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Os milagres de Jesus

Quando Jesus curava alguém, dizia: “tua fé te salvou”, do que se deduz que existiram pessoas que não
foram curadas, porque não tinham fé suficiente...

Na história, é bastante comum a crença na existência de milagres devido a acontecimentos inexplicáveis.


Muitas pessoas descobriram ou recuperaram a fé após a realização do que parecia impossível aos
recursos materiais. Os denominados milagres de Jesus desafiam até hoje as explicações científicas e
fascinam a todos devido à grandeza de seus atos em benefício do planeta.

Para a doutrina espírita, milagres não existem, pois nada foge as leis naturais.

O livro da codificação espírita, A Gênese, ressalta que os fenômenos nos quais o elemento espiritual tem
parte preponderante não podem ser explicados apenas pelas leis da matéria. Talvez, o grande desafio
ainda seja desvendar o que os “milagres” significam e o que podem ensinar sobre a vida e a perfeição
Divina, que não privilegia nenhum de seus filhos. Quanto aos milagres relatados nos Evangelhos, o livro
O Sublime Peregrino, ditado pelo espírito Ramatís, faz comentários importantes a respeito: “O Mestre
realizou inúmeras curas e renovações espirituais, que não devem ser consideradas milagres, mas
resultantes de suas faculdades mediúnicas. Em virtude de sua elevada hierarquia espiritual e da
incessante cooperação das entidades angélicas que o assistiam, tudo o que ele realizava nesse sentido,
embora tido por miraculoso, era apenas conseqüência da aplicação inteligente das leis transcendentais”.

Com o objetivo de compreendermos melhor o significado dos milagres e suas interpretações,


entrevistamos o palestrante e escritor José Reis Chaves, que tem diversos livros publicados sobre a
Bíblia e a história do cristianismo, tais como: A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência; A Face
Oculta das Religiões; Quando Chega a Verdade e em fase de preparação, Teologias em Conflito e A
Bíblia e as Teologias.

Comente sobre as passagens bíblicas que falam a respeito dos milagres de Jesus e suas
interpretações.

Foi a Universidade de Paris, administrada pela Igreja (com um domínio total dos padres no século XIX),
que definiu que o milagre é uma transgressão da lei da natureza, e que, por isso, é um fenômeno
sobrenatural. Todas as curas feitas por Jesus e definidas como sendo milagres, são fenômenos naturais e
explicados pela ciência, exceto os narrados com exageros, mas que por isso mesmo não têm crédito
entre os exegetas espíritas, católicos e uma parte das igrejas protestantes. Aliás, é sabido que um dos
maiores erros das religiões sempre foi o exagero.

Quando Jesus curava alguém, dizia: “tua fé te salvou”, do que se deduz que existiram pessoas que não
foram curadas, porque não tinham fé suficiente. Mas isso não é narrado pelos evangelistas, pois eles só
tinham interesse em narrar fatos que exaltassem Jesus.

Por que no passado, principalmente nos primórdios do cristianismo, as curas de Jesus eram
consideradas milagrosas ou sobrenaturais?

Por superstição ou ignorância das pessoas da época, quando na verdade, se tratavam de fenômenos
naturais. Para o apóstolo Paulo, eram dons espirituais do indivíduo e não do Espírito Santo da Trindade,
que era totalmente desconhecido por ele. Somente Deus é sobrenatural, mas tudo que Ele próprio criou é
natural. Para São Tomás de Aquino, considerado o “doutor angélico” da igreja, Deus é o único ser
incontingente, isto é, incriado, que não é causado por outro ser, e que não se origina de outro, sendo
todos os outros seres existentes, inclusive os fenômenos, seriam contingentes. Portanto, o milagre, na
definição que lhe deram os teólogos da Universidade de Paris, não existe, pois as leis de Deus são
imutáveis. Jesus também nos ensinou que tudo que o ele fez nós poderíamos fazer também, isso fica
bastante claro.

De acordo com seus estudos bíblicos, os relatos relacionados com os milagres de Jesus estão
exatos ou foram alterados?

Segundo os estudiosos da Bíblia e exegetas católicos mais avançados, somente 18% das coisas
atribuídas a Jesus nos Evangelhos são autênticas. Isso porque a Bíblia é provavelmente o livro mais
alterado que existe. É que os estudiosos da Bíblia do passado desconheciam a advertência do
evangelista João, em sua primeira Carta(4:1), que nos manda examinarmos os espíritos, para sabermos
se são de Deus ou do “mal”. É o mesmo erro que cometem os carismáticos católicos e os evangélicos,
para os quais, os espíritos que se lhes manifestam é Deus, que eles chamam de Espírito Santo.

Hoje com o conhecimento sobre a mediunidade, ectoplasmia e outros fenômenos, é possível


compreender melhor as curas de Jesus?

Sem dúvida, o estudo dos fenômenos mediúnicos, entre eles, o de ectoplasmia, têm trazido muitos
esclarecimentos para desvendar os acontecimentos considerados sobrenaturais na Bíblia, quando não
passam de fenômenos naturais mediúnicos. A transfiguração é um exemplo disso, quando no Monte
Tabor, materializaram-se os espíritos Moisés e Elias, fato presenciado também pelos apóstolos e médiuns
especiais João, Pedro e Tiago. Até mesmo os comentários de padres e pastores sobre esse episódio
bíblico são escandalosos, pois acentuam até a exaustão que a roupa de Jesus era branca como a neve e
que brilhava como o sol, mas fazem silêncio sobre o principal, ou seja, sobre a verdadeira sessão espírita
que ocorreu. Lembremo-nos de que, sabendo Jesus que a Lei de Moisés (não a de Deus) proibia a
comunicação com os espíritos, pediu aos três apóstolos que guardassem segredo sobre o que haviam
presenciado. Recordemos também de que a própria proibição de Moisés da comunicação com os
espíritos (Deuteronômio, capítulo 18) prova que essa comunicação existe de fato. Ademais, Moisés a
aceita no Livro de números (11,26 a 29), nos episódios envolvendo os médiuns Heldade e Medade.

O fato de Jesus não ter curado todos os enfermos, pode ser o ponto chave para a compreensão
de que milagres não existem e sim o poder da fé?

Existe um poder de cura, sim. É o caso de médiuns de cura e do próprio Jesus, que era um médium
especial de cura, pois estava sempre curando as pessoas (Lucas 13:32). Paulo falou também nesses
fenômenos de curas, que ele denominou “operações de milagres” (I Coríntios 12:10), mas milagre para
ele não tinha o sentido que tem hoje, ou seja, aquele de que é a transgressão da lei da natureza, dado
pela Universidade de Paris, como já dissemos, no século XIX. Porém, como já foi dito também, a fé ajuda
e muito na cura. A fé atua abrindo as portas para a entrada das energias benfazejas. Ela ajuda a criar
entre o curador e o curado uma sintonia, como se fosse entre um transmissor e um receptor, fazendo
surgir entre os dois uma empatia.

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