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História da Arte.....................................5
• Fotografia 6 • Expressionismo Abstrato 29
• Impressionismo 7 • Pop Art 30
• Neo-Impressionismo 9 • Arte Cinética e Op Art 31
• Pós-Impressionismo 10 • Muralismo 33
• Nabis 10 • Modernismo Brasileiro 34
• Art Nouveau 11 • Grupo Santa Helena 36
• Simbolismo 12 • Concretismo e Neo-Concretismo 37
• Expressionismo 13 • Informalismo 39
• Die Brücke 14 • Arte Contemporânea 40
• Fauvismo 15 • Arte Conceitual 41
• Cubismo 16 • Body Art 42
• Futurismo 17 • Instalação 43
• Orfismo 18 • Hiper-Realismo 44
• Der Blaue Reiter 19 • Video Arte 45
• Vanguarda Russa 20 • Sound Art 45
• Pintura Metafísica 22 • Site-Specific 46
• Dada 23 • Earth Art 46
• De Stijl 24 • Minimalismo 47
• Art Déco 25 • Performance 47
• Bauhaus 26 • Neo-Expressionismo 48
• Ècole de Paris 27 • Arte Contemporânea - Infos Adicionais 49
• Surrealismo 28 • Arte Contemporânea Brasileira 50
Desenho de Criação................................53
Desenho de Observação...........................61
Autores
Marília Carvalho • uiu cavalheiro • Tamara Takaoka • Lis Morila
Leonardo Matsuhei • Edison Eugênio
Verônica Gelesson • Laiz Hiromi • Wagner Linares • Verônica Sayuri
Rebeca Alcântara
Diagramação
Lucas Fiacadori
HISTÓRIA DA ARTE
Introdução
Para começar a estudar a tal Arte Moderna exigida bom gosto burguês ao exibir sua tela A Origem do
nos vestibulares é bom entender em quais circuns- Mundo, de 1886, que tem da mulher uma acepção
tâncias e como essa modernidade chegou até nós. de mulher real que não consistia na formosura, gra-
Trataremos a seguir do contexto em que se inaugura ça ou exotismo da mulher ideal do Romantismo.
o rompimento com a tradição na arte e dos fatores Até aí o mundo já não era mais o mesmo do co-
que colaboraram com isso. meço do século. A relação com outras culturas e
O século XIX foi marcado pela Revolução Industrial as exigências determinadas pelas novas tecnologias
e pelas novas descobertas da ciência, que propor- fazem o novo se impor não como uma novidade,
cionaram ao mundo e, mais precisamente às eco- mas como uma necessidade de um mundo que
nomias capitalistas européias, uma nova onda de quer ser, a todo custo, moderno. Essa necessida-
progresso e anseio pelo moderno, antes inimaginá- de vai, segundo o crítico de arte Mário Pedrosa,
vel. A burguesia industrial se consolida no poder e, culminar na “(...) proclamação da autonomia do
de classe revolucionária passa a ser tradição, estabe- fenômeno artístico, até então forçado a servir e a
lecendo uma nova cultura romântica feita para eno- subordinar-se a imposições de forças, interesses e
brecer os bons sentimentos. fins extrínsecos. Ela recusa-se a continuar serva da
Uma vez industrializadas, essas economias, essen- religião, do Estado, das do rei, dos príncipes, dos
cialmente urbanas, adquiriram autonomia para a nobres e, finalmente dos ricos”.
consolidação dos estados nacionais, gerando radi- A modernidade instala-se definitivamente e, inerente
cais transformações em sua estrutura social e, con- a ela, o caráter efêmero das novidades, das neces-
seqüentemente, novas necessidades. sidades, das imagens e tendências, das vanguardas
O período correspondia a uma nova expansão do artísticos caracterizadas durante a maior parte do sé-
sistema capitalista representada na disputa por novos culo XX pelos “ismos”. O modernismo foi uma rea-
mercados consumidores e mão-de-obra barata. Esse ção radical ao valor associado ao passado em favor
processo, o Neocolonialismo, foi caracterizado pela da valorização do que era considerado “ultrapassado”,
dependência econômica e dominação política das no sentido de voltar-se para o primitivismo outrora
potências capitalistas sobre os povos tidos como atra- desprezado pela alta cultura e tem na Arte Moderna
sados, por não terem atingido as revoluções tecnoló- o reflexo da crise trazida pela industrialização.
gicas que configuravam o mundo moderno.
Já no plano das ideias e das artes, esse contato, até
então inédito, com consciências ainda não contami-
nadas pelo capitalismo industrial (em geral caso dos
povos africanos, asiáticos e latino americanos) signi-
ficou a descoberta de novas formas de expressão e
novos valores, independentes e não domesticadas
pela cultura burguesa e pela economia industrial.
Os primeiros indícios de ruptura com os temas no-
bres e clássicos acontecem quando o Realismo in-
troduz em suas obras figuras até então rejeitadas,
negando-se a enfeitar e idealizar o mundo como fa-
ziam os românticos. Gustave Coubert, por exemplo,
foi um dos primeiros a balançar as bases estáveis do
História da Arte 5
FOTOGRAFIA
Seja para fins históricos ou para fins artísticos, a O argumento de que a fotografia reproduz a reali-
necessidade de fixação de um momento em um dade tal como ela é não foi sustentado por muito
suporte externo sempre foi algo existente. A fotogra- tempo, já que esta realidade expressa pela foto-
fia é fruto de dez anos de experiências de Joseph grafia é direcionada pelo olhar do fotógrafo, assim
Nicéphore Niépce que, em pleno desenvolvimento como o artista direciona sua pintura para o que lhe
industrial em 1826, conseguiu reproduzir e fixar a atrai ou convém. “Só surgirá uma fotografia de alto
vista descortinada da janela do sótão de sua casa, nível estético quando os fotógrafos, deixando de se
em Chalons-sur-Saône atravéz da ação direta da luz. envergonharem por serem fotógrafos e não pinto-
Outros experimentos importantes que justificam a res, cessarem de pedir à pintura que tornem a fo-
revolução que a fotografia causou no final do sé- tografia artística e buscarem fonte do valor estético
culo XIX foram os de Eadweard Muybridge que fez na estruturalidade intrínseca à sua própria técnica.”
dezenas de fotografias do movimento dos corpos (ARGAN, 1992). É, porém, inegável que a fotografia
no espaço-tempo, como por exemplo as fotos se- tenha trazido consigo uma revolução no modo de
qüenciadas que fez do galopar de um cavalo, des- pensar o fazer artístico, influenciando vários movi-
mitificando e questionando o modo como isso era mentos estéticos a partir de então.
representado em pinturas anteriores, trazendo à
tona perguntas como “o que é a realidade e como
a representamos fielmente?”.
Criou-se então uma barreira na relação entre as
novas técnicas industriais e as tradicionais técnicas
artísticas. Os pintores, a quem antes cabia retratar
a vida que os rodeava, tiveram seu posto substi-
tuído pelo fotógrafo, que retratava mecanicamente
o mesmo mundo, mas com fidelidade absoluta e
muito mais rapidamente.
Diante dessas questões, a pintura teve de se rein-
ventar como uma arte não necessariamente re-
tratista. Os impressionistas tentam acompanhar a
fotografia no uso da cor, na instantaneidade, etc. Já
a corrente simbolista passa a encarar a arte como Nicéphore Niépce, Vista da Janela em Le Gras, 1826
um bem espiritual e insubstituível, recusando rela-
ções, mas reconhecendo que a fotografia supera
a pintura quanto á representação do verdadeiro.
