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NITERÓI
2002
1
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Profª. Ana Lúcia Torres Seroa da Motta, Ph.D
Universidade Federal Fluminense
____________________________________________________________
Prof. Hélio Creder, MSc.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
____________________________________________________________
Profª. Virgínia Célia Costa Marcelo, DSc.
Universidade Gama Filho
____________________________________________________________
Prof. Carlos Alberto Pereira Soares, DSc.
Universidade Federal Fluminense
____________________________________________________________
Profª. Márcia M. Pimenta Velloso, DSc.
Universidade Federal Fluminense
NITERÓI
2002
2
AGRADECIMENTOS:
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA........................................................................................... 02
AGRADECIMENTOS................................................................................. 03
SUMÁRIO................................................................................................... 04
LISTA DE FIGURAS................................................................................... 07
LISTA DE GRÁFICOS................................................................................ 09
LISTA DE TABELAS.................................................................................. 10
RESUMO.................................................................................................... 13
ABSTRACT................................................................................................ 14
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO....................................................................15
1.1 – APRESENTAÇÃO................................................................... 15
1.2 – JUSTIFICATIVA...................................................................... 15
1.3 – RELEVÂNCIA............................................................... .......... 16
1.4 – ESTRUTURAÇÃO................................................................... 16
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................... 137
ANEXOS..................................................................................................... 140
GLOSSÁRIO............................................................................................... 142
7
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 – APRESENTAÇÃO
1.2 - JUSTIFICATIVA
1.3 – RELEVÂNCIA
2.1 - INTRODUÇÃO
Em 1839 Edmond
Becquerel, cientista
francês, descobriu que a
luz solar poderia
produzir eletricidade.
Quase 50 anos depois,
Charles Fritts, inventor
americano, construiu as
primeiras células
fotovoltaicas, feitas de Fig. 1 Em 1954, a Bell Telephone Systems
anunciou a invenção da Bateria Solar
selênio e cobertas com Bell, um passo à frente em colocar a
energia solar em uso prático.
um filme transparente
de ouro.1 As baterias para as células fotovoltaicas foram inventadas nos
Laboratórios da Bell no início dos anos 50 assim como novas células, feitas com
lâminas muito finas de silício puro, impregnadas com uma minúscula quantidade
de outros elementos. Quando exposta à luz solar, pequenas quantidades de
eletricidade são produzidas. Estas células foram principalmente uma curiosidade
de laboratório até o advento dos vôos espaciais nos anos 60, quando elas foram
empregadas por serem uma eficiente, duradoura, apesar de extremamente caras,
fonte de energia para satélites.
19
Desde o início dos anos 60, as células fotovoltaicas vêm, de forma lenta,
mas constante, se barateando, partindo de mais de US$ 40,000 por watt até US$
6 por watt. Utilizando a tecnologia disponível atualmente, poderíamos eqüivaler
toda a produção elétrica dos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de
energia elétrica, utilizando apenas 33.993,59 Km² de painéis fotovoltaicos. Ou
seja, menos que 12% da área do Estado de Nevada. Parece muito, mas esta área
é menor do que a ocupada por militares naquele Estado. 2
A energia solar pode ser utilizada de vários modos. Um dos usos mais
antigos é o aquecimento doméstico de água para banho, lavar louças e aquecer
ambientes. No final do século XX, 80% das casas no sul da Califórnia e Flórida
utilizavam painéis solares (não fotovoltaicos), de aquecimento de água. 3
2.2 - GENERALIDADES
2.2.1 - EFICIÊNCIA
sem maiores problemas, desde que a diferença de voltagem entre eles não
ultrapasse 1,0 V. 6
Um painel solar pode durar por muito tempo. O quanto, ainda não
sabemos. Os mais antigos já operam há 30 anos e ainda estão com rendimento
bom. A taxa de depreciação em testes de durabilidade, apontam de 0,5 à 1% ao
ano para módulos de tecnologia simples ou policristal. A primeira geração de
amorfos se degradou mais rápido, mas foram tantos os melhoramentos, que sua
durabilidade está se aproximando da durabilidade dos de silício simples. A
