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Universidade Federal do Espírito Santo

Departamento de Arquitetura e Urbanismo

HUGO TAVARES, JOÃO MACHADO, CAIO VALLI, BERNARDO ZANDOMENICO, BRUNO MACHADO,
ALBERTO NOVAES

PRAÇA XV E CANDELÁRIA

VITÓRIA
2009
HUGO TAVARES, JOÃO MACHADO, CAIO VALLI, BERNARDO ZANDOMENICO, BRUNO MACHADO,
ALBERTO NOVAES

PRAÇA XV E CANDELÁRIA
Uma análise sobre a Arquitetura e a morfologia da
região

Universidade Federal do Espírito


Santo
Centro de Artes
Departamento de Arquitetura e
Urbanismo
Disciplina: Arquitetura do Brasil
Professora : Renata Hermanny de
Almeida
Vitóri
a
2009
SUMÁRIO
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
............... 4
2. Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
............... 6
3. Roteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
............... 7
3.1 Região 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
................ 8
3.2 Região 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
................ 9
3.3 Região 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. Fichamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 11
5. Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 30
1. INTRODUÇÃO

A região estudada foi, sem dúvida, o centro político e comercial do Brasil durante pelo
menos dois séculos inteiros (séc. XVIII e XIX), durante o ciclo do ouro e do Brasil Imperial.
Ocupada, porém, desde os primórdios da colonização, e sempre muito expressiva no
cenário de sua capitania.
A capitania de São Sebastião do Rio de Janeiro teve sua ocupação inicial centralizada no
atual Morro do Castelo, que em poucos anos, se tornou incompatível com sua
importância política e demográfica, pois não comportava o crescimento inerente a um
Figura 3: Desenho que retrata a Igreja de N. Sra. do Ó em 1580, atual Ig.
centro. Logo, no final do séc. XVI e início do XVII, essa centralidade migrou para a várzea, N. Sra. do Carmo e o caminho que deu origem à chamada Rua Direita.
Fonte: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/EOUrbana/
tendo, como ocupações iniciais, a Câmara Municipal e da Cadeia (1619), casas, a igreja
de N. Sra. do Carmo, as casas dos carmelitas e a igreja São José (séc. XVI ambos).
Simultaneamente a essa ocupação, a região da várzea ganhara importância comercial,
sendo um dos principais desembarcadouros de mercadoria da cidade. O adro que se
formou de fronte à Igreja do Carmo, que ficou conhecido como Largo do Carmo, também
Figura 1: Mapa da região de
constituía um importante ponto de negócios, inclusive1500
forasegundo
construída pela Câmara um
Eduardo
Canabrava. Fonte: O Rio de
poste de alvenaria onde se punha os nomes dos inadimplentes, o preço das mercadorias,
Janeiro
e o nome dos fora-da-lei. Setecentista – A vida e a
Construção da Cidade da
Invasão
Figura 4: Mesma região em 1620. A esquerda, a Casa da Câmara e da
Francesa até a Chegada da
Cadeia, a cadeia, e a direita as casas dos carmelitas Fonte:
Corte, p.28.
http://portalgeo.rio.rj.gov.br/EOUrbana/

Figura 5: Mapa de
1750. O traçado
urbana ainda é
bem parecido com
o atual. Fonte: : O
Rio de Janeiro
Setecentista – A
vida e a
Figura 2: Mapa de 1580
Construção da
indicando os principais
Cidade da Invasão
caminhos da cidade.
Francesa até a
Fonte: O Rio de Janeiro
Chegada da Corte,
Setecentista – A vida e
p.28.
a Construção da Cidade
da Invasão Francesa
até a Chegada da
Corte, p.29.

4
Com passar dos anos, a relevância do local em nível regional desenvolveu-se, sendo até a casa
dos governadores do estado localizada naquela região (na rua Direita). Com o ciclo do ouro, o
estado ganhara maior expressão no cenário nacional, pois seria por seus portos que se escoaria o
metal. E justamente o largo do Carmo foi o maior beneficiado disso, pois a Casa da Moeda fora
transferida para lá (1698), gerando um rico comércio local pelo ouro circulante. A casa da moeda,
após reforma e ampliação projetadas por Alpoim, passou a ser o térreo do Paço dos
Governadores, posteriormente, Paço do Vice-Rei, e com a chegada da corte ao Brasil, 1808, Paço-
Real. Ali Dom. Pedro I protagonizou a cena histórica do Dia do Fico, a lei Áurea foi assinada e por Figura 8: 1988: O cenário moderno e contemporâneo se
ali ocorreu também a saída para o exílio por parte de D. Pedro II e sua família, e muitos outros apossa do entorno da praça. Fonte:
Figura 6: 1750.: Saem http://portalgeo.rio.rj.gov.br/EOUrbana/
acontecimentos relevantes. os Carmelitas e é
construída residências
para os deputados. A
casa dos
Governadores é
transferida para o
Largo. A esquerda da
Igreja da N. Sra. do
Carmo, o convento
dos carmelitas. Fonte:
http://portalgeo.rio.rj.g
ov.br/EOUrbana/

Figura 7: 1840: A
casa dos
governadores se
paca a ser o paço Figura 9: 2002: Praça XV de Novembro em nossos dias. Desde então não
Imperial, o largo se houve mudanças significativas no cenário do antigo Largo do Paço.
transforma numa Fonte:http://portalgeo.rio.rj.gov.br/EOUrbana/
ornamentada praça.
Notável o avanço da
faixa de terra.
Fonte:http://portalge
o.rio.rj.gov.br/EOUrb
ana/
No fim do século XIX até meados do século XX, ainda era a capital político-comercial brasileira por
causa dos principais portos e pela bolsa de valores ainda estarem ali. A proximidade com as
instalações portuárias do Rio, por onde fluía a exportação de café; a vizinhança com o Banco do Brasil,
na época situado na Travessa Candelária; e os vultuosos empréstimos do exterior, acabou por
concentrar, ainda nos seus arredores, nas rua do Carmo, Rua da Quitanda, Rua da Alfândega, Avenida
Rio Branco (no trecho entre a Av. Nilo Peçanha e a Av. Presidente Vargas), muitas sedes de bancos.
Todavia, com a consolidação da hegemonia paulista no cenário comercial nas décadas de 70 e 80,
alguns desses edifícios bancários passaram a ter outras funções, institucional, comercial e cultural.
Todavia, não perdeu sua força, ainda concentrando importantes instituições, bancos, e grandes
marcos da história nacional. Assim, ao longo da das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, ainda
verifica-se a construção de obras de grande porte mais recentes, sobrepondo antigos edifícios Em nossos dias. Foto de satélite extraída do Google Earth. 5
demolidos na urbanização concebida segundo propostas européias.
Durante o desenvolvimento do trabalho será visto com mais detalhes os elementos urbanos e
2. METODOLOGIA
O roteiro foi traçado segundo a história do local, com ênfase nos
usos das áreas ao longo do tempo e das edificações remanescentes.
O percurso inicia-se pela parte mais antiga (região 1 ), ao redor da REGIÃO
praça XV , com o objetivo de exemplificar a importância institucional , 2
religiosa e comercial ao longo da história do Rio de Janeiro desde o
século XVII até o XIX. Para tanto, foram selecionados edifícios
símbolos de várias épocas, como o Largo do Paço, o Palácio
Tiradentes (edifícios institucionais), as igrejas do Carmo , os templos
situados na rua Primeiro de Março (edifícios religiosos), Arco do Teles
e os sobrados da rua do Comércio, e a Bolsa de Valores. (edifícios
comerciais).
Seguindo a mesma lógica, o roteiro segue para a região da Praça
da Candelária (região 2), a fim de demonstrar a relevância
econômica e institucional desta no fim do século XVIII e no séc. XIX ,
que a partir da chegada da corte passou a ser alvo de investimentos:
criação da não mais existente praça do Comércio , posteriormente, o REGIÃO
primeiro edifício da Bolsa de Valores e atual Centro Cultural Banco do 1
Brasil; e da Casa da Alfândega, atual Casa França-Brasil. Nesta
região, ainda vemos a igreja da Candelária e alguns edifícios
modernos, estes últimos filhos da abertura da Av. Pres. Vargas, que
trouxe consigo novas edificações. Essas, porém, se assemelham em
tipologia com as obras da região 3. REGIÃO
A última parte (região 3) do percurso caracteriza-se, em sua
maioria, por construções dos séculos XIX e XX), de estilos 3
arquitetônicos como o Art Deco, o Eclético, e nos tempos recentes o
Moderno e o Contemporâneo, impulsionadas pelas reformas do
governador Pereira Passos e pela influência no Brasil do modelo
norte-americano de verticalização; representando assim as diversas
modificações sofridas pelo local ao longo dos anos. Essa região
compreende a área pertencente a Av. Rio Branco, bem como as ruas
próximas a estas (R. da Alfândega, R. da Quitanda, etc.).
O modo pelo qual buscou-se um entendimento mais específico
de cada região foi a elaboração de um fichamento dos elementos
urbanos (praças, ruas e monumentos) e arquitetônicos (obras
emblemáticas), na seqüência do percurso proposto (no mapa 7) .
Para melhor compreensão do doto, fez-se um mapa mostrando o
percurso geral, e posteriormente, 3 mapas mostrando o percurso em
cada região, com os elementos pesquisados identificados em
seqüência. Após a compreensão da localização dos itens, o trabalho
se desenvolve identificando cada marco, com breve histórico,
características e fotos.

