100%(2)100% fanden dieses Dokument nützlich (2 Abstimmungen)
821 Ansichten3 Seiten
Joaquim Cordeiro da Matta nasceu em 1857 em Cabiri, Angola e é considerado o pai da literatura angolana. Ele publicou várias obras incluindo poesia, pesquisas sobre provérbios e filosofia angolenses, e dicionários. Sua poesia exaltava a beleza da mulher negra de uma forma inovadora para a época.
Joaquim Cordeiro da Matta nasceu em 1857 em Cabiri, Angola e é considerado o pai da literatura angolana. Ele publicou várias obras incluindo poesia, pesquisas sobre provérbios e filosofia angolenses, e dicionários. Sua poesia exaltava a beleza da mulher negra de uma forma inovadora para a época.
Joaquim Cordeiro da Matta nasceu em 1857 em Cabiri, Angola e é considerado o pai da literatura angolana. Ele publicou várias obras incluindo poesia, pesquisas sobre provérbios e filosofia angolenses, e dicionários. Sua poesia exaltava a beleza da mulher negra de uma forma inovadora para a época.
angolana O PAIS quase um ilustre desconhecido ao grande pblico leitor, as suas referncias so escassas, mesmo sendo considerado o pai da literatura angolana, pouco ainda se faz para divulgar a sua obra e, concomitantemente, as escassas referncias sobre a sua pessoa. Trata-se simplesmente de um escriba que, em muitos aspectos, poder ter-se adiantado na sua poca ou, simplesmente, desempenhado o seu papel artstico. Joaquim Dias Cordeiro da Matta, natural de Icolo e Bengo, nasceu em 25 de Dezembro de 1857 na povoao de Cabiri. Morreu precocemente em 1894. Ter sido provavelmente o mais velho dos irmos, Lus Domingos Cordeiro da Matta e Domingos Jos Cordeiro da Matta cujos nomes vm mencionados em mapas do movimento da escola do concelho de Icolo e Bengo durante o ano de 1879. Estudava-se na poca disciplinas como leitura, escrita, catecismo, aritmtica e tabuada. Possuindo igualmente uma formao primria elementar, Joaquim Dias Cordeiro da Matta um dos muitos exemplos do autodidactismo que continua a fazer histria no jornalismo e na investigao em Angola. Numa nota necrolgica publicada no jornal O Arauto Africano, diz Mamede de SantAna e Palma: No cursou universidade, nunca esteve em colgio nenhum da Europa, nem em escola nenhuma de Loanda e por isso mesmo que tem juz () estima dos seus patrcios e ao respeito dos homens ilustrados, porque fora de muita vontade tem querido honrar o seu pas legando posteridade o fruto da sua dedicao (). Evitando xar residncia em Luanda, passava maior parte do tempo na Barra do Kwanza, onde vivia. E rodeava-se de uma biblioteca que causava admirao aos contemporneos. J.D. Cordeiro da Matta, o pai da literatura angolana, demonstrou possuir uma personalidade potencialmente multifacetada. Mrio Antnio analisa-a em sete vertentes: poeta, cronista, romancista, jornalista, pedagogo, historiador, llogo e folclorista. Publicou entre outras obras Delrios (poesia), Philosophia Popular em Provrbios Angolenses (1891, pesquisa da literatura e losoa oral), Ensaio de Diccionrio KimbunduPortuguez (1893), Cartilha racional para se aprender a ler o Kimbundu escrita segundo a Cartilha Maternal de Joo de Deus.1 A Poesia de cordeiro da Matta, gura dita por Mrio Antnio a mais saliente no relevo (no muito alto, reconhecemos) da sua gerao, j completou o respectivo percurso mental nessa data. Basta resumirmos-lhe a evoluo intrnseca, no que diz respeito a temtica, no que a do Amor, para vermos isso. 2 A poesia de Cordeiro da Matta, embora beba da poesia clssica portuguesa, exalta a beleza da mulher negra de uma forma muito particular, justamente num perodo em que o homem negro pelo mundo a fora era discriminado e selvaticamente desvalorizado. Constri seus versos com arquitextualidade simples; rimas, mtrica, metforas e smbolos naturais da sua regio, Icoli e Bengo, para exaltar a mulher. Canta: Negra! negra! como a noite/duma horrvel tempestade,/ mas, linda, mimosa e bella,/ como a mais gentil beldade!/ Negra! negra! como a asa/ do corvo mais negro e escuro,/ mas, tendo nos claros olhos,/ o olhar mais lmpido e puro!/Negra! negra! como o bano,/ seductora como Phedra,/ possuindo as celsas formas,/ em que a boa graa medra!