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BELO HORIZONTE
2012
NIKOLY LEONELLA METAXAS
Orientadores:
Juliana Oliveira Braga - Conteúdo
Rosane Catarina de Castro - Metodologia
BELO HORIZONTE
2012
Ao meu gatinho “B” por me fazer mais
feliz e me dar forças para transpor as
barreiras vividas durante esses quatro
anos.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus, por tudo o que fez por mim, por me proteger, me
guiar e me permitir sonhar de forma a alargar meus horizontes.
Enfim, a todos aqueles que compartilharam das minhas lágrimas e sorrisos, e que
de alguma forma contribuíram para minha conquista e estiveram presentes ao longo
dessa caminhada.
"Não podemos prever o futuro, mas
podemos criá-lo."
Peter Drucker
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 9
2 METODOLOGIA............................................................................................. 12
3 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES..................................................... 14
3.1 Pesquisa e análise das normas reguladoras e práticas legais para o
negócio fim da empresa ......................................................................................... 14
3.2 Identificação das ações e práticas de higiene e segurança não
condizentes com as normas/resolução na empresa pesquisada ....................... 16
3.2.1 Preparação, aplicação e análise da entrevista com o gestor .......................... 16
3.2.2 Verificação e observação dos procedimentos de higiene e segurança do
trabalho com relação aos colaboradores e ambiente organizacional (in loco) .......... 19
3.2.3 Criação e aplicação do formulário de pesquisa dos processos de higiene e
segurança do trabalho junto aos colaboradores........................................................ 21
3.2.4 Análise do formulário de pesquisa aplicado nos colaboradores da empresa . 23
3.3 Criação da cartilha de práticas e higiene e segurança do trabalho ......... 24
3.3.1 Elaboração da cartilha .................................................................................... 24
3.4 Elaboração e aplicação do treinamento ao gestor, para implantação das
práticas de higiene e segurança do trabalho........................................................ 25
3.4.1 Escolha da metodologia, aplicação e análise do treinamento ........................ 26
3.4.2 Orientação ao gestor para continuidade das ações implantadas ................... 28
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 34
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 36
APÊNDICE A.................................................................................................. 38
APÊNDICE B .................................................................................................. 39
APÊNDICE C .................................................................................................. 43
APÊNDICE D .................................................................................................. 64
ANEXO 1 – NR 6 ............................................................................................ 66
ANEXO 2 – NR 7 ............................................................................................ 72
ANEXO 3 – NR 9 ............................................................................................ 77
ANEXO 4 – NR 17 .......................................................................................... 81
ANEXO 5 – NR 24 .......................................................................................... 85
ANEXO 6 – RESOLUÇÃO RDC 216/04......................................................... 95
9
1 INTRODUÇÃO
A preocupação por parte das empresas com relação ao seu desempenho tem
aumentado muito no cenário empresarial, devido à competitividade que cresce a
cada dia. Nesse contexto, as empresas, com a necessidade de se adaptar a um
mundo de negócios globalizado, dinâmico e altamente competitivo, precisam estar
preparadas para acompanhar o mercado. Sendo assim, torna-se primordial o
desenvolvimento do seu capital intelectual, bem como propostas de melhoria das
condições de trabalho e processos internos da organização. Traçar estratégias
voltadas para a gestão de pessoas torna-se um diferencial, já que a progressão dos
colaboradores tem papel primordial no engrandecimento e estabilidade das
empresas.
A empresa objeto de estudo é a Casa de Carnes TG. Esta é uma microempresa que
atua no ramo do agronegócio, no segmento de frigoríficos, localizada na cidade de
Contagem/MG. Ela está inserida num mercado cada vez mais exigente, que busca
postura diferenciada de gestão, para adaptar-se as constantes demandas do mundo
corporativo.
Desta forma, foi elaborado o seguinte objetivo geral para responder a questão
norteadora: propor as ações necessárias a serem desenvolvidas na Casa de Carnes
1
Stakeholders: se refere a qualquer pessoa ou entidade que afeta ou é afetada pelas atividades de uma
empresa.
11
2 METODOLOGIA
Neste capítulo será apresentada a metodologia que foi utilizada para a realização
das atividades. A pesquisa realizada caracterizou-se por intervencionista e teve foco
na implantação de ações visando à resolução de problemas voltados para higiene e
segurança, bem como condições de trabalho propícias.
Com relação aos meios, o presente estudo foi caracterizado por investigação dos
tipos: pesquisa de campo, bibliográfica e documental. Foram realizadas visitas na
empresa para levantamento de dados, observação in loco, aplicação de questionário
aos colaboradores e entrevista com o gestor, visando examinar os problemas pelos
quais a empresa passa hoje, com relação às condições de higiene e segurança do
trabalho.
A estrutura deste estudo foi embasado em pesquisas nos sites dos órgãos
governamentais responsáveis pelas questões de higiene e segurança do trabalho
nas empresas. A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida a partir de autores
relacionados ao tema proposto.
Com relação aos sujeitos de pesquisa, estes foram compostos pelo gestor e
funcionários da empresa. Os funcionários sujeito da pesquisa foram os açougueiros,
que compõem uma equipe de nove colaboradores, os quais são responsáveis pelo
manuseio e preparo dos produtos, bem como a venda direta dos mesmos.
14
Para a realização desta atividade foram realizadas três tarefas: pesquisa, análise e
escolha das normas reguladoras e práticas de higiene e segurança no trabalho para
a empresa pesquisada. As mesmas foram realizadas no período de 08/08/2012 a
22/08/2012. Estas três tarefas tiveram o mesmo foco, a identificação e análise de
quais as normas e práticas legais deveriam ser implementadas na empresa
estudada, atuante do ramo alimentício, visando às boas práticas de higiene e
segurança no trabalho, bem como a regularização junto aos órgãos legais. A seguir
será descrito o desenvolvimento destes processos.
De acordo com a análise feita pela estagiária através dos dados levantados pela
manifestação do gestor nas respostas às perguntas efetuadas, foi possível observar
que o conhecimento do mesmo pelas normas e práticas é estritamente limitado a
saber que, caso a empresa não atenda aos órgãos legais a empresa pode ser
multada. Em relação aos procedimentos de higiene e segurança para a realização
do processo de trabalho dos colaboradores, o mesmo afirmou que ele não tem
nenhum conhecimento. Os esforços diários para a realização das tarefas não são
amparados pela grande maioria dos aspectos relacionados à promoção da higiene e
segurança do trabalho. Desta forma, observou-se que, de fato, que a empresa não
possui nem mesmo uma mínima parcela de conhecimento e tampouco faz uso das
normas e práticas requeridas pelos órgãos legais, quanto a obrigatoriedade de
implantação e continuidade das ações de higiene e segurança, conforme as normas
regulamentadoras e resolução da Anvisa.
O gestor afirmou que tem interesse pela implantação das melhorias propostas pela
estagiária e disse que, não afetando em custos elevados para a empresa, irá aplicar
as ações necessárias e dará continuidade à utilização da cartilha e aplicação dos
treinamentos para os açougueiros.
Outra consideração importante feita pelo gestor foi com relação ao projeto de
ampliação pelo qual a Casa de Carnes TG passa no momento. A empresa adquiriu
imóvel próprio, onde está sendo construído um novo espaço físico, com término
previsto para jan/2013. Este visa atender a um número maior de clientes, tanto no
segmento varejo, como no atacado. Para tanto, foi relatado pelo entrevistado à
importância da implantação de tais melhorias, para o melhor controle dos processos
internos e desenvolvimento da sua equipe de colaboradores, que, com a nova
estrutura física deverá quase que dobrar o número.
19
Pôde-se inferir também pela análise da entrevista, que o gestor demonstra uma alta
preocupação pelo lucro da empresa, mas não estabelece a devida atenção a
aspectos tão relevantes quanto à promoção da higiene e segurança do trabalho.
