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E
RESPONDEREMOS
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< Crise da Catequese
(O
< O Aborto Sempre em Foco
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a. ANO XXVII JANEI RO - 1986 284
PERGUNTE E RESPONDEREMOS JANEIRO-1986
Publicado mental N?284
Diretor-Responsável: SUMARIO
EstSváo Bettencourt OSB
Autor e Redator de toda a mataría
publicada neste periódico O futuro da fé:
NO PRÓXIMO NÚMERO
RENOVÉ QUANTO ANTES 285 — Fevereiro - 1986
A SUA ASSINATURA
Renovacéo Carismatlca: que é? - Silenciar
a verdade para preservar a paz? — "Paraíso terres
tre: saudade ou esperanca?" (C. Matters). - Pecado
COMUNIQUE-NOS QUALQUER original: como entender? - O Direito ao Foro In
MUDANCA DE ENDERECO timo.
E. B.
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
Ano XXVII - N? 284 - Janeiro de 1986
O Futuro da Fé:
Crise da Catequese
Em Símese: As autoridades da Igreja tém mostrado, últimamente, es
pecial solicitude pela íntegra e fiel transmissao das verdades da fé na cate
quese. Por isto Joáo Paulo II publicou a Exortacao Apostólica "Catequese
Hoje" (1980), em eco ao Sínodo Mundial dos Bispos de 1977; o Cardeal Jo-
seph Ratzinger, DD. Prefeito da S. Congregado para a Doutrina da Fé, pro-
nunciou famosa conferencia sobre o assunto em Janeiro de 1983. Em Julho
do mesmo ano, o Cardeal Silvio Oddi, Prefeito da S. Congregacáo para o Cle
ro, proferiu alocucao sobre o mesmo tema no Catechetical Day de Virginia
(U.S.A.). O texto desta palestra vai, a seguir, reproduzido em traducid por
tuguesa. Lembra o direrto que toca aos catecúmenos de todas as idades, de
receber o íntegro depósito da Fé, sem truncamentos e atenuacoes. A ver-
dade revelada por Oeus é sempre salvífica; ao catequista ná*o é lícito alterá-la
a título nenhum, pois isto seria trair o Senhor Jesús.
A fidelidade ao conteúdo das verdades da fé exige também, da parte
do catequista, urna didática adequada, de modo que se possa adaptar ao grau
de compreensáb dos seus discípulos em diversas fases de idade.
tem a obrigacio de vigiar para que a Verdade de Deus seja fielmente transmi
tida.
O Catecismo
A Catequese Hoje
Iher á sua semelhanca (Gn 1,26), Deus deu a todo ser humano o direito á
verdade, ¡sto 6, o direito de O conhecer como Ele é, nao deformado pelos
homens que tentam rebaixar o Criador ao nivel da criatura.
Um dever paralelo toca naturalmente aos que tém o encargo de formar
os jovens: estáo obrigados a respeitar o direito destes a ser instituidos na
Verdade, em toda a Verdade, e nada mais; para tanto, será preciso fazer cla
ra distincao entre aquilo que a Igreja ensina e as opiniSes humanas.
O Papa atual lembrou enérgicamente aos professores de Religiao:
"Teólogos e exegetas tém o dever de vigiar com grande solicitude, para
que os fiéis nao tomem por proposifdes certas de fé o que pertence ao setor
das opinioes ou dos objetos discutidos entre os peritos. .. (Os catequistas)
devem acautelarse para nao perturbar a mente dos ¡ovens introduzindo na
catequese teorías estranhas, questoes inúteis e discussdes esteréis, coisas que
S. Paulo frecuentemente reprovou em suas Cartas Pastorais" ("Catequese
Ho¡e"n?6i;cf. 1Tm6¿2).
O suave e muito estimado Papa JoSo Paulo I, que táo cedo nos foi ar-
6
CRISEDACATEQUESE
rebatado, dirigiu-se no último dia da sua vida aos Bispos das Filipinas, di-
zendo-lhes enfáticamente: "Um dos ma¡s estritos direitos dos fiéis é o de re-
ceber a Palavra de Deus em toda a sua pureza e inteireza" (28/9/1978).