6
3. ROTEIRO
O roteiro proposto inicia-se na
Estação das Barcas, pois a partir dela se tem
acesso à R. da Misericórdia e R. D. Manoel,
ou seja, os elementos mais antigos do
bairro. A partir daí, o roteiro segue buscando
resmanescentes que mostrem as
transformações e permanências dessa parte
do tecido urbano carioca. Nesse quesito,
tem-se um roteiro muito rico, e, exceção de
alguns pontos, até mesmo cronológico.
O percurso segue das igrejas do
Carmo ao antigo largo, que passou a abrigar
o Paço, gerando um rico comércio que
culminou nas bolsas de valores; à Rua do
Comércio congelada no tempo, com seu
acesso pelo genial arco dos Telles, até as
igrejas da Santa Cruz dos Militares e dos
Mercadores da Lapa, daí ao Centro Cultural
Banco do Brasil e à Casa França-Brasil: e
imaginar que no século XIX o CCBB já foi
INÍCI
uma praça – Praça do Comércio – e bolsa de O
valores, e que a Casa França-Brasil fora
outrora uma movimentada Alfândega.
A partir daí, encarar os impactos da
ininterrupta história, que trouxe ao governo
Pereira Passos, que diante das necessidades
da população e do local, abriu uma larga
avenida nos moldes haussmanianos. Assim,
deixando a Casa-França Brasil, deparar-se
com a solitária Igreja da Candelária, no meio
da Av. Pres. Vargas, remanescente cercado
por carros em movimento e edifícios mais
recentes. Ali nas cercanias, encontraremos
obras dos mestres Lucio Costa e Oscar
Niemeyer e de seus contemporâneos.
Adentrando pela Rua do Carmo, a
tipologia não mudará tanto. Apesar do
traçado da região 3 ser antigo (a mesma
desde o do século XVIII), encontraremos
obras tais quais às marginais das grandes
Avenidas. Por certo, isso deve-se ao fato
dessa área ter sido a melhor região para o
alojamento das sedes bancárias e grandes
edifícios no início do século XX, atraídas pela
centralidade comercial histórica da região.
Assim, o percurso escorre até a Av. Rio
Branco, hausmaniana como a Pres. Vargas, e
assim, há um mergulho em outro tempo
distinto da praça XV. Ali, encontraremos os
maiores edifícios brasileiros. A lógica
parisiense mescla-se à manhattaniana. 7
Pelas ruas da Quitanda e Sete de Setembro
finaliza-se o percurso num marco
3.1- Região 1

3.Estação das Barcas


4.Rua da Misericórdia / R. D.
Manoel
5.Palácio Tiradentes
6.Igreja São José
7.Rua Primeiro de Março
8.Convento do Carmo
9.Igrejas do Carmo
10.Praça XV
11.Paço imperial
12.Chafariz do mestre Valentin
13.Bolsa de Valores
14.Rua do Mercado 1
15.Arco do Telles 7 1
16.Rua do Comércio 1 5
17.Igreja N. Sra. da Lapa dos 6
Mercadores
18.Igreja Santa Cruz dos Militares 1
1
19.Tribunal Regional Eleitoral 1 1
2
RUAS 4
1
x Numeração Rua 3
x 10

x Numeração
Edifício
7 1
x 8
Numeração
Praça/Monumen
to
6 9
2

3
5

8
3.2 – Região 2

RUAS
2
2 6
x Numeração Rua 5
x

x Numeração 2
2 2
Edifício 2
3
1
x 2
Numeração 4
Praça/Monumen
to

1
2
2 9
7
0
2
8

1
8

LEGENDA:

3. Centro Regional dos Correios 1. Banco Safra


4. Espaço Cultural dos Correios 2. Visconde Cayrú
5. Centro Cultural Banco do Brasil
6. Casa França-Brasil
7. Avenida Presidente Vargas
8. Memorial do massacre da
Candelária
9. Igreja da Candelária
10.Banco Boa Vista
11.Banco Aliança
9
3.3 - REGIÃO 3
2
3 9
4
LEGENDA: 3 3
5 3 0
3

7.Rua da Alfândega 3
8.Palácio do comércio 6 3
9.Ed. Sulamérica Seguros 3
7
2
10.R. Da Quitanda
3
11.Ed. Sulacape 1
12.Banco Transatlântico
13.Igreja N. Sra. Mãe dos Homens
14.Av. Rio Branco 3
8
15.Manhattan Tower 4
16.Igreja N. Sra. de Conceição e Boa Morte 0
17.Ed. Leonel Miranda
18.R. do Ouvidor 3
9
19.Ed. Conde Pereira Carneiro
20.Ed. Edson Passos
21.Ed. Guinle
4
22.Rua Sete de Setembro 4
8
1
23.Ed. Avenida
24.Ed. Sede do Banco do Estado do Rio de Janeiro
25.Edifícios Castelo, Raldia e Nilomex
26.Ed. Cândido Mendes 4
4
3 4
4
RUAS 2

x Numeração Rua
x

x Numeração
Edifício

x
Numeração
Praça/Monumen
to

4
4
6
7

4
5
10
REGIÃO 1

1 2 3

Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Fonte: http://www.flickr.com/photos/claudiolara/40917168/
Rua da Misericórdia e Rua D. Palácio Tiradentes
Estação das Barcas
Manoel Avenida Presidente Antonio
Praça XV de Novembro,
Arredor da Praça XV Carlos, Centro
Centro Construção: séc. XVI Construção: 1922
Construção: 1906 Projeto: Archimedes Memória e Francisque Cuchet
Estilo arquitetônico: Ecletismo
Projeto: Adolpho José Dell Vecchio “No remoto ano de 1567 surgia a primeira rua Está construída no local que abrigava a
da cidade: a Ladeira da Sé. Com efeito, não poderia antiga Casa da Câmara e Cadeia.
Feito para realização do transporte de ser outra coisa que não a ladeira que descia da Posteriormente, em 1835, passou a brigar a
barcas a vapor, sua história iniciou em 1836, Matriz de São Sebastião, no alto do Morro do Câmara dos Deputados. Demolida 98 anos
com a Companhia de Navegação de Niterói. Castelo, até a várzea, onde existia um fortim de depois para dar lugar ao edifício que hoje
Com o passar do tempo, a estação foi terra. Em março de 1583, na sua base, o Padre José abriga a Assembléia Legislativa do Rio de
passando para outros Donos, como a de Anchieta inaugurou a Santa Casa de Janeiro. O seu nome é uma homenagem a
Companhia de Barcas Ferry, Companhia Misericórdia, para atender aos doentes da esquadra Tiradentes, que dali saiu para a glória em 21
Cantareira e Viação Fluminense (sec.XX), e em espanhola de Diogo Flores Baldez, que aportou ao de abril de 1792.
1950, aos “Irmãos Carreteiro”, cuja má Rio de Janeiro com peste a bordo. Devido ao O Palácio Tiradentes lembra os epígonos
qualidade dos serviços fez com que a estação hospital, o povo crismou esse primeiro logradouro do neogrego germânico. A composição sobre
parasse seus serviços. Em 60, passou à de “Ladeira da Misericórdia”, existindo até hoje escadaria elevada tem ao centro colunata
CONERJ - Companhia de Navegação do Estado pequena porção dela, atrás do prédio do Museu coríntia autônoma ladeada por corpos
do Rio de Janeiro, que até hoje mantém os Histórico Nacional.l” (Carvalho, Ney O.R.). maciços. É curioso o modo como até os grupos
serviços com regularidade até hoje. (Carvalho, A “Ladeira da Misericórdia” emendava com a escultóricos das laterais da fachada principal
Ney O. R.). rua da “Misericórdia”, que terminava exatamente são um o rebatimento do outro. A nota de
Essa bela obra é oriunda de uma das onde hoje está o prédio do Palácio Tiradentes. graciosidade nessa frente seria e pesada é
reformas, feita pela Cia. Cantareira e Viação Posteriormente, parte dessa rua foi rebatizada de dada pelas curvaturas da rampa que criam um
Fluminense . Composto por um conjunto de Rua D. Manoel. espaço envolvente. Os interiores são
três construções sendo a construção central a intensamente decorados, merecendo
mais recente. Essa construção central traz um   destaque a sala do plenário coberta com a
estilo misto que lembra os grandes pavilhões cúpula de vidro.
de exposição tendo seu coroamento sendo
considerado um dos mais bonitos das
construções ecléticas do Rio de Janeiro. 11
 
