Sie sind auf Seite 1von 1

8 • Brasília, segunda-feira, 21 de abril de 2008 • CORREIO BRAZILIENSE

DIREITO&JUSTIÇA

PONTO FINAL PUBLICAÇÕES


Brasília,segunda-feira,21 de abril de 2008 • CORREIO BRAZILIENSE
Editor: Josemar Dantas // josemar.dantas@correioweb.com.br
tares, no âmbito de sua competência, ou recomendar Tel. 3214-1140 • Fax 3214-1124
O JUDICIÁRIO providências; II — zelar pela observância, no âmbito
do Judiciário, dos princípios da legalidade, impessoali-
dade, moralidade, publicidade e eficiência e, ainda,

NO BRASIL (LII) dos demais princípios e condutas impostos à adminis-


tração pública pela Constituição (em seu art. 37, inci-
CIVIL

Editora revista dos tribunais Ltda


sos e parágrafos), bem como apreciar, de ofício ou me- RESPONSABILIDADE CIVIL, obra coordenada por
ma das inovações introduzidas pela EC nº diante provocação, a legalidade de atos administrati- Vaneska Donato de Araújo, reúne texto de

U 45/2004 foi a criação do Conselho Nacional de vos praticados por membros ou órgãos do Poder Judi-
Justiça (CNJ) na estrutura do Poder Judiciário ciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar pra-
(art. 92, I-A, e art. 103-B, cf. art. 2º da EC nº 45). zo para que se adotem as providências necessárias ao
Nas disposições gerais referentes ao Poder Judiciário exato cumprimento da lei, naturalmente, sem prejuízo
tem-se: “Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I — O da competência do Tribunal de Contas da União; III —
cinco especialistas sobre o tema.Trata de todos
os aspectos da teoria e da legislação. É o 5º de
coleção de 12 volumes sobre Direito Civil.
Editora Revista dos Tribunais, 302 páginas.

Supremo Tribunal Federal; I — A — O Conselho Nacio- receber e conhecer de reclamações contra membros
nal de Justiça; II —- O Superior Tribunal de Justiça; III — ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus

ESCOLHA DE SEDE DE
CMYK

Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV — serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de
Os Tribunais e Juízes do Trabalho; V — Os Tribunais e serviços notariais e de registro, que atuem por delega-
Juízes Eleitorais; VI — Os Tribunais e Juízes Militares, VII ção do poder público ou oficializados (sem prejuízo da
— Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal competência disciplinar e correicional dos tribunais),
INTERNACIONAL
e Territórios. podendo avocar processos disciplinares em curso e
O STF, o CNJ e os tribunais superiores (STJ, TSE, TST e determinar a remoção, a disponibilidade ou aposenta-
CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL, de Carlos

ARBITRAGEM INTERNACIONAL
STM) têm sede em Brasília, capital federal e, também, os doria com subsídios ou proventos proporcionais ao
Roberto Husek, doutor pela PUC (SP),

