastros na vastidão dos mares. A fome e a sede, de mãos
dadas com as doenças que se propagavam nos ambientes estreitos passavam pelos
maribundos e não lhes ceifavam a vida, concedendo-lhes perdão e misericórdia que não
encontravam aconchego nos corações dos homens, daqueles homens severos e maus de
todas as embarcações e que só se preocupavam com o negócio rendoso que a escravaria
oferecia.
Os negros fortes, retintos e amontoados também se tornavam feras acuadas onde o dia se
confundia com a noite pois as levas de negros que embarcavam na costa da África
provinham de diferentes pontos e de diferentes raças e eram misturadas como carga
comum nos bojos dos navios negreiros
Os gemidos dos moribundos vinham juntar a algaravia das diferentes línguas dos
Mandingas, Felupos, Cabindas, Gêjes, Fulas, Congos, Bundas, Bantos, Libolos, Caçanjes
e tantas outras tribos, desconhecidas umas das outras, rosnavam como feras furibundas e
dilaceravam-se mutuamente nas mínimas disputas; quando o navio negreiro sofria
qualquer acedio de naus piratas, os tripulantes que se preparavam para a defesa do navio
negreiro, normalmente recebiam ordens do comandante que era sempre um bárbaro que
sumariamente mandava atirar ao mar os negros agonizantes, para aliviar a carga para
tornar o barco mais maleável, erra quando os marinheiros desciam aos porões imundos e
os moribundos eram atirados ao mar, e quando isto não acontecia as epidemias lavravam
os porões e só havia um remédio: o mar!
A organização da Companhia de Lagos tinha o objetivo de incentivar e desenvolver o
comércio africano e dar expansão ao trafico negreiro. Logo após o navegador Antão
Gonçalves ter dado entrada em Portugal de uma leva de escravos negros capturados na
Ilha de Arguim, e a viagem inicial da Companhia de Lagos que foi empreendida por uma
expedição composta de seis caravelas ao comando do escudeiro Lançorote que
transportou 235 cativos, e pelas lutas travadas entre varias feitorias da África que se
entrechocavam no fornecimento de escravos e as incursões devastadoras dos corsários e
piratas e a instituição da Companhia de Lagos, motivaram a formação de varias
companhias negreiras, que entre elas podemos citar a Companhia de Cacheu em 1675,
Companhia de Cabo Verde e Cacheu de Negócios de Pretos em 1690, Companhia Real
de Guiné e das Índias em 1693, Companhia das Índias Ocidentais em 1636.

E devido ao êxito desta para o Brasil e o tino político do padre jesuíta Antônio Vieira se
deu a criação da Companhia Geral do Comércio do Brasil em 1649.
A Companhia do Estado do Maranhão em 1679, Companhia da Costa da África em
1723,Companhia do Grão Pará e Maranhão, Companhia de Comércio de Pernambuco e
Paraíba que foram criadas pelo Marquês de Pombal, desta maneira podemos atestar que o
transporte de negros da África era o melhor e mais rendoso negocio da época. E as raças
transportadas durante o longo período negreiro e que se distribuíam por toda a África
pode ser assim enumeradas: do grupo de Guiné e Nigricia foram exportadas os Jalofos
(aptos a ida do mar), Mandingas (convertidos ao Maometismo eram inteligentes e
empreendedores), Yorubas ou Minas (fortes, robustos e hábeis), Felupos (os mais
selvagens), Fulas que se dividiam em pretos, vermelhos e forros (eram descendentes dos
chamita), Sectários de Maomet (eram os mais valentes e organizados), Balantos ( gentios
democratas), Biafadas ( eram robustos, atléticos, esforçados, bons marinheiros), Papéis,
Manjacos, Nalus, Bahuns.

E do Congo e Angola tiveram do grupo Banto foram os Ba-Congos (mais adiantados da


África), Djaggas ( convertidos ao cristianismo), Cabindas (excelentes trabalhadores),
Mussurongos, Eschicongos, Jagas e seus afins Ban-Galas e do grupo Fiote tivemos os
Bamba e os Hollos, Ambaquistas, e do sertão tivemos os Ma-Quiocos (hábeis caçadores),
Guissamas (valentes e hábeis), Libollos (pacíficos e agricultores), todos do grupo Bunda,
e o do grupo N`bundo vieram os Ba-Nanos, Ba-Buenos, Bailundos (todos eram altos,
fortes e aguerridos), Bihenos (artistas), Mondombes, e do grupo Janguellas ou
Baagangellas tiveram os Ambuellas (mineradores de ferro), Guimbandes (pacíficos e
artistas) Banhanecas e Ba-Ncumbis (pastores e agricultores) e dos grupos Bantos
Orientais foram os Macuás (inteligentes e faladores), Manimdis e Manguanguaras
(selvagens) Nyanjas ou Manganjas (inteligentes e pacíficos), Mavias (pescadores) e do
Senegal tivemos os Muzinhos, Moraves e Ajaus (mercadores de marfim) e do ramos de
Bochimanos e Hotentotes tiveram os Ba-Cancalas, Bacubaes, Ba-Corócas, Ba-Cuandos,
Ba-Cassequeres, Basutos e Bechuanas, Nubios.