REGIÃO 1

4 5 6

Fonte: : http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rio-
CarmoConvent.JPG
Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Casa na Praça XV(Antigo
Igreja de São José R. Primeiro de Março
(Antiga Rua Direita)
Convento do Carmo)
(Av.Pres. Antonio Carlos)
Construção: 1808-1842 Primeiro Caminho da cidade – séc. XVI (Praça XV de Novembro,
Estilo arquitetônico: Colonial Centro)
Projeto:1º Mestre Felix José de Souza , 2º João da Silva Construção: 1619
Muniz Estilo arquitetônico: Colonial
Esta Igreja demonstra a sistematização do Provavelmente, no mesmo ano de 1567, essa rua
partido arquitetônico das igrejas coloniais no Projeto: desconhecido
era prolongada até um morrote lindeiro, que fora
inicio do século XIX, seja pelo partido da planta,
inscrita em retângulo, seja pelo emprego da talha
doado em sesmaria ao português Manuel de Brito
Pereira (ou de Lacerda), dono de muitas casas na  
como elemento de conformação espacial ou cidade e que, com certeza, concorreu O convento do Carmo foi durante muitos anos
ainda pela tipologia da fachada, na qual, financeiramente para a extensão dessa rua que, uma das maiores construção da cidade e seu
contudo, aparece uma tendência verticalizante. em última análise, valorizava suas terras. Teve valor histórico supera em muito o arquitetônico.
Na fachada destacam-se três elementos que vários nomes: “Caminho da Piaçava”, “Caminho O edifício originalmente com dois andares, teve
relevam tratar-se de composição do oitocentos: o da Praia Arqueada”, rua de “Manuel de Brito”, acréscimo um terceiro pavimento em data
frontão elevado; a sua colocação acima de uma rua “Direita” e, desde 1870, rua Primeiro de anterior à vinda da corte portuguesa. Em 1808 o
faixa horizontal continua, que serve de base às Março, em homenagem ao término da Guerra do convento foi requisitado para abrigar a corte.
pilastras das torres, e a planificação e rigidez da Paraguai, ocorrida aquele ano (Carvalho, Ney Nessa época foi construído um passadiço que o
portada principal. Esta, apesar de possuir O.R.). Ao longo dos anos, essa rua foi ganhando ligava ao paço e provavelmente erigidos os
arranques de frontão curvo, elementos típicos do importância, pois ficava de fronte a um dos contraforte posteriores ainda existentes. Por
vocabulário formal barroco, apresenta-se sem primeiros desembarcadouros da cidade e volta de 1960, quando esteve ameaçado de
volume e com pouca expressividade, revelando posterior sede do poder político do Rio de Janeiro demolição foi tombado e restaurado recuperando
tratar-se de uma forma desprovida de seu (Praça XV), e por causa das igrejas e diversas o aspecto colonial.
conteúdo original. O frontão de arremate do instituições (como a Bolsa de Valores) que se
corpo principal da fachada afasta-se da sua instalaram ao longo de sua extensão e no seu
relação de arremate da empena do telhado e entorno.
passa a funcionar como elemento autônomo de
composição.
A fachada lateral da igreja, de alta qualidade
compositiva, desperta grande interesse, quer por
apresentar uma tipologia que nos remete ao 12
esquema usual das construções civis, quer por
filiar-se ao modelo colonial com vergas curvas e
sobrecargas de massa, balcões e grande cimalha
REGIÃO 1
7.
1 7.
2

Fonte: Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/


  http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Monte_do_Carmo

Igreja de Nossa Senhora do Monte   Igreja de Nossa Senhora do Monte


do Carmo do Carmo (Ordem Terceira)
Centro, Av. 1º de março com Rua 7 de Centro, Rua 1º de março, ao lado da
setembro matriz do Carmo
Construção: 1761 Construção: 1755-1770 e 1772 até o século XIX
Estilo: arquitetônico : Romântico Projeto: Irmão Francisco Xavier Vaz de Carvalho
Projeto: desconhecido
 
 
Esta igreja é um dos mais importantes monumentos religiosos da
Seu grande valor arquitetônico está na harmonia e unidade
segunda metade do século XVIII. Seu projeto apresenta o
formal de seu interior; um dos melhores exemplos da segunda
amadurecimento formal, que se reflete na distribuição equilibrada dos
metade do século XVIII, com talha de feição rococó executada por
compartimentos, no tratamento espacial, no refinamento da talha e na
mestre Inácio Ferreira Pinto. Foi capela real e imperial e funcionou
elaboração da fachada.
como catedral até 1977. A alteração das suas fachadas no primeiro
É a única igreja colonial carioca cuja frontaria é totalmente revestida
quartel do século XX, de gosto eclético, descaracterizando a
em pedra, característica pombalina de influencia italiana, que não se
composição original do qual se conservou apenas a parte inferior da
afirmou no Rio de Janeiro. Sua composição com grande predomínio do
fachada principal. Inicialmente era a capela do convento do Carmo a
cheio sobre os vazios, é precursora no uso de painéis. O corpo central é
ele interligada, apresentando torre rústica com copiar. Desligou-se
arrematado por frontão contracurvado, constituindo por segmentos de
do corpo do convento em 1857, com a abertura da Rua do Cano,
curvas com terminação em ápice, de origem borrominica, outra
atual Sete de Setembro.
influencia da Lisboa de Pombal. Ordem dupla de pilastras colossais com
No interior, as reformas do século XIX não chegaram a alterar a
capitel invertido e um pesado entablamento definem sua boa
composição espacial da nave e capela-mor, preservando-se as
proporção. Destaca-se ainda a elaborada portada em lioz melhor obra
características da talha original. As principais alterações foram os
do gênero na cidade. As torres, concluídas quase oitenta anos após a
aprofundamentos dos altares laterais e a execução da capela do
inauguração da igreja, não se integram ao corpo da fachada.
Santíssimo, com planta circular, seguindo os preceitos neoclássicos.
Diferenciam-se de todas as outras existentes na cidade, por conta da
Deve-se destacar ainda a qualidade da composição dos tetos, que
forma dos bulbos de base octogonal elevada, sustentados por conchas.
com seus painéis e lunetas conformam um dos mais imponentes e
A planta segue o partido tradicional de nave única retangular com
monumentais dentre as igrejas da cidade.
corredores laterais e capela mor profunda. O corredor esquerdo dá
A composição geral dos interiores é formada pela compartimentação
acesso à sacristia e configura-se como espaço de transição para o
das superfícies por meio de painéis com molduras continuas que
exterior, sob a forma de uma galeria aberta. Na capela mor, a cúpula 13
enquadram os ornamentos. A leveza da composição resulta de
sobre pendentes no presbitério é uma modernização do século XIX, que
pequenos recordes nas extremidades dos painéis e do contraste das
busca a valorização dos espaços através da iluminação natural,
molduras douradas sobre fundo branco. Os ornatos, por sua vez,
sistematizada nesse período. Participa da elaborada composição, se
REGIÃO 1

8 1
9
0

Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Fonte: Fonte: http://www.revistatemalivre.com/paco12.html
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a_Quinze_de_Novembro

