Sie sind auf Seite 1von 32

Alexandre Martins, cm.

Marianinhos
a Seção de Menores das
Congregações Marianas

São Gonçalo
2008
do mesmo autor:
Perguntas a um Congregado
Palavra do Assistente
Apologeticando - a defesa da Fé

Copyright 2008 © Alexandre Martins

Correção ortográfica: profa. Bruna da Silva Tavares


Capas e diagramaçào: do autor

O registro de direito das fotos bem como de ilustrações desta publicação


é de domínio público.

Pedido de exemplares:
rua Nilo Peçanha, 110 / 1101, São Gonçalo, RJ, CEP 24445-360,
ou pelo correio eletrônico
livrosmarianos@gmail.com com o assunto “Marianinhos”.
Apresentação

Alexandre Martins é um Congregado Mariano


que conhece, como poucos, a história e atuação em todo
mundo, especialmente no Brasil, das Congregações
Marianas em seus quase 450 anos de existência. Além
da sua participação ativa na Congregação Mariana Nossa
Senhora Sede da Sabedoria*, já escreveu vários livros sobre
as Congregações Marianas.
Quando em 1994 foi elaborada a atual “Regra de
Vida” para as Congregações Marianas no Brasil, sob minha
coordenação, recebi muitas sugestões e contribuições de
vários congregados marianos do Brasil entre os quais
destaquei, na Nota Explicativa da publicação do livro ““As
Congregações Marianas no Brasil”, a participação do
jovem congregado mariano Alexandre Martins.
Agora ele oferece aos congregados marianos do
Brasil um novo livro de grande oportunidade.
Desde o início dos anos 1990 as Congregações
Marianas do Brasil, com sua identidade canônica aprovada
pela CNBB e com atuação nas Dioceses do Brasil, do
Amazonas até o Rio Grande do Sul, têm experimentado
grande desenvolvimento especialmente entre os jovens.
Um dos meios que está se mostrando mais eficaz
tem sido o incentivo aos grupos de “Marianinhos” que se
formaram em muitas Congregações Marianas.

(*) - www.sededasabedoria.org
5
Marianinhos

Os Marianinhos podem ser considerados a Seção de


Menores das Congregações Marianas. Eles são formados
por crianças e adolescentes, que já participam da Sagrada
Eucaristia e que se reúnem, em grupo especial, sob a direção
e orientação de um congregado mariano (ou congregada)
que tenha capacidade para guiar e formar estes meninos e
meninas. Eles participam da vida da Congregação Mariana
como Aspirantes (ou mesmo Candidatos em alguns casos),
possuem reuniões próprias e atividades formativas e
recreativas adaptadas à sua faixa etária.
A criança e o adolescente, particularmente os
que receberam no lar uma primeira formação religiosa
e vivem num clima familiar sadio, são muito sensíveis à
ação da Graça divina. Eles aceitam com naturalidade a
visão de fé que para os adultos nem sempre é fácil acolher
e viver. Na criança não existem os entraves do orgulho,
dos preconceitos, das tentações que tanto bloqueiam o
florescimento da vida cristã nos adultos.
Por este motivo os grupos de Marianinhos são
hoje uma escola providencial para formar excelentes
congregados que vão viver plenamente na Igreja sua
consagração pessoal à Virgem Santíssima.
Agradeço a Alexandre seu livro e faço votos de
que possa inspirar nas Congregações Marianas do Brasil a
formação e o incentivo aos grupos de Marianinhos.

Deus o abençoe !

Rio de Janeiro, 02 de abril de 2008.

