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Reivindico o Meu Direito Prprio de Pensar Queixas-te de teres a falta de livros.

No interessa a quantidade, mas sim a qualidade: a leitura proveitosa se for metdica, se apenas for variada torna-se um mero divertimento. Quem deseja chegar meta que se props deve seguir um s caminho, e no vaguear por vrios: de outro modo no viaja, deixa-se ir ao acaso. Confio, e muito, no pensamento dos grandes homens, mas reivindico o meu direito prprio de pensar. De resto eles no nos legaram verdades acabadas, mas sim sujeitas investigao; e porventura teriam descoberto o essencial se no tivessem investigado tambm temas suprfluos. Mas gastaram tempo imenso em jogos de palavras, em discusses capciosas que aguam inutilmente o engenho. Construmos argumentos tortuosos, empregamos termos de significao ambgua, finalmente desatamos toda a trama. Temos assim tanto tempo livre? J sabemos como encarar a vida e a morte? O que devemos procurar, com todas as foras, o modo de nos no deixarmos enganar pelas coisas, e no pelas palavras. Para qu analisar as diferenas entre palavras sinnimas, que no causam dificuldade a ningum a no ser em discusses de escola? As coisas enganam-nos: aprendamos a observ-las. Tomamos por bens coisas que o no so, desejamos hoje o contrrio do que desejmos ontem, os nossos anseios contradizem-se; contradizem-se as nossas decises.

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