A obra do negreiro na África foi verdadeiramente vandálica, destruidora, sanguinária! A


eloquência do número de raças exportadas de todos os recantos africanos é frisantes
atestado da gula dos comerciantes negreiros pelo rendoso negocio do trafico.

Todas as nações civilizadas tinham ali na costa da África a sua feitoria e nos mares em
cruzeiros simultâneos, navios de todos os efeitos empregados no trafego imoral,
aberrante, desumano e sanguinário, que despovoou pouco a pouco o continente negro e
seu modo cobriu-se de sangue durante asa preias desordenadas, preias levadas a efeitos a
ferro e a fogo, a laço e a tiro.
Fonte: www.geocities.com
COLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

ORIGEM HISTÓRICA DO NOME


A África é uma Península triangular ligada à Ásia pelo istmo de Suez cortado pelo canal
do mesmo nome. Limitada ao Norte pelo Mar Mediterrâneo, ao Sul pelos Oceanos,
Atlântico e Índico, ao Leste pelo Mar Vermelho e Oceano Índico e ao Oeste pelo Oceano
Atlântico. É o segundo maior continente do mundo. É 3 vezes maior que a Europa, 4
vezes maior que o Brasil e 412 vezes maior que Portugal continental. Tem uma área de
30.27 milhões km2, perdendo apenas para o continente Asiático que tem de superfície
44.30 milhões km2.
A divisão política do continente africano compreende 53 países independentes, com uma
população total estimada hoje em mais de 681 milhõesde seres humanos. Mas, a
curiosidade que caracteriza este pequeno artigo,não se prende tão somente aos dados da
situação geográfica do continente nemaos dados demográficos acima descritos, pois a
maioria de nós já tem/temosconhecimento dos mesmos nos bancos escolares, pelo menos
os que tiveram aoportunidade de ter uma instrução um pouco mais extensa.África! O que
vem a significar esta palavrinha de 6 letras que naclassificação da língua portuguesa é
uma palavra tónica por possuir umacento que se pronuncia com mais intensidade;
trissilábica, por possuir trêssílabas e proparoxítona, por ter o acento tónico na
antepenúltima sílaba?