LTr Editora Ltda/Reprodução


tribunais regionais do Distrito Federal, consigne-se o ób- tempo de serviço e aplicar outras sanções administra-
ressurge em 7ª edição. O compêndio se destina
vio. Do Conselho Nacional de Justiça, mais particular- tivas, assegurada a ampla defesa; IV — representar ao aos que se iniciam no estudo da matéria.
mente, cuida o art. 103-B. Na verdade, trata-se de um ór- Ministério Público, no caso de crime contra a adminis- O texto está atualizado com os avanços
gão administrativo, como deixou claro o Supremo Tribu- tração pública ou de abuso de autoridade; V — rever, do Direito Internacional. LTr Editora,
nal Federal no julgamento da ADI nº 3367/DF. de ofício ou mediante provocação, os processos disci- 309 páginas.
De plano, consigne-se que o CNJ, ainda que não ju- plinares de juízes e membros de tribunais julgados há
dicante, é órgão do Poder Judiciário. Compõe-se o menos de um ano; VI — elaborar semestralmente rela- m grande desafio às partes, ao inserirem cláusula sentido Carmona, Arbitragem e Processo, pg. 21, 1998), ção de Nova York esteja vigente, caso esta se recuse a cum-
Conselho de 15 membros com mais de 35 e menos de tório estatístico sobre processos e sentenças prolata-
66 anos de idade, com mandato de dois anos, admitida das por unidade da Federação, nos diferentes órgãos
tão-só uma recondução. A com-
posição do CNJ é a seguinte: I —
um ministro do Supremo Tribu-
nal Federal, indicado pela corte CARLOS FERNANDO MATHIAS DE SOUZA
do Poder Judiciário; VIII — elaborar
relatório anual, propondo provi-
dências que julgar necessárias so-
bre a situação do Poder Judiciário FAMÍLIA
U compromissória num contrato internacional, re- acredito, por uma questão de ordem pública, que a Lei n.º
fere-se à escolha da sede da arbitragem (arbitral 9.307/96 será a lex arbitri que completará eventuais lacu-
seat), ou seja, a indicação do lugar físico onde se nas no regulamento arbitral escolhido pelas partes.
estabelecerá a sede jurídica da arbitragem. A escolha do De maneira geral, ao escolher-se o lugar da sede de
lugar da sede de uma arbitragem acarreta conseqüências uma arbitragem comercial internacional, deve-se buscar
pri-la. Já são mais de 140 países signatários da Convenção
de Nova York, que completa 50 anos no ano que vem.
Além das conseqüências jurídicas, a escolha do lugar da
sede da arbitragem também ocasiona implicações práticas,
que também devem ser objeto de cuidadosa análise das
suprema; II — um ministro do Su- no país e as atividades do Conselho, jurídicas e práticas muito sérias às partes co-contratan- um lugar favorável à arbitragem — arbitration-friendly, partes no momento da redação da cláusula compromissó-
Professor titular da Universidade de Brasília,
DJ 1-8

perior Tribunal de Justiça, indica- o que deve integrar a mensagem do BEM DE FAMÍLIA, DE DOMINGO PIETRANGELO tes, devendo ocorrer, portanto, ainda na fase de redação na expressão utilizada pela doutrina internacional—, as- ria. Assim, recomenda-se que as partes analisem a infra-es-