Mais tarde, com os avanços científicos e dos es-
tudos sobre ótica, contribuíram com o desenvol-
vimento do Pontilhismo, que partiam do princípio
dos pequenos pontos que nunca se fundem e que
formam as imagens, mas que reagem uns aos ou-
tros em função do olhar à distância.
6 História da Arte
IMPRESSIONISMO
Principais nomes
Claude Monet, Edgar Degas, Pierre-Auguste Renoir,
Camile Pissaro, Auguste Rodin, Edouard Manet, Claude Monet, A Canoa Sobre O Epté,1890.
Paul Cézanne.
8 História da Arte
NEO-IMPRESSIONISMO
Pontilhismo, Divisionismo, Cromoluminarismo
Contextualização
O fim do século XIX é marcado pela industriali-
zação crescente e desenvolvimento científico. A
corrente filosófica positivista ganhava popularida-
de, sustentando a ideia de progresso e da ciência
baseada apenas no mundo material. Sofre influên-
cia das novas descobertas científicas, principalmente
no campo da ótica. Nas artes, dos pintores franceses
Jean-Antoine Watteau e Eugène Delacroix.
Opunha-se à visão mais romântica e espontânea do
Impressionismo, sendo ao mesmo tempo um desen-
Paul Signac, Retrato de Félix Feneon, 1890
volvimento e uma crítica a esse movimento, tendo
a intenção de superá-lo, no sentido de dar um fun-
damento científico ao processo visual e operacional
da pintura. Também ia de encontro ao espiritualismo
característico dos simbolistas.
Exerce influência sobre Van Gogh e Gauguin, além de
abrirem caminho para a pesquisa ótica nas artes e, nes-
se sentido, para a Op Art e a Arte Cinética. A obra de
Signac é retomada pelo Fauvismo e pelo Raionismo.
Características
Trata-se de dividir as cores em seus componentes fun-
damentais. As inúmeras pinceladas regulares de cores
puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar
do observador e, com isso, recupera-se sua unida- Georges-Pierre Seurat, Banhistas Em Asnières, 1884
de, longe das misturas feitas na paleta. A sensação
de vibração e luminosidade decorre da “mistura óti-
ca” obtida pelos pequenos pontos de cor de tamanho
uniforme que nunca se fundem, mas que reagem uns
aos outros em função do olhar à distância
Quanto à temática, é comum a vida urbana, o lazer
e paisagens marítimas.
Principais nomes
Georges Seurat e Paul Signac. Brasil: Eliseu Visconti,
Belmiro de Almeida.
História da Arte 9
PÓS-IMPRESSIONISMO NABIS
10 História da Arte
ART NOUVEAU
Jugendstil, Arte Nova, Modern Style, Liberty, Stilo Floreale
Características
Valorização das artes aplicadas: arquitetura, artes
decorativas, design, artes gráficas, mobiliário, joa-
lheria e outras, colocando a “arte nova” ao alcance
de todos, pela articulação estreita entre arte e in-
dústria, como no movimento social e estético inglês
Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834
- 1896), e que está nas origens do Art Nouveau.
A fonte de inspiração primeira dos artistas é a na-
tureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores
Alfons Mucha, A Fruta, 1897
e animais. Arabescos e as curvas, complementados
pelos tons frios.
História da Arte 11
SIMBOLISMO
Decadentismo
Ideologia
Aprofundar-se no “eu” interior, no inconsciente
e na sua representação. Tenta mostrar o que se
passa dentro do artista e suas reais intenções. Re-
presenta os elementos e personagens através de
ideias subjetivas, sem tornar óbvia a interpretação
através apenas da aparência externa.
Características
Temas místicos e alegóricos, sonhos, visões, o oculto,
o erótico e o perverso, morte e doença, com ob- Paul Sérusier, Solidão, 1891
jetivo de criar um impacto psicológico. Propõe a
expressão de ideias através de formas, símbolos sin-
téticos metodicamente compreensíveis.
Alcança todos os campos da arte, principalmente a
literatura e a pintura, os Simbolistas foram os primei-
ros a declarar que o mundo interior do artista seria
um tema mais apropriado à arte que a aparência
externa das coisas. Utilizam símbolos para evocar
emoções e criar imagens do imagens do irracional.
12 História da Arte
EXPRESSIONISMO
Contextualização
Com ênfase na emoção subjetiva e na defesa de uma
poética sensível à expressão do irracional, dos impul-
sos e paixões individuais, encontram suas raízes no
pós-impressionismo de Van Gogh e Paul Gauguin, no
Simbolismo, na Art Noveau e especialmente em Gus-
tav Klimt. Na Alemanha a principal precursora do ex-
pressionismo foi Paula Modersohn-Becker, que fazia
uso simbólico das cores e dos padrões.
O Expressionismo se opõe ao caráter essencial-
mente visual desenvolvido pelos impressionistas,
adotando uma atitude subjetiva e muitas vezes até
agressiva com relação à realidade. Enquanto o Im-
pressionismo se empenhava em captar a luz e o
movimento, o Expressionismo acontece de dentro
para fora, trazendo à tona as emoções, angústias e
pontos de vista do artista.
A eliminação do papel descritivo da arte, a exaltação
Edvard Munch, O Grito, 1893
da imaginação do artista e a ampliação dos poderes
expressivos da cor, linha e forma influenciaram mui-
tas manifestações artísticas que vieram em seguida e
até a contemporaneidade.
Ideologia
Representar uma visão subjetiva, através do uso da
cor e da linha. Ao invés de registrar uma impressão
do mundo exterior, o artista deve o efeito de seu
próprio temperamento sobre sua visão de mundo.
Características
Uso de cores simbólicas, imagística exagerada e
intensa. Uma característica das manifestações ale-
mãs do Expressionismo é que em geral apresentam
uma visão sombria da humanidade. Egon Schiele, Mulher Deitada Com Meias Verdes, 1917
História da Arte 13
DIE BRÜCKE
“A Ponte”
Ideologia
Acreditavam que por meio da pintura poderiam
criam um mundo melhor para todos, viam a arte
como um dever social, um trabalho criativo em
oposição ao trabalho industrial alienante que defor-
ma a sociedade. Valorizavam a cultura das classes
trabalhadoras em detrimento da cultura erudita.
Características
Sobretudo as xilogravuras, apresentam uma visão
intensa, muitas vezes angustiante, do mundo con-
temporâneo. Utilizavam linhas rígidas e angulosas e
cores violentas sem preocupação com a verossimi-
lhança, mas com os significados (mais preocupados Emil Nolde, O Profeta, 1912
com o significado delas do que com a verossimilhan-
ça). A distorção e deformação das formas reafirmam
a postura pessimista do movimento com relação à
vida, constituindo a primeira “poética do feio”, que
14 História da Arte
FAUVISMO
fovismo
História da Arte 15
CUBISMO
Ideologia
A representação da profundidade sobre uma super-
fície plana sempre foi um entrave paradoxal dentro
da pintura. Ao tentar planificar todas as faces de um
objeto, o Cubismo busca uma nova forma de ex-
plorar esse paradoxo sem, entretanto, encobri-lo. Os
cubistas não se propunham a abolir a representação,
o que pretendiam era reformá-la, recusando a idéia
de arte como imitação da natureza. Pensavam em
construir e não em copiar algo.