Chafariz do Mestre
Praça XV de Paço Imperial
Valentin
Novembro Praça XV de Novembro,
Praça XV de Novembro,
Centro, Av. 1º de março Centro
Estilo arquitetônico: Estilo Colonial Centro
com Rua da Assembléia Construção: Meados do século XVIII Construção: 1789
Construção: Séc. XVII Projeto: Sargento Mór José Fernandes Projeto: Mestre Valentin
  Pinto Alpoim  
Inicialmente conhecido como o largo   O Chafariz atual foi construído com a
do Terreiro do Polé, vindo a mudar de O monumento é um dos mais notáveis remodelação do cais para o porto do
nome e de forma com a evolução das exemplos da arquitetura civil colonial terreiro do Carmo no século XVIII,
edificações ao seu redor, como veio a se brasileira. Varias reformas o substituindo o chafariz existente, projeto
chamar largo do Carmo e Largo do Paço. descaracterizaram, com acréscimos ao de Carlos Mardel
Atualmente seu nome é uma clara longo dos anos. Suas fachadas e É o único marco urbano do período
homenagem à proclamação da republica. volumetria atuais correspondem à feição colonial cujos apuros formais e
Tendo se modificado durante os anos do edifício à época de D. João, resgatadas características compositivas conferem-lhe
continua sendo um dos principais marcos por restauração em 1985. Embora tivesse o caráter de monumento. Construído em
do centro do Rio de Janeiro. sido construído para servir de residência gnaisse carioca, apresenta a conjunção
A praça XV foi por muito tempo o para os governadores da capitania e para da forma prismática com superfícies
principal espaço cívico e econômico do sediar o governo das capitanias do Rio de onduladas e cunhais salientes seção
Brasil, tendo determinados edifícios a seu Janeiro e Minas Gerais, abrigou também o circular, integrados por entablamento que
redor como a utilidade de Símbolo do Tribunal da Relação e a Casa da Moeda. acompanha o movimento de curvas e
Brasil. Com a vinda de D. João foi reformado e contracurvas.
acrescido de um terceiro andar parcial Nos anos 1990, o arquiteto Pedro
nas fachadas transformando-se em Paço Alcântra idealizou a escavação da área
Real e posteriormente em Paço imperial. frontal ao chafariz, recuperando-lhe a
visualização com o conjunto da escadaria
original de acesso junto ao cais.
 

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Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/
Arco do Teles e Casa
Bolsa de Valores Rua do Mercado
Séc. XVIII na praça XV
Praça XV de Novembro, Centro, Praça XV de
Entre o Largo do Paço e a rua do
Centro Ouvidor, fora construída por Novembro nº 32/34
Construção: 1935 e 1998 Grandjean de Montigny , de 1834 a Construção:Meados do Séc. XVIII
Estilo Arquitetônico: Contemporâneo 1841, a nova Praça do Mercado, Projeto: Brigadeiro José Fernandes
Projeto: Leopoldo de Siqueira Queiroz onde anteriormente funcionava o Pinto Alpoim
  mercado do peixe. A rua que dava
Inicialmente uma edificação Moderna, acesso a esse mercado passou a  
mais em 1998 com a inauguração da ser conhecida até os nossos dias Do conjunto original, formado por três
expansão a sua forma foi descaracterizada, como Rua do Mercado. Atualmente, edifícios contínuos e de igual
e atualmente é uma expressão da após restaurações, os edifícios estão aparência, resta apenas a fachada de
arquitetura contemporânea do Rio de em bom estado, e constituem um um deles – o central, que servia de
Janeiro. Atualmente não tem mais a função ponto turístico típico de sexta-feira à passagem, ergueu-se uma edificação
de bolsa de valores. Junto com Centro noite. moderna.
Universitário Candido Mendes e a Via O grande arco de três centros com
Perimetral formam o conjunto de obras que ombreiras e verga em cantaria é
quebram o ritmo antigo do sitio similar aos existentes no pátio do Paço
arquitetônico da Praça XV. Imperial, assim como as janelas de
  verga curva com sobreverga de massa
existente no terceiro pavimento. O
Arco do Teles representa um
interessante exemplo de integração
entre o edifício e a cidade, criando
diferenciação e riqueza nos percursos
urbanos que por ele passam.

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Fonte: http://www.panoramio.com/photo/619037
Fonte: http://www.arteorganistica.org.br/images/militares6.jpg
Fonte: http://www.marcillio.com/rio/enceprqu.html/

Rua do Comércio Igreja de Nossa senhora Igreja de Santa Cruz dos


Séc. XVII
da Lapa dos Mercadores Militares
Aberta em 1730, com o nome de “Beco da Rua do Ouvidor, 35 – Centro Rua Primeiro de março, 36 –
Praia do Peixe Nova”, servia de acesso ao Projeto: Comerciantes dos arredores
mercado de peixe, instalo nas suas ano: 1753
Centro
proximidades. Em 1747, também ficou   Projeto: (atribuído ao) brigadeiro Jose Custodio de
conhecida como “Beco da Capela”,devido a Apesar de pequena esta igreja apresenta uma Sá e Faria
construção de uma capelo dedicada À N. Sra. grande riqueza de influencias arquitetônicas. Ela ano: 1780-1811
Da Lapa dos mercadores em sua vizinhança. Já possui nave elíptica e teto em cúpula de Fonte:
em 1750, passou a se chamar “Beco do Arco alvenaria, com o interior rico em detalhes que http://www.arteorganistica.org.br/images/militares
do Telles”, “devido ao arco levantado de 1743 remetem a diversidade de influencias presentes 6.jpg
a 1747 pelo brigadeiro Alpoim...” (Carvalho, neste projeto. Toda essa elaboração do interior  
Ney O.R.). De 1863 em diante, passou a ser não é perceptível de fora, tendo como única Esta igreja é importante devido a riqueza de
conhecida como Travessa do Comércio, devido evidencia dela no exterior, a posição dos planos composição de sua fachada e pela diferença que
sua proximidade com a Praça do Comércio do telhado. apresenta quanto aos padrões construtivos da
(atual Centro Cultural banco do Brasil). época. Ao invés de apresentar um corpo central
“As casas da travessa foram antigos ladeado por duas torres como era o convencional,
entrepostos construídos no século XIX, com optou-se por uma solução diferente excluído da
depósitos, senzalas ou comércio no térreo e composição as torres e adotando um segundo
residência no andar superior, numa disposição pavimento mais estreito coroado por frontão e
típica dos antigos sobrados portugueses, ladeado por volutas, modelo semelhante ao
partido arquitetônico tipicamente colonial barroco. Com isso são perceptíveis as diversas
brasileiro, e que perdurou até fins do século influencias da arquitetura clássica que ocorreu no
XIX.” (Carvalho, Ney O.R.) Brasil.

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Fonte: http://farm3.static.flickr.com/2397/2193246084_f119
755b56.jpg?v=0

 Tribunal Regional
Eleitoral
Rua primeiro de março 42 – Centro
Construção:1892
Estilo arquitetônico: Eclético
Projeto: Luís Schreiner

Este prédio de 1892 é tido hoje, como um dos


remanescentes mais bem conservados da
arquitetura eclética. Sua fachada, ricamente
trabalhada, com elementos em granito cria
grande impacto ao ser vista no fim da rua
visconde de Itaboraí e a fachada dos fundos se Rumo a região 2!
destaca imensamente por estar virada para um
rua mais estreita e de edifícios de menor
importância.

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Fonte: Guia da arquitetura moderna no Rio de Janeiro.


Fonte: http://farm1.static.flickr.com/101/292605752_78a9987e64.jpg

Agencia central dos correios Centro Cultural Banco do Brasil


(Rua primeiro de março 64 – centro) Fonte:
(Rua primeiro de março 66 – centro)
Construção: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2009/02/213_1331 Construção: 1880-1906
Estilo arquitetônico:
Projeto:
Centro Cultural dos correios
-Fachada-CCC.jpg Estilo arquitetônico:
Projeto:Francisco Joaquim Bethencourt da silva
(Rua visconde de Itaboraí 20 – centro)
Um edifício imponente devido aos pilares e Construção: Este edifício foi projetado inicialmente para ser
arcos presentes na sua fachada que remetem Estilo arquitetônico: uma casa de comercio devido e sua proximidade
ao clássico. No centro do edifício, a uma quebra Projeto: com a alfândega (casa França-Brasil) e mais
suave do ritmo criado pelos pilares quando O centro cultural dos correios ao apresenta um tarde se tornou o edifício central do banco do
estes se projetam para fora tornando-se tratamento mais simples que o dado a agencia Brasil, e depois um espaço de exposições do
verdadeiras colunas ladeadas por estatuas. central. Aqui é visível a influencia da arquitetura banco.
alemã nas grossas paredes de alvenaria e
também na presença de adornos metálicos no
coroamento do edifício.