Diante do apresentado observa-se que a entrevista, também contribuiu com a
estagiária, na obtenção de dados auxiliando no desenvolvimento das ações de
melhoria que serão propostas/implantadas na empresa. É importante relatar a
dificuldade para realização dessa atividade, devido à indisponibilidade de tempo do
gestor, a entrevista foi remarcada três vezes.
Não existe local apropriado para alimentação (refeitório e/ou área de convivência)
dos colaboradores nos horários devidos (almoço e/ou lanche). As refeições ocorrem
dentro do escritório do gestor ou numa área externa, aberta que fica no fundo da
empresa. A alimentação dos funcionários é aquecida num fogão de 2 bocas e/ou
numa espécie de marmita elétrica que recebe o nome de marmiquente.
Outro ponto que também não está em conformidade com a resolução da Anvisa é a
forma como as carnes são temperadas e preparadas para a venda. Não existe local
e nem procedimentos padrões para a manipulação dos alimentos comercializados.
Os colaboradores preparam e/ou temperam as carnes em cima do balcão e/ou
câmara frigorífica, que ficam perto do caixa. Os temperos ficam armazenados em
potes grandes, sem prazo de validade e conservação ideal. Os colaboradores não
utilizam luvas próprias para retirar o tempero e preparar as carnes e não há controle
de higienização diária dos produtos comercializados.
Os colaboradores não utilizam os EPI’s. A empresa possui EPI’s, porém para uso
coletivo, ou seja, não há EPI’s suficientes para todos os colaboradores (individual).
21
Esta atividade foi desenvolvida logo após o término da atividade anterior, ou seja, no
mesmo dia em que o formulário foi aplicado, qual seja dia 28/09/2012. A análise do
formulário foi realizada pela estagiária, com base no somatório do número de
respostas fechadas, sim ou não. A partir das 24 perguntas foi feita a contagem de
quantos sim, e quantos não foram respondidos, em cada formulário. O campo outros
contido em cada pergunta do formulário, foi analisado visando levantar alguma outra
consideração relevante com relação ao conhecimento dos colaboradores sobre os
processos de higiene e segurança na Casa de Carnes TG.
A análise do treinamento foi realizada pela estagiária no mesmo dia, qual seja
27/10/2012, logo após seu término. Foram levantadas as seguintes considerações: o
gestor, assim como observado no desenvolvimento das atividades anteriores, não
tinha conhecimento da importância das normas regulamentadoras e resolução da
Anvisa. Este, anteriormente ao processo realizado, não tinha condição de montar um
treinamento para os colaboradores, já que não sabia nem mesmo onde
encontrar/elaborar os materiais (relatou que certa vez foi procurado por consultores
empresariais, mas que não retornou o contato) devido a falta de tempo e
capacitação específica.
A orientação acerca das ações propostas e material elaborado para a empresa foi
realizada no dia 27/10/2012, após o término do treinamento ministrado pela
estagiária. A partir das dúvidas levantadas pelo gestor, após o treinamento, a
estagiária orientou como deveria ser aplicado o treinamento - que o gestor irá
realizar quando inaugurar a nova filial da empresa - para a equipe de açougueiros,
na nova estrutura física e como esses podem ser motivados a utilizar a cartilha
efetivamente nas atividades diárias.
A estagiária, neste momento, como agradecimento pelo gestor ter cedido sua
empresa para o desenvolvimento do projeto e principalmente pela credibilidade a ela
concedida, propôs auxílio na aplicação do treinamento para os colaboradores, junto
ao gestor, quando da abertura da nova filial. Desta forma, foi observado na análise
do treinamento e orientação, a satisfação do gestor perante o trabalho realizado na
empresa, bem como o conhecimento adquirido pelo mesmo, com relação ao tema
pesquisado.
29
Sendo assim, diante do trabalho realizado é possível relatar que a Casa de Carnes
TG, necessita da intervenção da administração de recursos humanos,
principalmente no que diz a respeito às irregularidades identificadas sobre a área de
higiene e segurança do trabalho, mas que está diretamente ligada às áreas:
treinamento e desenvolvimento, clima organizacional, cultura organizacional e
qualidade de vida no trabalho, que inclusive interfere nas demais áreas macro da
empresa.
Com a realização das tarefas apresentadas, foi possível levantar todos os dados e
informações relevantes para a intervenção proposta pela estagiária. A obtenção de
dados, observação in loco, estudos teóricos, entrevistas e formulários aplicados ao
30
trabalho, já que se relacionam com o ato de cuidar da saúde, bem estar e segurança
dos stakeholders da empresa, quais sejam, colaboradores, clientes, fornecedores e
todo o público com o qual a empresa se relacione.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
2
Feedback: palavra em inglês, que no português significa retorno, resposta, crítica, análise crítica.
35
PPRA, que neste momento é opcional para a empresa, mas que, com a finalização
do projeto de expansão, será obrigação imposta legalmente.
A vivência prática que se deu com a implantação das ações de melhorias propostas
para à empresa, mostrou à estagiária que a gestão de pessoas nas organizações é
indispensável para o alcance dos objetivos almejados. Constata-se hoje, que o
futuro das empresas está nas mãos do seu capital intelectual, sendo este um dos
temas preponderantes para o estudo no contexto organizacional. É importante
ressaltar ainda, que essa experiência trouxe também uma melhor visão da dinâmica
do trabalho nas organizações, para a acadêmica.
REFERÊNCIAS
GARCIA, Adriana Amadeu; ARAÚJO, Luis César G. de. Gestão de pessoas: edição
compacta. São Paulo: Atlas, 2010. 366 p.
APÊNDICE A
2. O Sr tem conhecimento dos problemas que sua empresa pode ter caso não esteja em
conformidade com os órgãos legais (Ministério do Trabalho e Anvisa)?
3. O Sr está ciente da situação atual da sua empresa com relação à Higiene e Segurança
do Trabalho, tanto para com os clientes, como para os colaboradores?
4. Atualmente, tem aplicada na estrutura da sua empresa alguma ação que vise a
promoção da higiene e segurança dos colaboradores? Quais?
5. Quais ações, de acordo com seu conhecimento da área o Sr acha que devem ser
implantadas para melhoria das condições de Higiene e Segurança do Trabalho na sua
empresa?
7. O Sr está ciente da relação que há entre o desempenho financeiro da sua empresa com
a correta aplicação da Higiene e Segurança do Trabalho na sua empresa?
APÊNDICE B
Prezado entrevistado,
De acordo com a Resolução 196/96 que rege a ética em pesquisa informo que:
• A sua participação no preenchimento deste questionário é voluntária.
• Não é preciso se identificar, assim sendo você não será identificado em nenhum
momento do relatório de pesquisa.
• Não haverá recompensa em dinheiro por sua participação, não obstante suas
respostas contribuirão para a melhoria da qualidade nos serviços oferecidos
visando sua maior satisfação.
• Você não está correndo nenhum tipo de risco físico ou mental ao participar.
• Comprometo-me a enviar o relatório com os dados finais da pesquisa a todos
que manifestarem interesse através do e-mail: nikmetaxas@hotmail.com.
• Você tem o direito de retirar sua participação na pesquisa a qualquer tempo.
Orientação: assinale a resposta que mais se adéqua a sua percepção com relação ao seu
ambiente de trabalho.
6 Você tem conhecimento da norma NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais
de Trabalho e sua aplicabilidade no ambiente de trabalho?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
7 Você tem conhecimento da resolução 216/04 da ANVISA e em que situação e/ou tipo de
empresa é utilizada?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
10 Você tem ciência da obrigatoriedade de disponibilização dos EPI’s por parte da empresa
e da utilização por parte do colaborador?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
13 Você fez exame periódico quando próximo de completar 1 ano de trabalho na casa de
Carnes TG?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
14 Você já fez algum exame específico, como hemograma, para a Casa de Carnes TG?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
16 Você faz esforço físico, considerado inviável para sua saúde, na descarrega e/ou
transporte dos produtos (carnes e afins)?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
17 Você já fez algum treinamento para orientação de como deve ser realizada a
descarga/transporte dos produtos?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
19 Você considera o local de manuseio e/ou preparo dos produtos apropriado, com relação
a esforços físicos e repetitivos?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
( ) Outros
22 Você realiza algum tipo de anti-sepsia (procedimento para lavagem/secagem das mãos)
nos procedimentos de manipulação/preparação dos produtos?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
24 A empresa possui algum manual e/ou cartilha que contenha as boas práticas para
serviços de alimentação?