No estudo da Teologia e da Biblia há cortamente varios setores em que
a verdade nao aparece com clareza ao espirito humano e a respeito dos quais
a Igreja nao se pronunciou. Af é aceitável um pluralismo de opinioes entre
os estudiosos. Mas, mesmo em tais casos, o pluralismo tem seus limites. Urna
opiniao nao pode ser verídica se ela contradiz a urna sentenca certa. N3o se
pode dizer Nao ás verdades conhecidas, sob pretexto de descobrir o deseo-
nhecido. Se a negacao do que a Igreja tem por certo é necessária para apre-
ender urna "verdade nova", aonde vamos parar? Por certo, em tais casos a
"verdade nova" é falsa. Eis por que toda sentenca da Escritura ou do Magis
terio há de ser interpretada nSo isoladamente, mas no contexto do depósito
dafé.
Sempre me surpreendi por ver que a nossa geracSo, que se gloria de ter
dado passos de gigante no setor da psicologia humana, parece nao compreen-
der o que nossos antepassados sabiam instintivamente, a saber: tudo o que
concerne á reprodució humana, emociona vivamente os jovens.
Eis por que o respeito ao corpo humano, santuario do Espirito Santo,
8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
que vive nos homens e ñas mulheres, nos meninos e meninas santificadas
pela grata divina, exige que se tenha grande solicitude por adaptar as condi-
coes emotivas, intelectuais e fisiológicas dos catequizandos os dados biológi
cos, sociais e teológicos relativos á reproducao humana. A reverencia ao ser
humano, o respeito á santidade da verdade, a solicitude para com a modes
tia instintiva e protetora ditarao ao professor a maneira de se exprimir e de
apresentar a materia.
8
CRISE DA CATEQUESE
a verdade; esta vale tanto em París quanto em Pequim. O conjunto das ver
dades reveladas, nos o chamamos freqüentemente "depósito da Fé". Nem o
magisterio da Igreja tem o direito de modificar o que Oeus disse. Eis por
que, entre outras coisas, o casamento ficará sendo sempre indissolúvel; visto
que Jesús o proclamou tal, a Igreja nao o pode retocar. Mas no concernente
ao culto, á organizado de diversas atividades religiosas, as obras de peniten
cia, aos dias santos, etc., há lugar para alteracoes, inspiradas pelas circunstan
cias locáis e as necessidades de determinada fase da historia. Nesses setores
pode-se legítimamente discutir a conveniencia, a necessidade, a utilidadede
adaptacdes. Foi este precisamente o objetivo do Concilio do Vaticano II,...
Concilio pastoral destinado a propor métodos, enfatizar urgencias, por em
di a o apostolado, levando em conta as necessidades dos nossos tempos.
10
CRISE DA CATEQUESE 11
A verdade é luz
11
Reconciliacao:
* * *
Confusdes básicas
"É para mim um daver enfatizar dois pontos, sando que o primeiro é
apresentado em nome da Conferencia Episcopal dos Estados Unidos.
Muitos sao os nossos irmSos Bispos que atribuem o atual declfnio do
número de confissoes, ao menos em parte, á confusSo que reina entre os
fiéis a respeito das nocSes de pecado, consciéncia, necessidade da penitencia
e da reconcilia?So. NSo poucos dentre eles exprimiram a esperancá de que o
Sínodo ofereca um ensinamento claro sobre tais assuntos.
12
POR QUE HÁ MENOS CONF1SSOES? 13
13
14 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
ticas ("voca deve fazor isto..."; "él he proibido fazer aquilo. ..") do que
quando se refere a pontos de vista especulativos.
Com efeito. Muitas pessoas suportam assaz fácilmente que Ihesdigam
que sobre determinado ponto de doutrina a posicáo católica nao é uniforme,
pois assim gozam de liberdade para tirar su as conclusdes dentro do conjunto
dos principios cristaos. Mas nao toleram que os seus pastores divirjam entre
si no tocante á prática de vida católica. Ero tais casos, muitos fiéis deíxam de
pronunciar ou aceitar qualquer diretriz.