Essa maneira de se representar implicava porém no
emprego de formas razoavelmente conhecidas para
que fosse possível a compreensão da relação entre
as partes e, conseqüentemente, na preservação de
referências ao mundo objetivo. Este foi o alvo das
Pablo Picasso, O Beijo, 1969
críticas mais intensas que este movimento recebeu,
principalmente por parte dos abstracionistas.
16 História da Arte
FUTURISMO
Características
Grande parte do que foi o futurismo se deve a
ideias de outros movimentos como a necessidade
de captar o movimentos e a efemeridade da luz
dos impressionistas, os recortes, planificações e
geometrizações cubistas e os estudos fotográficos
de locomoção humana e animal realizados pelo
americano Eadweard Muybridge. Para expressar
a interação entre objetos e espaço, faziam uso de
elementos geométricos, repetição e fragmentação
das figuras, compondo o que Umberto Boccioni
chamou de “abstração dinâmica”.
O movimento futurista foi basicamente um movi-
mento de manifestos, por isso está intimamente li-
gado à política, sendo que muitos dos artistas do
grupo, entre eles o próprio Marinetti, se identifi-
cavam com o fascismo por glorificarem a guerra Giacomo Balla, Dinamismo De Um Cachorro Na Coleira,
1912
como sendo “a única verdadeira higiene do mun-
do”. Anticlerical e antissocialista, exaltava a vida
moderna e industrial, cultuando a velocidade atra-
vés de meios literários e artísticos.
História da Arte 17
ORFISMO
cubismo órfico
Onde e quando
Surgido em Paris por volta de 1911.
Contextualização
O grupo parte do cubismo e dirige-se cada vez mais
à abstração, rompendo com seu movimento de ori-
gem na busca de recuperar o lirismo e a espirituali-
dade na pintura. Ao contrário da atitude intelectual
e racional dos cubistas, não seguem lógica aparente.
Por identificações ideológicas no que tange às
propriedades musicais e poder espiritual, os pinto-
res órficos se tornam aliados naturais dos expres-
sionistas alemães e os influenciam, principalmente
os integrantes da Der Blaue Reiter.
Orfismo foi um termo criado, com referência a
Orfeu, o lendário tocador de lira da mitologia
grega, pelo poeta e crítico Guillaume Apollinaire
em 1912 para descrever o que considerava um
movimento interior ao cubismo.
Sonia Delaunay, Composição Com Discos, 1938
Ideologia
Acreditavam nas propriedades musicais e espiritu-
ais de seus trabalhos. A referência a Orfeu remete
ao arquétipo do poder irracional na arte.
Características
As obras do Orfismo diferem do cubismo pela
tendência à maior fragmentação por meio da cor,
que lhes atribui um lado emocional. Além disso
utiliza formas abstratas e estruturas circulares que
trazem o movimento e o dinamismo do mundo
moderno. Isso os tornou pioneiros na abstração
da cor. Delaunay tentava atingir o que chama de
“consciência moderna”, trabalhando sem fazer es-
boços e improvisando diretamente na tela.
Principais Nomes
Robert Delaunay e sua esposa Sonia Delaunay. Tam-
Robert Delaunay, Ritmo, Alegria De Viver, 1930
bém Fernand Léger, Francis Picabia, Marcel Du-
champ e Frank Kupka, pioneiro da arte abstrata junto
com Kandinsky.
18 História da Arte
DER BLAUE REITER
“O Cavaleiro Azul”
Contextualização Características
O grupo teve inspiração nos expressionistas, mas Jamais foi objetivo dos artistas de O Cavaleiro Azul
sua principal influência se deve ao interesse pelo criar um estilo homogêneo. Suas orientações são
misticismo e pela arte primitiva, arte popular, arte fundamentalmente espirituais, que para Kandinsky
infantil e arte dos deficientes mentais. significava tudo o que não é racional e impulsiona a
Contrapõe-se ao cubismo, pois entendem que esse criação das formas ao sabor das emoções, exploran-
proponha apenas a reformulação da representação do a dimensão lírica da cor e da forma, fazendo da
e não a abolição da mesma, enfocando teorias ra- arte a expressão de uma necessidade interna.
cionalistas e, de certa forma, realistas, que precisa-
vam ser desligadas da arte. Principais Nomes
O período em que surgem antecede a Primeira Wassily Kandinsky, Franz Marc, August Macke,
Guerra Mundial. As disputas entre nações imperia- Alfred Kubin e Paul Klee.
listas já abalavam a paz e o equilíbrio europeu, e
a eclosão da Guerra levou a dissolução do grupo.
Entretanto, para além desse período, os desdobra-
mentos de suas atividades tiveram grande alcance,
eventualmente conduzindo à arte da fantasia do Sur-
realismo, Dada e Expressionismo Abstrato. Também
influenciaram a escola Bauhaus, na qual Kandinsky e
Klee lecionaram mais tarde. A principal herança des-
se movimento foi a inauguração da arte não figurativa.
Ideologia
O misticismo de Kandinsky era espiritual e analíti-
co. Ele postulou que a arte deveria ser sacramental
e defendia a liberdade do artista de escolher seu
modo de expressão, fosse ele abstrato, realista ou
qualquer combinação intermediária. Mas o gru-
po não se preocupava em ter uma formação ho-
mogênea, cabia também, por exemplo, a filosofia
panteísta de Franz Marc que combinava a crença
religiosa com um profundo sentimento em relação
aos animais e à natureza.
Em suma, acreditavam na eficácia simbólica e psi- Paul Klee, On a Motif from Hamamet, 1914
cológica das formas e das cores, não entendiam a
História da Arte 19
VANGUARDA RUSSA
Suprematismo e Construtivismo
Contextualização SUPREMATISMO
A Rússia foi um dos países que ingressou tardia-
mente no processo de industrialização e, para isso,
contou com incentivo de capital estrangeiro, prin-
Onde e quando
Surge na Rússia por volta de 1913, mas sua sistemati-
cipalmente das potências capitalistas européias.
zação teórica, só acontece em 1935, com o manifesto
Essa nova relação levou a uma ocidentalização gra- “Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o novo
dativa de diversos países, que pode ser observada realismo na pintura”, escrito por Kasimir Malevich em
através dos movimentos artísticos russos desenvol- colaboração com o poeta Vladímir Maiakóvski.
vidos no início do século XX, que herdaram prin-
cipalmente a desconstrução do espaço e do objeto
cubista e, do futurismo, a temática da cidade, do
Ideologia
Defende uma arte sem finalidades práticas e com-
movimento e da velocidade. Ao mesmo tempo em
prometida com a pura visualidade plástica, negan-
que sofriam influência das vanguardas européias,
do tanto a utilidade social da arte como a sua pura
essas novas vanguardas russas, trataram de romper esteticidade. Malevich propõe um mundo destitu-
com a arte figurativa e, conseqüentemente, com a ído de objetos, reduzindo o sujeito e o objeto a
representação formal das imagens e com qualquer uma única forma, ao “grau zero”. Esse mundo “sem
referência ao mundo objetivo, que ainda podia ser objetos” seria uma concepção proletária, já que
observado no Cubismo. implica a não propriedade das coisas e noções.