† D. José Carlos de Lima Vaz, SJ


Vice-Assistente Nacional

6
Introdução
Muito se tem perguntado sobre um material para
uma Seção de menores nas Congregações Marianas. Vários
presidentes de CCMM. tem pedido subsídios para a criação
destas seções e tem se lamentado da pouca literatura sobre
o assunto.
Devido a esses motivos, quis presentear as CCMM.
do Brasil com este livro que pode ajudar a criar Seções
de Menores em Congregações Marianas para que, então,
possam estas seguirem pelos anos com renovado ardor
missionário e santificante.
Como quase tudo nas Congregações Marianas, que
são um grande manancial de belezas, este livro não esgota o
assunto “Marianinhos” e muito menos o estudo pastoral do
trabalho de evangelização de crianças e adolescentes.
Este livro não é um Manual de Marianinhos. É
apenas um livro que pode servir para compor a bibliografia
daquele que seja, então, um Manual oficial. O público
alvo deste livro são os Presidentes de Congregações, os
Coordenadores das Seções de Menores, os Assistentes,
enfim: todos aqueles que gostam de trabalhar com as
crianças e adolescentes nas Congregações Marianas. São
eles que precisam de base para desenvolverem um trabalho

7
Marianinhos

salutar que somente eles mesmos sabem como e quando


agir no seu meio.
É bem sabido que a convivência dos adultos com
as crianças “remoça” e que a convivência das crianças
com adultos “amadurece”. Os mais velhos sentem-se como
jovens no trato com os pequenos e estes sentem grande
prazer em estar com aqueles “vovôs”... O convívio de
várias faixas etárias, na Congregação Mariana, é algo de
salutar e que vem sendo comprovado eficazmente há mais
de 400 anos.
Não se desejaria que houvesse numa Congregação
a prejudicial mistura de idades e classes sociais como se
vê em algumas, mas por outro lado, cada um no seu grupo,
todos se irmanam no mesmo ideal.
A Seção de Menores é justamente isso: um local
onde os pequenos possam, desde os primeiros anos, ter
contato com a Escola de Maria.

Arbor ex fructu cognoscitur. *

o autor

(*) se conhece a árvore por seus frutos.

8
“Todos nós devemos lutar,
a fim de que cada criança
possa ser uma primavera de
alegria e de graça”.
D. Eugênio de Araújo, Cardeal Sales
ex-Assistente Nacional das CCMM
História das
Seções de Menores

N a primeira Congregação Mariana já existia uma


Seção de Menores. Eram, segundo historiadores,
os posteriores filhos dos primeiros congregados. Na
Ata da reunião, cita-se a presença deles, conforme
relata o pesquisador Antonio Maia (o grifo é nosso):
“Os primeiros Estatutos de 1564 foram dados
certamente pelos primeiros membros fundadores. O
pe. Cláudio Acquaviva foi o primeiro dentre os
Gerais da Companhia de Jesus a estabelecer, em l° de
novembro de 1587, as Regras da CM., recebendo
para isto autorização do Papa.
O texto de aprovação é acompanhado de
uma espécie de Ata com todas as circunstâncias da
promulgação. Depois de relatar que estavam presentes
todos os membros da Diretoria da CM., assim como
os membros da “Congregação de Menores”, diz o
Secretário:

11
Queridas crianças e
adolescentes (..)
Segui-O com entusiasmo
e ajudai todos a
aproximarem-se d’Ele
com toda a confiança.
Jesus é a Porta Santa que
nos permite entrar no
Reino de Deus.
papa João Paulo II,
Jubileu das Crianças, 2/01/2000
Grandes “pequenos”
Vários grandes congregados marianos foram também
pequenos congregados marianos. Mas pequenos apenas no
sentido de pertencerem a uma Seção de Menores.
Desde cedo sentiram em seus pequenos corações
o amor à Virgem Maria cultivado nas Congregações
Marianas. Pelo exemplo dos congregados mais antigos
e mais velhos foram moldando seus espíritos para esta
vassalagem mariana que somente poderiam ser admitidos
futuramente, na juventude.