garantia destes produtos, dadas pelos fabricantes, chega de 10 à 20 anos de
funcionamento. É bom lembrar que estes painéis só operam plenamente em torno
de 6 à 8 horas por dia, o que perduraria a sua existência por 60 ou 80 anos! 6
2.2.3 - MANUTENÇÃO
1910 Efeito Fotovoltaico com Barreira de Potencial por Goldman & Brodsky
Monocristal a partir do Silício Fundido por Czochralki
1920 Retificador de Cu-Cu2O por Grondahl
Célula Fotovoltaica de Cu-Cu2O por Grondahl & Geiger
1930 Teoria de Bandas em Sólidos por Strutt, Brillouin & Kronig
Teoria das Células com Barreiras V e H por Schottky et al
1940 Teoria da Difusão Eletrônica por Dember
Aplicações Fotométricas por Lange
1950 1% de Eficiência em Células de Sulfeto de Tálio (Ti2S) por Nix & Treptow
Crescimento de Células Fotovoltaicas com Junção (Oh1)
1955 Teoria de Junções p-n por Shockley
Junções p-n Difundidas por Fuller
1960 Célula Solar de Silício por Pearson, Fuller & Chapin
Célula Solar de CdS por Reynolds et al
1961 Teoria de Células Solares por Piann & Roosbroeck / Prince
25
3.2 – NO BRASIL
26
a) Fotopilhas de silício
Atualmente, o silício é o mais importante material semicondutor para
conversão fotovoltaica da energia solar; também é o material básico para toda a
indústria eletrônica. O tipo mais eficiente é o monocristalino, onde as pastilhas
são redondas, por serem feitas de fatias que são cortadas de hastes
monocristalinas, ao serem puxadas na fusão. A estrutura mostrada na figura 3
está em amplo uso, mas são possíveis modificações. Por exemplo, a espessura
pode ser reduzida a 50µm, a camada anti-refletora pode ser suprimida, por razões
de custo, a polaridade da voltagem pode ser revertida usando uma junção pn ao
invés de np. Outros materiais dopantes também podem ser empregados. 1
Fig. 4 Esquema de seção reta através de uma célula solar de baixo custo de
sulfeto cádmio
33
custa cerca de US$ 5/g, tornando-se impróprio para células solares de baixo
custo.
mas deve ser aplicado com uma cola que possa ser degradável. Os polímeros
sem vidro convêm unicamente se resistem à radiação ultravioleta, e se o silício e
outros materiais que protegem foram tratados para resistir à corrosão. Esta
solução é atraente pois os plásticos são mais leves que o vidro; devem, portanto,
ser escolhidos com cuidado, pois alguns tipos podem perder sua transmissividade
à luz e sua força de tensão elástica após uma longa exposição à atmosfera e à
radiação solar. Uma solução consiste em encapsular as pilhas com polímeros
que, por sua vez, são protegidos contra a radiação ultravioleta por uma fina chapa
de vidro que absorve os raios ultravioleta além de um comprimento de onda de
cerca de 300 µm.
Para maior potência e/ou maior voltagem, um certo número de células deve
ser associado num painel. Por exemplo, para dobrar a voltagem, duas células são
ligadas em série unindo-se o contato negativo de cima da célula 1 ao contato
positivo posterior da célula 2 por meio de uma chapinha ou fio. Para dobrar a
potência, sob voltagem constante, os dois contatos frontais são reunidos para a
saída negativa, e os dois contatos posteriores para a saída positiva. Quando se
deseja baixa potência e alta voltagem, as células podem ser cortadas em peças
de mesma superfície e conectadas em série. Ligando várias células em paralelo e
em série, é possível gerar qualquer potência a qualquer voltagem. 5
A prática geral não é construir um gerador solar com um painel, mas dividir
o alinhamento num número de painéis de igual voltagem e potência. Para
aplicações variadas, pode-se projetar módulos-padrão que satisfaçam as
restrições específicas. Como na prática atual apenas voltagens-padrão são
usadas, assim como 1,5 V, 6 V, 12 V, 24 V, 48 V, as quais são múltiplas umas
das outras, os módulos fotovoltaicos devem ser projetados para se conformar a
alguns destes padrões. Qualquer demanda específica de potência pode ser
satisfeita ligando-se um número adequado de módulos em série e em paralelo. A
padronização por desenho modular simplifica o processo de produção e
proporciona considerável flexibilidade aos sistemas de potência fotovoltaicos;
36
d) Outros
Painéis fotovoltaicos também podem ser comercializados em formas
menos convencionais, de modo a não interferirem na arquitetura, integrando-se à
edificação a qual atendem. Desta forma, a estética é mais importante que a
38
4.2.2 – INVERSORES
4.3 - BATERIAS
4.3.1 - CONCEITO
42
a) Automotivas
A bateria de automóvel é a mais comum, algumas vezes chamadas de
baterias de partida. Este tipo possui muitas placas delgadas de chumbo e é
projetada para fornecer centenas de ampères por poucos segundos, para dar a
partida no motor. São projetadas apenas para um ciclo de 10 à 15% de sua
capacidade total e para serem recarregadas rapidamente por um alternador logo
após a partida. Estas não foram concebidas para o baixo ciclo de serviço
demandado por uma força tão pequena, e certamente irão falhar. Não são
aconselhados os modelos automotivos para aplicação em sistemas fotovoltaicos.
