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Janeiro/2002
INTRODUÇÃO
É cada vez mais frequente encontrar nos consultórios doentes com patologias
sistémicas tratadas que podem obrigar o dentista a ter cuidados especiais, por
isso é importante este ter umas noções de medicina interna.
Em caso de haver dúvidas no lidar com estes doentes o melhor é comunicar
com o seus médicos assistentes. As correspondências com os médicos
assistentes devem ser feitas por carta.
A história clínica é importante para fazer o despiste de todas as situações
patológicas que o doente possa ter, e prevenir complicações que possam
aparecer nos tratamentos de medicina dentária.
Podemos considerar como doentes de risco mais frequentes no consultório
dentário os seguintes: doentes cardíacos, nomeadamente os que sofrem de
insuficiência cardíaca, e aqueles com determinadas cardiopatias que requerem
profilaxia da endocardite bacteriana; doentes com insuficiência respiratória;
insuficientes renais crónicos; diabéticos; doentes com hipertiroidismo; doentes
sob corticoterapia; grávidas. Para não tornar o nosso trabalho demasiado
extenso, decidimos abordar os seguintes casos clínicos: Insuficientes renais
crónicos a efectuar hemodiálise, diabetes mellitus, e profilaxia da endocardite
infecciosa.
Os pacientes com insuficiência renal crónica apresentam um risco acrescido de
infecção. Nestes pacientes, observa-se um estado de deficiência imunitária
devido a uma alteração da imunidade celular e à utilização de dietas baixas em
proteínas ( de que resulta uma diminuição da capacidade de produzir anticorpos).
As situações patológicas na cavidade oral (doença periodontal, úlceras,
patologias pulpares) e as manipulações dentárias dão origem a bacteriémias,
situação que pode levar a um aumento da morbilidade em pacientes com
insuficiência renal e também aos submetidos a hemodiálise. É assim essencial
eliminar as fontes orais de infecção. A manutenção de uma higiene oral
apropriada e a utilização regular de soluções para bochechar com actividade
antifúngica e antibacteriana são medidas eficazes para reduzir o risco de infecção
nestes pacientes.
A Endocardite raramente ocorre em pessoas com um coração saudável.
Contudo doentes que possuem determinadas condições cardíacas são
vulneráveis, e nestes a manipulação de focos sépticos, por exemplo durante um
procedimento estomatológico, pode ser um factor desencadeante da endocardite
por meio de uma bacteriémia (presença de bactérias na corrente sanguínea).
Previamente ao tratamento.
Durante o tratamento:
Após o tratamento:
DIABETES MELLITUS
CONCEITO
- Insuficiência total ou parcial da concentração de insulina.
CLASSIFICAÇÃO
- Tipo I – insulino dependente (diabetes infanto juvenil )
- Tipo II – não insulino dependente
SINTOMAS
SINAIS
VALORES DA GLICÉMIA
COMPLICAÇÕES
PACIENTES DIABÉTICOS
RISCOS
CUIDADOS ESPECIAIS
CONDUTA
ENDOCARDITE INFECCIOSA
Extracções dentárias
Procedimentos periodontais incluindo cirurgia, destartarização e alisamento
radicular, sondagem, reavaliação, manutenção
Colocação de implantes dentários e reimplantação de dentes avulsionados.
Cirurgia ou instrumentação endodôntica (canal radicular) apenas para além
do ápex
Colocação subgengival de fibras/fitas antibióticas
Colocação inicial de bandas ortodônticas mas não brackets
Injecções de anestesia local intraligamentar
Limpeza profilática dos dentes ou implantes onde o sangramento é
previsível
*
A dose total para as crianças não deverá exceder a dose dos adultos
#
As cefalosporinas não devem ser utilizadas em indivíduos com reacção de hipersensibilidade do tipo imediato (urticária,
angioedema, ou anafilaxia) às penicilinas.
CONCLUSÃO
5. De Rossi SS, Glick M : Dental considerations for the patient with renal
disease receiving hemodialysis. JADA 1996; 127:211-19