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Este laudo pericial avalia as condições de trabalho de um padeiro entre 1976-1978. A exposição ao calor, ruído e iluminação estavam dentro dos limites de tolerância regulamentares. Portanto, o perito conclui que as condições de trabalho eram salubres.
Este laudo pericial avalia as condições de trabalho de um padeiro entre 1976-1978. A exposição ao calor, ruído e iluminação estavam dentro dos limites de tolerância regulamentares. Portanto, o perito conclui que as condições de trabalho eram salubres.
Este laudo pericial avalia as condições de trabalho de um padeiro entre 1976-1978. A exposição ao calor, ruído e iluminação estavam dentro dos limites de tolerância regulamentares. Portanto, o perito conclui que as condições de trabalho eram salubres.
EXCELENTSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA FEDERAL DA VARA FEDERAL
E JUIZADO ESPECIAL DE BRUSQUE, SEO JUDICIRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
LAUDO TCNICO PERICIAL
PROCESSO N 2008.72.65.000181-8 RECLAMANTE: VILSON CAETANO RECLAMADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS
1- CONSIDERAES PRELIMINARES
1.1) OBJETIVO O presente trabalho pericial, tem por finalidade realizar a aferio dos agentes nocivos descritos no formulrio anexado aos autos, referente ao perodo compreendido entre 01-03- 1976 13-10-1978 (funo de Padeiro), aos quais estaria o mesmo exposto no perodo elencado. Para tal foi realizada diligncia no dia 31 de julho de 2008, s 14:00 horas e que , notificadas as partes, contou com as seguintes presenas: Sr. Anbal Bartz (Proprietrio da Panificadora Anbal Bartz ME.) e o Dr. Osnildo Ramos Reis (Assistente Tcnico da Reclamada).
1.2) DOS TRABALHOS PERICIAIS A elaborao dos trabalhos para o presente Laudo apresentaram os seguintes diagnsticos: Verificao das caractersticas construtivas do ambiente de trabalho; Inspeo dos locais onde o reclamante desempenhou suas atividades; Entrevista com o Proprietrio da Panificadora Anbal Bartz ME.; Busca ficha de recebimento e registro de treinamento do correto uso dos EPIs; Verificao dos Laudos Ambientais da Empresa (Laudo Tcnico das Condies Ambientais de Trabalho - ano 2006).
1.3) APARELHOS UTILIZADOS Para avaliao do calor foi utilizado um termmetro de globo marca Instrutherm, modelo TGD-200. Composto de indicador e mdulo-sensor com 3 sondas, indica a temperatura de globo, bulbo seco, bulbo mido e efetua o clculo de IBUTG interno e externo. Sonda de globo com sensor central em Pt-100 Classe A, Norma DIN 43760. Sonda de bulbo seco e mido com haste em Pt-100 - Classe A, Norma DIN 43760. Temperatura de operao 0 a 100C. Preciso 0,1C. Para avaliao do rudo foi utilizado um Decibelmetro marca Instrutherm, modelo DEC- 5000. Equipamento em conformidade com as normas IEC-651 e ANSI SI.4, tipo 2, faixa de medio de 30 a 130 dB, ponderao em frequncia A e C, resposta lenta de 1s e rpida de 125 ms, faixa de freqncia de 20 HZ a 8 KHz, preciso de 1.5 dB, microfone de . Calibrador marca Instrutherm, modelo CAL-3000, nvel de presso sonora de som 94 dB e 114 dB, 2 preciso 0.4 dB, frequncia de 1000 +2.4% Hz permite calibrao com A,B,C ou D, calibrao de microfones 1 e conforme a IEC 942 classe 1. Para verificar o nvel de luminosidade foi utilizado um Luxmetro digital Marca Instrutherm, Modelo LD-200 em , em conformidade com a IEC-801-2/3/4, Fotodiodo de Silcio, escalas 200, 2.000, 20.000, 200.000 Lux, preciso 3.0%.