b) Tração
Indicadas para alimentar equipamentos móveis elétricos como, por
exemplo, empilhadeiras ou carros de golfe e são projetadas para operar em regi-
me de ciclos diários profundos com taxa de descarga moderada.
c) Estacionárias
São direcionadas tipicamente para aplicações em que as baterias
permanecem em flutuação e são solicitadas ocasionalmente para ciclos de
44
d) Fotovoltaicas
São projetadas para ciclos diários rasos com taxas de descarga reduzidas
e devem suportar descargas profundas esporádicas devido a possível ausência
de geração, como dias nublados seguidos.
a) Tradicionais
São as automotivas já citadas. Possuem um ciclo de vida de 200 ou 700,
dependendo da profundidade da descarga e uma vida útil de 3 à 6 anos. Mas
devemos lembrar que, em nosso projeto, as baterias serão solicitadas
diariamente, ou seja, a durabilidade da bateria não é o mais importante, e sim o
seu ciclo de vida. No caso destas baterias, de nada adiantará a durabilidade de
até 6 anos se só puder ser utilizada 200 (0,55 anos) ou até 700 vezes (1,92 anos).
E como já citado, sua capacidade de descarga é muito pequena (10 à 15%) o que
faria seu ciclo de vida ficar próximo dos 200, posto que a fonte solar não é
uniforme ao longo do ano.
c) Gelificadas ou Seladas
São baterias que possuem o ácido em forma de gel ou colocado em um
enchimento tipo esponja. Possuem a vantagem de poder ser colocada em
qualquer posição, mesmo de cabeça para baixo, que irão operar normalmente,
sem qualquer vazamento de ácido ou gás. A vida útil destas baterias é de 3 ou 4
anos. Necessita de controladores de carga especiais, pois a alta voltagem na
carga, fato não incomum em sistemas fotovoltaicos, poderá causar gaseificação e
uma eventual falência da célula por perda de água. Este tipo de bateria pode ser
encontrado em praticamente todas as modalidades.
boa opção pelo custo que apresenta (ver gráfico 2). A bateria de chumbo-ácido
utiliza como eletrodo positivo o dióxido de chumbo e chumbo metálico como
material ativo da placa negativa. O eletrólito (líquido onde as placas são imersas)
é uma solução de ácido sulfúrico e água (36% e 64% respectivamente). Quando
as baterias de chumbo-ácido estão carregando, sua voltagem aumenta
progressivamente, cada elemento subindo de 2,1 V a 2,4 V, com carga plena.