A Vanguarda Russa exerce influência na formação
do método didático da Bauhaus e também em dois Características
dos principais movimentos da arte moderna brasi- Abstração geométrica. Estuda a estrutura funcional
leira: o Concretismo e o Neoconcretismo, que sur- da imagem, buscando o significado primário dos
gem a partir da década de 50. Seu maior legado, símbolos e signos expressivos. Para Malevich, as
entretanto é a abstração, que refletia, no campo formas geométricas representavam a supremacia
das artes, a revolução social e política que a Rús- de um mundo maior que o mundo das aparências,
sia enfrentava naquele período e também sugeria sendo a linha reta a forma elementar suprema que
o triunfo oriental sobre o racionalismo ocidental, simboliza a ascendência do homem sobre as não-
uma vez que ali surgia a tendência que predomina- linearidades da natureza.
ria durante o século XX. A “Supremacia do puro sentimento”: refere-se à
Na década de 30, com o Stalinismo, a arte de van- supremacia da sensibilidade e dos sentidos sobre
guarda russa foi suprimida pelo Realismo Soviético todas as outras considerações artísticas.
e reduzida a um instrumento de propaganda políti- O Suprematismo caracteriza-se formalmente pelo
ca e divulgação cultural. uso de formas geométricas e cores puras. Ao longo
do tempo, as formas foram se tornando mais com-
plexas à medida que também se ampliava a gama
de cores, criando ilusões de espaço e movimento.
Principais nomes
Liubov Popova, Olga Rozanova, Nadezhda Udaltso-
va, Ivan Puni, Kazimir Malevich.
(cont.)
20 História da Arte
VANGUARDA RUSSA
Suprematismo e Construtivismo
(cont.)
Características
Não podia ser representativa e deveria possuir um
valor funcional e informativo, mostrando ao povo,
visualmente, a revolução em andamento e manten-
do um diálogo com os meios gráficos e fotográficos Vladimir Tátlin, Monumento À Terceira Internacional,
de comunicação. Genericamente, usavam elemen- 1919
tos geométricos, cores primárias, fotomontagens e
tipografias em suas obras.
História da Arte 21
PINTURA METAFÍSICA
Onde e quando
Ferrara, na Itália, por volta de 1913, mas foi entre
1917 e 1920 que se consolidou.
Contextualização
Simultânea à Primeira Guerra Mundial. Os filósofos
Nietzche, Schopenhauer e Weininger inspiraram as
invenções metafísicas de De Chirico. Outras influên-
cias foram a cultura clássica de Nicolas Poussin e Ca-
lude Lorrain e do romântico Caspar David Friedrich.
A Pintura Metafísica teve forte impacto no Dadaísmo
e no Surrealismo, por seu foco no universo onírico da
arte e pela aproximação de objetos díspares. Recusa
porém a temática e o nacionalismo futurista.
Características
Volta-se para uma “outra realidade” atemporal. Os ele-
mentos arquitetônicos mobilizados nas composições
(colunas, torres, praças, monumentos neoclássicos,
chaminés de fábricas) constroem, paradoxalmente,
espaços vazios e misteriosos. Figuras humanas, quan-
do presentes, carregam consigo forte sentimento de
solidão e silêncio. São meio-homens, meio-estátuas,
vistos de costas ou de muito longe. Quase não é pos-
sível ver rostos, apenas silhuetas e sombras projetadas
pelos corpos e construções. A incorporação de ele-
mentos presentes nas naturezas-mortas (luvas, bolas,
frutas, biscoitos) reforçam a idéia de deslocamento e a
sensação de irrealidade que rondam os trabalhos.
Ideologia
Os pintores metafísicos acreditavam na arte como
profecia e o artista como poeta, capaz de remover a
máscara para revelar a “verdade real” escondida nas
aparências. Para tanto, recorriam à arte transcendental.
Giorgio De Chirico, A Grande Torre, 1913
Principais nomes
Giorgio de Chirico. Carlo Carrà, Giorgio Morandi,
Alberto Savinio, Filippo de Pisis, Mario Sironi.
22 História da Arte
DADA
dadaísmo
Onde e quando
Zurique, 1916, terminando por volta de 1921.
Contextualização
O Dadá foi um movimento multidisciplinar (visuais,
teatro, poesia, etc) nascido simultaneamente em vá-
rias metrópoles do mundo, principalmente Zurique,
Nova York, Paris, Berlim, Hanover e Colônia.
O movimento se inicia como uma reação à Primeira
Guerra Mundial por jovens artistas indignados perante
a falência e hipocrisia de valores estabelecidos pela so-
ciedade. Os dadaístas eram contra as instituições políti-
cas, sociais e artísticas; essencialmente anarquistas.
Eram iconoclastas, desprezavam a história e os gran-
des heróis da arte, quebraram inúmeras tradições
e abriram caminhos para uma nova concepção de
arte. Anteciparam questões e práticas básicas do Marcel Duchamp, A Fonte, 1917
pós-modernismo, como por exemplo a Body Art, a
instalação, a performance, a arte feminista, o happe-
ning e a relação da arte e vida.
Uma das invenções dadaístas mais importantes fo-
ram os ready-mades, criados por Marcel Duchamp.
Produzir o ready-made consiste no ato de deslocar
objetos de um contexto familiar e apresentá-los como
arte. Duchamp fez ready-mades com urinol, secador
de garrafas, rodas de bicicleta, entre outros objetos.
Embora o posicionamento desse movimento não
fosse somente com relação à arte, o marco que foi
criado após a aparição de um urinol numa expo-
sição traz questionamento sobre o que é a arte e
quais são seus rumos até os dias de hoje.
Ideologia
Para as convenções da época, esses artistas beiravam
a loucura. Usavam o primitivo e o irracional para
questionar toda a razão e lógica até então formada.
Principais nomes
Marcel Duchamp, Jean (Hans) Arp, Kurt Schwitters,
Tristan Tzara, Hugo Ball, Man Ray, Francis Picabia, Man Ray, Le Violin D’ingres, 1924
Raoul Hausmann, George Grosz.
História da Arte 23
DE STIJL
Neoplasticismo
Onde e quando
Países Baixos, de 1917 a 1928.
Contextualização
De Stijl, também chamado de Neoplasticismo, foi um
movimento artístico surgido na Holanda que envol-
veu artes plásticas, arquitetura, e design. É também o
nome de uma revista onde eram publicadas as ideias,
manifestos, e pesquisas do grupo encabeçado por
Piet Mondrian, Theo van Doesburg e Gerrit Rietveld.
O grupo tinha como objetivo criar uma nova arte in-
ternacional em um espírito de paz e harmonia e um
vocabulário visual para objetivos práticos, ou seja,
o design e as artes aplicadas tinham um papel pri-
mordial no movimento. O De Stijl queria comunicar
através de seus objetos uma sociedade melhor onde Piet Mondrian, New York City, 1942
a arte e a vida se integram em perfeita harmonia.
Ideologia
Buscava uma arte clara e disciplinada, que refletis-
se de algum modo as leis objetivas do universo e
valorizava a estrutura formal e o equilíbrio assimé-
trico. Para Mondrian, o artista não deve influenciar
emotiva ou sentimentalmente o espectador. Por
isso reduziu seu estilo a formas elementares, evi-
tando assim provocar reações individuais.
Características
O movimento não valorizava a tradição lírica e
sentimental da história da arte. Tinha como premis-
sa a redução e a purificação da cor em cores pri-
márias e da forma em linhas verticais e horizontais.
Os artistas do grupo acreditavam no ordenamento
geométrico fundamental do universo.
Principais nomes
Piet Mondrian, Theo van Doesburg, Gerrit Rietveld.
No Brasil, Mondrian influencia Milton Dacosta e
Lygia Pape, no Livro da Arquitetura e no desenho Theo van Doesburg, Composição X, 1918
Mondrian de 1907.
