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A Independência dos EUA

Introdução

A Independência das treze colônias inglesas da América do Norte foi um


movimento de grande importância, pois foi o primeiro movimento de
emancipação que alcançou resultado efetivo, sendo considerada como uma das
Revoluções Burguesas do século XVIII. Neste século, vários movimentos
caracterizaram a ascensão da burguesia, apoiada nos ideais liberais do
Iluminismo.
O ideal iluminista expandiu-se não só pela Europa, mas teve
repercussões na América e no caso dos "EUA", foram as idéias de John Locke
que encontraram maior eco na sociedade. Locke fora participante
da Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688-1689), ponto de partida para o
Liberalismo do século XVIII, onde se originaram as idéias da existência de Leis
naturais do contrato entre governantes e governados, da autonomia entre os
poderes de Estado, do Direito à revolta e outras, consideradas pontos básicos
da liberdade humana.

A Sociedade Colonial

Apesar das tradicionais diferenças entre as colônias do "norte" e do "sul",


a maioria da sociedade colonial passou a defender o ideal de emancipação,
uma vez que os interesses do capitalismo inglês opunham-se frontalmente às
possibilidades de desenvolvimento colonial. Esse antagonismo era percebido
principalmente nas colônias do centro norte, onde já existia uma burguesia,
que acumulava capitais principalmente a partir do comércio triangular e que
acabou comandando o movimento de independência, contando com o apoio
das demais camadas sociais, inclusive de grande parte dos proprietários rurais
do sul.
Na década anterior à Guerra de Independência, podemos dizer que a
sociedade estava dividida entre duas correntes políticas: os Patriotas ou Whigs,
favoráveis à emancipação, mesmo que através da guerra, e os Legalistas ou
Tories, fiéis ao Rei da Inglaterra, contrários à idéia de independência.
À primeira corrente pertenciam a maior parte da burguesia colonial, os
pequenos proprietários, as camadas intelectualizadas, os comerciantes,
artesãos, trabalhadores assalariados. Na Segunda corrente encontravam-se os
altos funcionários da administração colonial, parcela dos latifundiários do sul,
alguns grupos de comerciantes e de congregações religiosas.
Se por um lado grande parte dos colonos estava influenciada pelas idéias
iluministas, foi a mudança da política colonial inglesa, após a Guerra dos Sete
Anos (1756 --1763), a responsável pela definição política da maioria a favor da
independência.

Os Interesses

Apesar da importância do elemento ideológico, pesa a situação de grande


opressão metropolitana, caracterizada pelo enrijecimento do pacto colonial,
mesmo antes da Guerra dos sete anos. Em 1750, a Inglaterra havia proibido a
produção do ferro e em 1754 proibiu a fabricação de tecidos.
Terminada a Guerra dos Sete Anos a Inglaterra adotou uma série de
medidas com o intuito de tornar mais rígido o monopólio sobre as colônias,
com o intuito de obter maior riqueza.
As terras a oeste, tomadas aos franceses após a guerra foram declaradas
da Coroa e portanto os colonos foram proibidos de ocupa-las, frustando as
espectativas dos grandes proprietários do sul, que encontravam-se
constantemente endividados, na medida em que dependiam do comércio
inglês.
Com o pretexto de recuperar as finanças do Estado, abaladas com a
guerra com a França, os ingleses adotaram diversas leis coercitivas, que na
prática serviriam para garantir o mercado colonial para os produtos de outras
colônias ou comercializados por empresas inglesas, particularmente o chá,
monopolizado pela Companhia das Índias Orientais.

As principais leis coercitivas foram:


•Lei do Açúcar (1764) taxando o açúcar que não fosse comprado das Antilhas
Inglesas.
• Lei do Selo (1765) obrigava a utilização de selo em qualquer documento,
jornais ou contratos.
•Atos Townshend (1767) Leis que taxavam a importação de diversos produtos
de consumo. Criavam os Tribunais Alfandegários.
•Lei do Chá (1773) garantia o monpólio do comércio de chá para a Cia das
Índias Orientais
•Leis Intoleráveis (1774) Impostas após a manifestação do Porto de Boston,
interditava o porto da cidade, imposição de um novo governador para
Massachussets e aquartelamento de tropas britânicas.
•Ato de Quebec (1774) impedia que as colônias de Massachussets, Virgínia,
Connecticut e Pensilvânia ocupassem terras à oeste.

As imposições fiscais, as medidas de caráter repressiva levada a efeito


pelas tropas britânicas nas colônias e a influência das idéias iluministas foram
responsáveis pela organização de vários movimentos de protestos e
principalmente de boicotes aos produtos ingleses e ao mesmo tempo, pelo
inicio do movimento de independência.

A GUERRA

Em 1774, os representantes da colônias (com exceção da Geórgia)


organizaram o Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, onde foi decidida a
manutenção do boicote aos produtos ingleses e foi elaborada uma Declaração
de Direitos e Agravos. Os colonos reivindicavam a revogação das "Leis
Intoleráveis" e o direito de representação no Parlamento inglês, no entanto a
Inglaterra manteve-se intransigente, não estando disposta a fazer concessões.
Na maioria das cidades formavam-se comitês pró independência que
realizavam a propaganda do ideal emancipacionista e ao mesmo tempo foram
responsáveis pelo armazenamento de armas e munições, julgando que o
conflito seria inevitável
Em 1775 os ingleses atacaram Lexington e Concord. Os colonos
organizaram um exército que seria comandado por George Washington, da
Virgínia. Nesse mesmo ano reuniu-se o Segundo Congresso Continental da
Filadélfia, de caráter separatista, que confirmou a necesidade de orgnização
militar como meio de garantir os direitos dos colonos, confirmou G.
Washington no comando das tropas e deu a Thomas Jefferson a liderança de
uma comissão encarregada de redigir a Declaração de Independência.
A Declaração tem grande significado político não só porque formalizou a
independência da s primeiras colônias na América, dando origem a primeira
nação livre do continente, mas porque trás em seu bojo o ideal de liberdade e
de direito individual, e a idéia de soberania popular, representando uma síntese
da mentalidade democrática e liberal da época. No entanto, a pressão dos
grandes proprietário rurais, importantes aliados na Guerra de Independência,
determinou a manutenção da escravidão no país.

As tropas inglesas tentaram tomar os principais portos e vias fluviais,


com o objetivo de isolar as colônias, enquanto que os colonos ao mesmo
tempo que procuravam reforçar suas tropas, buscavam apoio externo: A
França entrou na Guerra em 1778 e a Espanha no ano seguinte, em apoio as
tropas coloniais, com o objetivo de enfraquecer a Inglaterra no cenário
europeu.
Em 1781 as tropas coloniais e francesas derrotaram os ingleses na Batalha de
Yorktown e em 1783 foi assinado o Tratado de Versalhes, segundo o qual a
Inglaterra reconhecia a independência das treze colônias, agora Estados
Unidos da América.

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