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Entrevista concedida a Sioneide Brando Costa Oliveira por Maria da Paz

Comente as sobre as condies de sua vida na dcada de 1970.



A situao desse perodo no tem muita coisa boa no. A carestia era grande e se tinha
de passar o ms todo com aquele pouco dinheirinho, eu morava com minha av aqui no
Dirceu. Depois que me casei consegui uma casa aqui no bairro tambm. Mas o dinheiro era
pouco mesmo tudo que a gente ganhava gastava com alimentao. O emprego era pouco.
Muitas pessoas no tinham estudos. S restava trabalhar em casa de famlia, meu esposo era
vigia de uma loja no centro de Teresina.

Que motivos levaram ingressar no Projeto de Hortas Comunitrias?

Antes de me casar vendia cheiro verde no mercado, minha av tinha uns canteiros na,
nesse tempo a gente amarrava anoite, enchia, no era bacia no, era a cesta. Vendia cheiro
verde no mercado, mas a venda era meio fraca. Foi quando meu marido me abandonou, tive
que cuidar da minha vida e dos meus filhos. Eu tive que trabalhar para sustentar meus filhos.
Comecei a lavar roupa, passar para fora. Minha rotina era pesada, eu ia para o rio Poty s 5:30
da manh, quando chegava em casa meio-dia era que eu ia cuidar do almoo. A minha vida
dentro de casa era labutar, passar, fazer de comer, varrer e cuidar das crianas. Eu passei s
um ano por que adoeci, ento deixei o servio e comecei a vender verduras no mercado e de
porta em porta.
Foi ento que ouvi falar que tinha este projeto de Hortas Comunitrias, ento fui na
associao de moradores do bairro e consegui ganhar um lote. Ento passei a plantar e vender
na prpria horta e no mercado tambm. Avida era muito cansativa, mais assim garantia o
sustento dos meus filhos. Eles tambm me ajudavam pela manh e tarde iam estudar. Mas
aqui na horta, o nico problema sempre foram os roubos que acontecem a noite. Os ladres
entram levam nosso plantio e ainda destroem os canteiros.
F ora isso no tenho o que reclamar daqui.

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