Sie sind auf Seite 1von 7

Assírio & AlvimII

Rua Passos Manuel, 67-B


editores e livreiros 1150-258 Lisboa

Título: A FLOR FATAL


Autor: Fernando Cabral Martins
Colecção: A Phala
Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Ficção
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada
N.º de páginas: 160

Na Grande Lisboa dos finais do século XX, entre aulas de Português numa es-
cola secundária e a experiência da droga na sua forma militante, passando pelas
difíceis relações com os outros e pelas escolhas irracionais que habitam todas as vi-
das, um professor torna-se aluno de uma ciência oculta, o amor, e uma rapariga
torna-se mulher.

Um conto surpreendente, de Fernando Cabral Martins, brevemente numa li-


vraria perto de si...

P.V.P.: 13 € / ISBN: 978-972-37-1439-5


Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa

Título: ATENTAR CONTRA SI — Discurso sobre a morte voluntária


Autor: Jean Améry
Tradução do Alemão: Pedro Panarra
Colecção: Diotima
Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Filosofia
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada
N.º de páginas: 224

Atentar Contra Si é uma reflexão filosófica sobre a morte voluntária sem chegar a ser um ensaio filosófico no
sentido mais estrito de um escrito disciplinar. Nele são pensados certos temas que desde os primórdios do pensa-
mento filosófico foram articulados com a reflexão sobre a morte: a relação entre corpo e espírito, a liberdade e res-
ponsabilidade intrínsecas à decisão humana, a relação com o Outro. São pensados sem que lhes seja dada uma so-
lução, e não somente pensados, pois Améry debate-se com o que pode ser a decisão de se dar a morte, uma morte
livre. O suicídio é enfrentado num plano íntimo e absolutamente pessoal, o que equivale a um ponto de vista an-
terior a qualquer consideração da psicologia ou da sociologia.
Améry descobre o suicídio como um acto paradoxal, mas não absurdo; paradoxal pois contrário à lógica da
vida, mas não um sem-sentido. No embate com a morte voluntária, o encontro do paradoxo permite-lhe tentar a
conquista do lugar que é o de todos os suicidas, seja qual for a sua situação particular.

Jean Améry (1912-1978). É um quase anagrama de seu nome verdadeiro: Hans Mayer. Nascido em Viena
em 1912, passou a infância e a juventude no Tirol. Filho de pai judeu e mãe católica cresceu no seio de uma fa-
mília totalmente assimilada, sofreu a ausência de vivência do judaísmo como uma severa dificuldade futura na
aceitação da identidade judaica. Fugido da ameaça do nacional-socialismo, exilou-se em Bruxelas, onde mais tarde
foi capturado pelo ocupante nazi e torturado na prisão. Posteriormente enviado para diversos campos de concen-
tração, foi decisiva a experiência no campo de Auschwitz-Monowitz, vulgarmente designado Buna. Experiência a
que sobreviveu, que o formou e influenciou decisivamente a sua obra, na qual as fronteiras do humano são explo-
radas. Aquela divide-se por diferentes géneros; o ensaio, a ficção, a autobiografia, e a crítica literária, de cinema,
de literatura, de política, que exerceu a partir dos anos 50 na rádio e em diversos jornais e revistas. Suicidou-se em
1978 num hotel de Salzburg. P.V.P.: 17 € / ISBN: 978-972-37-1406-7
Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa

Título: A MAGNANIMIDADE DA TEORIA


Autor: David João Neves Antunes
Colecção: Diotima
Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Filosofia
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada
N.º de páginas: 368

Se uma certa estabilidade do texto ético e uma certeza suficiente acerca do conhecimento hu-
mano dependem da configuração mais ou menos padronizada das acções humanas e do funciona-
mento mental, assumem especial relevância cognitiva e ética os casos e fenómenos de irracionalidade
na realização de acções e formação de crenças. Estes casos suscitam perplexidades éticas e cognitivas
e assinalam o carácter provisório e conceptualmente circunscrito das nossas descrições sobre acções
e pessoas. A irracionalidade tem, no entanto e surpreendentemente talvez, uma ocorrência quoti-
diana e a sua descrição encontrou lugar de reflexão privilegiada em certos textos. Numa parte subs-
tancial deste livro, lê-se a Poética de Aristóteles como se esta fosse um manual ético sobre minudên-
cias que interferem, positiva ou negativamente, na racionalidade da acção e um tratado sobre
emoções injustificáveis mas necessárias. A teoria só é magnânime se puder ver para lá dos contornos
do animal belo que, às vezes, é incoerente.
David João Neves Antunes nasceu em França, em 1969. Doutorou-se em Teoria da Literatura
na Universidade de Lisboa e é professor de Dramaturgia na Escola Superior de Teatro e Cinema.