( ) Sim
( ) Não
( ) Outros
APÊNDICE C
ELABORAÇÃO:
Nikoly Leonella Metaxas
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 04
CAP. 1 - A CARTILHA DE BOAS PRÁTICAS ......................................................... 05
O que é a cartilha? ......................................................................................... 05
Pra que serve a cartilha? ................................................................................ 05
CAP. 2 - MANIPULADOR DE ALIMENTOS ............................................................. 06
Quem é o manipulador de alimentos? ............................................................ 06
Qual a função do manipulador de alimentos?................................................. 06
CAP. 3 - MANIPULAÇÃO E PREPARAÇÃO DE ALIMENTOS ............................... 07
Como manipular e/ou preparar alimentos com higiene?................................. 07
CAP. 4 - ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE E EXPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS09
Armazenamento dos alimentos ...................................................................... 09
Transporte e/ou exposição dos alimentos ...................................................... 10
CAP. 5 - HIGIENIZAÇÃO.......................................................................................... 11
O que é higienização? .................................................................................... 11
Higienização pessoal ...................................................................................... 11
Higienização das mãos ................................................................................... 12
Higienização do local de trabalho ................................................................... 13
Higienização dos móveis e/ou utensílios ........................................................ 14
CAP. 6 - DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS ....................................... 15
O que são doenças transmitidas por alimentos? ............................................ 15
Principais sintomas ......................................................................................... 15
Principais doenças transmitidas por alimentos ............................................... 16
CAP. 7 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ........................................ 17
O que são EPI's? ............................................................................................ 17
Para qual finalizadade os EPI's são utilizados? .............................................. 17
Quais EPI's devem ser utilizados pelos açougueiros?.................................... 18
GLOSSÁRIO .................................................................................................. 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 20
47
Prezado leitor,
O que é a cartilha?
Manusear os alimentos;
preparar os alimentos,
fracionar os alimentos;
embalar os alimentos;
armazenar os alimentos;
transportar os alimentos; e/ou
expor os alimentos à venda.
50
CUIDADO!
ATENÇÃO!
Armazenamento a seco –
produtos não perecíveis que vão
para o estoque;
ATENÇÃO!
CAPÍTULO 5 - HIGIENIZAÇÃO
O que é higienização?
Higienização pessoal
São todas as ações que devem ser praticadas visando manter a saúde
física e mental e prevenir doenças.
Observações:
IMPORTANTE!
ATENÇÃO!
Principais sintomas
Vômitos;
diarreias;
dor de cabeça;
dor abdominal;
formação excessiva de gases;
fadiga;
falta de apetite e/ou náusea;
febre;
alteração da visão, e
olhos inchados.
ATENÇÃO!
IMPORTANTE!
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE D
ANEXO 1 – NR 6
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 05, de 07 de maio de 1982 17/05/82
Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 14/03/83
Portaria DSST n.º 05, de 28 de outubro de 1991 30/10/91
Portaria DSST n.º 03, de 20 de fevereiro de 1992 21/02/92
Portaria DSST n.º 02, de 20 de maio de 1992 21/05/92
Portaria DNSST n.º 06, de 19 de agosto de 1992 20/08/92
Portaria SSST n.º 26, de 29 de dezembro de 1994 30/12/94
Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001 17/10/01
Portaria SIT n.º 48, de 25 de março de 2003 28/03/04
Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004 10/12/04
Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006 06/12/06
Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006 22/12/06
Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 27/08/09
Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009 13/11/09
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010 08/12/10
Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011 09/12/11
6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por
vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto
à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o
empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no
ANEXO I desta NR.
6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR,
sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados,
deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas
àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI
adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou,
na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de
dezembro de 2010)
6.6 Responsabilidades do empregador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de
2010)
6.7 Responsabilidades do trabalhador. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de
2010)
6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de
dezembro de 2010)
6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade: (Alterado pela Portaria SIT
n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.
6.9.3 Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da
empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do
importador, o lote de fabricação e o número do CA.
6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o
número de referência, além de outros requisitos.
ANEXO I
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
A.1 - Capacete
a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete para proteção contra choques elétricos;
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
B.1 - Óculos
a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha.
E.1 – Vestimentas
a) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;
b) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
c) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem química;
d) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
e) Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem meteorológica;
f) Vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo,
para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
F.1 - Luvas
a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.3 - Manga
a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso
de água;
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.
F.4 - Braçadeira
a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;
b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.
F.5 - Dedeira
a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
G.1 - Calçado
71
G.2 - Meia
a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
G.3 - Perneira
a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.
G.4 - Calça
a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.
H.1 - Macacão
a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos
químicos;
c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente
de operações com uso de água.
ANEXO II
(Excluído pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
72
ANEXO 2 – NR 7
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83
Portaria MTPS n.º 3.720, de 31 de outubro de 1990 01/11/90
Portaria SSST n.º 24, de 29 de dezembro de 1994 30/12/90
Portaria SSST n.º 08, de 08 de maio de 1996 Rep. 09/05/96
Portaria SSST n.º 19, de 09 de abril de 1998 22/04/98
Portaria SIT n.º 223, de 06 de maio de 2011 10/05/11
Portaria SIT n.º 236, de 10 de junho de 2011 13/06/11
7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à
saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência
de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos
trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.
7.3.1.1.2 As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados,
enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro 1 da NR 4, poderão estar
desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva,
assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho.
(Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)
7.3.1.1.3 Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico
conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador,
ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas previstas no item 7.3.1.1 e subitens
anteriores poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas
condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores. (Alterado pela Portaria n.º 8, de
05 de maio de 1996)
7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
7.4.2.1 Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II
desta NR, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base
nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos
indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério
do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante
negociação coletiva de trabalho.
7.4.2.2 Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não-constantes dos Quadros I e
II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos
aspectos de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores.
74
7.4.2.3 Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar
o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico
coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda
decorrente de negociação coletiva de trabalho.
7.4.3 A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos exames médicos
constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à periodicidade conforme previstos nos
subitens abaixo relacionados:
7.4.3.1 no exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas
atividades;
7.4.3.2 no exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo
discriminados:
a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o
desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam
portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:
a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo
médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de
trabalho;
a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os
trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;
b) para os demais trabalhadores:
b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;
b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de
idade.
7.4.3.4 No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da data da
mudança.
7.4.3.4.1 Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de
atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente
daquele a que estava exposto antes da mudança.
7.4.3.5 No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da homologação,
desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: (Alterado pela
Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)
- 135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da
NR-4;
- 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4.
7.4.4 Para cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1, o médico emitirá o Atestado de
Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias.
7.4.4.1 A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive
frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
7.4.4.2 A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na
primeira via.
7.4.4.3 O ASO deverá conter no mínimo: (Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)
a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função;
b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado,
conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho-SSST;
c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames
complementares e a data em que foram realizados;
d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM;
e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou
exerceu;
f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;
g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de
inscrição no Conselho Regional de Medicina.
7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares,
as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual,
que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO.
7.4.5.1 Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de 20
(vinte) anos após o desligamento do trabalhador.
7.4.5.2 Havendo substituição do médico a que se refere o item 7.4.5, os arquivos deverão ser
transferidos para seu sucessor.
7.4.6 O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a
serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.
7.4.6.1 O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza
dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de
resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como
base o modelo proposto no Quadro III desta NR.
7.4.6.2 O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa,
de acordo com a NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela comissão.
7.4.6.3 O relatório anual do PCMSO poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado,
desde que este seja mantido de modo a proporcionar o imediato acesso por parte do agente da
inspeção do trabalho.