24 História da Arte
ART DÉCO
Onde e quando
França, 1925-1939
Contextualização
Surgiu na França no entreguerras e logo em seguida
migrou para os Estados Unidos a princípio com um
estilo inspirado nas maquinas e formas insdustriais e,
em seguida, começa a se inspirar nos figurinos e ce-
nários de Hollywood.
Ideologia
Busca sintetizar formas e fazer objetos para produ-
ção em série, seguindo a ideia da Bauhaus porém,
com uma preocupação menor quanto à funcionali-
dade e maior quanto à decoração, ou seja, fazendo
objetos meramente decorativos e estéticos. Victor Brecheret, Monumento Às Bandeiras, 1954
Características
Foi altamente influenciada pela Art Nouveau e o
movimento Arts & Crafts, além de ter sido meio
que um compilado de todas as vanguardas anterio-
res do inicio do séc. XX como o Construtivismo, o
Cubismo, o Modernismo, a Bauhaus e o Futurismo,
tranformando todo esse aglomerado de influências
objetos que traziam linhas retas, circulos sintéticos,
simplicidade e limpeza.
Teve maior influência na arquitetura e no design de
produtos fazendo objetos menos funcionais e pode
ser vista como uma tentativa de modernizar a Art
Nouveau, buscando porém, linhas menos orgânicas
menos influenciadas pela natureza.
A Art Déco se fez importante principalmente na ar-
quitetura, predios como o Empire State Building e o
Chrysler Building foram baseados nesse estilo, no Bra-
sil as obras de Victor Brecheret como o Monumento
às Bandeiras e o estádio do Pacaembu tiveram uma
forte influência, além de outras obras como a torre do
relógio da Central do Brasil e o Cristo Redentor.
William Van Alen, Chrysler Building, 1928
Principais nomes
Walter Gropius, Victor Brecheret.
História da Arte 25
BAUHAUS
Características
Foi uma das primeiras escolas que aliavam design,
artes plásticas e arquitetura de vanguarda. Tinha em Joost Schmidt, Pôster Para Exibição Da Bauhaus, 1923
suas produções uma severa geometrização e a utili-
zação de novos materiais. Seu design é aliado à sim-
plicidade e totalmente voltado para a funcionalidade.
Ideologia
A proposta de Gropius para a Bauhaus une em um
único projeto a dimensão estética, social e políti-
ca. Trata-se de formar novas gerações de artistas da
26 História da Arte
ÈCOLE DE PARIS
Escola de Paris
Características
Uma visão mais genérica de toda a comunidade de
artistas franceses e estrangeiros e também de diversos
movimentos como Fauvismo, Cubismo e Surrealismo,
entre outros, e que conviveram nesse período. O ter-
mo refletiria a concentração de atividade artística em
Paris, cidade que se torna um símbolo do internacio-
nalismo cultural.
É um grupo indefinido de artistas que, nesse cená-
rio, alguns não se filiavam a nenhuma das outras van-
guardas e pintava em estilo informal e naturalista, não
clássica, mas baseada na observação.
Ideologia
Cosmopolita e não idealista, não segue programas
políticos nem vanguardas específicas, pelo contrário,
busca respeito à natureza das coisas de forma intuiti-
va, baseada em sentimento, honestidade, franqueza e
inocência. Prezava pela liberdade, não só a artística.
Amadeo Modigliani, Retrato De Léopold Zborovski,
1916
Principais nomes
Maurice Vlaminck, André Derain (ambos haviam
sido fauvistas), Amadeo Modigliani, Maurice Utrillo,
Marc Chagall, Georges Rouault, Constantin Brancusi,
História da Arte 27
SURREALISMO
Ideologia
O surrealismo tinha como objetivo fazer uma arte
que expressa o pensamento na ausência de qual-
quer controle exercido pela razão e alheio a todas
as considerações morais e estéticas. Tinha um cará-
ter revolucionário e as principais referências eram a
teoria psicanalítica de Sigmund Freud, Leon Trótski,
o marxismo, as filosofias ocultistas e o espírito vi-
sionário em revolta contra a sociedade de Arthur
Rimbaud e conde de Lautréamont.
Características
A maior parte do repertório visual usado pelos surre-
alistas vinha da teoria freudiana sobre o inconsciente
e o onírico, era também comum a representação do
medo, desejo, erotização e morte. Salvador Dalí, A Vênus De Gavetas, 1936
Os surrealistas queriam libertar a imaginação e toma-
da da consciência no seu aspecto mais poético do
que científico, atingindo outra realidade situada no
28 História da Arte
EXPRESSIONISMO ABSTRATO
Ideologia
Pretendia-se criar uma arte mais livre e espontânea,
nada convencional. O Expressionismo Abstrato trazia
em si uma carga muito grande de tudo o que foi dei-
xado pela Segunda Guerra. Era, portanto, uma arte
forte e violenta, muitas vezes sombria. Era influencia-
da por teorias como “A interpretação dos sonhos” de
Jung e pelo Existencialismo de Sartre.
História da Arte 29
POP ART
30 História da Arte
ARTE CINÉTICA E OP ART
Contextualização
A Guerra Fria impulsionou a ciência, numa corrida
ARTE CINÉTICA
tecnológica entre as duas superpotências da épo-
Cinetismo
ca: EUA e a URSS. Neste momento foram desen-
volvidas tecnologias das mais variadas, das quais Onde e quando
a sociedade se tornou cada vez mais dependente, A partir da década de 50, nos Estados Unidos.
mas que também serviram de inspiração e, muitas
vezes, até mesmo de matéria-prima para a arte. Ideologia
A ideia de movimento esteve presente no mundo Busca romper com a condição estática da pintura,
artístico de longa data. Seja pelo Futurismo que co- explorando efeitos visuais através do movimento físi-
loca o Cubismo em movimento, ou no Manifesto co de objetos móveis ao invés de apenas traduzir ou
Realista de Antoine Pevsner e Naum Gabo ou nos representar esse movimento. Alexander Calder se
escritos de László Moholy-Nagy. Na década de 50, destaca entre os artistas considerados cinéticos por
entretanto, vários artistas começaram a inserir o desenvolver uma nova forma de escultura, os mó-
movimento em suas obras de maneiras diferentes. biles. Calder intencionava uma arte que divertisse,
O termo Cinético foi incorporado a partir de 1955, com um ritmo oposto ao que via na “vida moderna”,
quando acontece a exposição Le Mouvement (O tão séria e mecânica. Inspirado nos construtivistas e
Movimento), na galeria parisiense Denise René, que na obra de Mondrian, ele também queria uma arte
contou com obras de artistas como Marcel Duchamp, que refletisse leis matemáticas, mas acreditava que
Alexander Calder, Jésus Raphael Soto e Victor Vasarely essa arte não devia ser rígida nem estática.
Alguns críticos, como Frank Popper, não restringem
o significado do termo a trabalhos que possuem Características
movimento real, estendendo-o também aos que im- Utiliza materiais industriais, como chapas, perfila-
plicam no movimento óptico. A principal diferença dos, placas metálicas e obtém cores por esmaltes
entre Arte Cinética e a Op Art é que, na primeira, o comuns, porém desvia o pensamento do espectador
movimento constitui a estrutura da obra enquanto daquilo que é o emprego normal desses materiais
que, na segunda, o movimento é apenas virtual. Os objetos exigem do espectador uma interação fí-
sica, pois se movimentam aleatoriamente, produzin-
do efeitos que mudam de acordo com a luz, o vento
e a manipulação do observador.