P.V.P.: 22,50 € / ISBN: 978-972-37-1342-8


Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa

Título: CÓRDULA ou o momento decisivo


Autor: Hans Urs von Balthasar
Tradução do Alemão: Artur Morão
Colecção: Teofanias
Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Teologia
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada
N.º de páginas: 128

Hans Urs von Balthasar nasceu em Lucerna em 1905. Estudou Germanísticas e Filosofia nas
Universidades de Zurique, Viena e Berlim, e formou-se com uma tese sobre o problema escatológico na moderna
literatura alemã. Entre 1932 e 1936 fez o currículo de Teologia. Em Basileia, onde se ocupa da pastoral no meio
universitário, torna-se amigo do teólogo protestante Karl Barth, e conhece também, por essa altura, a mística
Adrienne von Spyer, de quem foi espiritualmente próximo.
Em torno à sua obra, original e intensa como poucas no século XX, manifestam-se primeiramente hesitações
e reservas. Mas com o Concílio Vaticano II, do qual foi um importante inspirador mesmo se ausente, emerge
como referência de primeiro plano no panorama teológico. O Papa João Paulo II nomeou-o cardeal e ele deveria
receber as insígnias a 28 de Junho de 1988. Morreu dois dias antes.

Sobre Hans Urs von Balthasar escreveram:


Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)
«Posso afirmar que a sua vida foi uma busca genuína da verdade, que ele compreendia como uma busca da verda-
deira Vida. Procurou os vestígios da presença de Deus e da sua verdade em toda a parte: na filosofia, na literatura, nas
religiões, chegando sempre a interromper aqueles circuitos que muitas vezes fazem a razão prisioneira de si e abrindo-a
aos espaços do infinito.»
Henri de Lubac
«Esse homem [Hans Urs von Balthasar] é talvez o mais culto do seu tempo. A Antiguidade clássica, as grandes li-
teraturas europeias, a tradição metafísica, a história das religiões, as múltiplas tentativas do homem contemporâneo na
busca de si mesmo e, sobretudo, a ciência sagrada, São Tomás, São Boaventura, a Patrologia (inteira!), sem falar por
agora da Bíblia… — não há nada de grande que não encontre neste grande espírito acolhimento e vitalidade.» P.V.P.: 10 € / ISBN: 978-972-37-1455-5
Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa

Título: OS POEMAS
Autor: Gastão Cruz
Apresentação: Luis Maffei
Colecção: Documenta Poetica
Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Poesia
Formato e acabamento: 16 x 24 cm, edição brochada
N.º de páginas: 392

Os Poemas, de Gastão Cruz, vem reunir todo o trabalho poético do autor entre 1960 e 2006,
enquadrado por uma magnífica apresentação de Luis Maffei.

«É um profundo conhecedor de poesia Gastão, não apenas como leitor e crítico, mas como fa-
bro. “Por vezes reaprendo / o som inesquecível da linguagem”: a vida da poesia (título de um poema
precisamente de Campânula) parece-me o melhor nome possível para um trabalho antológico desse
homem de letras — ou melhor, homem de uma rigorosíssima poiesis — sobre e na poesia. Digo isso
porque conheço poucas poéticas tão cônscias de seu lugar na poesia como a de Gastão Cruz, côns-
cia também de que é na história que se localiza a trans-histórica experiência de escrita e leitura — o
vocábulo experiência volta, e talvez volte a voltar. Por isso, trata-se sempre de um reaprendizado “Por
vezes”, já que apenas o poema é capaz, e não sempre, do “som inesquecível da linguagem”, e as “fra-
ses” só poderão ser, em diversos níveis, “instáveis”, mesmo porque é no verso que se baseiam as so-
noras “frases” que compõem o sentido do poema. Triunfa o “som” sobre o “sentido”? Sem dúvida,
porque o sentido é sempre ameaçado pois inagarrável, mas faz imenso sentido.»
Luis Maffei

P.V.P.: 28 € / ISBN: 978-972-37-1432-6


Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa

Título: DOBRA / poesia reunida


Autor: Adília Lopes
Colecção: Documenta Poetica
Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Poesia
Formato e acabamento: 16 x 24 cm, edição brochada
N.º de páginas: 688 pp.
Este livro que agora se apresenta, Dobra, reúne todos os livros poesia publicados por
Adília Lopes até à data.
«HAVERÁ UMA BELEZA QUE NOS SALVE?»