7.4.7 Sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador e/ou dos exames constantes do
Quadro I da presente NR, apenas exposição excessiva (EE ou SC+) ao risco, mesmo sem qualquer
sintomatologia ou sinal clínico, deverá o trabalhador ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até
que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e as medidas de controle nos ambientes
de trabalho tenham sido adotadas.
76
7.5.1 Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse
material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.
77
ANEXO 3 – NR 9
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 30/12/90
(Texto dado pela Portaria SSST n.º 25, 29 de dezembro de 1994)
9.1 Do objeto e campo de aplicação.
9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da
saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
9.1.2 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa,
sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua
abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de
controle.
9.1.2.1 Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou
reconhecimento, descritas nos itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas
alíneas "a" e "f" do subitem 9.3.1.
9.1.3 O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto
nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
previsto na NR-7.
9.1.4 Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na
execução do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.
9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade
e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
9.1.5.1 Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos
os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
9.1.5.2 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases
ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos
pelo organismo através da pele ou por ingestão.
9.1.5.3 Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus,
entre outros.
9.2 Da estrutura do PPRA.
9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte
estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
9.2.1.1 Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise
global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e
estabelecimento de novas metas e prioridades.
9.2.2 O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais
constantes do item 9.2.1.
9.2.2.1 O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e
discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada
ao livro de atas desta Comissão.
9.2.2.2 O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a proporcionar o
imediato acesso às autoridades competentes.
78
9.2.3 O cronograma previsto no item 9.2.1 deverá indicar claramente os prazos para o
desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA.
9.3 Do desenvolvimento do PPRA.
9.3.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados.
9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por
pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o
disposto nesta NR.
9.3.2 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou
processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais
e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de
trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde
decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.
9.3.4 A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de
reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
9.3.5 Das medidas de controle.
9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização
ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes
situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os
valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores limites de exposição
ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou
aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais
rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos
observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.
9.3.5.2 O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à
seguinte hierarquia:
a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde;
b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho;
a) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho.
9.3.5.3 A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos
trabalhadores quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as
eventuais limitações de proteção que ofereçam.
9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de
medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de
estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão
ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
79
9.6.3 O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho
que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam
interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as
devidas providências.
81
ANEXO 4 – NR 17
ERGONOMIA
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Atualizações/Alterações D.O.U.
Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990 26/11/90
Portaria SIT n.º 08, de 30 de março de 2007 02/04/07
Portaria SIT n.º 09, de 30 de março de 2007 02/04/07
Portaria SIT n.º 13, de 21 de junho de 2007 26/06/07
(Redação dada pela Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma
abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado
inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua
ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de
quatorze anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo
peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves,
deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá
utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios
técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de
cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os
homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre
trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o
esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não
comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
82
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual
deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com
sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser
planejado ou adaptado para esta posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a
distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos
segmentos corporais.
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem
ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre
as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades do
trabalho a ser executado.
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
c) borda frontal arredondada;
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise
ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da
perna do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados
assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante
as pausas.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou
mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa
postura, visualização e operação, evitando movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do
papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento
ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no
INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído
aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor
não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho,
sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do
tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no
campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida
para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será
um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.
84
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros,
dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser
observado o seguinte:
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de
qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze)
dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes
na época anterior ao afastamento.
ANEXO 5 – NR 24
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Atualizações/Alterações D.O.U.
Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993 21/09/93
24.1.2 As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas essenciais. O
órgão regional competente em Segurança e Medicina do Trabalho poderá, à vista de perícia local,
exigir alterações de metragem que atendam ao mínimode conforto exigível. É considerada satisfatória
a metragem de 1 metro quadrado, para cada sanitário, por 20 operários em atividade.
24.1.3 Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo
permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores,
durante toda a jornada de trabalho.
24.1.4 Os vasos sanitários deverão ser sifonados e possuir caixa de descarga automática externa de
ferro fundido, material plástico ou fibrocimento.
24.1.5 Os chuveiros poderão ser de metal ou de plástico, e deverão ser comandados por registros de
metal a meia altura na parede;
24.1.6 O mictório deverá ser de porcelana vitrificada ou de outro material equivalente, liso e
impermeável, provido de aparelho de descarga provocada ou automática, de fácil escoamento e
limpeza, podendo apresentar a conformação do tipo calha ou cuba.
24.1.6.1 No mictório do tipo calha, de uso coletivo, cada segmento, no mínimo de 0,60m,
corresponderá a um mictório do tipo cuba.
24.1.7 Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais impermeáveis e
laváveis, possuindo torneiras de metal, tipo comum, espaçadas de 0,60m, devendo haver disposição
de 1 (uma) torneira para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores.
24.1.8 Será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um lavatório para cada 10 (dez)
trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias
tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade.
24.1.8.1 O disposto no item 24.1.8 deverá também ser aplicado próximo aos locais de atividades.
24.1.9 O lavatório deverá ser provido de material para a limpeza, enxugo ou secagem das mãos,
proibindo-se o uso de toalhas coletivas.
24.1.10 Deverá haver canalização com tomada d’água, exclusivamente para uso contra incêndio.
86
24.1.12 Será exigido 1 um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações
insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes,
poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor
intenso.
24.1.13 Não serão permitidos aparelhos sanitários que apresentem defeitos ou soluções de
continuidade que possam acarretar infiltrações ou acidentes.
24.1.15 Nas indústrias de gêneros alimentícios ou congêneres, o isolamento das privadas deverá ser
o mais rigoroso possível, a fim de evitar poluição ou contaminação dos locais de trabalho.
24.1.16 Nas regiões onde não haja serviço de esgoto, deverá ser assegurado aos empregados um
serviço de privadas, seja por meio de fossas adequadas, seja por outro processo que não afete a
saúde pública, mantidas as exigências legais.
24.1.18 As paredes dos sanitários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum ou de
concreto e revestidas com material impermeável e lavável.
24.1.19 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis, de acabamento liso, inclinado para os ralos de
escoamento providos de sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada de umidade e
emanações no banheiro, e não apresentar ressaltos e saliências.
24.1.20 A cobertura das instalações sanitárias deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e as
telhas poderão ser de barro ou de fibrocimento.
24.1.20.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas, para melhorar a iluminação natural, e telhas de
ventilação de 4 em 4 metros.
24.1.21 As janelas das instalações sanitárias deverão ter caixilhos fixos, inclinados de 45º, com vidros
inclinados de 45º, com vidros incolores e translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 da
área do piso.
24.1.21.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 m a partir do piso.
24.1.22 Os locais destinados às instalações sanitárias serão providos de uma rede de iluminação,
cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.
24.1.23 Com o objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser instaladas
lâmpadas incandescentes de 100 W/8,00 m² de área com pé-direito de 3,00m máximo, ou outro tipo
de luminária que produza o mesmo efeito.
87
24.1.24 A rede hidráulica será abastecida por caixa d’água elevada, a qual deverá ter altura suficiente
para permitir bom funcionamento nas tomadas de água e contar com reserva para combate a
incêndio de acordo com posturas locais.
24.1.24.1 Serão previstos 60 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas instalações
sanitárias.
24.1.25 As instalações sanitárias deverão dispor de água canalizada e esgotos ligados à rede geral
ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos.
24.1.25.1 Não poderão se comunicar diretamente com os locais de trabalho nem com os locais
destinados às refeições.
24.1.26.1 Cada grupo de gabinete sanitário deve ser instalado em local independente, dotado de
antecâmara.
24.1.27 É proibido o envolvimento das bacias ou vasos sanitários com quaisquer materiais (caixas)
de madeira, blocos de cimento e outros.
24.2 Vestiários.
24.2.1 Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupas
ou seja imposto o uso de uniforme ou guarda-pó, haverá local apropriado para vestiário dotado de
armários individuais, observada a separação de sexos.