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Fonte: http://popturismo.files.wordpress.com/2006/11/casafranca.jpg Fonte: http://www.marcillio.com/rio/histoind.html


Casa França-Brasil
Fonte: http://picasaweb.google.com/lh/photo/Wi8bx7dKLsgwMJO6cMO8oQ
(Rua visconde de Itaboraí, 75) Avenida Presidente Vargas
Construção: (centro)
Estilo arquitetônico: Construção: meados do século XX
Projeto:  
O edifício que atualmente abriga a casa No Governo de Henrique de Toledo Dodsworth, a idéia de prolongar a
Avenida do Mangue até o Cais dos Mineiros, atual Arsenal da Marinha, foi
França-Brasil foi originalmente criado posta em prática e foi aberta a Avenida Presidente Vargas, que recebeu
este nome em homenagem ao então Presidente Getúlio Vargas.
para ser a primeira praça de comércio da Para abrir a Avenida muitos desafios foram enfrentados, foram demolidos
cidade e algum tempo depois passou a 525 prédios, desapareceram velhas ruas, enfrentou-se a oposição de
muitos seguimentos. A Avenida tem 2.040 metros de extensão no trecho
ser considerado um dos edifícios mais até a praça Onze, mas incluindo a parte já existente até a Praça da
Bandeira sua extensão é de 4 quilômetros, sua largura atinge 80 metros da
importantes da região, pois, naquela Candelária até a Praça Onze e 90 metros no trecho do Canal do Mangue.
época, passou a abrigar a sede da A Avenida Presidente Vargas, atualmente representa o maior
canal de tráfego da cidade, comunicando o centro comercial da cidade aos
alfândega do Rio de Janeiro. viadutos da Ponte dos Marinheiros, que a partir daí fazem sua distribuição
pela populosa Zona Norte.
O espaço interno reflete bem esta Na abertura da Avenida foram demolidas três importantes
variedade de usos por sua versatilidade e igrejas da cidade: a de São Pedro dos Cléricos, a de Bom Jesus do Calvário
e a de São Domingos, só foi preservada a Igreja da Candelária, que teve
liberdade interna, devido ao grande sua grandiosidade e imponência respeitada e, em torno dela, surgiu a Praça
Pio X, com a Avenida passando ao seu redor.
espaço vazio de seu interior, tendo como A Igreja de São Pedro dos Cléricos foi demolida, em 1944. Era uma das
inspiração as basílicas cívicas romanas. mais importantes Igrejas da cidade, sendo a maior jóia do Barroco carioca e
a única na cidade a externar suas características na sua fachada, seu
interior foi totalmente decorado por Mestre Valentim, apresentando uma
talha em estilo Rococó. Sua construção datava de 1733.
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Igreja da candelária
Avenida Presidente Vargas -
Centro
Construção: 1775-1898
Estilo arquitetônico: Romântico ?
Projeto: Francisco João Roscio

Esta igreja se mostra como uma das mais


importantes da região por ter sido escolhida
durante a construção da avenida Presidente
Vargas, por sua posição e monumentalidade,
como a igreja que faria o coroamento da
avenida.
A igreja da candelária se mostrar hoje em
dia, muito diferente de sua proposta inicial. A
nave única foi substituída por 3 naves, uma
principal ladeada por duas menores cortadas
na frente pelo transepto, formando uma cruz
Fonte: Guia da arquitetura moderna no Rio de Janeiro.
encimada por uma cúpula.

Memorial do massacre da
Candelária
Praça Pio X (fronteiro da igreja de N. S. da
Candelária) – Centro
Construção: 1934
Estilo arquitetônico: Art Deco
Projeto: Humberto Cozzo

Essa estatua faz parte do memorial às vitimas do massacre


da candelária. É um exemplo de uma exceção na produção
artística do período do art deco, pois, ao contrario da
produção da época, nesta estatua a expressividade do estilo
esta na estatua e não na ornamentação do pedestal como
em outras produções deste período.
Fonte:
http://www.homesinrio.com/uploads/media/050804003813_3/centro/Igreja%20Nossa%20Senhora%20da%20Candelaria/web2_DSC
_0495.jpg
 http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/rio-de-janeiro/igreja-da-candelaria.php
 
 
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Fonte: Guia da arquitetura moderna no Rio de Janeiro.

Banco Boa vista


http://www.life.com/image/52195457
Banco Aliança (Edifício Dr.
Praça Pio X,
João Úrsulo Ribeiro
http://www.life.com/image/52195457
Projeto: Oscar Niemeyer Coutinho) Fonte: Guia da arquitetura moderna no Rio de Janeiro.
Estilo arquitetônico: Modernista Praça Pio X, 99 – Centro
Construção: 1946  Estilo arquitetônico: Modernista Banco Safra
  Construção: 1956 Praça Pio X, 17 – Centro.
O projeto de Oscar Niemeyer é considerado um Projeto: Lúcio Costa Estilo arquitetônico: Modernista
dos mais importantes projetos da arquitetura
Projeto: Paulo Case e Luiz Acioli
moderna e quando comparado com a produção Este projeto de Lucio Costa foi bastante reconhecido Arquitetos
arquitetônica da época mostra claramente o pelo sucesso do arquiteto em apresentar uma solução Construção: 1983
pioneirismo do arquiteto perante o movimento simples e plasticamente adaptável ao problema do
moderno no Brasil. O pavimento térreo é dividido lote urbano desfavorável. “Fortemente condicionado pela
em dois blocos, para atender as funções O edifício mostra grande influencia das obras de Lê localização em frente a Igreja da
separadas do banco e dos níveis superiores e foi Corbusier, em especial pelo emprego das cores da Candelária, e pelos balizamentos
trabalhado pelo arquiteto para garantir fachada e do terraço jardim, porem utilizando-se de obrigatórios referentes ao pilotis
acessibilidade dos três lados da construção, aspectos típicos da arquitetura do Brasil, como (com dupla altura), gabarito e
tornando possível acessar o edifício de qualquer azulejos nas fachadas e treliças. ocupação total do terreno, que
um dos dois lados da quadra.   determina sua forma básica . O
As fachadas tiveram tratamento diversificado
edifício do bando Safra cria uma
visando a proteção solar, com o emprego de
identidade visual ao interromper
brises horisontais na fachada norte e quebra-sol
sua fachada côncava em courtain
vertical na fachada oeste.
walll para expor porções da
estrutura, revestidas em granito.”
(Guia da Aquitetura moderna do 21
Rio de Janeiro)
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Fonte: Guia da arquitetura moderna no Rio de Janeiro.

Edifício Visconde de
Cayrú
Praça Pio X, 55 – centro.
Projeto: Edison e Edmundo Musa
ano:1976

“Fortemente condicionado pela localização


em frente a Igreja da Candelária, e pelos
balizamentos obrigatórios referentes ao pilotis
(com dupla altura), gabarito e ocupação total do
terreno, que determina sua forma básica e com
condicionamento de um tratamento tradicional
na fachada.” (Guia de Arquitetura moderna do
Rio de Janeiro)

Rumo a região 3!

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Rua da Alfândega Palácio do Comércio Edifício SulAmérica


Construção: séc. XVI
Rua da Candelária, 9 Rua da Quitanda, 86
Construção: 1937 Construção: 193?
Estilo arquitetônico: Art Deco Estilo arquitetônico: Eclético
Projeto: Henri Paul Pierre Sajous e Auguste Rendu Projeto: Desconhecido

