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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Química
Departamento de Química Inorgânica
Disciplina: Química Geral Experimental B
Professor: Armando P. do Nascimento Filho

Cristalização & Reações Químicas

Paulo José Sartório Turbay


Turma A1

Niterói, 5 de julho de 2006


1 – Introdução
1.1 – Cristalização

Em 1912 descobriu-se que a forma e as dimensões dos padrões atômicos


regulares repetidos de um cristal podiam ser determinadas fazendo-se passar raios X
numa amostra. Este método, chamado difração de raios X, abriu um novo caminho no
estudo da estrutura atômica. No sal de cozinha, por exemplo, a estrutura cristalina é um
cubo perfeito e está representada na figura 1. Um cristal é uma substância sólida
homogênea com uma disposição tridimensional ordenada de seus átomos e moléculas.
Todos os cristais da mesma substância fazem os mesmos ângulos característicos entre
as suas faces, embora possam não ter o mesmo aspecto porque as faces podem crescer a
ritmos diferentes. A forma externa de um cristal chama-se "face cristalina". Na
cristalização, os cristais são formados porque a substância se alia à algumas moléculas
de água. Por esta razão, é possível fazê-la voltar ao estado original através de um
simples aquecimento, que provoca uma evaporação das moléculas de água.
A cristalização é uma operação unitária que é normalmente utilizada com o
propósito de purificação de substâncias sólidas e separação de compostos que só se
podem dissolver a quente. Se a solução estiver sobressaturada, ou seja, a sua concen-
tração é superior à concentração de saturação, não se dá a formação de cristais. Neste
tipo de situação é necessário acrescentar à solução núcleos de cristalização, que poderão
ser simples cristais. Para uma melhor purificação da substância, deverá ser executada
uma recristalização. Num cristal, a posição de cada um dos átomos, moléculas ou íons
que o constituem é determinada pelas posições ocupadas já existentes. Assim, no
momento de cristalização, a partícula forma com as suas vizinhas um conjunto de
ligações químicas que determina a posição espacial que tenderá a ocupar. A figura 1
mostra a estrutura molecular no NaCl e a figura 2 mostra um cristal de quartzo formado.

Figura 1: Estrutura molecular do NaCl Figura 2: Cristal de Quartzo

Na natureza encontram-se cristais de formas muito diversificadas, dependentes


da forma de arranjo das cargas elétricas nos átomos ou moléculas que formam o cristal e
das condições em que a cristalização se deu, um exemplo disso é a água, que pode
assumir múltiplas formas cristalinas em função da forma como o cristal se formou: a
neve e um cubo de gelo são formas completamente distintas de cristais de água, com
estrutura diferenciada em função das condições de cristalização. A forma dos cristais
depende não só das características do material de que o cristal é formado mas também
das condições de formação, um caso extremo é o Carbono, onde a altas pressões e
temperaturas forma o diamante, a altas temperaturas e baixas pressões forma grafite,
substâncias que nada têm em comum.
1.2 – Reações Químicas

Uma reação química é uma transformação da matéria em que ocorrem mudanças


qualitativas na composição química de uma ou mais substâncias reagentes, resultando
em um ou mais produtos. A composição química de uma substância é a definição
qualitativa e quantitativa dos elementos químicos presentes naquela, é qualitativa
porque descreve quais elementos estão presentes e quantitativa porque decreve o
quanto de cada elemento está presente. Uma reação química envolve mudanças
relacionadas à mudança nas conectividades entre os átomos ou íons, na geometria das
moléculas das espécies reagentes ou ainda na interconversão entre dois tipos de
isômeros.
Outro aspecto importante sobre uma reação química é a conservação da massa e
o número de espécies químicas microscópicas presentes antes e depois da ocorrência da
reação. Essas leis de conservação se manifestam macroscopicamente sob a forma das
leis de Lavoisier, de Proust e de Dalton. De fato, essas leis, no modelo atômico de
Dalton, se justificariam pelas leis de conservação acima explicitadas e pelo fato de os
átomos apresentarem valências bem definidas. Ao conjunto das características e
relações quantitativas dos números de espécies químicas presentes numa reação dá-se o
nome de estequiometria. Resumidamente, pode-se afirmar que uma reação química é
uma transformação da matéria em que pelo menos uma ligação química é criada, ou
desfeita.
O acontecimento de reações deve-se a fatores termodinâmicos e cinéticos.
Quanto à termodinâmica, o acontecimento de uma reação é favorecido com o aumento
da entropia e a diminuição da energia. Para que uma reação ocorra é necessário que
antes os reagentes superem uma certa barreira de energia, e quanto maior for essa
barreira, mais difícil será o acontecimento da reação e mais lenta ela será. Dessa forma,
uma reação termodinamicamente favorável pode ocorrer de forma extremamente lenta
ou acabar nem sendo observada em um intervalo de tempo consideravelmente grande,
então se diz que a reação é cineticamente desfavorável. Um bom exemplo disso é o
carvão e o diamante, que são duas formas diferentes de carbono, em condições normais
a transformação de diamante a carvão é termodinamicamente favorável porém
cineticamente desfavorável, o que faz com que fossem necessários centenas ou milhares
de anos para se observar alguma mudança em um diamante. É preciso entender que uma
reação para ser cineticamente viável, necessita primeiramente ser termodinamicamente
possível.