2) DESCRIO DO LOCAL E POSTO DE TRABALHO O Reclamante laborava no perodo em anlise, junto empresa Anbal Bartz ME. com endereo comercial na Av. Otto Renaux, 220, Bairro Centro Brusque (SC). A Empresa tem como atividade principal Padaria e Confeitaria. No dia desta percia encontramos: Sala de Panificao Geral com uma rea aproximada de 80 metros quadrados, p direito de aproximadamente 3 metros, forro de madeira, piso cermica, paredes de alvenaria, ventilao artificial com ventilador de teto, iluminao artificial com lmpadas fluorescentes, mesas, balces, balana, geladeira, mquinas (Cilindro, Amassadeira, Modeladora e Fatiadeira). Sala Forno (boca do forno) com uma rea aproximada de 25 metros quadrados, p direito de aproximadamente 3 metros, forro de madeira, piso cermica, paredes de alvenaria, ventilao artificial com ventilador/exaustor, iluminao artificial com lmpadas fluorescentes, 01 forno modelo FX5 tipo SIAN TIL S/A com temperatura interna de aproximadamente 200 C. Sala de Abastecimento do Forno com rea de aproximadamente 12 metros quadrados, piso de cermica, iluminao artificial com lmpadas fluorescentes, pequeno depsito de briquete (combustvel). Segundo o Sr. Anbal Bartz, o Reclamante executava suas atividades na Padaria. No tinha um posto de trabalho especfico. Executava atividades na mquina Cilindro, na mquina Amassadeira, na mquina Modeladora, nas mesas e junto ao forno. As atividades de colocar e retirar pes/biscoitos/cucas/bolos no forno eram executadas por um perodo aproximado de 02:00 horas. O forno permanecia fechado a maior parte do tempo. Era aberto ao colocar e retirar pes/biscoitos/cucas/bolos. Eventualmente abastecia o forno com pedaos de madeira dura (pequenas toras). Abastecimento rpido, que era e continua sendo realizado em mdia duas vezes por dia. As mquinas cilindro, modeladora e amassadeira estavam situadas na sala do forno (boca do forno). Esta sala era 03 metros mais larga, possua forro de madeira, piso de madeira (taco), paredes de alvenaria, iluminao natural e artificial, boa ventilao natural (4 janelas amplas que permaneciam abertas), p direito de aproximadamente 3,0 metros. O maquinrio, as mesas, o forno e outros mveis encontrados no dia desta percia, so os mesmos da poca periciada (01-03-1976 13-10-1978).
3) DESCRIO DAS ATIVIDADES O Reclamante no cargo e funo de Padeiro, tinha como tarefas: a) Pesar os ingredientes; b) Colocar os ingredientes na Amassadeira; c) Ligar a Amassadeira para que os ingrediente sejam misturados e amassados; d) Retirar a massa da Amassadeira; e) Colocar a massa sobre a mesa para descansar; f) Cilindrar a massa; g) Modelar a massa, passando-a pelo Modelador; h) Formatar a massa; i) Abrir o forno para colocar a massa para cozer e/ou retirar a massa cozida; j) Retirar das formas os pes/biscoitos/cucas/bolos; 3 k) Colocar combustvel no forno, eventualmente. l) Efetuar a limpeza do material utilizado e do ambiente de trabalho como um todo.
4) EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL No me apresentaram nenhum documento que o Reclamante recebia algum Equipamento de Proteo Individual (EPI), bem como, o treinamento para o correto uso, guarda e conservao do mesmo.
5) ANLISE DAS CONDIES DE TRABALHO
5.1) AGENTE INSALUBRE AGENTE FSICO: Sobrecarga Trmica A avaliao da exposio ao calor foi feita utilizando-se do ndice de Bulbo mido Termmetro de Globo (IBUTG), previsto na Norma Regulamentadora n 15 (Atividades e Operaes Insalubres) Anexo n 3 (Limites de Tolerncia para Exposio ao Calor) da Portaria 3214 de 8 de junho de 1978. O IBUTG, um ndice de Sobrecarga Trmica definido por uma equao matemtica que correlaciona todos os parmetros ambientais, ou seja, temperatura, umidade do ar, velocidade do ar, calor radiante e o tipo de atividade desenvolvida pelo trabalhador. De acordo com o Quadro n 3 do Anexo n 3 da NR 15 (Portaria 3214 do MTE de 8 de junho de 1978), o tipo de atividade desenvolvida pelo Reclamante era moderada (De p, trabalho moderado em mquina ou bancada, com alguma movimentao e, Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar). De acordo com o Quadro n 1 do Anexo n 3 da NR 15 (Portaria 3214 do MTE de 8 de junho de 1978), o Limite de Tolerncia para exposio ao calor em regime de trabalho contnuo num tipo de atividade moderada de 26,7.