O Servo de Deus João Paulo II poderia, pela idade à


época, ser um Marianinho. Tinha somente 14 anos, quando
foi um dos fundadores de uma Congregação Mariana para
estudantes do seu colégio em Wadowice, Polônia. Foi duas
vezes Prefeito (Presidente, como chamamos no Brasil)
de sua Congregação e nela aprendeu mais perfeitamente
aquela ardente devoção marial que ostentava no seu brasão
pontifical : o lema “Totus Tuus” - “todo teu” - dedicado
à Virgem Maria; a letra “M” latina aos pés da cruz,
simbolizando a Stabat Mater no Gólgota; o blau (azul) no
fundo, a cor marial na heráldica.
23
“Sim, eu sou congregado mariano. Fui
por duas vezes Prefeito (Presidente) de
minha Congregação Mariana.” - disse
João Paulo II durante uma visita Ad-
limina de Bispos do Brasil.
É preciso toda uma
Comunidade para
educar uma criança.
(provérbio africano)
mais que uma seção, uma
necessidade
A transformação da Sociedade - um elemento
característico das Congregações Marianas - passa
necessariamente pela transformação das famílias em
“pequenas Igrejas”. Nisto, a conversão dos filhos é um dos
pilares.
“O verbo “educar” subentende uma especial
atenção às crianças, aos adolescentes e aos jovens,
enquanto põe em evidência aquela tarefa que é
própria sobretudo da família”.5

E não somente em valores espirituais, mas mesmo


em valores morais, a família faz com que por meio a
uma ““formação à castidade os adolescentes e os jovens
aprendem a viver a sexualidade na dimensão pessoal,
recusando qualquer separação entre a sexualidade e o
amor — entendido como doação de si — e o amor esponsal

5 - S.S. Bento XVI. Discurso na Abertura dos Trabalhos do Congresso da


Diocese de Roma.

29
Marianinhos

pela família. O respeito dos pais para com a vida e para


com o mistério da procriação evitará à criança e ao jovem
a falsa idéia de que as duas dimensões do ato conjugal,
unitiva e procriativa, se possam separar arbitrariamente.
A família é reconhecida assim como parte inseparável da
vocação ao matrimônio.” 6

A criação de uma Seção de Menores em


Congregações Marianas pode parecer algo de extraordinário,
mas não o é.
Evidentemente que sua existência não é
absolutamente necessária como se fosse parte da organização
mínima de uma Congregação, mas com o passar do tempo
e de acordo com a característica
de funcionamento local 7 pode
passar a ser uma necessidade
até mesmo urgente.
Em Congregações
Marianas paroquiais, por
exemplo, é necessário que
se continue a Congregação
por meio de novos membros
e também, por outro lado, a
Pastoral local necessita de
grupos que acolham os novos
comungantes.
É reclamação geral
a falta de opções locais para
a perseverança de tantas
crianças que a cada ano fazem sua Primeira Comunhão.

6 - Pontifício Conselho para a Família. Sexualidade Humana: Verdade e


Significado. Orientações educativas em família.
7 - Regra de Vida 47
30
“Crescit in egregios
parva juventa viros
-
dos meninos se fazem
os homens”
(adágio latino)
Marianinhos

A formação e admissão

Através de reuniões semanais, obedecendo uma


pedagogia adequada, como já foi dito, é feita a formação
do congregado menor ou marianinho. Depois de alguns
meses, é feita a Consagração temporária do candidato
a congregado. Nesta Consagração - que equivaleria na
Congregação a um candidato - a criança ou adolescente será
considerado efetivamente um congregado-menor.
Como há rituais de admissão na Seção de Menores
e Consagração temporária na mesma, a efetivação de sua
passagem para a Congregação Mariana poderá ser feita sem
ritual.

Marianinhos da CM Niño Jesus, Espanha, 1967.

50
Devemos nos fazer amar pelo
menino para fazê-lo amar a
Deus.
s. João Bosco
fundador dos padres Salesianos e um dos maiores
educadores do século XIX
atividades obedecendo à
Psicologia infantil
Se o caríssimo leitor é alguém cuja responsabilidade
de uma Seção de Menores está sobre si ou então alguém
que gostaria de colocar em prática em sua Congregação
Mariana este “celeiro de vocações”, este capítulo será o
mais interessante e prático.
Vamos primeiramente analisar a psicologia infantil
e a juvenil, pois somente conhecendo nossos “clientes”,
poderemos lhe indicar o melhor para eles. É como num
exército: o comandante deve conhecer seus soldados para
poder tirar de cada um o que cada um possa dar, sem deixá-
los subjugados, mas antes animados por uma motivação
que fará o sucesso e a vitória da tropa. Em seguida,
demos algumas dicas de reuniões, atividades, etc. sempre
seguindo uma idéia de que a Seção é “uma escola de futuros
congregados” e não uma “creche católica para crianças sem
atividade”.