Creio que a situacao se agravou pelo fato de que nos últimos anos nao
se cultivou mais a casuística1 em Teología Moral. Em muitos casos os con
fessores já nao tém claras normas a seguir. O fardo mais pesado recai sobre
os sacerdotes encarregados das confissoes, pois estao na primeira linha.
Quaisquer que sejam os conselhos dados por eles, o penitente pode sempre
ocasionar-Inés dúvidas. Disto se segué que o ministerio da ConfissSo sacra
mental se torna encargo penoso.
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POR QUE HÁ MENOS CQNFISSOES? 15
A dimensao escatológica
15
16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
Quem poe de lado alguma doutrina, expSe-na a nao mais ser pro-
fessada
Sem dúvida, essas omissoesnlo sfo sinal de falta de fá. é certo que nao
se pode dizer tudo num documento relativamente breve. Mas um escritor
bem conhecido, há cerca de quinze anos, emitia a opiniao de que, para o
futuro, doutrinas definidas seriam modificadas na Igreja, nao mediante urna
negacao formal, mas porque esquecidas e ignoradas (elas se tornariam "peri
féricas"). Tomemos, pois, cuidado para nao deixar que se percam capítulos
de alcance pastoral em nosso magisterio por causa de orientacoes novas.
16
POR QUE HÁ MENOS CONFISSOES? 17
' COMENTARIO
2) Há quem diga que só existe pecado mortal quando a pessoa quer expli-
citamén te apagar sua opcáb fundamental por Deus ou quer voltar toda a sua vi
da para outro fim supremo que nao Deus (por exemplo, o dinheiro, o pra-
zer, a gloria.. .). Caso alguém peque gravemente (por adulterio ou homici
dio, por exemplo), mas nem por isto deixe de dizer que Deus é o fim supre
mo de sua existencia, ñSo estaría pecando mortalmente. Se esta teoría fosse
verídica, haveria poucos pecados mortais, pois geralmente quem peca nao
pensa em dizer um NSo explícito a Deus; apenas procura o prazer ou a com-
pensacáo que o pecado the pode acarretar. O pecado cometido em materia
grave, sem que o pecador retrate sua opcáb fundamental por Deus, seria pe
cado grave, nao, porém, mortal.
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18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
Ora tal teoria nao ó aceita pela Igreje; nem é aceita por esta a distincüo
entre pecado grave e pecado mortal. Veja-se a propósito o Documento Per
sona Humana ou "Declaracao sobre Algumas Queridas de Ética Sexual" pro
mulgada pela S. Congregacao para a Doutrina da Fé aos 29/12/75. Veja-se
também o novo Código de Direito Canónico que, para evitar distincóes su-
tis, apenas fala de pecados leves e pecados graves (sem mencionar pecados
mortais); com esta Mnguagem o Código quer dizer que todo pecado nao leve
é grave ou mortal; nao há, além do pecado leve e do pecado grave, urna ter-
ceira categoría {que seria o pecado mortal).
18
POR QUE HÁ MENOS CONFISSOES? 19
19
Aínda a candente questao:
* *
20
METODISTAS E MA^ONARIA 21
07/85 pp. 46s, com o título "I Metodisti Inglesi invitati a non aderire alia
Massoneria". Esta importante exposicao, traduzida do italiano, vai apresen-
tada ñas páginas que se seguem.
21
22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
2. Os porqués do Nao
22
METODISTAS E MA^ONARIA 23
mem que presidiu aos longos trabalhos, nao está nos hábitos da Confissao
Metodista impor proibicoes aos fiéis; disse-me ele em breve entrevista ¡"Ve
ja: o metodismo rejeita, por exemplo, p uso das bebidas alcoólicas, mas nao
excomunga nem pune nem acabrunha os seus membros que bebem. Diz-lhes:
'Refleti, considerai o problema e resolvei-o em vossa consciéncia'. E, se dian
te de Oeus, se sentem justificados para beber, bebem.'O mesmo vale no to
cante a Maconaria. Preparamos este relatório e demos diretrizes pastorais.