A rua da Alfândega já existia no século XVII, com o O Palácio do Comércio representa um marco na história Está implantado em uma quadra inteira, possuindo 18
nome de Caminho do Capueruçu. Fazia a ligação e cultura do Rio de Janeiro.O conjunto arquitetônico foi mil metros quadrados de espaço locável distribuídos em
entre a Várzea (começava na antiga Rua Direita, atual tombado provisoriamente pela prefeitura do Rio oito andares, onde trabalham atualmente duas mil
Primeiro de Março) e a Lagoa do Capueruçu ou Sentinela (Decreto nº 18.837), em 2000, como patrimônio cultural pessoas.
(Posto de Vigilância contra os índios rebeldes que existia da cidade. A edificação possui muitos prismas de ventilação e
entre os Morros da Conceição e o de São Bento), na Sendo um dos poucos exemplares de Art Deco deixados espaços vazios. O prédio foi recentemente tombado
chamada "boca do sertão", caminho direto para Minas pelo Frances Henri Sajous, o edifício possui três pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Gerais. Recebeu diversos nomes dentre eles rua da fachadas assentadas sobre base de granito da tijuca, Nacional e passa atualmente por reformulações que
Quitanda do Marisco, rua dos Governadores - porque arenito de ipanema,seis pilares de sustentação, bem incluem restauração das fachadas, instalação de ar
nela ficava a residencial dos governadores -, rua de como os quatro de cada fachada lateral executadas em condicionado central e modernização das instalações
Santa Efigênia, rua do Oratório de Pedra - porque um mármore travertino italiano. elétricas e hidráulicas.
oratório de pedra nela existiu ali na esquina da Regente Nota-se a complexa articulação de seu volume e escala,
Feijó - rua de São Gonçalo Garcia e em 1716, o de Rua além expressiva marcação vertical e arrojado balanço
da Alfândega, porque diante dela se estabelecera a das esquinas.O seu hall de acesso possui altura tripla e
Alfândega da cidade. abriga os murais em baixo relevo de A. Freyhoffer, que
Nela morou o Governador Salvador de Sá e em 1682, o retratam atividades produtivas e comerciais.
primeiro Bispo do Rio, D. Alarcão. Depois da Abertura O edifício pertence Associação Comercial do Rio de
dos Portos em 1808, também se instalaram nela Janeiro , a qual lançou em 2007 o projeto de restauração
comerciantes ingleses que chegaram ao Brasil. Pouco das fachadas com a finalidade de preservar esse
antes da Proclamação da República, tornou-se a Rua das monumento e restabelecer os traços originais de Sajous,
Agências Marítimas. A Rua da Alfândega talvez seja a prejudicados por intervenções ao longo dos anos.
única do Brasil que ostenta três Igrejas construídas no
Século XVII: a de Santa Efigênia; a de Nossa Senhora
Mãe dos Homens e a Irmandade de São Jorge, na sua
esquina com a Praça da República.
Por volta de 1920, ao longo de toda a Rua da Alfândega,
depois da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens à Rua 23
Uruguaiana, alinhavam-se, de ambos os lados, em sua
maioria geminados, velhos sobrados de, no máximo,
dois andares. Muitos ainda existem até hoje, resistindo
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Fonte: www.markbuilding.com.br Fonte: http://www.rioquepassou.com.br/2008/12/12/zona-bancaria-rua-

Fonte: www.panoramio.com/photo/18877974 da-alfandega-1939/

Rua da Quitanda Edifício Sulacap Banco Transatlântico


Construção: séc. XVII
Rua da Alfândega, 41 Rua da Alfândega, 42
Construção: 1936 Construção: 1926
Estilo arquitetônico: Art Deco Estilo arquitetônico: Eclético
Projeto: Robert R. Prentice Projeto: L.Riedlinger

Ruas estreitas, dos tempos coloniais, abrigava até há Edifício pertencente a Sul América Capitalizações S.A. É considerado um dos edifícios mais luxuoso do Rio de
tempos recentes, o coração financeiro do Brasil. possui linhas sóbrias e elegantes. Sua volumetria é Janeiro de sua época. Todo material utilizado foi
Segundo Melo Morais, o nome da rua deve-se à quitanda definida pelo ritmo de suas aberturas, que,em grande importado,como por exemplo: o ferro fundido e o bronze
de mariscos e outras comidas existentes na esquina da número, anulam a presença das paredes externas. A utilizados em suas pesadas portas, além dos vitrais e
Rua da Alfândega. Entre a rua do Ouvidor e a Rua do fachada do prédio é revestida em mármore travertino e mármore carrara.
Hospício havia o "Canto dos Meirinhos", citados nas o acesso, emoldurado por pórticos em granito marrom,é O edifício guarda histórias interessantes da segunda
"Memórias de Um Sargento de Milícias". A esquina com fechado por portões de caprichosa serralheria artística. guerra mundial. Dizem que em seus cofres Panzer (só
a Rua do Ouvidor era o "Canto do Tabaqueiro", quando haviam três iguais em todo mundo), que alemães e
nela prosperava o comércio de tabaco. Em 1888 deixou empresas de mesma nacionalidade guardavam, para o
de ser oficialmente Rua da Quitanda para tornar-se João posterior envio clandestino, ouro e pedraria, com a
Alfredo, o chefe do gabinete que obteve do Parlamento finalidade de abastecer as máquinas de guerra alemã.
a Lei Áurea. Entretanto a denominação não foi aceita Com a entrada do Brasil na guerra, o banco foi liquidado
pelo povo e o nome da rua passou a ser, novamente, e o prédio espoliado pelo governo brasileiro, como
Quitanda. outras propriedades e entidades germânicas e italianas.
Havia, na Rua da Quitanda e em ruas próximas , várias O pedido de tombamento do antigo banco foi feito em
sedes de bancos nacionais e estrangeiros. Como 1997.
exemplo pode-se citar a construção do edifício-sede do
Banco Alemão Transatlântico que foi concluída em1926.
Era mais um banco estrangeiro que vinha se juntar aos
já existentes nas Ruas da Alfândega e Quitanda. A
concentração de estabelecimentos bancários
estrangeiros nessa área naquela época justificava-se por
três razões: a proximidade com as instalações
portuárias do Rio, por onde fluía a exportação de café; a
vizinhança com o Banco do Brasil, na época situado na 24
Travessa Candelária; e os vultuosos empréstimos do
exterior.
Com a mudança do centro financeiro para São Paulo
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Fonte:
Fonte: literaturaeriodejaneiro.blogspot.com/ Fonte: www.flickr.com/photos/ http://www.copacabanadetoledo.blogger.com.br/2006_09_01_archive.ht Fonte: http://www.skyscrapercity.com/
Fonte: http://skyscraperpage.com/cities
ml