24.2.4 As paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria de tijolo comum ou de
concreto, e revestidas com material impermeável e lavável.
24.2.5 Os pisos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento liso, inclinados para os ralos
de escoamento providos de sifões hidráulicos. Deverão também impedir a entrada de umidade e
emanações no vestiário e não apresentar ressaltos e saliências.
24.2.6 A cobertura dos vestiários deverá ter estrutura de madeira ou metálica, e as telhas poderão ser
de barro ou de fibrocimento.
24.2.6.1 Deverão ser colocadas telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural.
24.2.7 As janelas dos vestiários deverão ter caixilhos fixos inclinados de 45º, com vidros incolores e
translúcidos, totalizando uma área correspondente a 1/8 da área do piso.
88
24.2.7.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, à altura de 1,50 a partir do piso.
24.2.8 Os locais destinados às instalações de vestiários serão providos de uma rede de iluminação,
cuja fiação deverá ser protegida por eletrodutos.
24.2.9 Com objetivo de manter um iluminamento mínimo de 100 lux, deverão ser instaladas lâmpadas
incandescentes de 100 W/ 8,00 m² de área com pé-direito de 3.00 m, ou outro tipo de luminária que
produza o mesmo efeito.
24.2.10 Os armários, de aço, madeira, ou outro material de limpeza, deverão ser essencialmente
individuais.
24.2.10.1 Deverão possuir aberturas para ventilação ou portas teladas podendo também ser
sobrepostos.
24.2.10.2 Deverão ser pintados com tintas laváveis, ou revestidos com fórmica, se for o caso.
24.2.11 Nas atividades e operações insalubres, bem como nas atividades incompatíveis com o asseio
corporal, que exponham os empregados a poeiras e produtos graxos e oleosos, os armários serão de
compartimentos duplos.
24.2.14 Nas atividades comerciais, bancárias, securitárias, de escritório e afins, nas quais não haja
troca de roupa, não será o vestiário exigido, admitindo-se gavetas, escaninhos ou cabides, onde
possam os empregados guardar ou pendurar seus pertences.
24.2.16 É proibida a utilização do vestiário para quaisquer outros fins, ainda em caráter provisório,
não sendo permitido, sob pena de autuação, que roupas e pertences dos empregados se encontrem
fora dos respectivos armários.
24.3 Refeitórios.
24.3.1 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a
existência de refeitório, não sendo permitido aos trabalhadores tomarem suas refeições em outro
local do estabelecimento.
24.3.2 O refeitório a que se refere o item 24.3.1 obedecerá aos seguintes requisitos:
a) área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total
de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número de empregados;
b) a circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, e a circulação entre bancos e
banco/parede deverá ter a largura mínima de 55 cm.
89
24.3.3 Os refeitórios serão providos de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida por
eletrodutos.
24.3.4 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/6,00 m² de área com pé direito de
3,00 m máximo ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.
24.3.5 O piso será impermeável, revestido de cerâmica, plástico ou outro material lavável.
24.3.6 A cobertura deverá ter estrutura de madeira ou metálica e as telhas poderão ser de barro ou
fibrocimento.
24.3.7 O teto poderá ser de laje de concreto, estuque, madeira ou outro material adequado.
24.3.8 Paredes revestidas com material liso, resistente e impermeável, até a altura de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros).
24.3.9 Ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas na legislação federal, estadual ou
municipal.
24.3.10 Água potável, em condições higiênicas, fornecida por meio de copos individuais, ou
bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora, proibindo-se sua instalação em pias e lavatórios, e o
uso de copos coletivos.
24.3.11 Lavatórios individuais ou coletivos e pias instalados nas proximidades do refeitório, ou nele
próprio, em número suficiente, a critério da autoridade competente em matéria de Segurança e
Medicina do Trabalho.
24.3.12 Mesas providas de tampo liso e de material impermeável, bancos ou cadeiras, mantidos
permanentemente limpos.
24.3.13 O refeitório deverá ser instalado em local apropriado, não se comunicando diretamente com
os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos.
24.3.14 É proibida, ainda que em caráter provisório, a utilização do refeitório para depósito, bem
como para quaisquer outros fins.
24.3.15 Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) até 300 (trezentos) empregados,
embora não seja exigido o refeitório, deverão ser asseguradas aos trabalhadores condições
suficientes de conforto para a ocasião das refeições.
24.3.15.1 As condições de conforto de que trata o item 24.3.15 deverão preencher os seguintes
requisitos mínimos:
a) local adequado, fora da área de trabalho;
b) piso lavável;
c) limpeza, arejamento e boa iluminação;
d) mesas e assentos em número correspondente ao de usuários;
e) lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local;
f) fornecimento de água potável aos empregados;
g) estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições.
24.4 Cozinhas.
24.4.1 Deverão ficar adjacentes aos refeitórios e com ligação para os mesmos, através de aberturas
por onde serão servidas as refeições.
24.4.2 As áreas previstas para cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ser de 35% (trinta
e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) respectivamente, da área do refeitório.
24.4.4 As paredes das cozinhas serão construídas em alvenaria de tijolo comum, em concreto ou em
madeira, com revestimento de material liso, resistente e impermeável - lavável em toda a extensão.
24.4.6 As portas deverão ser metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00 metro por 2,10
metros.
24.4.7.1 As aberturas, além de garantir suficiente aeração, devem ser protegidas com telas, podendo
ser melhorada a ventilação através de exaustores ou coifas.
24.4.10 Deverão ser instaladas lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m² com pé-direito de 3,0 m
máximo, ou outro tipo de luminária que produza o mesmo efeito.
24.4.11 Lavatório dotado de água corrente para uso dos funcionários do serviço de alimentação e
dispondo de sabão e toalhas.
24.4.12 Tratamento de lixo, de acordo com as normas locais do Serviço de Saúde Pública.
24.5 Alojamento.
24.5.1 Conceituação.
91
24.5.2.2 Os dormitórios deverão ter áreas mínimas dimensionadas de acordo com os módulos
(camas/armários) adotados e capazes de atender ao efeito a ser alojado.
24.5.3 Os alojamentos deverão ser localizados em áreas que permitam atender não só às exigências
construtivas como também evitar o devassamento aos prédios vizinhos.
24.5.4 Os alojamentos deverão ter um pavimento, podendo ter, no máximo, dois pisos quando a área
disponível para a construção for insuficiente.
24.5.5 Os alojamentos deverão ter área de circulação interna, nos dormitórios, com a largura mínima
de 1,00 metro.
24.5.7 As paredes dos alojamentos poderão ser construídas em alvenaria de tijolo comum, em
concreto ou em madeira.
24.5.8 Os pisos dos alojamentos deverão ser impermeáveis, laváveis e de acabamento áspero.
Deverão impedir a entrada de umidade e emanações no alojamento. Não deverão apresentar
ressaltos e saliências, sendo o acabamento compatível com as condições mínimas de conforto
térmico e higiene.
24.5.9 A cobertura dos alojamentos deverá ter estrutura de madeira ou metálica, as telhas poderão
ser de barro ou de fibrocimento, e não haverá forro.
24.5.9.1 O ponto do telhado deverá ser de 1:4, independentemente do tipo de telha usada.
24.5.10 As portas dos alojamentos deverão ser metálicas ou de madeira, abrindo para fora, medindo
no mínimo 1,00m x 2,10m para cada 100 operários.
24.5.11 Existindo corredor, este terá, no mínimo, uma porta em cada extremidade, abrindo para fora.
24.5.12 As janelas dos alojamentos deverão ser de madeira ou de ferro, de 60cm x 60cm, no mínimo.
24.5.12.1 A parte inferior do caixilho deverá se situar, no mínimo, no plano da cama superior (caso de
camas duplas) e à altura de 1,60 do piso no caso de camas simples.
24.5.13 A ligação do alojamento com o sanitário será feita através de portas, com mínimo de 0,80 m x
2,10 m.