Principais nomes
Alexander Calder. Além dele, em 1955 participaram
de exposições: Duchamp, Jesus Raphael Soto, Vasa-
rely, Yaacov Agam e Jean Tinguely. No Brasil, a obra
de Abraham Palatnik, Lygia Clark e Mira Schendel
se aproximam das experiências com objetos móveis.
(cont.)
História da Arte 31
ARTE CINÉTICA E OP ART
(cont.)
Contextualização
Inspirou-se em Albers, docente da Bauhaus que, no
final da década de 40, nos Estados Unidos, passou
a se dedicar a pintura, com sua série abstrata Ho-
menagem ao Quadrado e também influenciou-se
pelo esforço que o Pontilhismo de Seruat e o Orfis-
mo de Delaunay exigiam dos olhos.
Ideologia
“Menos expressão e mais visualização”.
Baseia-se na construção científica das imagens que
exige do observador persistência e concentração,
fazendo com que ele participe completamente da
obra. Para Victor Vasarely, um de seus principais, a
obra deveria ser passível de reprodução e também
de ser criada por outras pessoas ou por máquinas.
32 História da Arte
MURALISMO
Muralismo Mexicano, Escola Mexicana
Ideologia
Tinha elevado teor político e buscava ser uma arte
de grande alcance popular, assim sendo, as pinturas
eram feitas em áreas públicas com o intuito da cons-
cientização da população com relação à sua própria
realidade econômica, política e social.
Características
A manifestação consiste em murais sobre paredes de
concreto e fachadas de edifícios com temas sociais
e políticos que procuram por uma expressão auten-
ticamente mexicana e ao mesmo tempo original e
moderna, produzindo uma arte compreensível e de
alcance social, que fizesse sentido tanto para a clas-
se média quanto para as massas nativas. Através do
mural como suporte, buscava não se tornar proprie- Diego Rivera, O Carregador De Flores, 1935
dade privada, rompendo com os círculos restritos de
galerias, museus e coleções particulares.
É uma arte monumental, em todos os sentidos do ter-
mo, de feitio realista e que utiliza espaços públicos
e um dos seus principais expoentes é Diego Rivera,
História da Arte 33
MODERNISMO BRASILEIRO
História da Arte 35
GRUPO SANTA HELENA
Características
O ambiente das salas de trabalho era de troca mútua,
dividindo-se os conhecimentos técnicos de pintura e
as sessões de modelo vivo, decidindo sobre o envio de
obras aos salões e organizando as famosas excursões
de fim de semana aos subúrbios da cidade para execu-
Alfredo Volpi, Grande Fachada Festiva, década de 50
ção da pintura ao ar livre.
36 História da Arte
CONCRETISMO E NEOCONCRETISMO
Contextualização Características
A partir dos anos 50, o Brasil alinha-se mais intensa- Não obedeciam nenhum código rígido e tampouco
mente aos moldes do capitalismo internacional, ex- possuíam uma unidade estilística, mantendo-se inde-
perimentando um grande crescimento econômico pendentes aos postulados teóricos da arte concreta.
e um certo otimismo com relação à modernização. “Para esses artistas, a linguagem geométrica não era
Juscelino Kubitschek assumia a presidência da repú- um ponto de chegada, mas sim um campo aberto à
blica, implantando uma política desenvolvimentista experiência e à indagação.”, explicou Ferreira Gullar.
sem precedentes, simbolizada pela construção de
Brasília inaugurada em 1961. Esse crescimento, po- Principais nomes
rém, vem atrelado ao investimento externo, manten- Da primeira exposição do grupo participaram: Aluí-
do o país dependente e atrasado. É essa realidade sio Carvão, Carlos Val, Ivan Serpa, Décio Vieira, Ly-
que leva os artistas concretistas a desejarem superar gia Clark, Lygia Pape, entre outros. Já na segunda
a condição de país subdesenvolvido, adotando pos- exposição, em 1955 no MAM/RJ, aderiram ao gru-
tulados racionalistas (no caso do grupo paulista). po Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Rubem Ludof,
O movimento concretista acontece quando o mo- Abraham Palatinik, entre outros.
dernismo declinava como força artística no país,
muito embora Portinari, já consagrado nas décadas Grupo Ruptura
anteriores, ainda fosse considerado o maior artista
brasileiro na época. Onde e quando
Sob influência de Max Bill, artista suíço trouxe ao A primeira exposição do grupo foi inaugurada em
Brasil as ideias concretisas e que, em 1951 ganha dezembro de 1952, no Museu de Arte Moderna de
o prêmio aquisição com a obra Unidade Tripartida São Paulo e no mesmo ano publicaram seu mani-
na primeira Bienal de São Paulo, foi o primeiro si- festo. O grupo começa a se dispersar ainda no final
nal contrário à pintura moderna. Sua origem aponta da década de 50.
também para os princípios do Construtivismo e do
Neoplasticismo, rejeitando a figuração em favor da Características
abstração geométrica. Recusavam-se a utilizar recursos ópticos para a
criação do movimento virtual e o uso das cores
CONCRETISMO de maneira expressiva. Materiais industriais eram
largamente utilizados.
Pretendiam incorporar processos matemáticos à
Grupo Frente produção artística. Através do manifesto, escrito
por Waldemar Cordeiro e diagramado por Haar,
Onde e quando posicionam-se contra as principais correntes artís-
Agrupado em torno de um dos precursores da abs- ticas do país, contra qualquer forma de figuração e
tração geométrica no Brasil, Ivan Serpa, abre sua também contra a abstração informal.
primeira exposição em 1954, no Rio de Janeiro. As
últimas exposições do grupo foram em 1956.
A rejeição à arte modernista brasileira, de caráter fi-
gurativo e nacionalista, unia os integrantes do grupo. (cont.)
História da Arte 37
CONCRETISMO E NEOCONCRETISMO
(cont.)
NEOCONCRETISMO
Onde e quando
O Manifesto Neoconcreto foi publicado em 1959 e
lançado do mesmo ano na I Exposição de Arte Ne-
oconcreta, no MAM do Rio de Janeiro, marcando a
ruptura neoconcreta da arte brasileira. Não ultrapas-
sa muito as fronteiras do Rio de Janeiro, deixando
mais claras as divergências com o grupo concreto
paulista. A dissolução do grupo ocorre em 1962.
Ideologia
Os artistas neoconcretos ultrapassaram as barreiras
Helio Oiticica, Metaesquema, 1958
entre o geometrismo puro e a subjetividade, defen-
dendo a liberdade de experimentação e as possibi-
lidades criadoras do artista em detrimento das teses
mecanicistas e reducionistas do concretismo orto-
doxo, que submetia sua produção artística à nor-
mas e a arte à ciência, ao invés de integrá-la a vida
Características
Defende uma arte não-figurativa e geométrica, po-
rém não isenta da criação intuitiva.
Os neoconcretistas incorporam o espectador às
suas obras, permitindo que ele as toque e manipu-
le. Esta atitude define o fazer artístico no tempo e
no espaço, rompendo com as ditâncias até então
existentes ente o espectador e a obra.
Esse posicionamento pode ser notadon os Bichos
de Lygia Clark, no Livro da Criação de Lygia Pape,
nos Penetráveis, Bólides e Parangolés de Helio Oi-
ticica, os Objetos Ativos de Wyllis de Castro.