claudiolara/476792639/ showthread.php?t=278746 ?buildingID=16289

Igreja de N. Senhora Mãe dos Avenida Rio Branco (antiga Manhattan Tower
Homens Av. Central) Av. Rio Branco, 89
Construção: 1992
Rua da Alfândega, 54 O Rio de janeiro na época da república ainda conservava
Construção:1904 Estilo arquitetônico: Contemporâneo
em parte da sua malha viária características coloniais. A Projeto: Edmundo Musa
Construção: 1758 – 1803
grande concentração de pessoas no centro aliada a esse
Estilo arquitetônico: Colonial
traçado colonial propiciava a disseminação de doenças
Projeto: Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim
A igreja teve origem num oratório colocado na esquina como febre amarela e varíola. Está implantado em uma quadra inteira, possuindo 18
de uma rua próxima ao local onde foi construída. Com o É nesse contexto que o engenheiro Pereira Passos mil metros quadrados de espaço locável distribuídos em
aumento do número de devotos foi autorizada a projeta a Avenida Central seguindo os propósitos de oito andares, onde trabalham atualmente duas mil
fundação de um sodalício, em 1758. Decidiram os modernização da cidade a partir das idéias européias. A pessoas. A edificação possui muitos prismas de
irmãos procurar um terreno para erguer a capela e o via surge a partir da demolição de 641 casas, ventilação e espaços vazios. O prédio foi recentemente
encontraram na Rua da Alfândega. A primeira capela foi desalojando quase 3900 pessoas. tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
aí erigida em 1758. Documentos encontrados em A conclusão da avenida deixava lado a lado dois Artístico Nacional e passa atualmente por reformulações
arquivos atestam que os trabalhos de cantaria e cilharia contrapontos, a modernidade que nela transitava e se que incluem restauração das fachadas, instalação de ar
da atual igreja datam de 1779. Concluída em 1803, as erguia, com seus automóveis e lojas chiques; e a cidade condicionado central e modernização das instalações
obras foram paralisadas durante alguns anos e velha que a circundava, com seu velho casario, ruas elétricas e hidráulicas.
continuaram no correr do século XIX. Na igreja a talha estreitas e hábitos a corrigir. A nova configuração dos
foi executada no século XIX, por Antônio Pádua e Castro. terrenos ao longo da Avenida permitiu a construção de
O arcaz da sacristia é parte de um antigo arcaz grandes edifícios de cunho comercial, principalmente
beneditino executado por frei Domingos da Conceição. bancos ligados as atividades de importação e
Essa igreja é o último exemplo de planta octogonal do exportação pelo porto.
período colonial, associando em sua composição Com a morte do Barão de Rio Branco em 10 de fevereiro
elementos característicos das igrejas de nave de 1912, passou a ser denominada a Av. Central de
retangular, como a fachada plana de corpo central Avenida Rio Branco. Assim como seu nome original
ladeado por torres e corredores laterais. Sua nave durou pouco tempo, a estrutura da própria aos poucos
coberta por cúpula com quatro lunetas está inserida em também começava a sofrer alterações. Os ideais
construção de contorno retangular condicionada pela europeus que eram símbolo de modernidade a época da
forma do lote. inauguração aos poucos eram substituídos pelo
pensamento de construção de torres norte americano,
que ia se infiltrando no Brasil, principalmente após a 1°
Guerra Mundial. Os últimos 40 anos da avenida foram 25
sem dúvida muito menos intenso do ponto de vista
arquitetônico do que os anos 40 e 50. Apesar disso, a
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Fonte: http://picasaweb.google.com/lh/photo/Zvpntw8fLwypyzrTXky2NQ
Rua do Ouvidor
Construção: séc. XVI
Fonte: Guia da Arquitetura Moderna no Rio de Janeiro
Fonte: www.marcillio.com/rio/encerbes.html Fonte: www.flickr.com/photos/ Entre os anos de 1568 e o de 1572 alguns colonos abriram à
Edifício Leonel Miranda pouca distância do começo da rua que se denominou Direita
rosamar/2194834536 uma entrada em ângulo reto com ela. Chamaram-na Desvio do
Rua do Ouvidor, 101 Mar e foi ali aumentando logo o número de residências. O
Construção: 1969 Desvio teve por primeiros moradores gente pobre; peões que
Estilo arquitetônico: Modernista exerciam misteres, operários, e um cirurgião que era barbeiro
Igreja de Nossa Senhora da Projeto: Paulo Case dos nobres.
Com a vinda da Família Real para o Brasil adquiriu luxo e
Conceição e Boa Morte importância, a ponto de vir a ser comparada com a Rua Viviene,
Rua do Rosário, esquina com Av. de Paris, e logo em 1809 a Rua do Ouvidor; como todas as
outras da cidade, melhorou muito o aspecto de suas casas.
Rio Branco O Palácio do Comércio representa um marco na história
e cultura do Rio de Janeiro.O conjunto arquitetônico foi
No ano de 1808 negociantes da Inglaterra interessaram-se na
Construção: 1735 exportação de mercadorias para a cidade do Rio de Janeiro, e
tombado provisoriamente pela prefeitura do Rio
Estilo arquitetônico: Colonial outras principais do Brasil, sendo a Rua do Ouvidor, a primeira
(Decreto nº 18.837), em 2000, como patrimônio cultural
Projeto: Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim do Rio de Janeiro a ter casas ou estabelecimentos de
da cidade.
negociantes ingleses, lojas de louça, de fazendas ou panos
No local existiu uma ermida ou hospício, demolida para Sendo um dos poucos exemplares de Art Deco deixados
tecidos, e enfim, de comércio de importação e de exportação
a construção da igreja em 1735, que ficou conhecida pelo Frances Henri Sajous, o edifício possui três
de gêneros recebidos da Inglaterra e mandados do Brasil.
como Igreja do Hospício. A cerimônia de lançamento da fachadas assentadas sobre base de granito da tijuca,
Tempos mais tarde os franceses chegariam também.
pedra fundamental da igreja ocorreu em 25 de março de arenito de ipanema,seis pilares de sustentação, bem
Muitas inovações chegaram primeiro à Rua do Ouvidor. Lá foi
1735, mas as obras foram feitas lentamente. A causa como os quatro de cada fachada lateral executadas em
instalado o primeiro telefone, e surgiu a primeira vitrine, o
principal dessa lentidão foi o desentendimento entre a mármore travertino italiano.
primeiro cinema e a primeira linha de bonde regular da cidade.
Ordem de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Nota-se a complexa articulação de seu volume e escala,
Em 1829 recebeu calçamento, sendo proibido o tráfego de
Pardos e a Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte. além expressiva marcação vertical e arrojado balanço
veículos e foi calçada de paralelepípedos em 1857. Foi a
Finalmente, em 09 de março de 1820, ocorreu a das esquinas.O seu hall de acesso possui altura tripla e
primeira a receber a iluminação a gás, em 1860, substituindo a
pacificação, e as duas irmandades se reuniram sob a abriga os murais em baixo relevo de A. Freyhoffer, que
de azeite feita em 1854, e em 1891 recebeu a iluminação
denominação de Venerável Ordem Terceira de Nossa retratam atividades produtivas e comerciais.
elétrica. Nela se instalaram muitos jornais como, por exemplo, o
Senhora da Conceição e Boa Morte. O edifício pertence Associação Comercial do Rio de
Jornal do Comércio, A Nação, o Diário de Notícias, O País, a
Embora situada em um estreito lote inserido na malha Janeiro , a qual lançou em 2007 o projeto de restauração
Gazeta de Notícias, o Correio da Manhã, enre outros.
urbana colonial, destaca-se pela complexidade de seu das fachadas com a finalidade de preservar esse
O nome Ouvidor surgiu naturalmente, adotado pelo povo, como
espaço interno com três naves que simulam a monumento e restabelecer os traços originais de Sajous,
conseqüência do fato de nessa rua ter moradia, próximo à
ocorrência de transepto e pela existência de uma cúpula prejudicados por intervenções ao longo dos anos.
esquina com a Rua da Quitanda, o Ouvidor Dr. Manuel Pena de
octogonal. Junto à cúpula conjugam-se abóbadas de Mesquita Pinto. A partir daí os nomes antigos começaram a
berço executadas em alvenaria, distanciando-se do desaparecer.
modelo tradicional de nave única retangular. A abertura da Avenida Rio Branco, nos primeiros anos deste
26
século, veio destronar a Rua do Ouvidor de sua condição de
principal artéria do centro da cidade, que manteve por quase
90 anos, mas ainda hoje é uma das mais conhecidas ruas
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1 2 3

Fonte: Guia da Arquitetura Moderna no Rio de Janeiro Fonte: Guia da Arquitetura Moderna no Rio de Janeiro
Fonte: www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=562793

Edifício Conde Pereira Edifício Edison Passos Edifício Guinle


Carneiro Av. Rio Branco, 124 Av. Rio Branco, 135
Construção: 1928
Av. Rio Branco, 110 Construção: 1946
Estilo arquitetônico: Modernista
Estilo arquitetônico: Art Deco
Projeto: Gusmão, Dourado e Baldassini Ltda.
Construção:1973 Projeto: Jacques Pilon
Estilo arquitetônico: Modernista
Projeto:Edison Musa e Edmundo Musa
Está implantado em uma quadra inteira, possuindo 18
Edifício comercial de 41 pavimentos, um dos maiores do O extenso programa do edifício exigiu ampliação do
mil metros quadrados de espaço locável distribuídos em
Brasil, que se beneficiou na época de mudança na terreno através da compra de um lote contíguo, à Rua 7
oito andares, onde trabalham atualmente duas mil
legislação, ampliando o gabarito da área. No local, de Setembro e, para escolha do projeto, foi realizado
pessoas. A edificação possui muitos prismas de
existia anteriormente o edifício-sede do Jornal do Brasil, concurso do qual participaram vários arquitetos.
ventilação e espaços vazios. O prédio foi recentemente
obra eclética do arquiteto Renè Barda pertencente à A estrutura independente libera a fachada, que é
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
ambiência original da Av. Central, atual Av. Rio Branco. modulada e se caracteriza por brises horizontais móveis
Artístico Nacional e passa atualmente por reformulações
Os arquitetos procuram uma solução que concentrasse dispostos na parte superior e inferior das janelas, sem
que incluem restauração das fachadas, instalação de ar
no topo da edificação a maior área construída possível. prejudicar assim a visão sobre a avenida. O Clube de
condicionado central e modernização das instalações
Por esse motivo a fachada avança progressivamente em Engenharia ocupa os sete pavimentos superiores,
elétricas e hidráulicas.
quatro planos, à medida que se aproxima da cobertura. evidenciados por recuo na fachada e, no coroamento do
Este recurso proporciona, por outro lado, correção ótica, edifício localiza-se o auditório. A marquise sobre o
assegurando ao pedestre uma perspectiva menos acesso funciona como um marco de identificação para o
esmagadora. A solução construtiva é clara e sóbria, com transeunte, destacando o prédio da seqüência de
utilização de estrutura em concreto aparente, pilares construções que hoje povoa a via.
contínuos na fachada e vedação em cortina de vidro
fumê.