53
Marianinhos

Como se pode perceber, há vários motivos para se


ter uma correta e adequada preparação daquele congregado
mariano que irá ser o responsável pela Seção de Menores.
Com razão se insiste que apenas aquela menina
“que estuda para ser professora” nem sempre é a pessoa
adequada para ser Coordenadora da Seção. Há um grande
preconceito em nossa Sociedade no trato com as crianças.
Acha-se que somente as moças têm capacidade ou paciência
para isso e ninguém mais. Por vezes, aquele advogado
quarentão tem mais preparo e maturidade para o trabalho.
Se for o caso, deixemos então a este o trabalho de organizar
os Marianinhos da Congregação, certo?

Algo a ser evitado pelo coordenador

Em primeiro lugar, repetimos que o Coordenador


de uma Seção de Menores deve ter todo o conhecimento
possível das fases pelas quais passa a criança e o
adolescente. O mais indicado é que seja um adulto que faça
esta função ou então um jovem com maturidade adequada.
Nunca se dê este ofício a um jovem mais novo, pois ele já
tem seus próprios problemas e não saberá orientar os mais
novos, pois ainda não tem a distância da idade necessária
para um julgamento imparcial.
O Coordenador - ou outro nome que a Congregação
utilize - é apenas alguém para orientar as crianças e nunca
deve tomar para si uma função paternal e muito menos
maternal. É a família de cada criança a responsável por ela
e é a quem cabe educá-la, pois tem esta responsabilidade
perante Deus. Como diz a Escritura: “O Senhor glorifica o
pai em seus filhos e consolida a autoridade da mãe sobre a
prole.” (Eclo 3,2)

66
Alexandre Martins, cm.

Seleção

Enquanto se pensa com


razão que não se deve encarar os
Marianinhos como apenas “um grande
grupo de crianças” que apenas formam
uma massa de “garotos com camiseta”,
deve-se também ver que há muitas
crianças e adolescentes que devem
ser especialmente recrutados para que,
por sua vez, na Seção de Menores,
sejam novamente selecionados para a
Congregação Mariana.
Nisto há uma discrepância
em várias Congregações Marianas:
preocupam-se em selecionar os aspirantes e candidatos,
mas não os Marianinhos.
Talvez acreditem que apenas por estar a criança
tantos anos em convívio com os congregados será isto
mesmo um fator que determine sua vocação. É um erro
pensar assim. Lembremos de tantos irmãos leigos em
mosteiros e conventos que nunca foram admitidos às
Ordens por apenas não terem a vocação para o chamado
sacerdotal. Nem sempre o “estar com lobos se aprende a
uivar”, como diz o ditado.
Façamos então um simples diagrama para orientar
o pensamento:

1 - Nem todas as crianças podem ser Marianinhos.


Então nem todas as que fazem sua Primeira
Comunhão podem ser admitidas;

67
Jubileu das
Crianças

O Servo de Deus papa


João Paulo II, quando das
comemorações do Jubileu do
Ano 2000, referiu-se também às
crianças, quando a Igreja dedicou
uma comemoração do Jubileu
especialmente a elas, chamado
de “Jubileu das Crianças”. Eis o
texto na íntegra:

“Queridas crianças
Caríssimos adolescentes!

