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Velocidades

Ferreira Gullar (Poema Sujo - um fragmento: "Velocidades"


Buenos Aires, mai/out/1975)
O homem est na cidade
como uma coisa est em outra
e a cidade est no homem
que est em outra cidade
mas variados so os modos
como uma coisa
est em outra coisa:
o homem, por eemp!o, no est na cidade
como uma rvore est
em qua!quer outra
nem como uma rvore
est em qua!quer uma de suas "o!has
(mesmo ro!ando !on#e de!a)
O homem no est na cidade
como uma rvore est num !ivro
quando um vento a!i a "o!heia
a cidade est no homem
mas no da mesma maneira
que um pssaro est numa rvore
no da mesma maneira que um pssaro
(a ima#em de!e)
est/va na #ua
e nem da mesma maneira
que o susto do pssaro
est no pssaro que eu escrevo
a cidade est no homem
quase como a rvore voa
no pssaro que a deia
cada coisa est em outra
de sua pr$pria maneira
e de maneira distinta
de como est em si mesma
a cidade no est no homem
do mesmo modo que em suas
quitandas pra%as e ruas

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