Solicitamos aos metodistas que o meditem, e aos metodistas macons pedi
mos que perguntem a si mesmos, em consciéncia, se, quando decidiram fí-
liar-se a Loja, ponderaram e avaliaram todas as questóes e implicacoes que o
texto do Relatório IhesexpSe".
3. Prospectivas
23
24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
* * *
(continuado da p. 48)
o escriba Esdras, que era fiel e zeloso da Lei de Moisés, opondo-lhe Noemi,
figura liberal (p. 40) - o que parece anacrónico e fruto de preconceitos.
Em suma, o texto do livro de Rute, em vez de ser estudado numa óti
ca científica e objetiva, é utilizado para ilustrar teses de ordem socio-política
modernas. O comentador, porém, é lógico em seu método: julga que a Biblia
deve ser submetida a urna re-leitura a partir da praxis ou da acSo transfor
madora da sociedade. Este é um ponto de partida indiscutido, formulado se
gundo os principios da análise social marxista; o texto da Biblia é entfo ilu
minado pelos imperativos da praxis transformadora, de modo a servir de
apoio a esta. De tal tarefa exegética resulta um comentario tendencioso e
deformador, todavía muito penetrante porque escrito em linguagem simples
e popular ilustrada por desenhos.
Transcrevemos aqui a conclusSo do Professor Stefano Virgulin em sua
Introduc3o ao livro de Rute:
"O principal escopo do livro é transmitir á posteridade urna historia
edificante e comovente, sob todos os seus aspectos, relativas ás origens da
familia de Davi. O grande reí de Israel, mediante um plano providencial de
Javé, contou entre os seus antepassados urna moabita, ou seja, um membro
daquele povo que por sáculos se mostrou hostil a Israel. O livro possui, por-
tanto, um fundamental interesse nao particularistico ou de familia, mas na-
(continua na p. 39)
24
Um livro que faltava:
"Problemas de Bioética
ii
1
Problemas de Bioética, por Andrew C Varga. Traducao de Pe. Guido Ed
gar Wenzel S.J. - Unisinos, SSo Leopoldo (RS) 1982. 155x230 mm,
222/pp.
25
26 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
1. Aborto
O debate sobre o aborto nSo é novo no Brasil; grande tem sido a pro-
ducao bibliográfica a respeito. Salientemos, porém, o modo como Andrew
Varga o considera.
26
"PROBLEMAS DE BIOÉTICA" 27
27
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
28
"PROBLEMAS DE BIOÉTICA"
2. Engenharia Genética
29
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
30
"PROBLEMAS DE BIOÉTICA" 31
2.3. Clonagem
David Rorvik, em seu livro "In His Image: Trie Cloning of Man" (Na
sua imagem: a reproducáb exata do homem), narra que foi solicitado por um
millonario solteirab para produzir o seu clone. Rorvik terá aceito a incum
bencia, mas haverá guardado sagrado a respeito da idsntidade da pessoa e
do próprio processo de clonagem. Laboratorios foram montados num país
do Sudeste da Asia e, após numerosos insucessos, a clonagem terá sido obtí-
da. "O embriao clonado, haverá sido gestado por uma mulher nativa, que deu
á luz um menino sadio, copia carbono do milionário. Diz-se que o menino
estava passando bem e crescendo normalmente" (p. 76).
31
32 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
3.1. Doador-cadáver
"Estamos tratando aquí dos direitos básicos de urna pessoa á sua vida.
Parece-nos que, sempre que há urna dúvida razoivel sobre se ainda existe ou
nao vida, deve-se seguir o método mais seguro, isto é, deve-se decidir em fa
vor da vida. Os aspectos pragmáticos do transplante sSo de importancia se
cundaria. Devem-se respeitar os direitos primarios do paciente" (p. 146).
32
"PROBLEMAS DE BIOÉTICA" . 33
4. Avelhice
33
34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
A Medicina Criónica (que ainda é urna utopia) nSo poderá exercer sua
acSó sem o consentimento do enfermo ou, se impossfvel, o da respectiva fa
milia, pois ela corre o risco de induzir o paciente a viver num mundo a ele
desconhecido, anos e anos após a paralisacáb de suas atividades conscientes.