CMYK
Elisevier Editora/Reprodução
magistrado (membro doTRF/1ª Região, RITONDO, mestre em direito pela UniFlu, estuda
do pelo próprio tribunal; III — convocado para o STJ) e vice-presidente presidente do Supremo Tribunal Fe- da cláusula compromissória, ou seja, antes da conclusão sim entendidos os países ou jurisdições com legislações trutura mínima básica do lugar escolhido como sede da ar-
um ministro do Tribunal Superior do Instituto dos Magistrados do Brasil deral a ser remetida ao Congresso esse instituto desde suas origens na República do contrato onde tal cláusula se encontra inserida. Em- arbitrais modernas e adequadas, e que (I) ofereçam ade- bitragem, inclusive verificando junto à instituição arbitral
do Trabalho, indicado por esse Nacional, por ocasião da abertura do Texas. Faz abordagem completa da lei de
regência do bem de família e do Código Civil. bora a Lei nº 9.307/96 não contenha previsão expressa quado suporte às partes e ao tribunal arbitral (p. ex., em escolhida a possibilidade de apoio institucional e adminis-
tribunal; IV — um desembarga- anual da sessão legislativa.
dor de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tri- Campus Jurídico, 146 páginas. sobre a sede da arbitragem — já que a lei brasileira não questões referentes a provas, testemunhas e/ou decreta- trativo no lugar escolhido. Também se deve levar em consi-
Ademais, a Constituição (cf. EC 45/2004) prescreve a
bunal Federal; V — um juiz estadual, indicado pelo Su- competência do Corregedor Nacional da Justiça, cargo reconhece a especificidade da arbitragem internacional ção de medidas cautelares), (II) reconheçam o princípio deração fatores de conveniência e outros custos que pode-
premo; VI — um desembargador federal, indicado pelo que é exercido pelo ministro do Superior Tribunal de e não a diferencia da arbitragem doméstica, distinguindo da autonomia da vontade como princípio fundamental rão ser gerados com tal escolha, como aqueles relacionados
Superior Tribunal de Justiça; VII — um juiz federal, Justiça, indicado para o conselho, ressalvadas outras apenas as sentenças arbitrais domésticas ?, é importante da arbitragem, (III), favoreçam o bom andamento do pro- ao transporte e hospedagem das partes e de seus advoga-
também indicado pelo STJ; VIII — um membro de Tri- atribuições que lhe vierem a ser cometidas pelo futuro ressaltar que o direito brasileiro confere às partes ampla cedimento arbitral, ao não permitir a interferência dos tri- dos, das testemunhas, além dos próprios árbitros.
bunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Estatuto da Magistratura. São as seguintes, em síntese, liberdade na escolha do lugar da bunais estatais e, por fim, (IV) não im- É preciso ressaltar que o lugar da sede da arbitragem
Superior do Trabalho; IX — um juiz do trabalho indica- as competências e (ou) atribuições do ministro-corre- sede da arbitragem. ponham quaisquer restrições na pos- não é necessariamente o lugar físico onde ocorrerá todo o
do pelo TST; X — um membro do Ministério Público da gedor, na dicção da EC 45/2004: I — receber as recla-
União, indicado pelo Procurador-Geral da República; mações e denúncias, de qualquer interessado, relativas
A primeira conseqüência jurídi- PEDRO ALBERTO COSTA BRAGA DE OLIVEIRA sibilidade de cidadãos estrangeiros procedimento arbitral. Por razões várias, seja por ques-
ELEITORAL
XI — um membro do Ministério Público estadual, indi- aos magistrados e aos serviços judiciários; II — exercer ca da escolha pelas partes de um Advogado no Rio de Janeiro e mestre servirem como árbitros ou como re- tões de mera conveniência das partes ou por qualquer ou-
cado pelo Procurador-Geral da República, escolhido funções executivas do Conselho, de inspeção e de cor- determinado lugar para sede da ar- em direito (LLM) pela University presentantes das partes (advocates) tro motivo de ordem prática, as audiências arbitrais po-
Elisevier Editora/Reprodução

DIREITO ELEITORAL, de José Jairo Gomes, of Houston Law Center (EUA).


entre os nomes indicados pelo órgão competente de reição-geral; III — requisitar e designar magistrados, professor da UFMG, volta às livrarias em 2ª bitragem é que a lei interna de arbi- no procedimento arbitral. É essencial, dem ocorrer em locais outros que não a sede jurídica da
cada instituição estadual; XII — dois advogados, indi- delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de edição revista e ampliada. O livro está tragem do lugar escolhido como ainda, que a lex arbitri reconheça a arbitragem. Tal possibilidade é expressamente permitida
cados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados juízes ou tribunais, inclusive, nos estados, Distrito Fe- atualizado até março de 2008. Discute todos os sede da arbitragem, conhecida co- competência dos árbitros para julgar a pelos regulamentos mais importantes de arbitragem ins-
do Brasil; e XIII — dois cidadãos de notável saber jurí- deral e Territórios. aspectos da legislação eleitoral e da aplicável mo lex arbitri — e que não se confunde com a lei material própria competência (kompetenz-kompetenz), estabele- titucional no âmbito internacional.
dico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara Por outro lado, anote-se que funcionarão junto ao aos partidos. Editora Del Rey, 476 páginas.
aplicável ao mérito da controvérsia —, será a lei processual ça a autonomia da cláusula compromissória em relação Por fim, vale ressaltar que dadas as conseqüências jurí-