Correspondentemente, o painel solar deve ser montado de tal modo que seu
ponto de potência máxima está em 2,1 V e sua voltagem de circuito aberto perto
de 2,4 V, ambas multiplicadas pelo número de células do acumulador. Como a
“voltagem de funcionamento” do painel solar é fixada pela voltagem da bateria,
ela aumenta durante o ciclo de recarga. Porém, pode-se depreender que a
elevação da voltagem é acompanhada por uma queda na corrente de saída;
assim, o painel solar tem uma limitação natural de carga. Mesmo sob reduzida
intensidade luminosa, os painéis solares mantêm a voltagem necessária para
recarregar uma bateria. Como a dependência da intensidade da fotovoltagem é
logarítmica, a voltagem não cai mais de 5 ou 10% quando a intensidade luminosa
decai de 80%.5
TENSÕES A 20ºC
TENSÕES
CHUMBO-ÁCIDO NÍQUEL-CÁDMIO
CARACTERÍSTICAS
BATERIA C/ BATERIA C/
(V) CÉLULA CÉLULA
6 CÉLULAS 10 CÉLULAS
NOMINAL 2 12 1,25 12
MÁXIMA 2,3 –2,5 14,0 – 15,0 1,50 – 1,65 15,0 – 16,5
DE FLUTUAÇÃO 2,2 – 2,3 13,0 – 14,0 1,40 – 1,45 14,0 – 14,5
DE CIRCUITO ABERTO 2,1 – 2,2 12,5 – 13,0 1,20 – 1,35 12,0 – 13,5
LIMITE P/ MEDIR CAPAC. 1,8 – 1,9 10,8 – 11,4
VARIAÇÃO/TEMPERAT. 0,05V/10ºC -0,33V/10ºC 0 0
TENSÃO LIMITE 0 9
É o método mais
rápido e eficiente de recarga
para baterias de chumbo-
ácido selada. O gráfico 3
mostra o tempo de recarga
em várias voltagens para
uma célula descarregada em
100%. O carregamento
necessário para fornecer
estes tempos de carga deve
Gráf. 4 - Corrente de carga pelo tempo à voltagem
constante de 2,45V com vários limites de ser capaz de, pelo menos, 2
corrente.14
vezes a taxa de recarga. Se
51
Apesar do tipo de carga cônica estar entre as mais caras, sua falta de
regulação de voltagem pode ser compensada pelo ciclo de vida. A de célula
chumbo-ácido selada pode resistir a variações de voltagem, mas alguns cuidados
devem ser tomados. Este tipo de carga possui um transformador para redução da
voltagem e um meio – ou inteiro – retificador de onda para converter de alternada
para contínua. As características de saída são que enquanto a voltagem da
bateria aumenta durante a carga, a corrente diminui.
4.4 – LÂMPADAS
4.4.1 - CONCEITO
a) Lâmpadas incandescentes
Não são as mais indicadas para sistemas
fotovoltaicos, devido a sua baixa eficiência, mas como são
as mais abundantes e disponíveis para baixas voltagens
12V e em CC, servem, no mínimo, como comparativo com
outros tipos.
b) Lâmpadas halógenas
Diferenciam-se das incandescentes convencionais
pela presença, no interior do bulbo de quartzo, de um gás
especial. O filamento de tungstênio das lâmpadas
halógenas fica ainda mais quente do que nas lâmpadas
incandescentes convencionais, obtendo maior eficiência
luminosa. Além disso, a ausência da camada superficial,
resultante dos depósitos metálicos provenientes da Fig. 17 Lâmpada
evaporação do tungstênio, aumenta a vida útil destas halógena
lâmpadas.
c) Lâmpadas fluorescentes
São lâmpadas que operam a partir da descarga
elétrica em gases. O princípio de funcionamento é
completamente diferente das incandescentes. São
constituídas por um tubo de vidro, em cujas extremidades
localizam-se eletrodos de tungstênio recobertos com uma
camada de óxidos emissores de elétrons. O meio interno
contém uma pequena quantidade de gás inerte (geralmente
Fig. 19 Lâmpada
argônio), que facilita a formação da descarga inicial, e gotas fluorescente
de mercúrio, que serão vaporizadas durante o período de tradicional
aquecimento da lâmpada.