Ora nao se pode obrigar alguém a assumir a vida em tais condícSes; requer-se
o respeito á pessoa humana, que deve ser deixada livre para dispor de si.
4.2. A assisténcia aos moribundos
"O homem é o único ser vivo que tem conscíéncia de estar caminhan-
do para a morte" (p. 175). Nada há de mais certo do que a morte na existen
cia de alguém. Todavía a morte é assunto em que as pessoas nao gostam de
pensar e de que nSo querem falar. Procura-se mesmo evitar que os pacientes
gravemente enfermos possam suspeitar de que o seu fim está próximo; "ali-
menta-se o paciente com a falsa esperanca de que tudo dará certo" (p. 175).
Mais: a medicina moderna, com suas técnicas esmeradas, exige ¡solamente
dos enfermos em centros de terapia intensiva, onde o paciente permanece
longe dos familiares, reduzido nao raro á qualidade de número no quadro do
respectivo ambiente.
Ora paradoxalmente estes procedí mentos nem sempre beneficiam o
enfermo, mas contribuem para aumentar o seu sofrímente moral: o clima ar
tificial de inverdade em que ele é colocado, a solidao física e moral que ele
experimenta. .., nao podem deixar de ser penosos. NSo raro acontece que
todas as pessoas da cercanía do doente sabem do seu grave estado ou da imi-
nlncia da morte, ao passo que o próprio paciente, o mais interessado de to
dos no caso, é mantido na ignorancia — o que é realmente chocante.
A. Varga propoe a revisao de tal praxe. No tocante á ¡nformacao do
paciente sobre o perigo que o ame acá, observa:
"Há obrigacao moral em dizer aos pacientes a verdade ou deve a ver-
dado ser ocultada? Segundo sólidos principios éticos, todos tém direito á ver-
34
"PROBLEMAS DE BIOÉTICA" 35
dada a nio ser que haj'am abdicado desse direito ou dSem a entender que
nao querem saber a verdade ou que nao desajam ser informados. Um pacien
te pode indicar, de aiguma forma, que nao deseja ouvira verdade acerca de
sua doenca. Neste caso, o médico nSo tem obrigacao moral de informá-lo.
Fora deste caso, ele deve a verdade a seu paciente" (p. 191¡.
"Parece-me que o médico nio devena supor, fácilmente, que urna in-
formacao verdadeira seria prejudicial ao paciente. A nao comunicacao pode-
ría ser, no momento, mais prejudicial do que a verdade...
Segundo varios levantamentos, a grande maioria dos pacientes desejam
ser informados sobre s natureza de sua doenca, mesmo que esta seja fatal.
Nos temos a obrigacao para com o nosso próximo de ser sempre sinceros,
mas, principalmente, quando ele estése aproximando do final de sua vida.
Nos próprios nSo desejamos outra coisa que a sinceridade compassiva, nos
últimos momentos de nossa vida" fp. 192).
É de crer que A. Varga tenha plena razáo. A vida é um livro de que to
do homem va¡ diariamente escrevendo urna pagina; é para desejar que ele
saiba ser o momento de terminar tal livro, a fim de Ihe apor um fecho digno:
possa reler as páginas anteriores, corrigir-lhes os erros, pedir perdao por fal
tas cometidas, rematar a sua obra, a fim de entregar completo e revisado o
testemunho de sua vida para uso dos pósteros.
35
Pronunciamento importante:
DECLARAQAO DE FLORIANÓPOLIS
36
DEMOCRACIA E ESCOLA PARTICULAR 37
37
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
38
DEMOCRACIA E ESCOLA PARTICULAR 39
sejar o acesso a esse tipo de ¡nstituicáb nao apenas aos integrantes dos estra
tos sociais mais abastados, mas, indiscriminadamente, a cada cidadao, inde-
pendentemente de sua condicao social.