DJ 1-8
dos deputados e outro pelo Senado. Conselho o Procurador-Geral da República e o presidente
Os membros do CNJ são nomeados pelo presidente da do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. que regerá o procedimento arbitral no preenchimento de ao contrato onde tal cláusula se encontra inserida e fixe dicas e práticas anteriormente analisadas, recomenda-se
República, depois de aprovada as escolhas pelo Senado, Agregue-se que a Constituição (art. 103-B, § 7º) prescreve eventuais lacunas do regulamento institucional de arbitra- bem os limites para anulação da sentença arbitral (obvia- que as próprias partes estabeleçam o lugar onde deverá
cabendo a presidência do órgão ao ministro do Supremo, que a União tem que criar, inclusive no Distrito Federal e gem que provavelmente será escolhido pelas partes. As- mente que a lex arbitri não pode permitir a revisão judi- constituir-se a sede da sua arbitragem — de forma clara e
que só profere voto de minerva e fica excluído da distribui- Territórios, ouvidorias de Justiça, com a competência de sim, de acordo com a regra prevalecente na maioria dos cial do mérito da sentença arbitral). inequívoca —, escolhendo para tal fim um lugar com uma
ção de processos no STF. Prevê a Constituição (art. 103-B, § receberem reclamações e denúncias de qualquer interes- países com leis de arbitragem modernas, se duas partes Também é de fundamental importância que a Con- legislação moderna e adequada, de preferência situado
3º) que, na hipótese das indicações para o Conselho não se sado contra membros ou órgãos do Judiciário, represen- co-contratantes estabelecerem que a arbitragem aconte- venção de Nova York sobre o Reconhecimento e Execução num país signatário da Convenção de Nova York. Um de-
efetuarem no prazo legal, a escolha seja feita diretamente tando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça. CONSTITUCIONAL
pelo Supremo Tribunal Federal. Por último, cumpre assinalar duas importantes deci-
cerá numa determinada cidade, em determinada jurisdi- de Sentenças Arbitrais Estrangeiras (Convenção de Nova terminado local nunca deve ser aceito por uma parte co-
É ampla a competência do Conselho (sem prejuízo sões do Supremo Tribunal Federal, uma na ADI 3.367/DF, DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO, de ção, o procedimento arbitral será conduzido de acordo York), esteja em vigor no lugar escolhido como sede da ar- mo lugar da sede da arbitragem, sem que esta conheça a
Elisevier Editora/Reprodução

de outras que lhe vierem a ser atribuídas pelo Estatuto onde (entre outras decisões), como já consignado, ficou Pedro Lenza, doutor em direito pela USP, está à com regulamento de arbitragem institucional escolhido bitragem. Isso, porque, se necessário, a vigência da Con- lex arbitri em vigor em tal lugar, e sem que questões de or-
da Magistratura) como órgão de controle da atuação assinalada a natureza de órgão exclusivamente admi- disposição dos leitores em 12ª edição revista e pelas partes e, de forma supletiva, pela lei de arbitragem venção de Nova York facilitará a (I) execução específica da dem prática e de conveniência sejam cuidadosamente le-
ampliada. O livro está atualizado até a EC nº
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do nistrativo do CNJ; e a outra, na ADI-MC 3854/DF, onde vigente em tal jurisdição. No caso da sede jurídica da arbi- cláusula compromissória — pela parte interessada em fa- vadas em consideração. Uma escolha equivocada pode
56/2007 e se destina, sobretudo, a candidatos a
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. As- se reconhece a aparência de inconstitucionalidade do concursos. Editora Saraiva, 811 páginas. tragem ser uma cidade brasileira, em que pese alguns pou- zê-la cumprida pela outra parte — e a (II) execução força- causar grandes complicações à parte — ou às partes —,
sim, cabe-lhe: I — zelar pela autonomia do Poder Judi- art. 2º da Resolução nº 13/2006 e do art. 1º, parágrafo cos autores afirmarem que o direito brasileiro permite que da da sentença arbitral pela parte vencedora, em qual- razão pela qual o lugar do arbitral seat deve ser pensado e
ciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratu- único da Resolução nº 14/2006, ambas resoluções bai-
ra (de lege ferenda), podendo expedir atos regulamen- xadas pelo CNJ. as partes optem por uma lex arbitri estrangeira (v., nesse quer lugar onde a parte vencida tenha ativos e a Conven- repensado antes da assinatura do contrato.
Electronic copy available at: http://ssrn.com/abstract=1407237

Das könnte Ihnen auch gefallen