1. Estou muito contente por me encontrar no meio


de vós, que hoje celebrais o vosso Jubileu. Obrigado
pelo entusiasmo com que encheis de festa esta Praça, e
obrigado também pela mensagem que quisestes dirigir-me.
Saúdo-vos a todos com grande afeto. Saúdo o Assistente-
Geral da Ação Católica, D. Agostino Superbo, que com
as suas palavras me manifestou os vossos sentimentos.
Saúdo também o Cardeal Camillo Ruini, os Bispos e os
sacerdotes, assim como os vossos pais e educadores, que
quiseram estar hoje convosco. São muitos. E daqui não se
vê até aonde chegais: provavelmente até ao Tibre...!
A vossa presença recorda que o Jubileu é tempo de
alegria. Deus é Pai bom, sempre pronto a perdoar e a oferecer
90
Alexandre Martins, cm.

aos seus filhos ocasiões para recomeçar a viver e a esperar.


Ele abre-nos mais uma vez o seu coração para que cada
um, arrependendo-se dos próprios pecados, empenhando-se
em propósitos de bem e realizando gestos de fé e de amor,
possa retomar o caminho que a Ele conduz.
Queridas crianças e adolescentes! Da Itália e do
mundo viestes a Roma para estreitar com Jesus um pacto
de amizade, a exemplo de jovens santos como Pancrácio e
Tarcísio, que aqui deram a própria vida para permanecerem
fiéis a Ele! O cansaço e as dificuldades que tivestes de
enfrentar fizeram com que compreendêsseis que seguir o
Evangelho requer sacrifício, mas cumula de alegria. Bom
Jubileu!
2. Queridas crianças, caros adolescentes, nesta
manhã muitos de vós, com os seus pais e acompanhadores,
participaram na Missa jubilar na Basílica de São Pedro.
Ao doar-se-vos na Eucaristia, Jesus revelou-vos que a vida
adquire todo o seu valor quando se torna um dom para os
outros. O testemunho dos santos e dos mártires, que O
veneraram na Cidade eterna, fizeram-vos compreender que
só com Cristo é possível realizar grandes coisas e só com
Ele é possível ser feliz e tornar os outros felizes.
Quereis difundir a todos a vossa alegria pelo dom
que o Pai nos fez ao enviar-nos o seu Filho Jesus, a fim
de que se tornasse nosso irmão. Testemunhais no mundo
que, acolhendo Jesus no meio de nós, é possível fazer da
humanidade uma grande família.
Muitos de vós falam francês, provavelmente
todos, sem exceção. (aqui o Santo Padre fala palavras em
francês)
3. No início de um novo ano, queridas crianças e
adolescentes, não podemos esquecer todos aqueles que,
na vossa idade, sofrem por causa da fome e da violência,
e quantos são vítimas de horríveis formas de exploração.
91
Marianinhos

Como poderíamos esquecer as inúmeras crianças, às


quais é negado o direito de nascer?
Quando querem edificar um mundo ignorando Deus
e a sua Lei, as pessoas criam, de fato, uma situação de
injustiça e de sofrimento sempre maiores.
Com o Jubileu, o Senhor convida-nos a corrigir estes
erros, cooperando no grande plano que Ele estabeleceu para
cada pessoa e para a inteira raça humana. Jesus precisa de
vós para realizar esta tarefa. Confia os seus planos a vós e
pergunta-vos: desejais ser meus amigos? Desejais ajudar-
me a tornar o mundo mais bonito e acolhedor? Desejais ser
testemunhas do meu amor na Igreja e no mundo?
Dizei-Lhe “sim” com entusiasmo e levai a alegria
do Evangelho ao novo milênio. Pertencemos mais ao
novo milênio, ao terceiro milênio, do que ao segundo.
4. Minhas queridas crianças, vós com certeza
recordareis o que aconteceu quando Jesus, aos doze
anos, durante a peregrinação a Jerusalém, permaneceu no
Templo. Maria e José encontraram-n’O quando estava a
falar com os doutores, surpreendidos pela sua inteligência e
respostas (cf. Lc 2, 47-48). Recordareis também como Ele
mesmo, sendo já um incansável pregador do amor de Deus
aos homens, propôs aos discípulos as crianças como
modelo dos que acolhem o Reino de Deus (cf. Mc 10, 14-
15).
Ao começar por vós, crianças e adolescentes, a
série das solenes celebrações jubilares, a Igreja põe-vos no
centro de atenção dos crentes. Recebei o dom do Jubileu e
retornai a casa transformados pelo amor de Jesus, que vos
deu a sua amizade. Segui-O com entusiasmo e ajudai todos
a aproximarem-se d’Ele com toda a confiança. Jesus é a
Porta Santa que nos permite entrar no Reino de Deus.
Vê-se, sente-se que os espanhóis estão presentes:
vê-se que são muitos.