2 – Objetivos

• Observar a formação de cristais em determinadas substâncias químicas e estudar


o processo de recristalozação como tecnica de purificação.

• Observar as reações químicas e representa-las em forma de equações químicas.


3 – Procediemento Experimental

3.1- Recristalização

Para esta prática utilizou-se os seguintes reagentes:

• Sulfato de Cobre II pentahidratado - CuSO4 . 5 H2O


• Cloreto de Sódio – NaCl
• Ferricianeto de Potássio - K3Fe(CN) 6
• Sulfato Duplo de Alumínio e Potássio - AlKO8S2 . 12 H2O (pedra hume)
• Sulfato de Níquel Hexahidratado - NiSO4 . 6 H2O
• Açúcar

Preparou-se uma solução saturada de cada um desses produtos em tubos de


ensaio, após a formação de corpo de fundo os tubos foram aquecidos com chama
oxidante em um bico de Bunsem a fim de solubilizar todo o produto precipitado. Após a
solubilização completa dos produtos, deixou-os descansar por uma semana para que os
resultados fossem obtidos.

3.2 – Efeito da variação brusca de temperatura e da agitação na recristalização:

Para esta prática utilizaram-se três tubos de ensaio contendo 5mL de água
destilada em cada um deles. Em cada um desses tubos adicionou-se cerca de 3 gramas
de KNO3 e aqueceu-se até que todo o sal fosse solubilizado. Feito isso, um dos tubos foi
colocado em um banho de gelo, outro tubo foi agitado com força e o terceiro tubo ficou
resfriando naturalmente à temperatura ambiente. Algumas diferenças puderam ser
observadas.

3.3 – Reações Químicas

Para esta prática procedeu-se 10 reações químicas a fim de observar qualquer


mudança aparente para que fosse possível dizer se a reação ocorreu ou não:
1. Para a primeira reação adicionou-se uma quantidade de bicarbonato de sódio em
um erlenmeyer e logo depois colocou-se vinagre para reagir.
2. Para o segundo experimento colocou-se ácido clorídrico 1,0mol/L para reagir
com uma fita de magnésio dentro de um bécher.
3. Para a terceira reação queimou-se um pedaço de fica de magnésico em chama
oxidante e o produto da queima foi recolhido em um bécher contendo água
destilada e fenolftaleína como indicador de pH.
4. No quarto experimento fez-se reagir sulfato ferroso com uma barra de cobre
metálico em um tubo de ensaio.
5. No quinto experimento fez-se reagir 1mL de uma solução 0,5mol/L de cloreto
de cobre com 1mL de solução de amônia hidratada.
6. Para o sexto experimento colocou-se em um tubo de ensaio 1mL de cloreto de
cobalto 0,5mol/L e posteriormente foi adicionado 1mL de hidróxido de sódio
1,0mol/L.
7. Já na sétima reação adicionou-se 1mL de cloreto de cobalto 0,5mol/L em um
tubo de ensaio para reagir com 1mL de Na2CO3.
8. Colocou-se 2mL de água destilada em um tubo de ensaio e adicionou-se um
pouco de acetato de sódio, agitou-se depois.
9. A nona reação ja tinha sido observada em aulas passadas, ela consistia em
adicionar NaOH em água destilada.
10. Reagiu-se KMnO4 0,01mol/L com NaOH 1,0mol/L em um tubo de ensaio e com
H2SO4 0,5mol/L em outro. Após a homogeneização adicionou-se cristais de
Na2SO3 em ambos os tubos de ensaio.