VIDA
TIPO FORMA COMPONENTES PRINCÍPIO EFICIÊNCIA
ÚTIL (h)
Filamento
Incandescência
INCANDESCENTE Bulbo espiralado em gás 8–15 lm/W 1.000
de filamento
inerte
Filamento
Incandescência
HALÓGENA Bulbo espiralado em gás 30 lm/W 2.000
de filamento
halógeno
Vapor de Mercúrio Descarga de
FLUORESCENTE Tubo e substância gás e 50–75 lm/W 8.000
fluorescente fluorescência
5.1.2 – CURVA P x V
Gráf. 6 - Curva P x V 12
60
Estes fatores devem ser bem entendidos, pois deverão fazer parte
integrante dos cálculos necessários para o dimensionamento dos painéis. É com
as condições ideais de teste que um produto tem a sua potência nominal de saída
indicada pelo fabricante. Estas condições só existem em laboratórios e com
ambiente controlado. Destacam-se nestes testes, uma temperatura ambiente de
61
Tolerância
Tomando-se como exemplo, que um painel de 100W, medido dentro das
STC (Standart Tests Conditions), possua uma margem de tolerância – legal – de
±5%. Isto significa que este módulo possa gerar 95W e continue a se chamar de
módulo de 100W. Consideremos esta como a primeira perda.
Temperatura
Deve-se observar que o processo de conversão não depende do calor:
pelo contrário, o rendimento cai quando sua temperatura sobe. Uma ilustração é
proporcionada pelas células solares colocadas no Pólo Sul: não só funcionaram
perfeitamente bem, mas geraram mais potência do que seria esperado para um
clima temperado. Este comportamento é explicado pelo fato de que os fótons da
luz solar transferem sua energia diretamente aos elétrons sem etapa térmica
intermediária. 5
Poeira e sujeira
Poeira e sujeira podem acumular-se sobre os painéis solares, bloqueando
parte da luz solar, reduzindo, portanto a saída. Apesar de boa parte destes
elementos ser removida apenas pelas águas das chuvas, mas é mais realista
estimar a saída levando em consideração a estação de estiagem. Também pela
CEC, um índice razoável para perda do rendimento é que este baixe para algo em
torno de 93%.
Conversão de CC para CA
A corrente contínua gerada pelos painéis solares precisam ser convertidas
para corrente alternada utilizando-se um conversor. Modernos conversores
possuem uma eficiência de 92 a 94%, segundo seus fabricantes, mas como
também são medida sob situações controladas em fábrica, o resultado mais
adequado deverá ser entre 88 e 92%, que é o encontrado na prática. Portanto
uma redução para 90% da saída, devido ao conversor, será mais realista.
6.1 – ESTIMATIVAS
locais quentes e 0,90 para regiões temperadas, obtendo-se como média 0,85.16 O
índice de redução para a inversão de corrente é mais otimista: 0,90 contra 0,85.
1 m² = 69 W ou 1kW = 14,5 m²
17
Uma outra grandeza, segundo a PUC de Minas Gerais , é de que os
painéis existentes no mercado geram de 50 à 75 W pico/m², ou seja, sob radiação
de 1.000 W/m², a potência gerada seria de 50 à 75 W. Portanto temos uma nova
relação de potência aproximada mais abrangente que a primeira:
1 m² = 50 à 75 W
Autonomia prevista:
Isto se refere ao número de dias em que se prevê que diminuirá, ou não
haverá geração, e que deverão ser tidos em conta no dimensionamento das
baterias de acumuladores. Para sistemas rurais domésticos, por exemplo, tomam-
se de 3 à 5 dias. 19 Já nos projetos de iluminação pública do CEPEL, utilizou-se 2
dias. 8
Este consumo deverá ser corrigido, pois como já visto, ocorrem perdas nas
fiações e nas baterias. O Consumo Ampère-hora Corrigido (CAC) obtém-se
dividindo o CD pelo Fator de Eficiência da Fiação (FEF) e em seguida pelo Fator
de Eficiência da Bateria (FEB). Estes fatores são de 0,98 e 0,95 respectivamente.