O levantamento quantitativo do IBUTG foi realizado prximo a boca do forno, as 15:20 horas. Durante a medio foi colocada massa no forno. O IBUTG (ndice de Bulbo mido e Termmetro de Globo) obtido foi de 21,9. Valor dentro do limite de tolerncia.
AGENTE FSICO: Iluminao inadequada Anexo 4 da NR-15 foi revogado pela Portaria n 3.751, de 23-11-1990. A iluminncia avaliada no momento da percia, junto as mquinas e na sala onde se encontra a boca do forno, foi superior a 200 lux, considerada adequada, de acordo com a NBR 5413, para iluminao de interiores, que prev para esta atividade uma iluminao mnima de 150 200 lux. O Laudo Tcnico das Condies Ambientais de Trabalho da Panificadora, laborado no ano de 2006, coloca que a iluminncia na sala do forno era de 80 a 200 lux. Segundo informaes do Sr. Anbal Bartz (Proprietrio da Panificadora), entre 01-03-1976 13-10-1978, a sala era mais iluminada. Alm da iluminao artificial, existente hoje, tambm existia uma boa iluminao natural.
AGENTE FSICO: Rudo O levantamento quantitativo do nvel de rudo existente nos postos de trabalho junto as Mquinas e na sala do forno, ficou entre 67 dB(A) e 76,5 dB(A). 4 Mquina Cilindro em ao: 76,5 dB(A); mquina Modeladora em ao: 70,7 dB(A); mquina Amassadeira em ao: 76 dB(A); prximo a boca do forno: 67 dB(A). O Reclamante executou as suas atividades dirias exposto de modo habitual e permanente a nveis de rudo abaixo do limite de tolerncia estabelecidos nas normas vigentes para aspectos de insalubridade (Anexo 01 da NR 15 - Portaria n 3.214 de 8 de junho de 1978 do MTb rudo de 85 dB(A)) e aposentadoria especial (Anexo ao Decreto n 53.831 de 25 de maro de 1964 rudo de 80 decibis).
6- CONCLUSO. Diante do exposto no presente laudo pericial e de conformidade com a Portaria n 3.214, de 8 de junho de 1978 do Ministrio do Trabalho e Emprego - Norma Regulamentadora N15, este perito conclui que o Reclamante trabalhou em condies caracterizadas como salubres. De acordo com Anexo ao Decreto N 53.831 de 25 de maro de 1964 e Anexos I e II do Decreto N 83.080 de 24 de janeiro de 1979, legislao vigente na poca, o Reclamante no laborou em condies especiais.
7- RESPOSTA AOS QUESITOS FORMULADOS PELO RECLAMADO Quesito 1: Conforme item 2. Quesito 2: Conforme item 2. Quesito 3: Conforme itens 2 e 5.1. Quesito 4: Servio de padaria e confeitaria. Quesito 5: Conforme item 3. Quesito 6: No. Quesito 7: No laborou em condies especiais. Quesito 8: No laborou em condies especiais. Quesito 9: Conforme item 5.1. Quesito 10: No laborou em condies especiais. Quesito 11: No laborou em condies especiais. Quesito 12: No laborou em condies especiais. Quesito 13: Conforme item 4. Quesito 14: Conforme item 4. Quesito 15: Conforme descrito no Laudo Tcnico Pericial.
8- ENCERRAMENTO Nada mais havendo a considerar, encerramos aqui o presente Laudo Tcnico Pericial, composto de 04 (quatro) laudas impressas e assinadas.
Brusque (SC), 09 de agosto de 2008.
Eng Marelise Parey Perito - Engenheiro Segurana do Trabalho Crea-SC 26692-0