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Acadêmicos 6° Período:
Alexandre M. de Almeida
Alisson Pinheiro
Pâmila H. de Melo
Rodrigo da Silva
Telêmaco Borba - PR
Laboratório de Engenharia Química I – Experimento: Medidores de Temperatura 2
Outubro 2007
RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
A temperatura é a segunda grandeza mais medida no mundo, perdendo
apenas para o tempo. Só por isso, já temos uma idéia da sua importância na vida
das pessoas e na produção industrial. Monitoramento ambiental; meteorologia;
investigação de novos combustíveis; aproveitamento da energia solar;
desenvolvimento de motores para automóveis; cuidados médicos; qualidade final de
um produto e conservação de alimentos nas gôndolas dos supermercados são
alguns exemplos da influência da temperatura no dia-a-dia das pessoas. E
praticamente todo o processo industrial está sobre os efeitos dessa grandeza.
Ao contrário da pressão, a medição da temperatura não depende da
quantidade do material que se pretende avaliar. Por esse motivo, foram muitas as
dificuldades em se criar um instrumento capaz de medi-la corretamente. Galileu
Galilei é considerado o primeiro inventor de um termômetro, em 1592. Depois dele,
vários modelos foram desenvolvidos. Santorio Santorre criou o termoscópio a base
de ar e equipado com uma escala para leitura, em 1612. Só em 1714, um fabricante
holandês de instrumentos de precisão chamado Gabriel Fahrenheit desenvolveu os
primeiros termômetros de mercúrio precisos e repetitivos. Em 1821, Thomas
Seebeck descobriu o termopar, mais importante sensor industrial de temperatura.
O Sistema Internacional de Unidades (SI) classifica a temperatura universal
em Kelvins. Porém, admite-se que essa escala não é adequada para o uso diário.
Assim, foi estabelecida a seguinte proporção: t / ºC = T / K – 273,15. Atualmente, a
medição de temperaturas por meio de termômetros de platina é muito importante
nos processos de controle industrial. O maior objetivo da monitoração de variáveis e
controle em processos industriais é obter produtos de alta qualidade, com melhores
condições de rendimento e segurança, com custos de produção compatíveis com a
Laboratório de Engenharia Química I – Experimento: Medidores de Temperatura 4
2. OBJETIVOS EXPERIMENTAIS
Os experimentos aqui relatados possuem os seguintes objetivos
específicos:
A B
Cobre Cobre
Ferro
Junção 1 Junção 2
A
C
Junção de
Medição
Voltímetro
C
B
Junção de
Referência
Laboratório de Engenharia Química I – Experimento: Medidores de Temperatura 6
Figura 2 – Circuito para medir o potencial de Seebeck compreendendo dois fios diferentes (A e
B), duas junções e um voltímetro.
do gelo nas condições necessárias não era fácil, e logo se optou por medir a
temperatura da junção fria e compensar a diferença para zero grau Celsius.
Normalmente, a temperatura da junção fria é medida por um transmissor de
precisão. A leitura desta segunda temperatura, em conjunto com a leitura do valor da
tensão do próprio termopar, é utilizada para o cálculo da temperatura verificada na
extremidade do termopar. Em aplicações menos exigentes, a compensação da
junção fria é feita por um semicondutor sensor de temperatura, combinando o sinal
do semicondutor com o do termopar. É importante a compreensão da compensação
por junção fria, pois qualquer erro na medição da temperatura da junção fria irá
ocasionar igualmente erros na medição da temperatura da extremidade do termopar.
Conforme visto na Figura 3.
