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INTRODUÇÃO
ÉTICA : Do grego, ETHOS. Significa costumes, extrai-se Ética. Do latim, MORES. Donde
moral. Ciência da moral. "Estudo dos juízos de apreciação referente a conduta humana suscetível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de
modo absoluto."¹. "...Em outras palavras, ética e moral referem-se ao conjunto de costumes
tradicionais de uma sociedade...".
A Ética vem sendo estudo desde a antiguidade pelo mais conceituados filósofos, comecemos por
Sócrates, consagrado ''fundador da moral'', que sempre pregou por uma compreensão melhor de
'justiça', isso tudo interligado a diversos valores éticos, indagando o próprio 'subjetivo', o que gerou
muito descontentamento na época, em todos os conservadores da elite grega. Toda sua audácia
resultou em sua condenação à morte. Já Platão (427-347 a.C.), renomado discípulo de Sócrates.
articulava em seus pensamentos teóricos a idéia de se encontrar a felicidade no centro das questões
Éticas. A sabedoria para Platão, não está expressa no saber pelo saber, ou melhor, não se identifica o
sábio pela sua grandeza de conhecimentos teóricos, mas pela sua grandeza de virtudes. O homem
virtuoso tende a encontrar e contemplar o mundo ideal.
Já para Aristóteles (384-322 a.C.) também pensador da Grécia antiga, fundamentou maior parte de
seu postulado teórico no empirismo onde, baseado no tipo de sociedade, desenvolveu algumas obras
que enfoca as questões Éticas daquele tempo: Ética a Eudemo, Ética a Nicômaco e uma Magna
Moral . Aristóteles não descarta a relação entre Ser e o Bem, porém enfatiza que não é um único
bem, mas vários bens , e que esse bem deve variar de acordo com a complexidade do ser. Para o
homem por exemplo, há a necessidade de se ter vários bens, para que este possa alcançar a
felicidade humana. A Virtude em Aristóteles, está entre os melhores do bens.
Esses foram apenas alguns exemplos, de como a ética foi sendo interpretada e reinterpretada
pelos filósofos ao longo dos tempos, na maioria das vezes colocando o homem no centro do
pensamento. Visualizando a ética agora de uma amplitude geral, podemos dizer que a ética é um
conjunto de normas e valores que regem uma sociedade. Porém, devemos refletir a consciência e as
ações dessa sociedade, assim como trazer consigo o tipo de organização que alimenta esse povo.
Cada povo é diferente e muitas vezes todos os valores éticos são atribuídos de uma forma cultural.
Se adentrarmos a educação espartana e ateniense, ambas vividas em uma mesma época e se
pegarmos também o feudalismo e verificarmos o contraste de servo e senhor, veremos uma lacuna
imensa, mas isso era de certa forma, normal na época, algo da cultura de uma sociedade. Um pouco
mais pra frente podemos nos deparar com as injustiças sociais nas quais a miserável classe
proletariada subordinava-se em plena revolução industrial, trabalhando 14 a 15 horas por dia, sem
restrição de cor, raça, sexo e idade, com alguns ficando até neuróticos em decorrência do volume de
trabalho que havia, e tudo para beneficiar um pequeno grupo de capitalista que emergiam em
detrimento à vida dos necessitados. Nesse caso, seria essa a Ética do capitalismo?
A Igreja, com a educação da fé é responsável por questões morais que norteiam a sensibilidade
do homem às situações críticas e polêmicas da sociedade. E vem fazendo isso, e apesar do avanço,
ainda notamos muitas disparidades. Mas o objetivo não mudou, vai existir sempre uma busca por
uma Ética universal onde todos sejam norteados pelos mesmos princípios e eticamente puros.
Entendemos que isso há de ser conseguido aos poucos dentro de um processo de educação e
conscientização não só de um povo, mas de um mundo. Deixar todas as diferenças de lado, pois
todos somos filhos de Deus.
BIBLIOGRAFIA
VALLS, Álvaro L. M. , Oque é Ética, Coleção primeiros passos, 3 ª edição, São Paulo,
Ed.brasiliense, 1989.
SOUZA, Herbert de & RODRIGUES, Carla, Ética e Cidadania, coleção polêmica, 4ª edição, Ed.
Moderna, 1994.
RIOS, Terezinha Azevedo, Ética e Competência, coleção questões da nossa época; v.16, São Paulo,
2ª edição, cortez, 1994.
CHAUÍ, Marilena, Convite à Filosofia in Filosofia Moral, São Paulo, Ed. ática, 1994