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ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Estrutura de Capital
Disciplina:
Teoria Financeira (ADP 320)
Prof.:
Dr. Jairo L. Procianoy
Agosto de 2001
SUMÁRIO
1. Introdução 3
4. Conclusão 16
5. Referências Bibliográficas 17
Estrutura de Capital
1. Introdução
A vida de uma empresa é definida dia a dia pelas decisões que seus
aos acionistas os recursos gerados e quanto será retido na própria empresa para
reinvestimento. Em linhas gerais, poderíamos dizer que estas são questões
Desta forma, embora pareça óbvio, uma empresa procurará tomar decisões
Ross, Westerfield & Jaffe (1995), a empresa também procura adotar soluções de
financiamento que gerem valor, isto é, que possuam um VPL (valor presente
fatores que as envolvem tais é tamanha que o principal objetivo que é maximizar o
valor da empresa acaba ficando difícil de atingir, restando aproximar-nos cada vez
mais dele. Assim, para que busquemos alternativas de financiamento com VPL
muito grande para que possamos atingir este objetivo com uma relação de risco e
direitos sobre uma empresa (ou capital da empresa) estão estruturados em termos
da proporção entre capital próprio e capital de terceiros ou dívidas. Para Procianoy
& Caselani (1997), a estrutura de capital de uma empresa é definida como sendo
terceiros e de capital próprio. Com isso, segundo Ross, Westerfield & Jaffe (1995),
podemos dizer que o valor de uma empresa é a soma do valor de suas dívidas ou
empresa são também as melhores para os acionistas (ou proprietários), que terão
Analogamente, podemos concluir que a estrutura de capital que levar a uma maior
são parte deste valor, acompanhadas dos dividendos pagos. Agora suscita-nos
uma outra pergunta: existe uma estrutura ótima de capital, que eleve o valor de
uma empresa?
qual a empresa está inserida. Num mercado perfeito e sem impostos sobre a
renda, a moderna teoria de estrutura de capital, que iniciou seu desenvolvimento
com os trabalhos de Modigliani e Miller (1958), nos diz que não existe uma
Desta forma, num mundo sem impostos, o valor de uma empresa com capital
100% próprio é igual ao valor da mesma empresa com capital 100% de terceiros,
ou seja, não se pode alterar o valor da firma simplesmente pela alteração de sua
terceiros/capital próprio.
Re = Ra + D (Ra – Rd)
E
próprio nas empresas com maior endividamento, pois a medida que a empresa
acrescenta capital de terceiros assume um situação tal que torna o capital próprio
mais arriscado devido ao risco de inadimplência também ter crescido. Esta é a
valorização da empresa, isto significa que existirá uma estrutura de capital ótima.
Copeland & Weston (1988), também indicam como possíveis razões que
variação para mais ou para menos em seu valor. A estrutura ideal dependerá do
balanço entre as influencias exercidas pelos motivos acima, que são abordados
maior vantagem das dívidas é o benefício fiscal oriundo da dedução dos juros para
tributável da empresa, levando a uma menor carga tributária. Conclui-se então que
uma empresa com mais dívidas paga menos impostos do que um empresa com
terceiros, o retorno sobre o investimento próprio dos acionistas tende a ser maior e
(2000) refere-se a este modelo como o balanço entre o benefício fiscal da dívida e
Custos de falência, que podem ser mais bem compreendidos como custos
arcar com despesas que não existiriam caso a situação financeira estivesse
empresa, maior o seu risco. Desta forma, os agentes financiadores exigirão uma
com os custos associados a esta dívida. É claro que não existe um grau de
negócio. Segundo Brealey & Myers (2000), companhias com maior número de
coerentes com a média de seu ramo de atividade, tendem a ter níveis inferiores de
os gestores tomem decisões não tão boas para a empresa, mas que melhores seu
serão desvalorizadas tanto quanto o mercado entender ser o valor total dos custos
de agência.
muitas vezes, melhores sob o seu ponto de vista e nem sempre são as decisões
Westerfield & Jaffe (1995): exigir altos dividendos; não incentivar investimentos
monitoramento sofrerão seus gestores por parte dos credores, fato que pode levar
os acionistas a uma sensação de maior tranqüilidade, pois saberão que há mais
alinhamento entre os interesses dos proprietários e gerentes seja fazer com que
adição deste risco, que levaria os gestores a perderem seus cargos, deve motivar
eficácia.
Ainda, segundo Rimbey (1998), a estrutura da propriedade patrimonial é
seus próprios riscos. Outro aspecto é a forma de distribuição das ações aos
acionistas externos. Como a propriedade é uma fonte de poder que pode suportar
grupos familiares, Procianoy (1994) coloca que não existe uma dissociação clara
sinalização. Segundo Barclay & Smith (1999), a teoria de sinalização explica que
a respeito da valorização das ações de sua companhia pelo mercado. Isto é, com
avaliadas.
a melhor estimativa do valor real da empresa. Sendo assim, quando uma cia
necessita levantar recursos para investir em um novo projeto, seus gestores têm
três opções: financiamento interno, elevar a participação do capital próprio na cia;
internos, após com emissões de dívidas seguras, depois com dívidas mais
próprio. Segundo Graham & Harvey (1999), a assimetria informacional faria com
propriedade por parte da empresa. Procianoy & Caselani (1997), corroboram esta
estiver em grau máximo. Minton & Wruck (2001) confirmam que estratégias
enviando aos investidores é que consideram o preço das ações da cia bem
valorizadas ou até super valorizadas pelo mercado. Desta forma, cria-se a mesma
prática das teorias discutidas. Eid (1996) concluiu em seu trabalho que as
empresas brasileiras não seguem uma norma ao definir suas estruturas de capital.
Esta foi a conclusão que chegaram Chen, Cheng, He & Kim (1999).
este tipo de empresa, fato que concordaria com a teoria de agência já que os
país em que será feito o investimento. Isto ajudaria a diminuir o risco político que a
4. Conclusão
ideal ou o ótimo.
Sendo assim, fica claro perceber que as teorias ou modelos ainda não
5. Referências Bibliográficas
BARCLAY, Michael J. & SMITH Jr. Clifford W. The Capital Struture Puzzle: anather
look at the evidence. Journal of Applied Corporate Finance, vol. 12, nº 1, Spring
BRAILSFORD, Timothy J.; OLIVER, Barry R.; PUA, Sandra L. H. Theory and
CHEN, Charles J. P.; CHENG, C.S. Agnes; HE, Jia & KIM, Jawon. An
Structure. Journal of International Business Studies, Third quarter 1997, pp. 563-
577.
COPELAND, Weston. Financial Theory and Corporate Policy. Massachusetts:
31.07.2001.
Download em 31.07.2001.
Structure? some evidence from international data. Journal of Finance, vol. 50,
31.07.2001.