* * *
(continuado da p. 24)
cional. Mas nao se podem excluir outras intencSes secundarias e concomi
tantes, como a de realcar as virtudes da piedade e da fidelidade que exornam
uma familia, segundo o modelo dos relatos patriarcais contidos no Génesis;
nem se deve excluir uma indireta tomada de posicao contra o rigorismo pós-
exílico a propósito de matrimonios mistos e contra a xenofobia de certos
espíritos nutridos em nacionalismo racial. Hoje, no en tanto, se reconhece a
ausencia de intencSes polémicas diretas" (T. Bailarín, Introducao á Biblia
II/2, p. 94. Ed. Vozes, Petrópotis 1976).
É muito notável, no livro de Rute, a intencSo de apresentar a genealo
gía do reí Davi, descendente da moabita e antepassado do Moisés. Este con-
seqüentemente é filho de judeus e de nao judeus, como salienta o Evangelis
ta (Mt 1,5); a universalidade da obra do Messias, é assim salientada.
(continua na p. 46)
39
Mais um documento de peso:
limo. Sr.
DR. FERNANDO LEITE DE CARVALHO E SILVA
Presidente do CREMESP
Rúa Domingos de Moráis, 1810 - Vila Clementino
04010 - SAO PAULO - SP
Prezado Dr.
40
ABORTO EM FOCO 41
Vejamos:
41
42 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
42
ABORTO EM FOCO 43
43
44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
44
ABORTO EM FOCO 45
45
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
Outrossim, minha intencao nao é outra senáb manter o mais alto pres
tigio, adignidade e a idoneidade que o CREMESPtem.e que mui humilde
mente atesto. Nao gostaria de ver maculada e desacreditada moralmente a
instincía máxima da Ética médica de Sao Paulo.
HELIO BEGLIOMINI
CREMESP N934.257
* * *
46
livros em estante
Descubra o Valor do Terco, por JoSo Mohana. - Ed. Loyola, Sao Pau
lo 1979 140 x 210 mm, 62 pp.
Eis outro livro que muito estimula a oracSo do Rosario, desta vez nar
rando fatos através dos quais se depreende o valor de tal prece. As historias
47
48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 284/1986
Rute. Urna Historia da Biblia, por Carlos Mesters. - Ed. Paulinas, Sao
Paulo 1985,130 x 180 mm, 92 pp.
VARIOS:
CÓDIGO DE DERECHO CANÓNICO - Edición bilingüe
comentada por los Professores de Salamanca, 4a. edición.
1984, 924 p. BAC (Esta edición incorpora las modifica
ciones oficiales del texto latino y de la traducion cas
tellana) Cr$ 319.150
CÓDIGO DE DERECHO CANÓNICO - Edición bilingüe
(Formato pequeño) 11a. edición. 1983, 792p. BAC Mi-
nor CrS 205.920
NUEVO DERECHO CANÓNICO - Manual universitario -
Por Catedráticos de Derecho Canónico. 2a. edición. 1983,
628p. BAC CrS 330.000
JESÚS CRISTO Y LA VIDA CRISTIANA - Antonio Royo
Marin, OP. 1961, BAC ,. CrS 118.300
LA PALABRA DE CRISTO - Verbum Vitae - Repertorio or
gánico de textos para el estudio de las homilías dominicales
y festivas. Mons Ángel Horrera Oria, Vol. I — Adviento y
Navidad. 1960. BAC Cr$ 388.700
LA PALABRA DE CRISTO - Verbum Vitae. Mons. Ángel
Herrera Oria, VOL. II - Epifanía a Cuaresma. 1957. BAC . CrS 388.700
SAN PABLO - HERALDO DE CRISTO. Josef Holzner -
1980 (C/ilustracfíes) Apéndice de Grabados. 535p. Editorial
Herder CrS 208.000
TEOLOGÍA DE SAN PABLO -José M. Bover, SI. 4a.Edicion,
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PERSONA Y ACCIÓN - Karol Wojtyla. 1982. 351p. BAC ... Cr$ 205.200
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del Concilio Vaticano II. Karol Wojtyla, 1982,354p. BAC . CrS 243.100
LOS EVANGELIOS APÓCRIFOS - Edición critica y bilin
güe, Aurelio de Santos Otero. 1984,707p. BAC CrS 330.300
SAVONAROLA - Reformador y profeta. Alvaro Huerga
1978, BAC CrS 102.900