Principais nomes
Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Wyllis de Max Bill, Unidade Tripartida, 1948-49
Castro, Franz Weissmann, Amilcar de Castro.
38 História da Arte
INFORMALISMO
Abstração Informal
Ideologia
Informal no sentido de “sem forma”, tenta ultrapassar
os conteúdos realistas e os formalismos geométricos.
Características
Tendência artística que recusa qualquer tipo de
formalização, valorizando o gesto e enfatizando
as características pictóricas. No Brasil esse movi-
mento não se baseia em grupos organizados e nem
provoca grandes embates teóricos. A expressão Mira Schendel, Este É Um Desenho Gostoso, 1965
abrange artistas bem diferentes entre si. A gravura
História da Arte 39
INTRODUÇÃO À ARTE CONTEMPORÂNEA
Na década de 60, a Pop Art revolucionou a história da arte. De uma maneira genérica, podemos dizer
da arte, transformandoo modo de se fazer e prin- que dentro do conceito de arte contemporânea
cipalmente de se ver a arte. Continuando o legado encontram-se experiências culturais muito díspares
do Dadaísmo e seus ready-mades, a Pop Art estrei- – tanto no sentido de englobar artistas de origens
tou ainda mais a relação que viria a ser uma das diversas, que incorporam atores sociais diversos
premissas básicas desse nosso período contempo- (como as “minorias”), quanto no sentido do uso de
râneo: a relação entre a vida cotidiana e a arte. novas mídias, tecnologias e suportes diversos. As
Uma característica importante da arte contemporâ- obras muitas vezes articulam diferentes linguagens
nea é a divergência marcante de estilos e práticas. A – performance, música, pintura, escultura, instalação,
narrativa modernista, baseada em vanguardas e ma- body art, etc. – , desafiando as classificações e a
nifestos, é desafiada por artistas que não mais querem própria definição de arte, bem como o mercado e o
descobrir a verdade definitiva sobre uma arte pura, sistema de validação da arte.
mas pretendem criar uma multiplicidade de atitudes A liberdade de práticas artísticas da contempora-
e abordagens em uma história da arte não-linear sem neidade proporcionaram aos artistas a possibilida-
a ideia de progresso. A pluralidade de estilos e de de de ter como suporte e material de trabalho o
linguagens convivendo, contraditória e independen- lixo, o corpo, as palavras, os conceitos, o video, as
temente, é uma característica da contemporaneidade. novas tecnologias, os espaços, a mídia e até mes-
Não existem mais estilos ou movimentos de van- mo a tela e a tinta. Todas a práticas e técnicas po-
guarda como se dava na modernidade, não há mais dem ter uma abordagem contemporânea.
lugar para afirmações e verdades absolutas. Principais movimentos e práticas da arte contempo-
Um fator importante para a leitura de uma obra de rânea: Pop Art, Minimalismo, Arte Conceitual, Land
arte contemporânea é o contexto em que ela está in- Art, Performance, Body Art, Instalação, Videoarte,
serida. Algumas vezes esse contexto (social, político, Arte Povera, Op Arte, Arte Cinética, entre outros.
cultural, científico, etc.) toma tanta importância na
obra que ela chega a ser confundida com uma pes-
quisa antropológica, uma reportagem ou uma ex-
periência científica. A hibridização dos campos de
conhecimentos são questões comuns não somente
à arte mas a toda a contemporaneidade.
Alguns temas bastante caros à arte contemporânea
são a política e as identidades culturais em uma so-
ciedade globalizada, onde a relações das pessoas
com o espaço e tempo são radicalmente alteradas
pelos meios de comunicação e transporte. Em meio
a esse processo de globalização era impossível igno-
rar a existência e importância da produção artística
de países do terceiro mundo (culturalmente domina-
dos). A participação da mulher na história da arte foi
reavaliada assim como se considerou a importância
de toda a cultura marginal para o desenvolvimento
40 História da Arte
ARTE CONCEITUAL
Características
O que as obras conceituais compartilham é uma
necessidade do espectador apreende-las através de
suas faculdades intelectuais.
No início, os artistas conceituais se preocupavam es-
sencialmente com a linguagem da arte, mas a partir dos
anos 70 ampliaram seu campo de atuação colocando
em questão temas e conceitos diversos e ilimitados.
História da Arte 41
BODY ART
Características
A Body Art toma o corpo como suporte, meio de
expressão e matéria para a realização das obras, uti-
lizando-se de fluidos corporais, tatuagens, ferimen-
tos, deformações, escarnificações e travestimentos.
Pode-se dizer que a Body Art inova tanto em forma
quanto em temática e conceito, uma vez que inverte
a relação obra artista fazendo com que, muitas vezes,
o artista seja sua própria obra. Associa-se também a
Performances e Happenings e está constantemente
relacionada à dor e ao esforço físico.
Como é uma arte que deve estar associada ao cor-
Dennis Oppenheim, A FeedBack Situation, 1971
po de alguma forma, a Body Art se revela de várias
formas, podendo tanto ser realizada em público
42 História da Arte
INSTALAÇÃO
Características
Uma instalação só faz sentido se vista e analisada
no tempo-espaço no qual foi concebida, pois se
relaciona com eles estabelecendo, dos objetos que
a compõe, novas áreas espaciais, evidenciando as-
pectos arquitetônicos e construindo novos ambien- Barbara Kruger, Sem Título, 1991
tes ou cenas. Ao inserir o espectador no interior
desses ambientes, o artista exige que ele interaja
com a obra, sendo necessário percorrê-la e aden-
trá-la, para sua apreensão.
História da Arte 43
HIPER-REALISMO
Sharp focus, Fotorrealismo, Novo realismo
Características
Expressão artística que procura reproduzir na pintu-
ra ou na escultura imagens com precisão fotográfica.
O hiper-realismo faz uso de clichês, de imagens pré-
fabricadas e de elementos do cotidiano. As pinturas
mimetizam as fotos em que se baseiam.
O mundo cotidiano retratado, em geral, refere-se
aos aspectos banais, às cenas e atitudes familiares,
aos detalhes captados pela observação precisa. Di-
versos artistas utilizam também a fotografia como
suporte, pintando sobre a imagem revelada no papel.
Outra novidade foi o uso do aerógrafo (airbrush),
que nunca toca a tela e que, portanto, não deixa
impressas as marcas do gesto e do pincel. A pin-
tura é lisa, sem texturas e sua superfície espelha-
da - painéis com espelhos, vidros e metal reluzente:
deslocamento, distorção e reflexo. Na escultura, Chuck Close, Leslie, 1973
utiliza-se silicone e fibra de vidro.
Ideologia
Aproximar a arte da realidade visual, resgatando a
idéia de mimesis grega deixada de lado após a série
de movimentos que procuravam alternativas à repre-
sentação do real vindos após o advento da fotografia,
44 História da Arte
VIDEOARTE SOUND ART
História da Arte 45
SITE-SPECIFIC EARTH ART
Site Works Land Art, Earthwork
Principais nomes
Robert Smithson, Sol LeWitt, Robert Morris, Carl
Andre.
46 História da Arte
MINIMALISMO PERFORMANCE
Principais artistas
Yves Klein, Vito Acconci, Hermann Nitsch, Chris
Burden, Yoko Ono, Joseph Beuys, Wolf Vostell, Allan
Kaprow, Gilbert and George, Marina Abramovic, Ca-
rolee Schneemannz.