+
T1
ε Reta 1
∆ε
P=
ε2 ∆T
∆ε
∆T
ε1
T1 T2 T3 T
Termopar
Algumas
Faixa de Uso Vantagens: Desvantagens:
Aplicações:
Aconselhada
-Tratamento
-Adequado para
K Térmico;
atmosferas oxidantes; -Vulnerável a
Cromel/Alumel -Fornos;
-Boa resistência mecânica atmosferas redutoras
-200 a 1200 °C -Fundição;
em altas temperaturas
-Banhos;
-Resiste a atmosferas
-Estufas;
corrosivas;
T -Banhos;
-Resiste a atmosferas -Oxidação do cobre
Cobre/Constantã -Fornos Elétricos
redutoras e oxidantes; acima de 315 °C
-270 a 400 °C para Baixa
-Utilizável em
Temperatura;
temperaturas negativas
Tp – Temperatura da Parede
Corrente de Gás
60
Parede do Poço
q x | x − q x | x + ∆x
− h2W (T − T∞ ) = 0 (4)
∆x
Passando o limite quando ∆x tende a zero, tem-se:
q x | x − q x | x +∆x
lim − h2W (T − T∞ ) (5)
∆x →0 ∆x
O primeiro termo é a definição de derivada, levando-se em consideração o sinal,
tem-se:
dq x
− = h 2W (T − T∞ ) (6)
dx
Inserindo a lei de Fourier para condução de calor, (qx = -AkdT/dx). E supondo k
constante:
d dT
− − 2 yWk = h 2W (T − T∞ ) (7)
dx dx
d 2T
2 yWk = h 2W (T − T∞ ) (8)
dx 2
d 2T h
= (T −T∞ ) (9)
dx 2 yk
em x = 0 ⇒ T = Tp
dT
em x = L ⇒ =0
dx
Fazendo-se Θ = (T − T∞ ) e m 2 = h / yk , tem-se:
d 2Θ h
2
= Θ (10)
dx yk
em x = 0 ⇒ Θ = Θp
dΘ
em x = L ⇒ =0
dx
Aplicando-se as condições de contorno, tem-se:
Θp = C1 + C 2
0 = m( −C1e −mL + C 2 e mL )
Θp × e 2 mL Θp
C1 = ; C2 =
1+ e 2 mL
1 + e 2 mL
Substituindo os valores das constantes na solução da equação diferencial (10) e
manipulando a equação, tem-se:
Θpe 2 mL e −mx Θpe mx
Θ= + (12)
1 + e 2 mL 1 + e 2 mL
Θ e −mx e mx
= + (13)
Θp 1 + e 2 mL 1 + e 2 mL
Θ cosh[ m( L − x )]
= (14)
Θp cosh( mL )
266 °C − 260 °C
ER = ×100 = 2,25 %
266 °C
Tabela 2 – Limites de erro para termopares, de acordo com ASTM E-230 (com junção de
referência a 0 ºC).
LIMITES DE ERRO
MATERIAL CÓDIGO DE FAIXA DE
TIPO ANSI STANDARD ESPECIAL
CONDUTOR COR ANSI USO
CLASSE 2 CLASSE 1
Laboratório de Engenharia Química I – Experimento: Medidores de Temperatura 17
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para o experimento da verificação do surgimento de uma f.e.m. em um
termopar e para o experimento da calibração dos termopares, foram utilizados os
seguintes materiais:
• 01 multiteste com suas ponteiras (será usado como milivoltímetro);
• 02 pinos banana para derivação com aperto por rosca;
• 01 lamparina com capuchama;
• 01 fio de Al com 300 mm;
• 02 fios de Cu com 300 mm;
• 01 fio de Fe com 300 mm;
• 01 chave de fenda;
• 01 alicate universal;
• 01 caixa de fósforos;
Laboratório de Engenharia Química I – Experimento: Medidores de Temperatura 18
• 01 lixa fina;
• 03 alinhadores sindais pequenos (com parafusos);
• 01 béquer com água quente;
• 01 suporte com associações em série;
• 01 suporte com frascos calorimétricos EQ088.01;
• 01 conexão de fio vermelha com pinos banana;
• 01 conexão de fio preta com pinos banana;
• 01 suporte II – com o par termoelétrico desejado;
• 02 termômetros - 0 a 100 °C;
• 01 seringa de 60 cc;
• 01 mini funil de vidro;
• 01 pinça de Mohr;
• 01 copo becker de 250 ml;
• 01 proveta graduada de 50 ml;
• 01 recipiente isolante para cubos de gelo;
• Cubos de gelo;
• 01 garrafa com 600 ml de água destilada a temperatura ambiente (esta água
será utilizada no transcorrer do experimento);
• 01 garrafa térmica com água quente.