Eis a questão!
É de extrema importância ressaltar antes de tudo que, o nome do nossocontinente não
foge à regra, pois a maioria dos nomes de países que hojeconstituem o continente negro,
embora oriundos de palavras genuinamentelocais, surgiu/surgiram dos primeiros
contactos dos colonizadores com aspopulações autóctones. Podemos dizer, de um mal-
entendido linguístico. O
nativo, indagado alguma coisa assim : Como se chama? Como se chama estelugar? Ele,
sem entender absolutamente nada, responde algo que lhe pareceuter sido perguntado,
associando o som ouvido à palavra que conhece. E, oinquiridor, que também desconhece
totalmente a língua do aborígene e, ávidode ter uma resposta, capta o som, balbucia a
palavra e escreve de sua formao som ouvido sem mais nem menos. O que importa é algo
registado!
A palavra África deriva de AVRINGA ou AFRI, nome da tribo Berbere que
naantiguidade habitava o Norte do continente.Os berberes são descendentes dos antigos
Númidas que habitavam a regiãochamada Numídia, entre o país de Cartago e actual
Mauritânia, conquistadapelos romanos ao rei Jugurta, cuja capital era a cidade de Cirta,
hojeConstantina, na Argélia.
O nome África começou a ser usado pelos romanos a partir da conquista dacidade de
Cartago para designar províncias a Noroeste do Mar Mediterrâneoafricano, onde hoje
situam-se a Tunísia e a Argélia. Recorda-se que Cartagofoi uma das famosas cidades de
antiguidade da África. Foi fundada no séc.VII a. C. pelos Fenícios, sob a direcção da
Princesa Tiriana Dido ou Elisa,filha de Muto, rei de Tiro, (actual cidade de Sur no
Líbano) que após amorte do seu marido Siqueu, fugiu para a África e fundou a cidade de
Cartagonuma península, perto da qual se encontra hoje a cidade de Túnis, capital
daTunísia. Em pouco tempo, Cartago tornou-se capital de uma poderosa
repúblicamarítima, substituindo-se a cidade de Tiro no Ocidente. Criou colônias naSicília
e na actual Espanha. Enviou navegadores ao Atlântico Norte.Entretanto, as colônias
cartagineses na Sicília suscitaram vistas ambiciosasdos romanos que cultivaram uma
ferrenha rivalidade que culminou com as 3guerras chamadas Púnicas.
No final da 2ª guerra púnica, os romanos conseguiram apoderar-se da bela esumptuosa
cidade de Cartago, sob o comando de Cipião - o Africano, apesardos esforços
empreendidos por Aníbal para impedir que os romanos apoderassemdela. Cartago
restabeleceu-se dessa derrota, mas foi definitivamentedestruída na 3ª guerra púnica, por
Cipião Emiliano. Reconstruída poucodepois, floresceu novamente do séc. I a VI da nossa
era e foi uma verdadeiracapital da África romana. Mas, no ano 698 caiu nas mãos dos
árabes e começoua decadência.
Portanto, no século XVI, com a necessidade dos Europeus de avançarem para ointerior e
para o sul do continente negro, o nome África generalizou-se paratodo o continente que
passou a chamar-se de "África".
A palavra África significa também: façanha, proeza, valentia, algo difícilde se realizar.
Este segundo e pseudo significado, embora recheado de umcerto preconceito de um lado,
de outro dignifica-nos como africanos, poismostra a nítida resistência à penetração
estrangeira no interior do nossocontinente e traduz a realidade verdadeira da época. Foi
dado pelosEuropeus expedicionários, principalmente os portugueses, como
consequênciadas enormes dificuldades que tiveram em penetrar no interior do continente.
A resistência dos nativos causava aos estranhos e indesejáveis visitantes,baixas humanas
e muitas vezes retrocediam à face das dificuldades e perigode serem dizimados pelo
inimigo que eles mal conheciam e o pior de tudo,conheciam mal o seu terreno.Por isso,
todos aqueles que se dispusessem a fazer parte das chamadasexpedições em África eram
considerados destemidos e valorosos militares,dispostos "a fazer uma África" isto é, a
mostrar sua coragem, a guerrearem, enfrentando o incerto ou inimigo desconhecido.
Portanto, estavamdispostos a "meter uma lança em África", que significa dizer, levar a
cabouma empresa difícil.
Fonte: didinho.no.sapo.pt

by Abel ® αβε₤© Membro desde: 17 de Outubro de 2006 Total de pontos: 6330


(Nível 5)

• Βλοθυεαρ
Melhor resposta - Escolhida por votação
Pode dizer-se que a colonização recente da África iniciou-se com os descobrimentos e
com a ocupação das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV.

Processo de ocupação territorial, exploração econômica e domínio político do continente


africano por potências européias. Tem início no século XV e estende-se até a metade do
século XX. Ligada à expansão marítima européia, a primeira fase do colonialismo
africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos
mercados produtores e consumidores.

No século XIV, exploradores europeus chegaram a África. Através de trocas com alguns
chefes locais, os europeus foram capazes de capturar milhões de africanos e de os
exportar para vários pontos do mundo naquilo que ficou conhecido como a escravidão.

No princípio do século XIX, com a expansão do capitalismo industrial, começa o


neocolonialismo no continente africano. As potências européias desenvolveram uma
"corrida à África" massiva e ocuparam a maior parte do continente, criando muitas
colônias. Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de novas potências
concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália.

A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios africanos
intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de Berlim
(1884), que institui normas para a ocupação, onde as potências coloniais negociaram a
divisão da África, propuseram para não invadirem áreas ocupadas por outras potências.
Os únicos países africanos que não foram colônias foram a Etiópia (que apenas foi
brevemente invadida pela Itália, durante a Segunda Guerra Mundial) e a Libéria, que
tinha sido recentemente formada por escravos libertos dos Estados Unidos da América.
No início da I Guerra Mundial, 90% das terras já estavam sob domínio da Europa. A
partilha é feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais
de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano,
tribos aliadas foram separadas e tribos inimigas foram unidas. No fim do século XIX,
início do XX, muitos países europeus foram até a África em busca das riquezas presentes
no continente. Esses países dominaram as regiões de seu interesse e entraram em acordo
para dividir o continente. Porém os europeus não cuidaram com a divisão correta das
tribos africanas, gerando assim muitas guerras internas. Os seguintes países dividiram a
África e "formaram" países africanos existentes ainda hoje.

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