/ Negra! negra!... mas to linda/ coos seus dentes de marm;(..). no presente canto, intitulado como Negra, entre outros, o vate incorpora smbolos naturais como a noite, que podemos denir como o perodo ocorrido durante a rotao da Terra, conhecido como dia em que no recebida a luz do Sol; o corvo que uma ave da famlia Corvidae, representantes de maiores dimenses da Ordem passeriformes. Possuem ampla distribuio geogrca nas zonas temperadas de todos os continentes, vivendo em bandos com estrutura hierrquica bem denida e formam, geralmente, casais monogmicos. Esses smbolos provenientes da me natureza so construdos para ditar a beleza da mulher negra. O seu encanto pela mulher negra da sua terra, evidente no poema Uma Kissama, o vate eloquente a esculpir seus versos: Em manh fria, nevada,/ nessas manhs de cacimbo/ em que uma alma penada/ no se lembra de ir ao limbo;/ eu vi formosa, correcta,/ no sendo europeia dama/ a mais sedutora preta/ das regies da Quissama (). elegante a forma como o vate canta a mulher negra. Essa realidade traduz um fenmeno muito importante para a valorizao do negro na literatura da poca e oferece aos acadmicos angolanos uma oportunidade soberba de observar o contributo da angolanidade em relao aos movimentos de valorizao do homem negro como a negritude. Segundo Senghor, a negritude o conjunto de valores culturaies da frica negra. Para Csaire, esta palavra designa em primeiro lugar a repulsa. Repulsa ante a assimilao cultural; repulsa por uma determinada imagem do negro tranqilo, incapaz de construir uma civilizao. O cultural est acima do poltico () O nascimento deste conceito, e o da revista Prsence Africaine (em 1947) de forma simultnea em Dakar e Pars ter um efeito explosivo. importante vericarmos que j no sculo XIX, o pai da literatura angolana possua sentimento muito nobre em relao aos valores da terra e a partir da sua pena burilava os seus lindos textos, num contexto radicalmente hostil as independncias africanas. Esse motivo deve ser valorizado pelo mundo acadmico e enaltecido, porquanto oferece-nos sinais de ter antecipado ou lanado sementes para a viso de um grande movimento da literatura africana ou ter sido um dos pioneiros da introduo da mulher negra na poesia moderna africana. Passados trinta e oito anos da independncia nacional, lamentvel no existir nenhuma edio nacional da obra do pai da literatura angolana. No ano de 2001, o seu livro Delriosfoi editado na terra de Lus de Cames, de louvar o esforo do escritor angolano Eduardo Bonavena.
Data de nascimento : 25 de Dezembro de 1857 (f. 2 de Maro de 1894, Barra do Kwanza) Naturalidade : Cabiri, Icolo-e-Bengo Joaquim Dias Cordeiro da Matta, natural de Icolo e Bengo, nasceu em 25 de Dezembro de 1857 na povoao de Cabiri. Morreu precocemente em 1894. Ter sido provavelmente o mais velho dos irmos, Lus Domingos Cordeiro da Matta e Domingos Jos Cordeiro da Matta cujos nomes vm mencionados em mapas do movimento da escola do concelho de Icolo e Bengo durante o ano de 1879. Estudava-se na poca disciplinas como leitura, escrita, catecismo, aritmtica e tabuada. Possuindo igualmente uma formao primria elementar, Joaquim Dias Cordeiro da Matta um dos muitos exemplos do autodidactismo que continua a fazer histria no jornalismo e na investigao em Angola. Numa nota necrolgica publicada no jornal O Arauto Africano, diz Mamede de SantAna e Palma: No cursou universidade, nunca esteve em colgio nenhum da Europa, nem em escola nenhuma de Loanda e por isso mesmo que tem juz () estima dos seus patrcios e ao respeito dos homens ilustrados, porque fora de muita vontade tem querido honrar o seu pas legando posteridade o fruto da sua dedicao (). Evitando fixar residncia em Luanda, passava maior parte do tempo na Barra do Kwanza, onde vivia. E rodeava-se de uma biblioteca que causava admirao aos contemporneos. J.D. Cordeiro da Matta, o pai da literatura angolana, demonstrou possuir uma personalidade potencialmente multifacetada. Mrio Antnio analisa-a em sete vertentes: poeta, cronista, romancista, jornalista, pedagogo, historiador, fillogo e folclorista. Publicou entre outras obras Delrios (poesia), Philosophia Popular em Provrbios Angolenses (1891, pesquisa da literatura e filosofia oral), Ensaio de Diccionrio Kimbundu-Portuguez (1893), Cartilha racional para se aprender a ler o Kimbundu escrita segundo a Cartilha Maternal de Joo de Deus.