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O documento discute a relação do autor com a literatura. Embora não ame a literatura em geral, o autor ama algo nela que vai além da estética ou fruição formal: o segredo. Não há paixão sem segredo, nem segredo sem paixão. A literatura acaba onde tudo está dito e nada resta além do que já foi dito.
O documento discute a relação do autor com a literatura. Embora não ame a literatura em geral, o autor ama algo nela que vai além da estética ou fruição formal: o segredo. Não há paixão sem segredo, nem segredo sem paixão. A literatura acaba onde tudo está dito e nada resta além do que já foi dito.
O documento discute a relação do autor com a literatura. Embora não ame a literatura em geral, o autor ama algo nela que vai além da estética ou fruição formal: o segredo. Não há paixão sem segredo, nem segredo sem paixão. A literatura acaba onde tudo está dito e nada resta além do que já foi dito.
meu gosto (provavelmente incondicional) pela literatura, mais precisamente, pela escritura literria. No que eu ame a literatura em geral nem que a prefira ao que quer que seja, por exemplo, como pensam muitas vezes aqueles que no discernem por fim nem uma nem outra com relao filosofia. No que eu queira reduzir tudo a ela, e menos ainda a filosofia. No fundo, passo sem a literatura, de fato, com bastante facilidade. Se precisasse me retirar para uma ilha, no fundo seriam os livros de histria, de memrias que provavelmente levaria comigo e que leria minha maneira, talvez para deles fazer literatura, a menos que fosse o inverso, e isso seria verdadeiro a respeito dos outros livr os (arte, filosofia, religio, cincias humanas ou naturais, direito etc.). Entretanto, se, sem amar a literatura em geral e por ela mesma, amo alguma coisa nela que no se reduz de modo algum a uma qualidade esttica, a uma fonte de fruio formal, isso seria em lugar do segredo. Em lugar de um segredo absoluto. A estaria a paixo . No h paixo sem segredo, este segredo, mas no h segredo sem paixo. Em lugar do segredo: a, entretanto, onde tudo est dito e o resto nada mais seno o resto, nem mesmo literatura. (Derrida, Paixes)