4 – Resultados e Discussões

4.1 – Recristalização

Depois de preparadas, as soluções ficaram em repouso durante o período de uma


semana. Pode-se então perceber a formação de cristais no fundo do tubo de ensaio
contendo as amostras, com exceção do tubo contendo o açúcar, que não foi possível
notar a formação de cristais. O sulfato de cobre II pentahidratado formou vários cristais
encrustados na cor azul. O cloreto de sódio formou um aglomerado de cristais brancos.
O ferricianteo de potássio formou um único cristal na cor vermelha, com a pedra hume
ocorreu a mesma coisa, mas o cristal formado era transparente. O cristal formado a
partir do sulfato de níquel possuia uma coloração verde.

4.2 – Efeito da variação brusca de temperatura e da agitação na recristalização:

Como os cristais formados eram de um mesmo produto, o nitrato de potássio,


pode-se perceber que a diferentes temperaturas e sob uma forte agitação a estrutura
cristalina sofre alterações. Quando dissolvido e colocado em um banho de gelo pode-se
perceber a formação de grandes cristais em formato de agulha, isso aconteceu porque a
baixas temperaturas a velocidade de formação de cristais é maior, mas a pureza desses
cristais é menor. Quando os cristais foram resfriados naturalmente pode-se perceber que
os cristais eram menores, porém mais puros. No tubo submetido à agitação pode-se
perceber que os cristais formados tinham um tamanho intermediário se comparado aos
outros dois tubos, porém, esses cristais eram mais puros que os resfriados em banho de
gelo e mais impuros que os resfriados naturalmente.
4.3 – Reações Químicas

1 - Na primeira reação pode-se observar uma formação de bolhas no interior do


erlenmeyer, essa formação de bolhas foi causada pela formação de um gás, o gás
carbônico. Foi também possível perceber uma mudança de temperatura na parede
externa do erlenmeyer, indicando que a reação era endotérmica, pois o recipiente teve
um abaixamento na temperatura. A equação abaixo indica a reação que ocorreu:

NaHCO3 + CH3COOH  CH3COONa + H2O + CO2


2 - Na segunda reação pode-se perceber a formação de bolhas, novamente devido à
formação de um gás, neste caso o gás hidrogênio. A equação abaixo indica a reação que
ocorreu:

2 HCl (aq) + 2 Mg (s)  H2 (g) + Mg2+ (aq) + 2 Cl - (aq)


3 - Após a queima da fita de magnésio, pode-se perceber que um sólido branco foi
formado. Quando esse sólido foi inserido no bécher contendo água destilada e
fenolftaleína pode-se perceber uma alteração na coloração da solução, a cor foi alterada
para roxo devido a presença de hidroxilas na reação, indicando um pH básico e acima
de 8. A equação abaixo indica a reação química que ocorreu:

Mg (s) MgO(s) + H2O (L)  Mg(OH)2 (aq) Mg2+ (aq) + 2OH - (aq)

4 – Na quarta reação não foi possível perceber alterações nas soluções, indicando que a
reação não ocorreu. O que explica a não ocorrencia dessa reação é ela possuir um ΔE0
com valor negativo, indicando que a reação não é espontânea.

5 – Na quinta reação a única mudança percebida foi a alteração na coloração da solução.


Ao se adicionar NH3.H2O na solução contendo cloreto de cobre pode-se perceber o
aparecimento de uma coloração azul muito forte devido à formação de[Cu(NH3)4]2+. A
equação abaixo mostra a reação que ocoreu:

CuCl2 (aq) + NH3.H2O (aq)  [Cu(NH3)4]2+ (aq) + 2 Cl- (aq) + 4 H2O (aq)

6 – Na sexta reação pode-se perceber que ouve uma alteração na coloração das solução.
O cloreto de cobalto possuia uma cor vermelho claro e ao reagir com o hidróxido de
sódio a solução obteve uma coloração bem azulada, um azul forte. Depois de algum
tempo pode-se perceber que essa coloração azul se tornou bege, indicando o equilíbrio
químico. A equação abaixo indica a reação que ocorreu:

CoCl2 (aq) + 2 NaOH (aq)  Co(OH)2 (aq) + 2 Na+(aq) + 2 Cl- (aq)

7 – Na sétima reação, novamente pode-se perceber uma alteração na coloração da


solução. O cloreto de cobalto desse vez reagiu com o carbonato de sódio, sendo que a
solução teve sua coloração alterada para a cor lilás. Além dessa alteração na
coloração, pode-se também perceber a formação de um precipitado, como indicado na
equação química abaixo:
CoCl2 (aq) + Na2CO3 (aq)  CoCO3 (s) + 2 Na+(aq) + 2 Cl- (aq)
8 – Na oitava reação pode-se notar apenas uma alteração na temperatura da solução. Ao
se adicionar o acetato de sódio em água destilada foi possível perceber uma
diminuição na temperatura, indicando que a reação ocorreu e era endotérmica, ou seja,
essa reação absorveu calor do meio. A equação abaixo mostra a reação qie ocorreu:

[H2O]
CH3COONa (s) + calor  CH3COO1- (aq) + Na1+ (aq)
9 – Na nona reação também foi possível notar a alteração na temperatura. Dessa vez, ao
adicionar hidróxido de sódio em água destilada pode-se notar um aumento na
temperatura, indicando que a reação era exotérmica, ou seja, ela liberou calor para o
meio. A equação abaixo demonstra a reação que ocorreu:

NaOH (s) + H2O (l)  Na+ (aq) + OH1- (aq) + Calor

10 – Para a déciam reação, inicialmente fez-se reagir KMnO4 com NaOH em um tubo e
com H2SO4 em outro tubo. Após a mistura desses reagentes não foi possível notar
nenhuma alteração nas soluções. Posteriormente, adicionou-se cristais de Na2SO3 aos
tubos, ao adicionar esses cristais houve uma alteração imediata na coloração das
soluções. No tubo contendo a base pode-se perceber que a coloração roxa foi alterada
para verde. Já no tubo contendo o ácido pode-se perceber que a cor roxa desapareceu,
a solução ficou completamente transparente. As semi-reações abaixo indicam como a
reação ocorreu em ambos os tubos, a primeira equação indica a reação com a base
enquanto a segunda equação mostra a reação com o ácido.

2 MnO41- (aq) + 4 H2O (l) + 6 e- ↔ 2 MnO2 (aq) + 8 OH- (aq)


2 SO32- (aq) + 6 OH1- (aq) ↔ 3 SO42- (aq) + 3 H2O (l) + 6 e-
2 MnO41- (aq) + 3 SO32- (aq) + H2O(l) ↔ 2 MnO2 (aq) + 3SO42-(aq) + 2OH1-(aq)
2 MnO41- (aq) + 16 H+ (aq) + 10 e- ↔ 2 Mn2+ (aq) + 8 H2O (l)
5 H2SO3 (aq) + 5 H2O (l) ↔ 5 SO42- (aq) + 20 H+ (aq) + 10 e-
2 MnO41- (aq) + 5 H2SO3 (aq) ↔ 2 Mn2+ (aq) + 5 SO42- (aq) + 3 H2O (l) + H+ (aq)

5 – Conclusões

Pode-se concluir que cada composto químico possui uma estrutura cristalina
bem definida, geralmente essas estruturas são diferentes se com-paradas a outros
compostos químicos. Pode-se também perceber que um mesmo composto pode
apresentar diferentes estruturas cristalinas dependo das condições do meio. Como por
exemplo o carbono, que pode formar diamante ou grafite dependendo das condições
ambientes.
Pode-se concluir também que qualquer alteração que venha a ocorrer quando
dois produtos são misturados em um local indica que uma reação química ocorreu. As
mudanças perceptíveis podem ser a formação de um gás, a formação de um precipitado,
alteração na coloração e mudança na temperatura.
6 – Referências Bibliográficas

• KOTZ, J.C.; TREICHEL, P. Química e Reações Químicas, 2002, 4º edição,


LTC, Rio de Janeiro

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristal (capturado em 01/07/2006)

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal:Qu%C3%ADmica (capturado em 01/07/2006)

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