4.1 MONTAGEM DOS EQUIPAMENTOS
Para a montagem dos equipamentos para o experimento da
construção de pares termoelétricos e verificação da f.e.m. segue-se as
figuras abaixo:
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 CONSTRUÇÃO DE PARES TERMOELÉTRICOS E MEDIDA DA
F.E.M. TERMOELÉTRICA
Os resultados encontrados das medições de ddp dos pares termoelétricos
após aquecimento com a lamparina de uma das junções, foram os seguintes:
Temperatura Temperatura
Medidas FEM (mV)
Fonte Quente (°C) Fonte Fria (°C)
Termopar 1 – Cobre/Constantã
1 70,0 1,0 2,2
2 67,0 1,0 2,1
3 65,0 1,0 2,0
4 63,0 1,0 1,9
5 61,0 1,0 1,8
6 58,0 1,0 1,6
7 53,0 1,0 1,4
8 50,0 1,0 1,3
9 45,0 1,0 1,1
10 41,0 1,0 0,9
Termopar 2 - Ferro/Cobre
1 73,0 4,0 0,7
2 64,0 4,0 0,6
3 59,0 4,0 0,5
4 54,0 4,0 0,4
5 49,0 4,0 0,3
6 38,0 4,0 0,2
7 33,0 4,0 0,1
8 32,0 4,0 0,1
9 31,0 4,0 0,1
10 28,0 4,0 0,1
Termopar 3 Ferro/Constantã
1 69,0 4,0 3,1
2 65,0 4,0 2,8
3 61,0 4,0 2,6
4 57,0 4,0 2,4
5 53,0 4,0 2,2
6 50,0 4,0 2,0
7 47,0 4,0 1,9
8 44,0 4,0 1,8
9 41,0 4,0 1,7
10 36,0 4,0 1,5
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Term
3,5
Figura 9 – Curvas de calibração dos pares termoelétricos.
3,0
medições de altas temperaturas.
No entanto, a temperatura na fonte fria não foi de 0°C, devido a falta de
tempo para execução dos experimentos, mantendo-se constante em 1°C
(Cobre/Constantã) e 4°C (Ferro/Cobre e Ferro/Constantã). Sendo assim, a
temperatura da junção fria é uma grande fonte de erro para a calibração dos
termopares. Outra fonte de erro é a baixa precisão do voltímetro para medição da
milivoltagem provocada pela ddp, onde não foi possível uma verificação mais
precisa da f.e.m. em função da variação de temperatura da junção quente. Esse
fator teve grande influencia na calibração do termopar 2 (Ferro/Cobre), onde a
2,5
Laboratório de Engenharia Química I – Experimento: Medidores de Temperatura 24
6. CONCLUSÃO
Através dos experimentos, pôde-se verificar que houve o surgimento de
uma f.e.m. nos termopares quando submetido a variações de temperatura,
mantendo-se a junção fria isotermicamente.
Pode-se concluir, também, que cada termopar calibrado apresentou um
comportamento diferente, o que determina a faixa de sensibilidade e aplicação
destes termopares. Através das curvas geradas pela calibração dos termopares,
consegue-se aplicar estes termopares industrialmente como medidores de
temperatura com um erro relativo aceitável.
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 2 – Limites de erro para termopares, de acordo com ASTM E-230 (com
temperatura.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
[1] Kreith, Frank & S. Bohn, Mark. Princípios de Transferência de Calor. Editora
Thomson Learning. São Paulo. 2003.
[2] WWW.GESTE.MECANICA.UFRGS.BR/MEDTERM/TRABALHOS%202006-
1/PROJETO_DE_TERMOPARES.PDF
[3] WWW.HERMES.UCS.BR/CCET/DEMC/VJBRUSAM/INST/TERMOPAR.PDF
[4] WWW.CPDEE.UFMG.BR/~PALHARES/EXPERIMENTOS_INSTRUMENTAC
AO.PDF
[5] WWW.EQUIPE-TERMOPAR.COM.BR/TERMOPARES.HTML#