A guarda compartilhada na vida dos pais e da criana

No existe um modelo pr-defino de guarda compartilhada, cada famlia deve

procurar o seu ideal, levando em considerao principalmente o bem-estar da
criana.

A separao dos pais um momento traumtico para a criana. A Guarda Compartilhada, como o
prprio nome diz, uma maneira de tentar fazer com que tanto o pai quanto a me mantenham
relao regular com o filho depois do divrcio.
Esse tipo de guarda consiste em dividir entre os pais separados todos os direitos e deveres em relao
ao filho. Todas as principais decises devem ser tomadas em conjunto pelos genitores, montando um
esquema de convivncia da criana com ambos.
Isso no quer dizer que ser dividido o tempo da criana em 50% para a me e 50% para o pai. Pode
ocorrer da criana passar trs dias na casa de um e quatro na casa do outro, por exemplo. A criana
pode morar na casa do pai, mas a me divide com o pai quem leva para a escola, aos passeios,
atividades extra-escolares, frias.
Cada famlia encontra sada para a sua realidade. A guarda compartilhada no tem um modelo pr-
definido.
Na teoria, a deciso de haver consenso parece ser a mais salutar, mas nem sempre o pai e me falam a
mesma lngua, principalmente aps uma separao.
A guarda compartilhada pode ser realizada mesmo quando os pais no tem uma boa relao ou esto se
separando no litgio. O que os pais devem entender que no sero mais um casal, mas sempre sero pais
daquela criana.
No comeo difcil, mas com o tempo e o querer ficar ao lado dos filhos levam os pais a entrarem em
consenso e ver o que melhor para as crianas.
A guarda compartilhada o ideal a ser buscado no exerccio do poder familiar entre pais separados,
mesmo que demande deles reestruturaes, concesses e adequaes diversas, para que seus filhos
possam usufruir, durante sua formao, do ideal psicolgico de duplo referencial, afirmou a relatora
e ministra Nancy Andrighi.
A Associao de Pais e Mes Separados (Apase) constatou que 15% das guardas no Brasil j so
compartilhadas.
Para quem acha que isso pode ser confuso para as crianas, os especialistas dizem o contrrio. A
psicoterapeuta Lidia Aratangy diz que as diferentes regras na relao com o pai e com a me ajudam a
criana a ter noo de responsabilidades e adaptao. O que pode na casa de um, nem sempre pode na
casa de outro.
Os pais devem deixar de lado interesses pessoais e mgoas e pensar em primeiro lugar o bem estar dos
seus filhos que precisam conviver frequentemente com papai e mame.
APASE - www.apase.org.br