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Tipos de Dengue
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença
possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
Formas de apresentação
- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria
das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas
infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente,
inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39°
a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos,
vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre
outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode
continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação
sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o
terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do
sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode
provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do
doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com
rapidez, pode levar à morte.
1. Aspectos Clínicos
- Dengue Clássico
- Febre Hemorrágica do dengue (FHD)
2. Diagnóstico Laboratorial e Tratamento
3. Vigilância Epidemiológica
4. Histórico do Dengue
5. Vigilância Entomológica
6. Referências Bibliográficas
1. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
Definição: é uma doença viral de curta duração, gravidade variável, que ocorre nas áreas tropicais
e subtropicais, onde há condições para o desenvolvimento do mosquito transmissor. Apresenta-se
sob as formas de dengue clássico e dengue hemorrágica.
Vetores: são mosquitos culicídeos do gênero Aedes. A principal espécie transmissora é Aedes
aegypti embora outras espécies como Aedes albopicutus, Aedes scutellaris e Aedes polyniensis
tenham sido implicados principalmente na Ásia e na Oceania. Nas Américas não se verificou, até o
momento, transmissão de dengue nas áreas em que se constatava a presença apenas de Aedes
albopictus. A fonte de infecção e o hospedeiro vertebrado é o homem, embora tenha sido descrito,
tanto na Ásia como na África, um ciclo selvagem envolvendo macacos. O Aedes aegypti apresenta
distribuição nas regiões tropicais e subtropicais, limitadas entre as latitudes de 45ºN e 35ºS .
Alguns fatores extrínsecos como chuva, temperatura, altitude, topografia, umidade, condicionam a
sobrevivência desses vetores. É considerada espécie domiciliada, sendo que sua convivência com
o homem é favorecida pela utilização de recipientes artificiais para o desenvolvimento de suas
formas imaturas, condição ecológica que torna esta espécie essencialmente urbana.
Ciclo evolutivo: os mosquitos adultos não apresentam grande dispersão, os machos costumam
permanecer próximos aos criadouros, onde ocorre o acasalamento. As fêmeas apresentam hábitos
diurnos e para maturação dos ovos, praticam hematofagia, apresentando de dois a três ciclos
gonotróficos durante a vida e podem ovipor de 100 a 200 ovos por vez. Após a eclosão dos ovos,
passam por quatro estágios larvais e a fase final de desenvolvimento aquático é representada
pelas pupas. Em condiçðes ótimas, acredita-se que o período larvário pode completar-se em 5
dias, ou estender-se por semanas, em condições inadequadas.
Aedes aegypti
Transmissão: ocorre pela picada do mosquito infectado (fêmeas). Após a ingestão de sangue
infectado, transcorre, no inseto, um período de incubação intrínseca que pode variar de 8 a 12
dias. Após esse período, o mosquito torna-se apto para transmitir o vírus e assim permanece
durante toda sua vida.
Período de transmissibilidade: ocorre quando houver vírus no sangue (período de viremia). Este
período começa um dia antes do aparecimento dos sintomas e vai até o 6º dia da doença.
• Dengue clássico: o quadro clínico pode ser muito variável. Geralmente, a primeira
manifestação é a febre (de 39 a 40ºC), de início abrupto. Seguida de cefaléia, prostração,
artralgia (dor nas articulações), anorexia (perda de apetite), astenia, dor retroorbital,
náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. Pode ocorrer, ocasionalmente,
hepatomegalia dolorosa. Alguns aspectos clínicos podem estar relacionados com a idade
do paciente. A dor abdominal generalizada pode ocorrer, principalmente, nas crianças. Os
adultos podem apresentar pequenas manifestações hemorrágicas os como: petéquias,
epistaxe, gengivorragia, sangramento gastrointestinal, hematúria e metrorragia. A duração
da doença varia de 5 a 7 dias. Geralmente com o desaparecimento da febre ocorre a
regressão dos sinais e dos sintomas, podendo ainda persistir a fadiga.
