66 Petrarca Soneto C C LXXII La vita fugge, e non sarresta unora, e la m orte vien dietro a gran giornate, e le cose presenti e le passate m i dnno guerra, e le future ancra; e l rim em brare e laspettar m accora, or quinci or quindi, s che n veritate, se non chiho di m e stesso pietate, isarei gi di questi pensier fra. Tornam i avante, salcun dolce m ai ebbe l cor tristo; e poi da laltra parte veggio al m io navigar turbati i vnti; veggio fortuna in porto, e stanco om ai il m io nocchier, e rotte rbore e sarte, e i lum i bei, che m irar soglio, spenti. 67 C adernos de Literatura em Traduo n o . 4, p. 68-69 Petrarca Soneto C C LXXII Afonso Teixeira Filho A Pedro Garcez Ghirardi A vida foge e no recua um passo E a m orte, em grande m archa, vai em frente; As coisas do passado e do presente, Ao futuro reclam am m eu espao. A jornada que nesta vida eu trao N a espera e na lem brana inutilm ente, Por pena de m im m esm o descontente Este cam inho que ora fiz, desfao. Se lem brana m e vem algum desejo D o peito que a alegria abandonou, Ao navegar em alto m ar eu vejo O porto onde m eu barco desistiu, A nave que l fora naufragou E o fogo que dos olhos teus fugiu. Afonso Texeira Filho aluno de doutoram ento da D LC V/FFLC H -U SP, e tradutor.