24.5.14 Todo alojamento será provido de uma rede de iluminação, cuja fiação deverá ser protegida
por eletrodutos.
24.5.15 Deverá ser mantido um iluminamento mínimo de 100 lux, podendo ser instaladas lâmpadas
incandescentes de 100W/8,00 m² de área com pé-direito de 3 (três) metros máximo, ou outro tipo de
luminária que produza o mesmo efeito.
24.5.16 Nos alojamentos deverão ser instalados bebedouros de acordo com o item 24.6.1.
24.5.17 As pinturas das paredes, portas e janelas, móveis e utensílios, deverão obedecer ao
seguinte:
a) alvenaria - tinta de base plástica;
92
24.5.18 As camas poderão ser de estrutura metálica ou de madeira, oferecendo perfeita rigidez.
24.5.19 A altura livre das camas duplas deverá ser de, no mínimo, 1,10m contados do nível superior
do colchão da cama de baixo, ao nível inferior da longarina da cama de cima.
24.5.19.1 As camas superiores deverão ter proteção lateral e altura livre, mínima, de 1,10 m do teto
do alojamento.
24.5.19.2 O acesso à cama superior deverá ser fixo e parte integrante da estrutura da mesma.
24.5.19.3 Os estrados das camas superiores deverão ser fechados na parte inferior.
24.5.20 Deverão ser colocadas caixas metálicas com areia, para serem usadas como cinzeiros.
24.5.21 Os armários dos alojamentos poderão ser de aço ou de madeira, individuais, e deverão ter as
seguintes dimensões mínimas: 0,60m de frente x 0,45m de fundo x 0,90m de altura.
24.5.22 No caso de alojamentos com dois pisos deverá haver, no mínimo, duas escadas de saída,
guardada a proporcionalidade de 1,0m de largura para cada 100 operários;
24.5.23 Escadas e corredores coletivos principais terão largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros), podendo os secundários ter 0,80m.
24.5.24.1 Estes vãos poderão dar para prisma externo descoberto, devendo este prisma ter área não
menor que 9m² e dimensão linear mínima de 2,00 m.
24.5.24.2 Os valores enumerados no item são aplicáveis ao caso de edificações que tenham altura
máxima de 6,00m (seis metros) entre a laje do teto mais alto e o piso mais baixo.
24.5.25 No caso em que a vertical Vm entre o teto mais alto e o piso mais baixo for superior a 6,00 m,
a área do prisma, em metros quadrados, será dada pela expressão V2/4 (o quadrado do valor V em
metros dividido por quatro), respeitando-se, também, o mínimo linear de 2,00m para uma dimensão
do prisma.
24.5.26 Não será permitido ventilação em dormitório, feita somente de modo indireto.
24.5.27 Os corredores dos alojamentos com mais de 10 metros de comprimento terão vãos para o
exterior com área nãoinferior a 1/8 (um oitavo) do respectivo piso.
24.5.28 Nos alojamentos deverão ser obedecidas as seguintes instruções gerais de uso:
a) todo quarto ou instalação deverá ser conservado limpo e todos eles serão pulverizados de 30 em
30 dias;
b) os sanitários deverão ser desinfetados diariamente;
c) o lixo deverá ser retirado diariamente e depositado em local adequado;
d) é proibida, nos dormitórios, a instalação para eletrodomésticos e o uso de fogareiro ou similares.
24.5.30 As instalações sanitárias, além de atender às exigências do item 24.1, deverão fazer parte
integrante do alojamento ou estar localizadas a uma distância máxima de 50,00 (cinqüenta metros)
do mesmo.
24.5.31 O pé-direito das instalações sanitárias será, no mínimo, igual ao do alojamento onde for
contíguo sendo permitidos rebaixos para as instalações hidráulicas de, no máximo, 0,40m (quarenta
centímetros).
93
24.6 Condições de higiene e conforto por ocasião das refeições. (Alteração dada pela Portaria nº 13,
de 17/09/93)
24.6.1 As empresas urbanas e rurais, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT, e os órgãos governamentais devem oferecer a seus empregados e servidores
condições de conforto e higiene que garantam refeições adequadas por ocasião dos intervalos
previstos na jornada de trabalho. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)
24.6.1.1 A empresa que contratar terceiros para a prestação de serviços em seus estabelecimentos
deve estender aos trabalhadores da contratada as mesmas condições de higiene e conforto
oferecidas aos seus próprios empregados. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de
1993)
24.6.2 A empresa deverá orientar os trabalhadores sobre a importância das refeições adequadas e
hábitos alimentares saudáveis. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)
24.6.3 Na hipótese de o trabalhador trazer a própria alimentação, a empresa deve garantir condições
de conservação e higiene adequadas e os meios para o aquecimento em local próximo ao destinado
às refeições. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)
24.6.3.1 Aos trabalhadores rurais e aos ocupados em frentes de trabalho devem ser oferecidos
dispositivos térmicos que atendam ao disposto neste item, em número suficiente para todos os
usuários. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)
24.6.3.2 Os recipientes ou marmitas utilizados pelos trabalhadores deverão ser fornecidos pelas
empresas, devendo atender às exigências de higiene e conservação e serem adequados aos
equipamentos de aquecimento disponíveis. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro
de 1993)
24.6.6 As empresas que concederem o benefício da alimentação aos seus empregados poderão
inscrever-se no Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT, do Ministério do Trabalho,
obedecendo aos dispositivos legais que tratam da matéria. (Alterado pela Portaria SSST n.º 13, de 17
de setembro de 1993)
24.7 Disposições gerais. (Renumerado pela Portaria SSST n.º 13, de 17 de setembro de 1993)
24.7.1 Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água potável, em
condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes coletivos. Onde houver rede de
abastecimento de água, deverão existir bebedouros de jato inclinado e guarda protetora, proibida sua
instalação em pias ou lavatórios, e na proporção de 1 (um) bebedouro para cada 50 (cinqüenta)
empregados.
24.7.1.1 As empresas devem garantir, nos locais de trabalho, suprimento de água potável e fresca
em quantidade superior a 1/4 (um quarto) de litro (250ml) por hora/homem trabalho.
24.7.1.2 Quando não for possível obter água potável corrente, essa deverá ser fornecida em
recipientes portáteis hermeticamente fechados de material adequado e construídos de maneira a
permitir fácil limpeza.
94
24.7.2 A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada e deve ser afixado aviso de
advertência da sua nãopotabilidade.
24.7.4 Nas operações em que se empregam dispositivos que sejam levados à boca, somente serão
permitidos os de uso estritamente individual, substituindo, sempre que for possível, por outros de
processos mecânicos.
24.7.5 Os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de
atividade. O serviço de limpeza será realizado, sempre que possível, fora do horário de trabalho e por
processo que reduza ao mínimo o levantamento de poeiras.
24.7.6 Deverão os responsáveis pelos estabelecimentos industriais dar aos resíduos destino e
tratamento que os tornem inócuos aos empregados e à coletividade.
95
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovado
pelo Decreto n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 8º, inciso IV, do Regimento Interno aprovado
pela Portaria nº 593 de 25 de agosto de 2000, em reunião realizada em 13 de setembro de 2004,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área
de alimentos visando a proteção à saúde da população;
considerando a necessidade de harmonização da ação de inspeção sanitária em serviços de
alimentação;
considerando a necessidade de elaboração de requisitos higiênico-sanitários gerais para serviços de
alimentação aplicáveis em todo território nacional;
adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicação:
1 - ALCANCE
1.1. Objetivo
Estabelecer procedimentos de Boas Práticas para serviços de alimentação a fim de garantir as
condições higiênicosanitárias do alimento preparado.
2- DEFINIÇÕES
2.2 Anti-sepsia: operação que visa a redução de microrganismos presentes na pele em níveis
seguros, durante a lavagem das mãos com sabonete anti-séptico ou por uso de agente anti-séptico
após a lavagem e secagem das mãos.
2.3 Boas Práticas: procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de
garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária.
2.5 Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas: sistema que incorpora ações preventivas e
corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas
urbanas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do alimento.
2.6 Desinfecção: operação de redução, por método físico e ou agente químico, do número de
microrganismos em nível que não comprometa a qualidade higiênico-sanitária do alimento.
2.8 Limpeza: operação de remoção de substâncias minerais e ou orgânicas indesejáveis, tais como
terra, poeira, gordura e outras sujidades.
2.9 Manipulação de alimentos: operações efetuadas sobre a matéria-prima para obtenção e entrega
ao consumo de alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem,
armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda.
97
2.10 Manipuladores de alimentos: qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato
direto ou indireto com o alimento.
2.11 Manual de Boas Práticas: documento que descreve as operações realizadas pelo
estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção
e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de
abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o
controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de
qualidade do alimento preparado.
2.12 Medida de controle: procedimento adotado com o objetivo de prevenir, reduzir a um nível
aceitável ou eliminar um agente físico, químico ou biológico que comprometa a qualidade higiênico-
sanitária do alimento.
2.13 Produtos perecíveis: produtos alimentícios, alimentos “in natura”, produtos semi-preparados ou
produtos preparados para o consumo que, pela sua natureza ou composição, necessitam de
condições especiais de temperatura para sua conservação.
2.15 Resíduos: materiais a serem descartados, oriundos da área de preparação e das demais áreas
do serviço de alimentação.
2.18 Procedimento Operacional Padronizado - POP: procedimento escrito de forma objetiva que
estabelece instruções seqüenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na
manipulação de alimentos.
3. REFERÊNCIAS
3.1 BRASIL. Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui Normas Básicas sobre Alimentos.
3.2 BRASIL. Lei nº 6360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam
sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes
e outros produtos, e dá outras providências.
3.3 BRASIL. Lei n° 6437, de 20 de agosto de 1977, e suas alterações. Configura infrações a
legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências.
3.4 BRASIL, Ministério da Saúde. Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Produtos Saneantes
Domissanitários. Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988. Normas para Registro dos Saneantes
Domissanitários com Ação Antimicrobiana.
3.8 BRASIL, Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.523, de 28 de agosto de 1998.
Regulamento Técnico contendo Medidas Básicas referentes aos Procedimentos de Verificação Visual
do Estado de Limpeza, Remoção de Sujidades por Métodos Físicos e Manutenção do Estado de
Integridade e Eficiência de todos os Componentes dos Sistemas de Climatização, para garantir a
Qualidade do Ar de Interiores e Prevenção de Riscos à Saúde dos Ocupantes de Ambientes
Climatizados.
3.9 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n° 105 de 19
de maio de 1999. Aprova os Regulamentos Técnicos: Disposições Gerais para Embalagens e
Equipamentos Plásticos em contato com Alimentos
3.10 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 211, de 18
de junho de 1999. Altera os dispositivos das Normas para Registro dos Saneantes Domissanitários
com Ação Antimicrobiana.
3.11 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 18,
de 29 de fevereiro de 2000. Dispõe sobre Normas Gerais para Funcionamento de Empresas
Especializadas na Prestação de Serviços de Controle de Vetores e Pragas Urbanas.
3.12 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 277,
de 16 de abril de 2001. Altera os dispositivos do Regulamento Técnico para Produtos destinados à
Desinfecção de Água para o Consumo Humano e de Produtos Algicidas e Fungicidas para Piscinas.
3.13 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 91,
de 11 de maio de 2001. Aprova o Regulamento Técnico - Critérios Gerais e Classificação de
Materiais para Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos constante do Anexo desta
Resolução.
3.15 BRASIL, Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 518, de 25 de março de 2004.
Estabelece os Procedimentos e as Responsabilidades relativos ao Controle e Vigilância da Qualidade
da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade.
3.17 CODEX ALIMENTARIUS. CAC/RCP 1-1969, Rev. 4, 2003. Recommended International Code of
Practice General Principles of Food Hygiene.
3.18 CODEX ALIMENTARIUS. CAC/RCP 39-1993. Code of Hygienic Practice for Precooked and
Cooked Foods in Mass Catering.
3.19 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Genebra, 1999. Basic Food Safety for Health Workers.
4.1.1 A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e
sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de
manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações deve ser controlado
e independente, não comum a outros usos.
99
4.1.2 O dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as
operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros
meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada.
4.1.3 As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e
lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras,
vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir
contaminantes aos alimentos.
4.1.4 As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As portas da área de
preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. As
aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de
exaustão, devem ser providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas
urbanas. As telas devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica.
4.1.5 As instalações devem ser abastecidas de água corrente e dispor de conexões com rede de
esgoto ou fossa séptica. Quando presentes, os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem
possuir dispositivo que permitam seu fechamento.
4.1.6 As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos,
devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar
adequado estado de conservação e funcionamento.
4.1.7 As áreas internas e externas do estabelecimento devem estar livres de objetos em desuso ou
estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais.
4.1.11 Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza dos
componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção programada e periódica
destes equipamentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação específica.
4.1.12 As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar diretamente com a área de
preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, devendo ser mantidos organizados e em
adequado estado de conservação. As portas externas devem ser dotadas de fechamento automático.
4.1.13 As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos destinados à
higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro anti-séptico ou sabonete líquido
inodoro e produto anti-séptico e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro
para secagem das mãos. Os coletores dos resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem
contato manual.
4.1.14 Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, em
posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número suficiente de modo
a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro anti-
séptico ou sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro
sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual.
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4.1.15 Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de
materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme
estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em adequando estado de conservação e
ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção.
4.1.16 Devem ser realizadas manutenção programada e periódica dos equipamentos e utensílios e
calibração dos instrumentos ou equipamentos de medição, mantendo registro da realização dessas
operações.
4.2.2 As caixas de gordura devem ser periodicamente limpas. O descarte dos resíduos deve atender
ao disposto em legislação específica.
4.2.4 A área de preparação do alimento deve ser higienizada quantas vezes forem necessárias e
imediatamente após o término do trabalho. Devem ser tomadas precauções para impedir a
contaminação dos alimentos causada por produtos saneantes, pela suspensão de partículas e pela
formação de aerossóis. Substâncias odorizantes e ou desodorantes em quaisquer das suas formas
não devem ser utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos.
4.2.5 Os produtos saneantes utilizados devem estar regularizados pelo Ministério da Saúde. A
diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos saneantes devem obedecer às
instruções recomendadas pelo fabricante. Os produtos saneantes devem ser identificados e
guardados em local reservado para essa finalidade.
4.2.6 Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e
estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado para
essa finalidade. Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles
usados para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o
alimento.
4.2.7 Os funcionários responsáveis pela atividade de higienização das instalações sanitárias devem
utilizar uniformes apropriados e diferenciados daqueles utilizados na manipulação de alimentos.
4.3.2 Quando as medidas de prevenção adotadas não forem eficazes, o controle químico deve ser
empregado e executado por empresa especializada, conforme legislação específica, com produtos
desinfestantes regularizados pelo Ministério da Saúde.
4.4.1 Deve ser utilizada somente água potável para manipulação de alimentos. Quando utilizada
solução alternativa de abastecimento de água, a potabilidade deve ser atestada semestralmente
mediante laudos laboratoriais, sem prejuízo de outras exigências previstas em legislação específica.
4.4.2 O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado a partir de água potável, mantido em
condição higiênico-sanitária que evite sua contaminação.
4.4.3 O vapor, quando utilizado em contato direto com alimentos ou com superfícies que entrem em
contato com alimentos, deve ser produzido a partir de água potável e não pode representar fonte de
contaminação.
4.4.4 O reservatório de água deve ser edificado e ou revestido de materiais que não comprometam a
qualidade da água, conforme legislação específica. Deve estar livre de rachaduras, vazamentos,
infiltrações, descascamentos dentre outros defeitos e em adequado estado de higiene e conservação,
devendo estar devidamente tampado. O reservatório de água deve ser higienizado, em um intervalo
máximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da operação.
4.5.2 Os coletores utilizados para deposição dos resíduos das áreas de preparação e
armazenamento de alimentos devem ser dotados de tampas acionadas sem contato manual.
4.5.3 Os resíduos devem ser freqüentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da
área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e
atração de vetores e pragas urbanas.
4.6 MANIPULADORES
4.6.1 O controle da saúde dos manipuladores deve ser registrado e realizado de acordo com a
legislação específica.
4.6.3 Os manipuladores devem ter asseio pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis à
atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados
exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento. As roupas e os objetos pessoais
devem ser guardados em local específico e reservado para esse fim.
4.6.4 Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após
manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após
usar os sanitários e sempre que se fizer necessário. Devem ser afixados cartazes de orientação aos
manipuladores sobre a correta lavagem e antisepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em
locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios.
4.6.5 Os manipuladores não devem fumar, falar desnecessariamente, cantar, assobiar, espirrar,
cuspir, tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar outros atos que possam contaminar o alimento,
durante o desempenho das atividades.
4.6.6 Os manipuladores devem usar cabelos presos e protegidos por redes, toucas ou outro
acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. As unhas devem estar
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curtas e sem esmalte ou base. Durante a manipulação, devem ser retirados todos os objetos de
adorno pessoal e a maquiagem.
4.7.1 Os serviços de alimentação devem especificar os critérios para avaliação e seleção dos
fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens. O transporte desses insumos deve ser
realizado em condições adequadas de higiene e conservação.
4.7.2 A recepção das matérias-primas, dos ingredientes e das embalagens deve ser realizada em
área protegida e limpa. Devem ser adotadas medidas para evitar que esses insumos contaminem o
alimento preparado.
4.7.4 Os lotes das matérias-primas, dos ingredientes ou das embalagens reprovados ou com prazos
de validade vencidos devem ser imediatamente devolvidos ao fornecedor e, na impossibilidade,
devem ser devidamente identificados e armazenados separadamente. Deve ser determinada a
destinação final dos mesmos.
4.8.3 Durante a preparação dos alimentos, devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o risco
de contaminação cruzada. Deve-se evitar o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-
preparados e prontos para o consumo.
4.8.4 Os funcionários que manipulam alimentos crus devem realizar a lavagem e a anti-sepsia das
mãos antes de manusear alimentos preparados.
4.8.6 Quando as matérias-primas e os ingredientes não forem utilizados em sua totalidade, devem
ser adequadamente acondicionados e identificados com, no mínimo, as seguintes informações:
designação do produto, data de fracionamento e prazo de validade após a abertura ou retirada da
embalagem original.
4.8.7 Quando aplicável, antes de iniciar a preparação dos alimentos, deve-se proceder à adequada
limpeza das embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes, minimizando o risco de
contaminação.
4.8.8 O tratamento térmico deve garantir que todas as partes do alimento atinjam a temperatura de,
no mínimo, 70ºC (setenta graus Celsius). Temperaturas inferiores podem ser utilizadas no tratamento
térmico desde que as combinações de tempo e temperatura sejam suficientes para assegurar a
qualidade higiênico-sanitária dos alimentos.
4.8.9 A eficácia do tratamento térmico deve ser avaliada pela verificação da temperatura e do tempo
utilizados e, quando aplicável, pelas mudanças na textura e cor na parte central do alimento.
4.8.10 Para os alimentos que forem submetidos à fritura, além dos controles estabelecidos para um
tratamento térmico, deve-se instituir medidas que garantam que o óleo e a gordura utilizados não
constituam uma fonte de contaminação química do alimento preparado.
4.8.11 Os óleos e gorduras utilizados devem ser aquecidos a temperaturas não superiores a 180ºC
(cento e oitenta graus Celsius), sendo substituídos imediatamente sempre que houver alteração
evidente das características físicoquímicas ou sensoriais, tais como aroma e sabor, e formação
intensa de espuma e fumaça.
4.8.13 O descongelamento deve ser conduzido de forma a evitar que as áreas superficiais dos
alimentos se mantenham em condições favoráveis à multiplicação microbiana. O descongelamento
deve ser efetuado em condições de refrigeração à temperatura inferior a 5ºC (cinco graus Celsius) ou
em forno de microondas quando o alimento for submetido imediatamente à cocção.
4.8.14 Os alimentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob refrigeração se não
forem imediatamente utilizados, não devendo ser recongelados.
4.8.15 Após serem submetidos à cocção, os alimentos preparados devem ser mantidos em condições
de tempo e de temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana. Para conservação a
quente, os alimentos devem ser submetidos à temperatura superior a 60ºC (sessenta graus Celsius)
por, no máximo, 6 (seis) horas. Para conservação sob refrigeração ou congelamento, os alimentos
devem ser previamente submetidos ao processo de resfriamento.
4.8.18 Caso o alimento preparado seja armazenado sob refrigeração ou congelamento deve-se apor
no invólucro do mesmo, no mínimo, as seguintes informações: designação, data de preparo e prazo
de validade. A temperatura de armazenamento deve ser regularmente monitorada e registrada.
4.8.19 Quando aplicável, os alimentos a serem consumidos crus devem ser submetidos a processo
de higienização a fim de reduzir a contaminação superficial. Os produtos utilizados na higienização
dos alimentos devem estar regularizados no órgão competente do Ministério da Saúde e serem
aplicados de forma a evitar a presença de resíduos no alimento preparado.
4.9.3 Os meios de transporte do alimento preparado devem ser higienizados, sendo adotadas
medidas a fim de garantir a ausência de vetores e pragas urbanas. Os veículos devem ser dotados
de cobertura para proteção da carga, não devendo transportar outras cargas que comprometam a
qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado.
4.10.2 Os manipuladores devem adotar procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos
alimentos preparados por meio da anti-sepsia das mãos e pelo uso de utensílios ou luvas
descartáveis.
4.10.5 Os utensílios utilizados na consumação do alimento, tais como pratos, copos, talheres, devem
ser descartáveis ou, quando feitos de material não-descartável, devidamente higienizados, sendo
armazenados em local protegido.
4.11.2 Os POP devem conter as instruções sequenciais das operações e a frequência de execução,
especificando o nome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser
aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento.
4.11.3 Os registros devem ser mantidos por período mínimo de 30 (trinta) dias contados a partir da
data de preparação dos alimentos.
4.11.6 Os POP relacionados ao controle integrado de vetores e pragas urbanas devem contemplar as
medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a
proliferação de vetores e pragas urbanas. No caso da adoção de controle químico, o estabelecimento
deve apresentar comprovante de execução de serviço fornecido pela empresa especializada
contratada, contendo as informações estabelecidas em legislação sanitária específica.
4.11.8 Os POP relacionados à higiene e saúde dos manipuladores devem contemplar as etapas, a
frequência e os princípios ativos usados na lavagem e anti-sepsia das mãos dos manipuladores,
assim como as medidas adotadas nos casos em que os manipuladores apresentem lesão nas mãos,
sintomas de enfermidade ou suspeita de problema de saúde que possa comprometer a qualidade
higiênico-sanitária dos alimentos. Deve-se especificar os exames aos quais os manipuladores de
alimentos são submetidos, bem como a periodicidade de sua execução. O programa de capacitação
dos manipuladores em higiene deve ser descrito, sendo determinada a carga horária, o conteúdo
programático e a frequência de sua realização, mantendo-se em arquivo os registros da participação
nominal dos funcionários.
4.12. RESPONSABILIDADE
4.12.1. O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser o proprietário ou
funcionário designado, devidamente capacitado, sem prejuízo dos casos onde há previsão legal para
responsabilidade técnica.
4.12.2. O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser comprovadamente
submetido a curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas:
a) Contaminantes alimentares;
b) Doenças transmitidas por alimentos;
c) Manipulação higiênica dos alimentos;
d) Boas Práticas.