• Febre hemorrágica do dengue (FHD): os sintomas iniciais são semelhantes aos do dengue
clássico, porém rapidamente evoluem para manifestações hemorrágicas. Os casos típicos
da FHD são caracterizados por febre alta, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e
insuficiência circulatória. Um achado laboratórial importante é a trombocitopenia com
hemoconcentração concominante. A principal característica fisiopatológica associada ao
grau de severidade da FHD é a efusão do plasma, que se manifesta através de valores
crescentes do hematócrito e da hemoconcentração. Entre as manifestações hemorrágicas,
a mais comumente encontrada é a prova do laço positiva. A prova do laço consiste em se
obter, através do esfignomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e
mínima do paciente, mantendo-se essa pressão por 5 minutos. Se for positiva, aparecem
petéquias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de 20 ou
mais por polegada (2,3 cm2), esta prova é considerada fortemente positiva. Nos casos
graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia da doença,
decorrente do aumento da permeabilidade vascular seguida de hemoconcentração e
falência circulatória. O choque é de curta duração e pode levar ao óbito entre 12 e 24
horas ou à recuperação rápida após terapia anti-choque apropriada. A definição de caso de
FHD, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), consiste no seguintes
critérios:
- febre;
- manifestações hemorrágicas, incluindo pelo menos uma prova de laço positiva (exceto
em casos de choque) e, possivelmente, fenômenos de sangramento menores ou maiores;
- trombocitopenia (100.000 mm3 ou menos) e
- hemoconcentração: hemotócríto aumentado em 20% ou mais, ou evidência objetiva de
aumento da permeabilidade capilar.
Nos casos de Síndrome do Choque do Dengue, além dos critérios acima descritos, deve
existir hipotensão ou redução da pressão 20 mmHg, ou menos.
MEDIDAS DE CONTROLE MECÂNICO E ALTERNATIVO COM UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS
CASEIROS PARA EVITAR A CRIAÇÃO DE LARVAS DE Aedes aegypti
O conjunto de recomendações, que consta a seguir, é de fácil execução, ou seja, são cuidados que
podem e devem ser adotados pela população em suas residências e locais de trabalho para evitar
a criação de larvas de Aedes aegypti. Para reunir este numeroso conjunto de cuidados
recomendados, a SUCEN contou com a experiência de seus funcionários e das Secretarias
Municipais de Saúde, especialmente daquelas que têm buscado mais insistentemente soluções
para as diversas situações encontradas, restringindo substancialmente o uso de larvicidas no
controle de criadouros.
RECIPIENTE RECOMENDAÇÕES/CUIDADOS
50 litros 1 Kg
100 litros 2 Kg
200 litros 4 Kg
300 litros 6 Kg
400 litros 8 Kg
500 litros 10 Kg
Rio - Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) afirmam ter comprovado o aparecimento da dengue
tipo 4 no Brasil. Eles analisaram dois pacientes de Manaus, no Amazonas. O resultado está publicado em
artigo no periódico ‘PLoS Neglected Tropical Diseases’. Com um vírus novo circulando, aumenta a
possibilidade de um paciente que já teve outro tipo se reinfectar, contraindo dengue hemorrágica, a forma
letal da doença.
O Ministério da Saúde, porém, nega que haja circulação do tipo 4 no Brasil. Segundo o órgão, exames de
diagnóstico rápido de dengue são realizados em 50 ‘unidades sentinelas’ em 16 estados e 25 municípios
estratégicos e a identificação do tipo de vírus circulante é realizada rotineiramente nas unidades de
referência, como a Fiocruz.
Segundo Paolo Zanotto, pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, um dos problemas de o
governo dizer que a dengue tipo 4 não existe no País é o fato de não incluir esse tipo de vírus nos sistemas
de detecção em uso pela vigilância sanitária.
No ano passado, um estudo publicado por pesquisadores do Estado do Amazonas já havia dito que a dengue
tipo 4 havia sido encontrada em três pacientes de Manaus. Mas o Ministério da Saúde também negou. A
infectologista Maria Paula Mourão, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, que integrou a equipe
que publicou o estudo em 2008, afirma que o grupo tem plena convicção dos resultados. “Gostaria muito
que houvesse uma abertura (do Ministério da Saúde) para as pessoas novamente conversarem entre si”,
disse.
Os cientistas da USP acreditam que o vírus tenha vindo diretamente da Ásia, em vez de passar primeiro pela
América Central e Caribe, como costuma ser o padrão. “A intensificação da atividade econômica entre o
Brasil e países asiáticos (especialmente a China) pode explicar”, escreveram.
Para os pesquisadores, a presença da dengue tipo 4 nas Américas “deve ser recebida com grande atenção e
ser assegurada uma intensificação das atividades de vigilância”.
Tratamento:
Curiosidades:
• Você sabia que um ovo de Aedes Aegypti pode sobreviver em ambiente
seco por aproximadamente 400 dias. Se neste período ele entrar em
contato com água, poderá gerar uma larva e, em seguida, o mosquito.
• A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa, nem mesmo
através de alimentos ou uso de objetos.
Segundo o relatório, os Estados com baixo risco de desenvolver surtos são: Acre,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Paraná. Foram classificados como
áreas de risco médio: Rondônia, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo.