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NOÇÕES DE ÉTICA
&
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
CONCURSOS 2007/2008
TST 2007/2008
TÉCNICO JUDICIÁRIO
V_RG_S
NOÇÕES DE ÉTICA
Segundo Valls “ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode
ser a própria realização de um tipo de conhecimento”1. Neste espírito
necessitamos compreender estas duas dimensões do conceito.
1
VALLS, Álvaro. Ética.Editora Brasiliense:São Paulo,1994,p07.
2
RICOEUR, Paul. Em Torno ao Político. Trad. Marcelo Perine. Edições Loyola: São Paulo, 1995, p 162.
3
RICOEUR, Paul. Em Torno ao Político. Trad. Marcelo Perine. Edições Loyola: São Paulo, 1995, p 164.
As questões éticas estão cada vez mais visíveis na cena pública brasileira
dada a multiplicação de casos de corrupção e, sobretudo, a reação da
sociedade frente a um tal grau de desmoralização das relações sociais e
políticas6. Com os escândalos e as denuncias de corrupção expostas pela
mídia, refletir sobre essas questões traz à tona os conceitos éticos que
envolvem a busca por melhores ações tanto na vida pessoal como na vida
pública.
E esse ato de “pensar moralmente” é que introduz o senso ético das nossas
ações, ela deve ser entendida como esta reflexão crítica sobre a dimensão
humana - o compromisso diante da vida - que contribui para o estabelecimento
4
VASQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Trad. De João Dell’ Anna. 19ª ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1999, p 24
5
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Trad. De João Dell’ Anna. 19ª ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1999, p 22
6
ROSENFIELD, Denis. A Ética na Política: Venturas e desventuras brasileiras. 1ª ed. São Paulo:
Brasiliense, 1992, p 43-44.
das relações do ser humano com o outro, numa convivência pacífica a fim de
evitar as vantagens desleais e as práticas que prejudiquem a sociedade em
geral.
"A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não
são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”.(VALLS, Álvaro L.M. O que é
ética. 7a edição Ed.Brasiliense, 1993, p.7)
7
SAVATER, Fernando. Ética Para Meu Filho. São Paulo: Martins Fontes.
Ética Profissional e Ética Ética Econômica: O que Ética Política: Tudo é possível,
Religiosa: As regras devem ser importa é o capital. pois em política tudo vale.
obedecidas.
Ética empresarial
A ética empresarial pode ser entendida como um valor da organização que
assegura sua sobrevivência, sua reputação e, conseqüentemente, seus bons
resultados. Para Moreira, a ética empresarial é "o comportamento da empresa -
entidade lucrativa - quando ela age de conformidade com os princípios morais
e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas)."
IMPORTANCIA
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
A ÉTICA DO LUCRO
VALORES ÉTICOS
CÓDIGO DE ÉTICA
O inciso XIV, d, menciona que o agente deve ter a consciência que seu
trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada
prestação dos serviços públicos.
É de bom alvitre se mencionar que esse código não foi instituído por lei
em sentido estrito. Assim o descumprimento desse código não acarreta
É certo que a crítica que a sociedade tem feito ao serviço público, seja
ela por causa das longas filas ou da morosidade no andamento de processos,
muitas vezes tem fundamento. Também, com referência ao gerenciamento dos
recursos financeiros, têm-se notícia, em todas as esferas de governo, de
denúncias sobre desvio de verbas públicas, envolvendo administradores
públicos e políticos em geral.
ser iniciada pelo nível mais alto da administração, aqueles que detém poder
decisório.
CONFLITOS DE INTERESSES
VOCABULOS
Ética: (ethos) disciplina filosófica que estuda o valor das condutas humanas, seus
motivos e finalidades. Reflexão sobre os valores e justificativas morais, aquilo que
se considera o bem. Análise da capacidade humana de escolher, ser livre e
responsável por sua conduta entre os demais. Para alguns autores, o mesmo que
moral.
Antiético: contra uma ética estabelecida ou contra a idéia (da ética) de estabelecer
o que devemos fazer ou quem queremos ser levando os outros em consideração.
Muitas vezes, o antiético tem idéias éticas próprias.
Imoral: contra uma moral ou a idéia moral vigente. Muitas vezes, o indivíduo que
questiona uma ética dominante tem idéias morais próprias ou diferentes.
Amoral: sem moral (aquém ou além dela), mas não contra uma ou outra moral.
Trabalho: (ergon, tripalium, lavoro, labor, serviço) Atividade que produz riqueza
econômica e articulação social entre as pessoas, embora possa não ser remunerado
(voluntário ou escravo). Remunerado, pode não corresponder ao esforço
empreendido; assalariado, gera mais-valia para quem detém os meios de
produção. Não confundir trabalho com emprego, que é o trabalho remunerado e
reconhecido socialmente. Trabalhar significa aprender a fazer e saber fazer alguma
coisa que transforma a realidade e a própria pessoa que trabalha. Do mais simples
ao mais complexo trabalho, pelo corpo humano (mãos, braços, voz, olhos, ouvidos,
cérebro...) criamos o
mundo à nossa volta e participamos, conscientes ou não, de um movimento social
que tanto conserva e regenera quanto muda a realidade. Ainda que não se
compreenda bem o que se faz, o trabalho pode revelar o que somos capazes de
fazer, para o bem ou para o mal. Os valores do trabalho são instrumentais,
técnicos: competência, eficiência, eficácia.
DECRETA:
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
ANEXO
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da
Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder
corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
(...)
Título IV
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
Art. 116. São deveres do servidor:
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as
protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que
tiver ciência em razão do cargo;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada
pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é
formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
Capítulo II
Das Proibições
MAURO BENEVIDES
(...)
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário
qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial,
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
Seção III
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da
Administração Pública
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições
e que deva permanecer em segredo;
CAPÍTULO III
Das Penas
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em
conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo
agente.
(...)
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502,
de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário.
FERNANDO COLLOR
Célio Borja