Para poder escolher o inversor adequado, dever-se-á ter claro quais são os
níveis de tensão que se manejarão tanto em termos de corrente alternada como
de contínua. Exemplificando: para um sistema alimentado por uma bateria de 12
V, naturalmente em corrente contínua, a entrada será de 12 Vcc. Para alimentar
uma lâmpada de 40 W, de 127 V de corrente alternada (Vca), o inversor será de
12 Vcc a 127 Vca para 40 W.
68
2
Seção (mm )
35 25 16 10 6 4 2.5 1.5
Corrente (A)
1 540 389 246 156 93 62 39 22
2 270 194 123 78 46 31 19 11
3 180 130 82 52 31 20 13 7
4 135 97 62 39 23 15 10 5
5 108 78 49 31 18 12 8 4
6 90 65 41 26 15 10 6 3
7 77 55 35 22 13 9 5 2.8
8 67 49 31 19 12 8 4.5 2.5
9 60 43 27 17 10 7 4 2
10 54 39 25 16 9 6 3.5 1.8
12 45 32 20 13 8 5 3 1.5
15 36 26 16 10 6 4 2 1
18 30 22 14 9 5 3 1.8 0.8
21 26 18 12 7 4 3 1.6 0.7
24 22 16 10 6.5 3.5 2.5 1.5 0.5
27 20 14 9 5.5 3 2 1 -
30 18 13 8 5 2.5 1.5 0.8 -
Um poste, com seus painéis e luminárias, poderia estar em uma rua que só
recebe sol de manhã, ou estar em outra com edifícios de 30 metros de altura em
cada lado da rua, ou sob a copa de árvores ou ainda localizado no sopé de uma
rocha como o Corcovado. Estamos falando da diversidade geográfica e do
zoneamento urbano. Um planejamento urbano precisaria ser concebido e
constantemente fiscalizado para que pudesse utilizar sistemas fotovoltaicos em
todo seu potencial. Seria inviável sua implementação em um sítio urbano já
estabelecido de forma generalizada.
*
Informações gentilmente prestadas pelo Sr Mauro Ejnysman, do IPLAN – órgão da Prefeitura
Municipal do Rio de Janeiro.
76
Pela NBR 5101, as vias públicas podem ser classificadas de acordo com a
sua natureza e função, podendo ser:
U = E min Fd = E max
E med E min
metálico, de 125 à 400 W, pois para um uso convencional, o alto consumo não é
o problema maior, mas sim a eficiência. Alguns fabricantes oferecem luminárias
de uso público para lâmpadas fluorescentes compactas, mas para potências a
partir de 42W, que para sistemas fotovoltaicos, não pode ser considerada uma
baixa potência.
Pelo gráfico, observa-se que as lâmpadas SOX são tão eficientes que a de
36W possui uma eficiência maior do que a de vapor de sódio de alta pressão de
1000W, a recordista até então. Isto não quer dizer que tenha um maior fluxo
luminoso, mas que produz mais lumens por Watt consumido.
Posteação unilateral:
Quando a largura da pista (L) for igual
ou menor que a altura de montagem
(Hm). Neste caso espera-se que a
iluminância da parte oposta da pista
seja menor.
Fig. 27 – Posteação unilateral
Central:
Quando a largura da pista é
maior que 1,6 vezes a altura
de montagem e a largura do
canteiro central não ultrapassa
6 metros.
Fig. 30 – Posteação central
Fig. 32 - Protótipo de poste desenvolvido Fig. 33 - Vista do mesmo poste, pela sua
pelo CEPEL, com a utilização de dois parte posterior. Observa-se o
painéis solares muticristalinos e posicionamento da bateria no topo do
luminária com 02 (duas) lâmpadas poste.
fluorescentes compactas de 11W.
Fig. 38 - Detalhe da
bateria em teste,
substituindo a existente
na base do poste.
Tais iniciativas demonstram que começa a surgir mercado para este tipo de
produto.
23
nucleares ou da queima de combustível fóssil. Segundo Hermann Scher ,
mantendo-se a taxa anual de extração de urânio em 60 Kt, as reservas mundiais
conhecidas, esgotar-se-ão na década de 2030. Nos EUA, não se constróem
reatores nucleares desde 1973 e na Alemanha desde 1987. Estes países, mais a
Suécia, a Suíça e o Canadá já anunciaram a intenção de abandonar esta fonte de
geração. A França, a Bélgica e a Inglaterra não têm previsão para construção de
novas usinas.
Este quadro (Gráf. 11) nos mostra claramente, que o único caminho, e a
curto prazo será a utilização de fontes renováveis, notadamente as energias
eólica e solar. Muitos países europeus e a maior parte da América do Norte não
podem usufruir, como nós, de fontes hídricas, devido ao congelamento dos lagos
e rios no inverno. Isto profetiza que o barateamento dos painéis fotovoltaicos é
uma questão de vida ou morte, literalmente. Devido à globalização, a banalização
da tecnologia fotovoltaica chegará a nós, juntamente com preços bem acessíveis.