História da Arte 47
NEO-EXPRESSIONISMO
Características
Assim como o seu principal influenciador, o Expres-
sionismo do início do século, o Neo-Expressionismo
expandiu-se e passou a ser considerado mais uma
definição para artistas com afinidades do que um
movimento propriamente dito. Materiais diferentes
são explorados no Neo-Expressionismo, como pig-
mentos puros em pó, superfícies espelhadas, capa-
chos, couro de pônei, louça quebrada e chumbo.
Na Alemanha artistas como Anselm Kiefer e Georg Georg Baselitz, Oberon, 2005
Baselitz se utilizaram dessa nova velha forma de repre-
sentar para poder falar sobre o passado nazista da Ale-
manha, tema pouco abordado em outros movimentos.
48 História da Arte
ARTE CONTEMPORÂNEA
Outros artistas e movimentos importantes
Um dos pioneiros da Pop Art, Jasper Johns insere a arte realística que abordasse especificamente a
em seus trabalhos objetos do cotidiano como ma- imagem americana. Norman Rockwell persuade o
pas, bandeiras e algarismos. O tema dos algarismos, espectador dos valores da família norte-americana,
entretanto, não era novidade já que, por volta de 30 ao ilustrar em sua obra a família americana ideal,
anos antes, Charles Demuth já havia o antecipado próspera, sólida e saudável. Contemporâneo a Ro-
em telas como “Eu Vi O Número 5 em Ouro”, de ckwell, Edward Hooper encara o mundo americano
1928. O também americano Robert Indiana atribui de maneira bem menos otimista, retratando de ma-
um sentido mais amargo aos algarismos de Demu- neira subjetiva a solidão urbana e a estagnação do
th. Interessado também pela imagem das palavras, homem, através de ambientes vazios e silenciosos.
representa em três dimensões aquela que é prova- Le Corbusier: arquiteto francês que rompeu com
velmente a palavra mais conhecida no mundo: Love. as barreiras nacionalistas durante o séc.XX, abrindo
Pode-se com o designer gráfico norte-americano caminho ao que viria ser conhecido como Estilo In-
Milton Glaser, conhecido principalmente pela cam- ternacional. Contribuiu com as formulações da nova
panha “I Love NY”, na qual substitui a palavra Love linguagem arquitetônica, abolindo qualquer forma
por um coração vermelho. de ornamentação, aproveitando melhor a ilumina-
Outros artistas ligados à Pop Art, por considera- ção e o espaço, suspendendo as construções.
rem a superfície da tela muito limitada, recorrem Henry Moore: escultor inglês atraído pelo primiti-
a outros materiais e suportes, criando assim outras vismo de Brancusi que, segundo G.C. Argan, retorna
formas de arte como a Instalação e Assemblage. da forma humana à orgânica, mas não com o intuito
Entre esses artistas está Robert Rauschenberg, que de rejeitar tudo o que é civilização ou história, e sim
na década de 50 já construía suas obras “partin- de recuperar a unidade originária do homem, antes
do do refúgio da civilização urbana”, como diz H. da racionalidade e da geometria. Em sua obra, dá
W. Janson; Louise Nevelson, que também começa, o mesmo valor às formas vazias e às formas cheias,
a partir dos anos 50, a desenvolver seus grandes combinando o figurativo e o abstrato.
painéis murais, constituídos de compartimentos de
madeira e cujo interior também é preenchido com
diversos objetos também de madeira e que remon-
tam paisagens urbanas e edifícios; e Duane Hanson,
que faz esculturas muito realistas que podem, se
consideradas como um todo, representarem uma
sátira ao “sonho americano”.
Outros artistas
Norman Rockwell e Edward Hopper: o período
entreguerras foi marcado pela ascensão dos Estados
Unidos como potência mundial, enquanto a Europa
estava arruinada social e economicamente. Muitos
americanos consideravam a tendência abstrata na Henry Moore, Figura Reclinada, 1936
arte como símbolo da decadência européia e, em
face dessa decadência, propunham um retorno
História da Arte 49
ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA
Artistas e movimentos importantes
História da Arte 51
52
DESENHO DE CRIAÇÃO
Desenho de Criação 53
DESENHO DE CRIAÇÃO
54 Desenho de Criação
DESENHO DE CRIAÇÃO
Exercícios
terceira parte
Em uma terceira folha de papel canson (fornecida),
construa uma composição explorando novos ma-
teriais e relacionando cor e forma. Você deve partir
dos elementos formais sugeridos pelos dois dese-
nhos anteriores e pode proceder livremente.
Finalidade: Avaliar a capacidade de expressão e re-
flexão na construção de uma imagem.
Fonte: MILLÁN, J.A.. El arte de las medianeras (party Tempo: 50 (cinqüenta) minutos.
walls art) – Las Tripas AL Descubierto. Disponível Material: Qualquer material indicado no manual do
em: http://jamillan.com/medianeraw.htm candidato.
Desenho de Criação 55
DESENHO DE CRIAÇÃO
Exercícios
56 Desenho de Criação
DESENHO DE CRIAÇÃO
Exercícios
Desenho de Criação 57
DESENHO DE CRIAÇÃO
Exercícios
58 Desenho de Criação
DESENHO DE CRIAÇÃO
Exercícios
Desenho de Criação 59
DESENHO DE CRIAÇÃO
Exercícios
11) MACKENZIE – DES. INDUSTRIAL A partir dessa leitura, CRIE duas ilustrações, utilizan-
- 2008 do-se das imagens literárias apresentadas nesse trecho.
“Uma palavra não faz história, mas duas fazem.” Material a ser utilizado: Apenas lápis preto e, se
necessário, borracha.
Coluna I Coluna II
Garfo Bicicleta
Pincel Quadro
Colher Prato com macarrão e molho
Martelo Banana Split
60 Desenho de Criação
DESENHO DE OBSERVAÇÃO
própria percepção visual. (por exemplo, se vou de- 2- Trace linhas horizontais no topo e na parte de
senhar o rosto de um colega, vou buscar na minha baixo do perfil.
mente como um olho é e vou desenhá-lo daquele
jeito, muito embora aquela lembrança que tenho
de um olho possa nada se parecer com o que vejo
em meu colega.)
O que vamos propor aqui é fazer pequenos exercí-
cios de percepção e desenho para que seja possível
haver a transição mental entre o a modalidade es-
querda para a direita. Vamos tentar realizar tarefas
que nosso cérebro racional despreze e se desligue
da atividade.
3- Agora desenhe o mesmo perfil invertido.
EXERCÍCIOS Observe a maneira que você resolve o problema.
A sua preocupação deve ser fazer um rosto igual
do outro lado, como um espelho. Talvez você ex-
1) VASOS E ROSTOS perimente uma sensação de conflito mental no
começo. Mas depois algumas questões como essas
1- Desenhe o perfil de uma cabeça de uma pessoa costumam surgir:
no lado esquerdo do papel, voltada para o centro
(se você for canhoto desenhe do lado direito) -Onde começa essa curva?
-Qual a profundidade dessa curva?
-Qual o ângulo em relação a borda do papel?
-Qual o comprimento essa linha tem em relação a
que acabo de desenhar?
Etc..
62 Desenho de Observação
DESENHO DE OBSERVAÇÃO
2) VASOS E ROSTOS NO.2 O desenho que vai ser utilizado aqui é este feito
por Picasso, um retrato compositor Igor Stravinsky,
de 1920. Copie em outra folha de papel:
Dessa vez, desenhe o perfil do rosto mais estranho
que você possa conceber – por exemplo, um monstro.
64 Desenho de Observação
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