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REGIÃO 3

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Fonte: Guia da Arquitetura Moderna no Rio de Janeiro Fonte: flickr.com/photos/24403192@N00/140880724/


Fonte: www.marcillio.com/rio/encerbe1.html

Edifício Avenida Central Edifício-Sede do Banco do


Rua 7 de Setembro
Av. Rio Branco, 156, esquina Estado do Rio de Janeiro
Construção: séc. XVI - XVII
com Rua São José Av. Nilo Peçanha, 175, esquina
Construção: 1957
Estilo arquitetônico: Modernista com Rua México
Projeto: Henrique E. Mindlin Construção: 1963
Estilo arquitetônico: Modernista
Em meados do século XVII, por volta de 1646, tendo a O Edifício Avenida Central representou um grande Projeto: Henrique E. Mindlin, Giancarlo Palanti, Walter
vala que escoava a água da Lagoa de Santo Antônio se projeto da nova arquitetura racionalista-funcionalista, L. Morrison, Walmyr Lima Amaral e Marc D.
tornado insuficiente, foi construído um conduto de pedra tendo inspiração nos arranha-céus de Mies van der Foundoukas
e cal, chamado "o cano" como derivação da vala, pela Rohe. Com seus 34 andares o prédio tornou-se uma
referência absoluta na paisagem urbana do Rio de O projeto buscou atender às necessidades funcionais do
Câmara Municipal, quando a cidade era governada por
Janeiro nos anos 60 e 70, abrigando diversas lojas, programa e caracterizar a posição de destaque que a instituição
Duarte Correia Vasqueanes. O cano seguia em linha reta
consultórios, escritórios e diferentes modalidades de assumia a partir daquele momento na economia do recém-
até o Terreiro do Carmo, hoje Praça XV de Novembro,
serviço. Iniciou a transformação espacial da Av. Rio criado Estado da Guanabara. Daí sua denominação original ser
para escoar as águas em excesso. O traçado deu origem
Branco, antes definida pelo contínuo edificado do Plano BEG – Banco do Estado da Guanabara. A solução imponente
a uma via de trânsito que até meados do século XIX, se
Pereira Passos. Na época da construção, o edifício baseia-se numa extrema racionalização dos espaços e da
chamou Rua do Cano e em 1856 veio a chamar-se Rua
distinguiu-se por uma série de características construção. No fundo do terreno concentram-se as áreas de
Sete de Setembro.
peculiares, não só ao projeto arquitetônico mas serviço, torres de infra-estrutura e elevadores que, articulados
O cano inicialmente chegava até aos muros do
sobretudo à técnica construtiva e equipamentos com dois grandes pilares frontais e com as vigas periféricas,
Convento do Carmo, aí era desviado e passava por
utilizados. A opção pela estrutura mista – pilares e vigas definem o sistema estrutural que caracteriza o edifício. Esta
baixo do Convento e o caminho terminava na Rua do
em aço e lajes em concreto armado – estabeleceu ritmo solução permitiu o arranjo em planta de um grande salão, com
Carmo. Em 1853, foi demolida a Capela do Senhor dos
industrial à obra, concluída em menos de dois anos. O frente para as três ruas que circundam o terreno, livre de
Passos e os muros do Convento para que a rua pudesse
sistema construtivo em aço deu também o primeiro qualquer apoio ou divisão, proporcionando grande flexibilidade
seguir até o Largo do Paço. A partir do Governo de
passo para uma alternativa diversa ao concreto armado, na organização espacial. É um dos prédios mais altos do Brasil.
Gomes Freire de Andrada, o cano passou a ser utilizado
para levar água do Chafariz da Carioca ao Chafariz do característico da cultura modernista no Brasil. Entre os
Largo do Paço. Só veio a perder seu aspecto de viela em diversos equipamentos e sistemas pioneiros utilizados,
1902, na modernização da cidade realizada pelo Prefeito destacam-se os primeiros elevadores com comando
Pereira Passos. eletrônico, sistema central de ar condicionado e sistema
pneumático de distribuição de água. É um dos prédios
mais altos do Brasil.
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Fonte: flickr.com/photos/24403192@N00/14088075/
Fonte: www.marcillio.com/rio/encerbe1.html

Edifícios Castelo. Raldia e Centro Cândido Mendes


Nilomex Rua Assembléia, 10, esquina
Av. Nilo Peçanha, 119, 151, 155 com Rua 1° de Março
Construção: 1930 Construção: 1977
Estilo arquitetônico: Art Deco Estilo arquitetônico: Modernista
Projeto: Robert R. Prentice Projeto: Harry Cole

Esse conjunto arquitetônico formado pelos três edifícios A liberação do gabarito em alguns pontos centrais veio
foi projetado por Robert R. Prentice segundo as prejudicar seriamente o equilíbrio da área, ao permitir a
diretrizes do plano agache (1928-1930): gabarito de 8 criação de edificações de grande porte que assumem
pavimentos (2 recuados), galerias cobertas para destaque exagerado na paisagem urbana. Como é o
pedestres, passagens e pátios internos coletivos. caso deste edifício, que estabelece uma relação
Contudo a unidade arquitetônica foi prejudicada pela conflituosa com os monumentos vizinhos, muitos do
alteração da legislação em 1935 que estabeleceu novas período colonial. O projeto, no entanto, apresenta
alturas para o local. Alteração impôs um acréscimo de qualidades em sua solução espacial e nos detalhes
mais 3 pavimentos ao Edifício Raldia, comprometendo a arquitetônicos. O programa do edifício inclui lojas, salas
proporção do conjunto. Os elementos de destaque deste comerciais, centro universitário e heliporto. O prédio,
conjunto são a torre semi-circular com mirante, que com estrutura de concreto armado, consiste numa
demarca a esquina, e os motivos ornamentais do lâmina vertical com 42 pavimentos e planta em “H”
coroamento. tratados externamente com uma cortina de vidro fumê,
sobre embasamento em concreto aparente onde se
localizam os subsolos. O conjunto, que totaliza 95 mil
metros quadrados, incorpora os mais sofisticados
recursos de comunicação, segurança, climatização e
combate a incêndio. É um dos prédios mais altos do
Brasil.
DE VOLTA À PRAÇA XV

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5.Referências Bibliográficas:

Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores. Disponível em:


<www.flickr.com/photos/97042891@N00/43622560>. Acesso em: 02 maio 2009.
 
BRASIL. Ministério das Cidades. Antigos prédios corporativos ganham cara nova no Rio.
Disponível em: <www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/programas-
urbanos/Imprensa/reabilitacao-de-areas-urbanas-centrais/noticias-2008/julho/antigos-predios-
corporativos-ganham-cara-nova-no-rio/>. Acesso em: 25 abril 2009.
 
Edifício SulAmérica. Disponível em: <www.panoramio.com//photo/559210>. Acesso em: 25
abril 2009.
 
Praça XV de Novembro. Disponível em:
<pt.wikipedia.org/wiki/Pra%C3%A7a_Quinze_de_Novembro_(Rio_de_Janeiro)>. Acesso em: 25
abril 2009.
 
Chafariz do Mestre Valentin. Disponível em: <www.marcillio.com/rio/enceprqu.html>. Acesso
em 25 abril 2009.
 
Arco do Teles e Casa na Praça XV. Disponível em: <www.marcillio.com/rio/enceprqu.html>.
Acesso em: 25 abril 2009.
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Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Disponível em:
<pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Monte_do_Carmo>. Acesso em:
25 abril 2009.
 
Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo (Ordem Terceira). Disponível em:
<www.marcillio.com/rio/enceprqu.html>. Acesso em: 25 abril 2009.
 
Igreja de São José. Disponível em: <www.marcillio.com/rio/enceprqu.html>. Acesso
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Casa na Praça XV (Antigo Convento do Carmo). Disponível em:
<pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rio-CarmoConvent.JPG>. Acesso em: 25 abril 2009.
 
Paço Imperial. Disponível em: <www.revistatemalivre.com/paco12.html>. Acesso
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Estação das Barcas. Disponível em:
<www.flickr.com/photos/claudiolara/40917168/>. Acesso em 25 abril 2009.
 
Palácio Tiradentes. Disponível em: <www.marcillio.com/rio/enceprqu.html>. Acesso
em 25 abril 2009.
 
Bolsa de Valores. Disponível em: <www.marcillio.com/rio/enceprqu.html>. Acesso
em: 25 abril 2009.
 
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Rio de Janeiro. Guia da Arquitetura Colonial, Neoclássica e Romântica no Rio
de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2001.
 
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Centro de Arquitetura e Urbanismo do
Rio de Janeiro. Guia da Arquitetura Eclética no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
Casa da Palavra, 2001.
 
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Centro de Arquitetura e Urbanismo do
Rio de Janeiro. Guia da Arquitetura Moderna no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
Casa da Palavra, 2001.
 
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Centro de Arquitetura e Urbanismo do
Rio de Janeiro. Guia da Arquitetura Art Deco no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
Casa da Palavra, 2001.
 
XAVIER, Alberto; BRITTO, Alfredo; NOBRE, Ana Luiza. Arquitetura Moderna no Rio
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CARVALHO, Ney O. R. Apostila andando pelo Rio - Praça XV de Novembro e
arredores. Rio de Janeiro: Bolsa do Rio, 2000.

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