92
Alexandre Martins, cm.

5. Saúdo as crianças vindas da Polônia para o


encontro hodierno, por ocasião do Grande Jubileu do Ano
2000. Estou muito contente com a vossa presença aqui na
Praça de São Pedro, porque deste modo testemunhais que
amais Jesus Cristo e desejais caminhar juntamente com Ele
durante a vida.
Também Ele vos ama e vos quer ajudar. Ele entende
os vossos desejos e espera a vossa resposta.
Queridas crianças e adolescentes, vós sois a
esperança da humanidade; que o amor de Cristo, graças a
vós, se estenda no vosso ambiente, nas famílias e no mundo
inteiro. Confio-vos à proteção de Nossa Senhora. Transmiti
esta minha saudação aos vossos coetâneos, aos vossos pais,
irmãos e irmãs, a todas as crianças da Polônia.
6. Bom Jubileu a todos vós, queridas crianças e
caros adolescentes! Abençôo-vos com afeto, e também as
vossas famílias e educadores, e oro para que o vosso grande
e fiel amigo Jesus faça de vós a esperança e a alegria do
mundo! Bom Ano!
Antes de recitar a oração do “Angelus”, mais uma
vez o Papa brincou com as crianças, dizendo:
Agora veremos se sabeis falar também em latim, ou
pelo menos rezar em latim...
Ao despedir-se de todos, acrescentou:
Antes de me despedir, quereria ainda agradecer ao
Senhor o tempo bom. Faz um pouco de frio, mas é bonito:
há sol, não há chuva. Deo gratias! A todos desejo uma boa
continuação hoje e um bom retorno às vossas casas. Bom
ano a todos!
Louvado seja Jesus Cristo!

papa João Paulo II

93
meninas da CM da Imaculada e Santa Joana de Lestonnac
(Colégio ONS, Talavera, Espanha, 2007)
“Recomendamos que todas as crianças cristãs
possam aderir a esta Obra (a Santa Infância)
para que, graças a ela, aprendam a ajudar
a evangelização do próximo e compreendam
já na sua idade o valor precioso da Fé”

Papa João Paulo II


Índice
Apresentação de D. Vaz, SJ 5

Introdução 7

História das Seções de Menores 11


Uma realidade tropical 12
Os antigos Marianinhos 14
Opção preferencial pelos jovens 17
A Nova Regra das Congregações 20
Um pensamento “marianinho” renasce 21

Grandes “pequenos” 23

mais que uma seção, uma necessidade 29

organização geral 39
CCMM de Menores (Marianinhos) 39
Prefácio ao livro “Marianinhos, uma experiência de
renovação” 44
Uma organização mais atual 48
Diretoria 48
O ingresso 49
A formação e admissão 50
Insígnias 51

atividades obedecendo à Psicologia infantil 53


Psicologia da Infância 56
Pré-adolescência 58
a famosa Crise 63
Algo a ser evitado pelo coordenador 66
Seleção 67
O Apostolado dos Marianinhos 69
Formação específica para o apostolado 72
Meios de formação 75

Documentos sobre a Pastoral Infantil 79


A Igreja no Brasil 81
A oração pessoal 81
A oração comunitária 82
A participação na comunidade 84
A leitura orante da Sagrada Escritura 85
A vivência dos Sacramentos 86
A devoção a Nossa Senhora 88
Jubileu das Crianças 90
Mensagem do Papa João Paulo II para os 160 anos de
história da Pontifícia Obra da Infância Missionária 94

Conclusão 101

Bibliografia 104

Das könnte Ihnen auch gefallen