Não, não há uma beleza que nos salve. Só a bondade nos salva. E a bondade manifesta-se, por vezes, no meio da maior fealdade.
Explico-me. Uma pessoa capaz de actos de bondade, uma pessoa com bom coração, pode ter uma cara que é considerada feia, pode vestir-se
de uma maneira que é considerada pirosa, pode ter tido notas medíocres, pode ser um artista medíocre. Quando visitamos um museu com
obras belíssimas, como o Louvre ou o Prado, podemo-nos esquecer de que as pessoas, os visitantes e os funcionários que estão lá connosco, são
obras mais belas do que as mais belas obras expostas que andamos a ver. Um artista torturado pela beleza que consegue, ou que não consegue,
dar ao que pinta e que se autodestrói está equivocado. Seria preferível deixar de pintar ou pintar obras medíocres. Como dizia o meu avô ma-
terno, que era médico, «mais vale burro vivo do que sábio morto». Se a busca da beleza nos impede de viver, então há é uma beleza que nos
perde. E há.
Penso que não nos devemos enganar sobre a beleza. Se a nossa obra artística, ou outra, não implica a renúncia às coisas inúteis e a par-
tilha, então é bastante inútil. E as coisas inúteis, para uma poetisa, são o desejo de escrever obras perfeitas e o de ser reconhecida pelos seus pa-
res. Roubei à Irmã Emmanuelle a expressão «renúncia às coisas inúteis e partilha» («renonce aux choses inutiles et partage», in Famille chré-
tienne, Numéro hors série, été 2004, p. 6). Se não há partilha, o artista é quase tão aberrante como um padre que celebrasse a missa só para si.
Os artistas são, às vezes, muito egoístas. É verdade que as suas obras, apesar disso, podem comunicar — mas será involuntariamente?
— bons sentimentos. A arte está cheia de ódio, de maus sentimentos. Parece que estou a dizer mal da arte e não queria fazer isso.
No Natal, uma amiga mandou-me um cartão de boas festas da Unicef com um Anjo da Anunciação de Fra Angelico. Tenho-o em ex-
posição no meu quarto e, quando quero rezar, olho para ele. Mas não sou contemporânea de Fra Angelico. Não posso tomar café e tagarelar
com ele nos cafés como posso fazer com a amiga que me enviou o anjo dele pelo Correio. Por isso o Anjo da Anunciação de Fra Angelico, que
é tão bonito, pode também ser doloroso. Fra Angelico já morreu. E não é a beleza do anjo de Fra Angelico que me garante que Fra Angelico
ressuscitará.
Um poema de Rimbaud está cheio de violência. Há muita beleza na expressão dessa violência. E isto é terrível. Preferia que Rimbaud
não estivesse ferido a ponto de escrever daquela maneira? Preferia. Mas não posso dizer isto assim.
A arte é feita para construir a paz. Não é um esgrimir no vazio. Não pode ser. Olho para o Anjo da Anunciação de Fra Angelico. Parece-
-me belíssimo. É vermelho e dourado. É verde e azul. Mas, ao escrever assim, parece-me que estou a evocar o poema de Rimbaud intitulado
«Voyelles». A arte é um modo de lidar com a ausência. E por isso é tão preciosa e tão perigosa. Nunca é a alegria da presença. P.V.P.: 40 € / ISBN: 978-972-37-1349-7
Assírio & AlvimII
Rua Passos Manuel, 67-B
editores e livreiros 1150-258 Lisboa

Título: A LUZ FRATERNA / poesia reunida


Autor: António Osório
Prefácio: Eugénio Lisboa
Colecção: Documenta Poetica
Ano de edição: 2009 / Tema, classificação: Poesia
Formato e acabamento: 16 x 24 cm, edição brochada
N.º de páginas: 656

A Luz Fraterna reúne toda a obra poética de António Osório, produzida de 1965 a 2009.

«A poesia de António Osório – e nela incluo, por assim dizer, todos os seus livros, mesmo os
que, aparentemente, são de prosa — é sempre em verso livre (quando leio obras como a Libertação
da Peste — livro notável — ou Crónica da Fortuna, o meu ouvido “diz-me” que estou a ler versícu-
los, como quando leio A Raiz Afectuosa ou A Ignorância da Morte.)
Do já citado livro de C.S. Lewis, recolho uma observação pertinente e que me parece ser digna
de ser tomada em conta pelos leitores da obra de António Osório, que agora se publica «completa».
Diz Lewis ser “possível que aos jovens de hoje se tenha deparado demasiado cedo o verso livre.
Quando este é veículo de verdadeira poesia, os seus efeitos auditivos são de extrema subtileza e, para
uma verdadeira apreciação, exigem um ouvido longamente familiarizado com a poesia metrificada.
Aqueles que acreditam poder apreciar verso livre sem experiência de métrica estão, creio eu, a enga-
nar-se a si próprios, tentando correr antes de saberem andar. Mas na corrida literal as quedas ma-
goam e o aspirante a corredor logo descobre o seu erro.” Um dos grandes prazeres que podemos de-
duzir da leitura dos livros do autor de Décima Aurora vem de podermos ir ajustando, com cuidado
e alguma teimosia, o nosso ouvido à música subtilíssima que se esconde na só aparente “liberdade”
que os versos sugerem.»
Eugénio Lisboa
P.V.P.: 48 € / ISBN: 978-972-37-1430-2

Das könnte Ihnen auch gefallen