F
A
C
G
♦ A – Um ou dois painéis;
♦ B – Bateria;
♦ C – Luminária com lâmpada;
♦ D – Foto-sensor;
♦ E – Módulo de união de outras pétalas e fixação ao poste;
♦ F – Alojamento para bateria e controlador de carga;
♦ G – Alojamento para luminária e para reator/inversor se for o caso;
♦ H – Corpo da pétala.
A diversidade das vias, foi atendida com uma gama enorme de opções. Pode-
se escolher e combinar:
♦ A altura do poste 4. 6, 8, 10 ou 12m;
♦ Comprimento do braço/potência da lâmpada;
♦ Número de pétalas;
♦ Colocação nos passeios ou canteiros centrais
♦ Adaptação para que, no mesmo poste, um braço maior e mais alto, fique para
a via e outro menor e mais baixo, para o passeio (Fig. 52).
A sujeira provocada pela poluição, maresia e detritos levados pelo vento, apesar
de serem facilmente removidos com as chuvas, também poderão ser limpos nesta
manutenção periódica, garantindo a eficiência máxima dos painéis solares
durante todo o ano.
Esta manutenção poderá ser feita com caminhões equipados com gruas ou
plataformas pantográficas hidráulicas, comuns em manutenção semafórica, sendo
este último o mais adequado para a substituição das pétalas. Como o projeto
103
♦ A altura de montagem
(Hm), deverá ser igual à
largura da pista, mais o
acostamento, ou passeio
Hm
(L).
♦ O espaçamento entre os
postes (e) deverá ser
igual ou inferior à 3 vezes
L a Hm.*
Como não temos uma via definida, veremos então, calculando os níveis de
iluminância do modelo proposto em todas as suas configurações, onde eles se
encaixam, e quais as vias poderiam ser atendidas utilizando-se o sistema.
θ = arc tg d
h
106
Para cada poste deverá ser calculada a luminância que produz no solo,
variando pela sua altura, potência e número de pétalas.
utilizasse-mos a CDL de outra luminária adequada ao uso viário, mas para uma
lâmpada diferente. Tal erro não será grande o suficiente para inviabilizar o projeto.
A CDL está representada no gráfico da figura 55.
E = Iθ x cos³ θ
d²
60º
26.56º / 218.30 cd/1000 lm
30º 0º
Fig. 58 – CDL da luminária escolhida para poste de 4 metros
E = Iθ x cos³ θ I = 1.800 W
d²
Fig. 59 – Distribuição
luminosa gerada por um
poste
30º 0º
Fig. 61 – CDL da luminária escolhida para postes de 8 metros
E = Iθ x cos³ θ I = 4.800 W
d²
30º 0º
Fig. 62 – CDL da luminária escolhida para postes de 12 metros
Tais lâmpadas não foram aplicadas no modelo porque não foi encontrada,
dentro dos fornecedores pesquisados, nenhuma luminária que a utilizasse em
iluminação pública – ou em qualquer outro uso - muito menos dados de
rendimento, com CDL’s, por exemplo. Sem estas informações os cálculos seriam
impossíveis. Diga-se de passagem, que a quantidade de informações técnicas
fornecida pelos fabricantes é insignificante; principalmente das indústrias
nacionais. Em sites ou em catálogos, geralmente apenas desenhos, ou raramente
fotos, são disponíveis.
A Potência Total das Cargas, à ser considerada nos cálculos, será então
apenas a da lâmpada. Substituindo-se na fórmula do Capítulo VI, obtemos:
CD (Ah/dia) = 18 W x 12 h ÷ 12 V = 18 Ah/dia
CD (Ah/dia) = 36 W x 12 h ÷ 12 V = 36 Ah/dia
A Corrente de Projeto é:
Para o sistema de 36 W:
10
0% 92
,1%
23°
Como já citado, a especificação dos painéis se dará por Ampère, e não por
Watts. Isto significa que acabaram-se os cálculos dos painéis.
Este fator fez com que fosse este o fabricante sugerido para a composição
do conjunto. O modelo escolhido foi o SP65 para os dois tipos de pétalas. Um
para a menor e 02 para a maior. Suas especificações são:
POTÊNCIA 65 W
TENSÃO NOMINAL 16,5 V
CORRENTE NOMINAL 3,95 A
GERAÇÃO DIÁRIA 19,75 Ah/dia
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO 4,5 A
COMPRIMENTO 1200 mm
LARGURA 597 mm
ESPESSURA 56 mm
PESO 7,6 Kg
obs 1
Preço pesquisado na Internet em sites estrangeiros específicos de produtos de iluminação.
obs 2
Preço fornecido pela distribuidora no Rio de Janeiro dos produtos Indalux e Conipost.
obs 3
Preço pesquisado na Internet em sites específicos de produtos fotovoltaicos no Brasil.
127
do prefeito César Maia, cada poste do bairro de Ipanema custou US$ 8,000.00.
Apesar de este custo ter sido considerado alto pela população e pela Câmara dos
Vereadores na época, mesmo sob suspeita de superfaturamento, foram
empregados. Portanto, quando há vontade política, o custo é de importância
secundária.
*
Informações gentilmente fornecidas pelo Sr. Luiz Carlos Alves Lima – Gerente de Controle de
Produção da RIOLUZ.
obs 4
Preços pesquisados em distribuidores locais.
129
Algo muito importante que deve ser considerado, é que nossas estimativas
de custo contemplam apenas – no caso do sistema tradicional – os investimentos
realizados “pós-concessionária”. Para uma avaliação mais justa, deveríamos
também computar os custos de implantação desde o projeto da hidrelétrica que o
supre. As despesas da construção e operação da hidrelétrica e das linhas de
transmissão, da distribuição e transformação, assim como da alimentação – seja
aérea ou subterrânea – são pagas direta ou indiretamente pelo contribuinte, este
usuário final da iluminação pública. Como citado anteriormente, este valor é
subsidiado, mas isto é indiferente, visto que o sacado será o mesmo.
Os custos dos sistemas não podem ser apenas comparados com os custos
iniciais, conforme apresentados anteriormente. Uma simulação dos gastos, ao
longo do tempo é fundamental, para que se possa comparar os dois sistemas. A
durabilidade dos componentes é o fator mais importante.
CAPÍTULO XI – CONCLUSÃO
Pelos resultados obtidos nos capítulos VIII e IX, provou-se que os sistemas
são tecnicamente viáveis e com desempenho perfeitamente adequado às normas
de iluminação pública. Mas, referindo-se ao capítulo X, quanto aos custos obtidos
a partir dos partidos adotados, estes se demostraram demasiadamente caros
para os padrões de um país que não depende da queima de recursos fósseis ou
da geração nuclear, comprometido com metas de redução de poluentes ou com
um futuro próximo de ausência destas fontes energéticas.
componentes e/ou uma proximidade maior dos postes. O que sem dúvida poderia
ser alterado, é a substituição da SOX convencional pela Master SOX - E, que
conforme visto na pág. 117, possui uma eficiência maior em 27%. Provavelmente
é mais cara, mas haveria uma redução proporcional (27%) nas áreas de painéis e
no dimensionamento da bateria. Conforme menções anteriores, esta simulação
não pode ser feita devido à falta de dados técnicos.
BIBLIOGRAFIA
OBRAS CITADAS:
OBRAS CONSULTADAS:
ANEXOS
TABELA DE CONVERSÃO
RADIAÇÃO SOLAR – Unidades e Fatores de Conversão
Para Converter de: Para: Multiplique por:
cal/cm² J/cm² 4,1868
cal/cm². min W/m² 697,8
cal/cm² kWh/m² 0,01163
J/cm² cal/cm² 0,23885
J/cm² kWh/m² 0,0027778
KWh/m² cal/cm² 85,985
KWh/m² J/cm² 360
Langley cal/cm² 1
W/m² cal/cm².min 0,0014331
W/m² mcal/cm².s 0,023885
MJ/m².dia kWh/m².dia 0,27778
Langley/dia kWh/m².dia 0,01163
Tab. 43 – Unidades para radiação solar e fatores de conversão 14
142
GLOSSÁRIO